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AP1 Educação e trabalho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
Licenciatura em Pedagogia – EAD 
Pedagogia Para Os Anos Iniciais Do Ensino Fundamental 
UNIRIO/CEDERJ 
 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL- 2011.2 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO 
Coordenação: Prof. Dalton José Alves 
 
Nome: 
Matrícula: 
E-mail: 
Telefone: 
Pólo: 
Cidade que reside: 
Caro (a) aluno (a): 
 
 Essa é a sua Primeira Avaliação Presencial (AP-1). Leia os enunciados com atenção e procure ser 
claro e objetivo na elaboração de suas respostas. 
Leia atentamente as Instruções abaixo: 
 Você vai encontrar nesta avaliação 04(quatro) questões de múltipla escolha e 06(seis) questões 
dissertativas eletivas, das quais você deverá escolher TRÊS para responder; 
 Leia atentamente todas as questões; 
 Escreva com letra legível; 
 Revise suas respostas e verifique se as idéias estão claras; 
 Esta avaliação é individual e sem consulta; 
 Responda com caneta azul ou preta; 
 Utilize o caderno de resposta. 
 
 
Boa prova!!! 
EDUCAÇÃO E TRABALHO – 2011.2 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL [AP-1] 
 
 
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA: 
 
 
 
QUESTÃO 01 = [1,0 ponto] 
Com base na diferença entre o homem e o animal na consideração de Marx & Engels (1974 apud 
Saviani, 2007) de que “*...+ o homem se diferencia dos animais a partir do momento em que 
começa a produzir seus meios de vida *...+” assinale a(s) alternativa(s) CORRETA(s) acerca do 
conceito de trabalho: 
1. ( ) O animal permanece o mesmo na sua essência, não projeta sua existência, apenas repete 
instintivamente gestos comuns à espécie; 
2. ( ) A essência humana não é produzida pelo homem, mas sim por uma dádiva natural externa 
a sua vontade; 
3. ( ) O homem não nasce homem, precisa aprender a ser homem, trabalhando e relacionando-
se com os outros em sociedade; 
4. ( ) O homem é um ser que trabalha, produz o mundo, modifica a si mesmo e o mundo a sua 
volta; 
5. ( ) Os animais transformam a natureza, adaptando-a às suas necessidades; 
Resposta: V, F, V,V, F 
 
QUESTÃO 02 = [1,0 ponto] 
Segundo Maria Ciavatta (Texto 06) historicamente o ser humano utiliza-se dos bens da natureza 
por intermédio do trabalho para produzir os meios de sua sobrevivência e do seu conhecimento. A 
partir da leitura do seu verbete Trabalho como Principio Educativo assinale nas alternativas abaixo 
[ V ] Verdadeira e [ F ] Falso: 
 
1. ( ) No Brasil, as primeiras experiências de instituições educacionais voltadas para a formação 
politécnica, associando estudo e trabalho, teve inicio no século XIX. 
2. ( ) A palavra trabalho passou por diversas significações ao longo das sociedades antigas e 
pelas suas formas servis e escravistas, entre elas, trabalho como fonte de ociosidade; 
3. ( ) Um dos marcos da separação do trabalhador do seu próprio fazer, o que Marx conceituou 
como alienação, foi o industrialismo; 
4. ( ) Atualmente a educação profissional oferecida nos cursos de nível médio oferece condições 
dos trabalhadores exercerem tanto atividades manuais quanto intelectuais; 
5. ( ) Desde o primórdio da institucionalização das escolas brasileiras era reservado para as elites 
um ensino científico e literário e para os trabalhadores em geral a oferta de uma educação 
elementar, voltada para as atividades manuais; 
Resposta: F, F, V, F, V 
 
