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GABARITO AP2 Educação e Trabalho 2018.1

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SEGUNDA AVALIAÇÃO PRESENCIAL (AP2) – 2018.1 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO 
Prof. Dr. Dalton Alves 
Profª. Drª Fátima Chaves 
Profª. Ms. Roberta Guimarães 
 
Nome: 
Matrícula: Polo: 
 
Orientações: 
 Procure responder às questões usando suas próprias palavras com criatividade e demonstrando coerência 
expositiva e argumentativa ao redigir o seu texto, escreva fazendo sempre uma introdução, desenvolvimento e 
conclusão. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS: 
QUESTÃO 01: [1.0 ponto – 0,20 cada alternativa] 
 (Questão trabalhada na AD2) 
Foi visto na AD2, com base no TEXTO 08 = ALVES, Dalton. Item: Do modelo de organização da formação para o 
trabalhador no Brasil, no Século XX, que a origem da educação para o trabalhador esteve condicionada às necessidades 
da produção capitalista, “pensada e oferecida à classe trabalhadora como a formação de um ‘meio de produção’ para o 
mercado de trabalho capitalista e não como uma educação para a formação humana, do ser humano que há no trabalhador” 
(TEXTO 08, p.05). Sobre essa concepção de formação para o trabalhador no capitalismo, 
 ASSINALE V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas alternativas abaixo: 
 
a) ( ) No Brasil, a formação para a classe trabalhadora foi marcada pelo estigma da escravidão, por terem sido os índios e os 
escravos os primeiros aprendizes de ofício. 
b) ( ) A indústria antes de 1900 era incipiente, o comércio e a manufatura rudimentares. Na vida rural vivia-se e trabalhava-se 
relativamente bem sem uma necessária habilitação técnica para as funções requeridas, o que tornava dispensável a educação 
escolar, sobretudo para os trabalhadores (escravos). 
c) ( ) O período do Brasil colonial foi marcado por um ensino precário, sendo direcionada para formar mão de obra para as 
necessidades do sistema produtivo, enquanto o ensino acadêmico era proporcionado para a futura elite dirigente do país. 
d) ( ) O industrialismo no Brasil tem início a partir de 1930, verifica-se neste período a primazia do histórico interesse por uma real 
formação profissional dos trabalhadores, demonstrado pelas iniciativas do Governo Federal que ao efetivar o seu projeto 
nacional de educação contou, como sempre, com a participação dos coletivos dos trabalhadores e das suas organizações de 
classe, como os sindicatos, para pensar com os trabalhadores a melhor educação profissional e humana para eles. 
e) ( ) Apenas na década de 1940 é que surgirá uma proposta efetiva de educação profissional durante o Estado Novo com a criação 
das Leis Orgânicas do Ensino pela Reforma Capanema. 
GABARITO: V, V, V, F, V 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
QUESTÃO (02) = [1.0 ponto – 0,20 cada alternativa] 
 (Questão trabalhada na AD2) 
Sobre a relação histórica do trabalho e da escola “para” a classe trabalhadora no Brasil no TEXTO 09 = KUENZER, Acácia. 
Introdução: Por que investigar a relação entre educação e trabalho no Brasil?, traz um levantamento de pesquisas para 
avançar na compreensão de questões sobre a contradição entre capital e trabalho construídas historicamente, na oferta 
educacional insuficiente e inadequada no País. 
 Sobre essas questões históricas ASSINALE ABAIXO C (Certo) ou E (Errado) nas seguintes alternativas: 
a) ( ) Em 1909, foram criadas 19 escolas de aprendizes artífices, subordinados ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio 
marcados por um sistema de ensino regular com finalidade específica para preparação dos pobres, marginalizados e 
desvalidos, sendo estes os primeiros cursos profissionais no país. 
b) ( ) O atendimento à demanda por mão de obra qualificada só surge com preocupação objetiva em 1960 com a Lei Orgânica do 
Ensino Industrial quando foi criado um “sistema de ensino profissional para a indústria”. 
c) ( ) Nessa época foi criado o Sistema “S” (SENAI, SESC e SENAC) pelo estímulo do governo federal à institucionalização de 
um sistema nacional de aprendizagem custeado pelas empresas para atender suas próprias necessidades, ou seja, uma 
perspectiva de formação gerida por empresários. 
d) ( ) A Lei 5.692/71 traz dois ramos de ensino médio diferenciados, mas equivalentes: um ensino propedêutico, de caráter 
científico, e outro profissionalizante, como curso normal (magistério), industrial, comercial e agrícola, legitimando a função 
excludente e seletiva da educação escolar de nível médio. 
e) ( ) A indefinição do papel da escola média em relação ao mundo do trabalho é evidenciada na perda de significado social do 
ensino do 2º grau, legitimado em 1982, pela Lei nº 7.044 que extinguiu ao nível formal a escola única profissionalizante 
obrigatória, que nunca chegou a existir concretamente. 
GABARITO: C, E, C, E, C 
 