QUESTÃO 03 = [1.0 ponto] 
ZANELLA (Texto 08) diz que “o século XVIII marca o fim das Corporações, que foram eliminadas 
pelo ‘sistema de fábrica’ (manufatura/indústria). A ‘pedagogia das corporações’ foi eliminada por 
uma ‘complexa ideologia educativa’. A hegemonia da idéia de que tempo é dinheiro inviabilizou a 
formação do artesão. As fábricas não necessitavam mais de mestres”. 
ANALISE as opções abaixo e ASSINALE [C]-CORRETAS e/ou [E]-ERRADAS conforme o contexto 
descrito pelo autor acima citado: 
a. [ ] A qualificação não dependerá da organização profissional feita longamente e com 
profundidade na Corporação – o que vale agora, na formação, é o desenvolvimento do ‘dom 
natural’ do indivíduo: iniciativa, vontade, ambição, criatividade, perspicácia, honestidade, 
senso empresarial etc.; 
b. [ ] O artesão foi substituído pelo operário de fábrica, que tem ‘muito menos ou nenhuma 
necessidade de instrução adestradora preliminar e de formação ideológica e racional’; 
c. [ ] As corporações compreendiam o momento escolar no sentido técnico-profissional. Não 
adotavam um plano de formação contínua, de educação permanente conforme exigia o 
“sistema de fábrica”; 
d. [ ] O Mestre Artesão se constitui em produtor dependente dos donos da matéria-prima e das 
ferramentas de produção, sem os quais não conseguiria executar o seu trabalho. 
e. [ ] Segundo Marx, “da grande indústria brotaria o germe da educação do futuro, pois o 
próprio desenvolvimento fabril colocaria a necessidade da negação da particularização do 
trabalho”. Com esta premissa Marx não se deixa iludir com as promessas da nostalgia da volta 
ao artesanato como forma de superar a fragmentação do trabalho humano. “A história não 
tem retorno”, não tem sentido reclamar uma volta ao trabalho artesanal. 
Resposta: C, C, E, E, C 
 
QUESTÃO 04 = [1.0 ponto] 
COMENIUS é considerado o precursor de um novo método de ensino (a Didática Magna: a arte de 
ensinar tudo a todos), bem como é o criador do livro didático o qual se destinava a racionalizar o 
seu método de ensino para instrumentalizar o trabalho do professor em sala de aula. Quais as 
implicações deste novo método de ensino sobre o trabalho do professor? 
ASSINALE {V}Verdadeiro e/ou {F}Falso: 
1. { } O que se verificou foi uma desqualificação generalizada do trabalho do professor, a 
exemplo do artesão na manufatura; 
2. { } A sala de aula passou a ser tratada como um espaço cujo domínio se deslocava do 
professor para o manual didático; 
3. { } O manual didático estreitou os limites do saber exigido do professor, restringiu-os aos seus 
próprios limites; 
4. { } A desqualificação profissional veio acompanhada de um viés de qualificação no sentido de 
especialização; 
5. { } Com esta proposta de Comenius se alcançou uma enorme expansão da escola pública no 
final do século XVIII e início do século XIX; 
Resposta: V,V,V,V,F 
 
QUESTÕES DISSERTATIVAS (ELETIVAS): 
 
Orientações: 
 Procure responder às questões dissertativas usando suas próprias palavras, com 
criatividade e demonstrando coerência expositiva e argumentativa ao redigir o seu texto, 
escreva fazendo sempre uma introdução, desenvolvimento e conclusão. Bom Trabalho! 
 
 Das sugestões abaixo escolha apenas TRÊS questões para responder: 
 
 
QUESTÃO 05 = [2.0 pontos] 
Explique por que para Saviani o advento da “sociedade contratual”, cuja base é o direito positivo e 
não mais o direito natural ou consuetudinário, é um elemento fundamental na formação da 
sociedade burguesa, capitalista? Explique por que, também, isto é tão importante no processo de 
generalização da escola iniciada pela burguesia? 
GABARITO: 
Dicionário Aurélio = 
 Direito Consuetudinário: “Complexo de normas não escritas originárias dos usos e costumes tradicionais dum 
povo; direito costumeiro”; 
 Direito Natural: “Complexo de regras e doutrinas baseadas no bom senso e na eqüidade, e que se impõem às 
legislações dos povos cultos”; 
 Direito Positivo ou Normativo: “Conjunto de normas de caráter obrigatório impostas pelo Estado, e que 
compreende o direito escrito e o consuetudinário; direito objetivo”; 
 
Resposta: 
No Período Moderno,em meio às Revoluções Científica e Industrial, 
“(...) o eixo do processo produtivo desloca-se do campo para a cidade e da agricultura para a indústria, que converte o 
saber de potência intelectual em potência material. E a estrutura da sociedade deixa de fundar-se em laços naturais 
para pautar-se por laços propriamente sociais, isto é, produzidos pelos próprios homens. Trata-se da sociedade 
contratual, cuja base é o direito positivo e não mais o direito natural ou consuetudinário. Com isso, o domínio de uma 
cultura intelectual, cujo componente mais elementar é o alfabeto, impõe-se como exigência generalizada a todos os 
membros da sociedade. E a escola, sendo o instrumento por excelência para viabilizar o acesso a esse tipo de cultura, 
é erigida na forma principal, dominante e generalizada de educação. Esse processo assume contornos mais nítidos 
com a consolidação da nova ordem social propiciada pela indústria moderna no contexto da Revolução Industrial” 
(p.158). 
Por se tratar agora de uma sociedade contratual, baseada no contrato, ou seja, na lei escrita (na Constituição, na 
carteira de trabalho, na certidão de nascimento, certidão de casamento, certidão de óbito, carteira de motorista, 
contrato de locação, compra ou venda de imóveis, diploma escolar etc.), o domínio da leitura e da escrita, do saber ler 
e escrever e contar torna-se fundamental para esta sociedade e seus membros, é uma condição básica de “cidadania”. 
Daí a importância da “sociedade contratual” no processo de generalização da escola, a qual visa atender uma 
necessidade objetiva da sociedade burguesa, capitalista, em formação. 
 
QUESTÃO 06 = [2.0 pontos] 
Quais as razões que levaram à inversão de nome do GT “Educação e Trabalho” para “Trabalho e 
Educação” na ANPED – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação? 
GABARITO: 
TREIN & CIAVATTA (p. 144) = 
 O aprofundamento teórico-metodológico e os debates conduziram à mudança do nome do GT, inicialmente 
intitulado “Educação e Trabalho” o qual passou a ser denominado “Trabalho e Educação”. A razão disto se explica 
dentro de uma visão dialética da história que concebe o trabalho como práxis humana, material e não-material, o 
trabalho como princípio educativo, e não apenas como produtor de mercadorias. Diante disto compreendeu-se 
que a educação não pode ser dissociada da sociedade a qual pertence como se fosse algo fora da vida e da 
sociedade. A escola e a educação não são instituições autônomas, e sim, são fruto das relações sociais históricas 
criadas pela humanidade, portanto, para bem se compreender a escola/educação deve-se compreender bem a 
sociedade da qual ela se origina. 
Obs.: ver também BOMFIM (p.04 ss). 
 
 
QUESTÃO 07 = [2.0 pontos] 
BOMFIM (Texto 02), resgata uma fala de KUENZER na qual a autora lamenta os “descaminhos 
(evitáveis) que o GT ‘Trabalho e Educação’ tomou” em sua trajetória, expresso na frase: “As 
pessoas foram ao mundo do trabalho e não voltaram”. A que isto se refere? Explique. 
 
GABARITO: 
Segundo BONFIM, na opinião da autora “a reflexão sobre a educação, sobre a escola especificamente, há muito 
tempo tem ficado aquém do esperado” (p.13), no desenvolvimento das atividades do GT “Trabalho e Educação”. 
Acácia Kuenzer manifesta o seu receio de que a inversão do nome do GT para “Trabalho e Educação” tenha levado as 
pessoas a ficarem “seduzidas” pelo mundo do trabalho, da economia, da ciência política, da sociologia do trabalho, da 
administração etc., as quais, aos poucos “perderam o objeto educação como referência”. Nesta perspectiva, a 
educação dos trabalhadores “parecia que era coisa de pedagogo, era coisa menor e não objeto do GT”. Esta reação de 
Kuenzer e de outros membros do GT teve a intenção de marcar uma posição no sentido de chamar a atenção para a 
centralidade do “objeto educação”, em especial a educação dos trabalhadores, no interior do GTTE. 
 
 
QUESTÃO 08 = [2.0 pontos] 
Explique a afirmação de Dermeval Saviani (Texto 03) segundo o qual: “Podemos, pois, dizer que a 
essência do homem é o trabalho [...] O que o homem é, é-o pelo trabalho” e de que forma isto se 
identifica com o processo educativo e com a própria origem da educação? 
 
ELEMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO GABARITO: 
 Trabalho e Educação são atividades especificamente humanas. Isso significa que, rigorosamente falando, apenas 
o ser humano trabalha e educa” (SAVIANI, p.152); 
 “Voltando-nos para o processo de surgimento do homem vamos constatar seu início no momento em que 
determinado ser natural se destaca da natureza e é obrigado, para existir, a produzir sua própria vida. Assim, 
diferentemente dos animais, que se adaptam à natureza, os homens têm de adaptar a natureza a si. Agindo sobre 
ela e transformando-a, os homens ajustam a natureza às suas necessidades” (Idem, p.154); 
 “Ora, o ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humanas é o que conhecemos 
com o nome de trabalho. Podemos, pois, dizer que a essência do homem é o trabalho. [...] a essência humana é 
produzida pelos próprios homens. O que o homem é, é-o pelo trabalho. A essência do homem é um feito 
humano. É um trabalho que se desenvolve, se aprofunda e se complexifica ao longo do tempo: é um processo 
histórico” (Ibidem); 
 “o homem não nasce homem. Ele forma-se homem. Ele não nasce sabendo produzir-se como homem. Ele 
necessita aprender a ser homem, precisa aprender a produzir sua própria existência. Portanto, a produção do 
homem é, ao mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo. A origem da educação 
coincide, então, com a origem do homem mesmo” (Ibidem); 
 “Diríamos, pois, que no ponto de partida a relação entre trabalho e educação é uma relação de identidade. Os 
homens aprendiam a produzir sua existência no próprio ato de produzi-la. Eles aprendiam a trabalhar 
trabalhando. Lidando com a natureza, relacionando-se uns com os outros, os homens educavam-se e educavam 
as novas gerações. A produção da existência implica o desenvolvimento de formas e conteúdos cuja validade é 
estabelecida pela experiência, o que configura um verdadeiro processo de aprendizagem” (Ibidem); 
 “Os homens apropriavam-se coletivamente dos meios de produção da existência e nesse processo educavam-se e 
educavam as novas gerações. Prevalecia, aí, o modo de produção comunal, também chamado de “comunismo 
primitivo”. Não havia a divisão em classes. Tudo era feito em comum. Na unidade aglutinadora da tribo dava-se a 
apropriação coletiva da terra, constituindo a propriedade tribal na qual os homens produziam sua existência em 
comum e se educavam nesse mesmo processo” (Ibidem); 
 “Estão aí os fundamentos histórico-ontológicos da relação trabalho-educação. Fundamentos históricos porque 
referidos a um processo produzido e desenvolvido ao longo do tempo pela ação dos próprios homens. 
Fundamentos ontológicos porque o produto dessa ação, o resultado desse processo, é o próprio ser dos homens 
(Idem, p.155); 
 
QUESTÃO 09 = [2.0 pontos] 
No Filme 01: Fases da Revolução Industrial afirma-se que “a industrialização mundial foi incapaz de 
acabar com antigos problemas sociais, tais como a fome, a miséria e os preconceitos”. Analise isto 
e procure refletir por que apesar das conquistas alcançadas pela humanidade como fruto do 
processo de industrialização tais problemas sociais ainda existem? 
GABARITO: 
Basicamente, isto deve ser relacionado à lógica da sociedade burguesa, capitalista, na qual prevalece a busca do lucro 
ou da acumulação ampliada do Capital e a corrida desenfreada pelo dinheiro pela classe dirigente acima das 
necessidades básicas da maioria da sociedade. A industrialização contribui neste processo ou não contribui para 
mudar esta situação porque segundo a lógica dominante apenas alguns poucos detém a propriedadeprivada dos 
meios e bens de produção, do Capital etc. e a grande maioria detém apenas a sua capacidade de trabalhar, isto é, sua 
força-de-trabalho a qual ela coloca à disposição destes poucos proprietários para poder sobreviver. 
 
 
 
QUESTÃO 10 = [2.0 pontos] 
ENGELS (Texto 04) afirma que “a propriedade privada baseada no trabalho próprio converter-se 
necessariamente, ao desenvolver-se, na ausência de posse de toda propriedade pelos 
trabalhadores, enquanto toda a riqueza se concentra mais e mais nas mãos dos que não 
trabalham”. 
 Analise e comente esta citação com base no que você estudou até este momento. 
GABARITO: 
O discente poderá desenvolver esta questão no sentido de mostrar como a propriedade privada dos meios de 
produção (instrumentos, terra, animais, máquinas, prédios etc.) leva necessariamente a uma divisão da sociedade 
entre os “proprietários” e os “não-proprietários”, convertendo os últimos em “serviçais” dos primeiros. Se for possível 
dizer que antes todos vivem do trabalho de todos, após a instituição da propriedade privada surge uma classe de 
indivíduos (os proprietários) que passaram a viver-do-trabalho-dos-outros. Por exemplo, aqueles que não tinham a 
propriedade da terra, principal meio de produção nos primórdios da humanidade, era constrangido a trabalhar para o 
dono da terra onde deveria produzir para si e também para o proprietário. À medida que as relações sociais de 
produção tornam-se historicamente mais complexas, o grupo de proprietários irá ter gradativamente menos 
necessidade de exercer qualquer atividade prática ou laboral (de trabalho). Na sociedade atual, quase toda atividade 
produtiva é delegada a terceiros, até a administração e a direção da empresa tornou-se científica, isto é, delegada a 
especialistas e técnicos responsáveis pela gerência, engenheiros de produção, executivos, a seleção de trabalhadores 
é feita por profissionais de recurso humanos (RH), psicólogos, assistentes sociais etc. Na atualidade percebe-se que 
cada vez mais todo o trabalho, em todos os níveis é delegado aos “não-proprietários” (os trabalhadores) e nunca 
antes houve tanta concentração da riqueza nas mãos de tão poucos quanto atualmente. Na outra ponta, nunca se 
trabalhou tanto socialmente por tão pouco.

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