QUESTÃO (03) = [2.0 pontos] 
De acordo com o TEXTO 12 = KUENZER, Acácia. “Exclusão includente e Inclusão excludente: a nova forma de dualidade 
estrutural que objetiva as novas relações entre educação e trabalho responda as questões abaixo: 
3.a) A autora relata que um novo tipo de produção racionalizada demandava um novo tipo de homem, capaz de ajustar-se 
aos novos métodos da produção ao analisar o americanismo e o fordismo, onde a partir das relações de produção e das 
novas formas de organização do trabalho, são concebidos e veiculados novos modos de vida, comportamentos, atitudes 
e valores, que historicamente repercutem na escola. [1.0 ponto] 
 MARQUE com um “X” a única afirmativa ERRADA relativa à concepção taylorista/fordista na educação: 
(a) Fragmentação do saber, do fazer e dos conteúdos no ambiente escolar; 
(b) Alienação e disciplinamento dos alunos e trabalhadores; 
(c) O trabalhador tem iniciativa e seu conhecimento científico é valorizado na escola; 
(d) Método pedagógico pautado na memorização e repetição dos conteúdos; 
(e) Todos eles estão errados. 
GABARITO: LETRA C 
 
3.b) As mudanças ocorridas no mundo do trabalho a partir dos anos 1990, com a globalização da economia, com a 
reestruturação produtiva e com as novas formas de relação entre Estado e sociedade civil a partir do neoliberalismo, 
mudam radicalmente as demandas de disciplinamento, e em decorrência, as demandas que o capitalismo faz à escola. 
[1.0 ponto] 
 ASSINALE a única afirmativa CERTA sobre o Toyotismo na educação: 
(a) Valorização do domínio de conteúdos e de habilidades cognitivas; 
(b) Reunificação do trabalho fragmentado, mediado pelas tecnologias, porém sem superar a divisão entre capital e 
trabalho; 
(c) Trabalhador multitarefa para atender as demandas da organização e da gestão escolar; 
(d) Todos eles; 
(e) Nenhum deles. 
GABARITO: LETRA D 
 
 
QUESTÓES DISCURSIVAS: 
 
QUESTÃO (04) = [2.0 pontos – 0,20 cada alternativa correta] 
No Texto 13 = CATTANI: “Desigualdades Ampliadas e Alternativas em Construção”. Segundo o autor, o MODELO 
NEOLIBERAL, que tem imperado no mundo desde a década de 1970, tem conduzido a humanidade ao que ele denomina 
de “Rota do Desastre”. Ao contrário do discurso oficial, diz o autor, a aplicação do modelo neoliberal “resultou na realidade 
no aumento das desigualdades históricas e na criação de desigualdades inéditas”. 
 Com base nisto faça um quadro comparativo do ANTES e AGORA quanto ao modelo adotado de organização 
econômica e societária capitalista de tipo neoliberal. Escolha dentre as alternativas do “Quadro 01” abaixo aquela que 
melhor se adequa a uma coluna ou outra, e preencha o quadro o “Quadro 02” a seguir: 
 Quadro 01: 
precariedade / múltiplas tarefas
/ direitos trabalhistas / estado de bem estar social / exclusão / regulação 
dos mercados / estabilidade / estado mínimo / inclusão / flexibilização de direitos: contrato temporário, 
trabalho informal / tarefas curtas, rotineiras e monótonas. 
 
 Quadro 02: 
ANTES se falava: AGORA se fala: 
estabilidade precariedade 
direitos trabalhistas flexibilização de direitos: contrato temporário, trabalho 
informal 
estado de bem estar social estado mínimo 
tarefas curtas, rotineiras e monótonas múltiplas tarefas 
inclusão Exclusão 
Regulação dos mercados ---------------- 
 
QUESTÃO (05) = [2.0 pontos] 
TEXTO 14 = OLIVEIRA e PIRES: “Da precarização do trabalho docente no Brasil e o processo de reestruturação produtiva”, 
analisa, dentre outros problemas, a questão da desvalorização profissional do trabalhador docente, a ideia de que o que 
se faz na escola não é assunto de especialista, não exige conhecimentos específicos, e, portanto, pode ser discutido por 
leigos, por qualquer um, por exemplo, “trabalho voluntariado”, projeto “Amigos da Escola”, “Todos pela Educação”, “Escola 
Aberta”, ensino por “notório saber” etc., essas novas exigências extracurriculares contribuem fortemente para criar uma 
situação de “desprofissionalização” das atividades educativas, da perda da identidade profissional, da constatação, enfim, 
de que ensinar, às vezes, não é o mais importante. (TEXTO 14, p. 87ss) 
 Considerando estas ideias, redija um texto dissertativo sobre quais as consequências de uma política de participação 
da comunidade no seio escolar sem comprometimento para com a qualidade de ensino e respeito do princípio 
constitucional de valorização do profissional docente. 
GABARITO: 
Principais consequências: 
 A ação voluntária transfere do Governo à sociedade civil a responsabilidade pela manutenção das escolas; 
 Implica na desvalorização dos profissionais da educação uma vez que qualquer um poderia substituí-los; 
 Criação de um ambiente propício para reduzir os investimentos estatais na educação, vez que existem pessoas de boa vontade 
para assumirem estas obrigações; 
 Consequências sobre a educação dos alunos por serem “formados” por pessoas que não foram preparadas para este fim; 
 Intensificação do Trabalho Docente: 
“O professor diante das variadas funções que a escola pública assume, tem de responder a exigências que estão além de sua formação. 
Muitas vezes esses profissionais são obrigados a desempenhar funções de agente público, assistente social, enfermeiro, psicólogo, 
entre outras” (OLIVEIRA apud Texto 14, p.87). 
 
 
QUESTÃO (06) = [2.0 pontos] 
TEXTO 11 = BATISTA, Eraldo Leme. “O Instituto de Organização Racional do Trabalho – IDORT, como instituição 
educacional nas décadas de 1930 e 1940 no Brasil”. Nesse texto, temos que: 
Em 1942, contando desta vez com a participação dos industriais, é criado, em convênio com a 
Confederação Nacional das Indústrias, através do Decreto-Lei 4.048 de 1942, o Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial (SENAI) e, quatro anos depois, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial 
(SENAC), pelo Decreto-Lei 8.621 de 1946, dirigido e organizado pela Confederação Nacional do 
Comércio. As duas instituições foram criadas para atender à demanda de qualificação para o trabalho, 
em todos os níveis de profissionalização. Atualmente, são responsáveis pela maior rede de escolas de 
educação profissional no Brasil (Texto 11, p. 08). 
 Faça um texto dissertativo considerando os elementos a seguir como dois aspectos de uma mesma 
questão, a saber: 
a) Qual o objetivo desses sistemas de educação profissional paralelos? 
b) E por que ao serem propostos esses sistemas de educação profissional ainda prevaleceu o 
sistema dual de ensino nas escolas profissionais brasileiras? 
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GABARITO: 
a) A criação dos sistemas de educação profissional paralelos (“Sistema S”) teve o intuito de capacitar, de forma rápida, um número 
maior de pessoas para os setores de produção imediatos; desenvolver as experiências racionais na formação dos trabalhadores, 
pela administração científica do trabalho, de tipo taylorista-fordista, bem como: 
“Análise do trabalho nas várias profissões para verificação das aptidões básicas de cada uma, seleção por meio de testes, de candidatos a 
determinadas profissões, tais como: aprendizes e operários industriais, condutores de veículos, telefonistas, telegrafistas, ferroviários, agentes 
de segurança, aviadores etc; colaboração na organização de cursos de educação profissional, tendo em vista, o desenvolvimento racional 
das aptidões na base psicotécnica, bem como a aquisição metódica de conhecimentos técnoprofissionais; verificação da eficiência de provas 
e métodos psicotécnicos; determinados padrões profissionais (valores médios) em nosso meio”. (Texto 11, p. 11). 
 
b) Apesar do prometido, porém, essa política não foi suficiente para amenizar os problemas educacionais do país. Romanelli (apud 
Texto 11, p.08)) argumenta que, ao se tomar essa medida, o Governo descuidou de manter um sistema único de escola, 
prevalecendo o sistema dual de ensino, no qual as camadas médias e superiores procuravam o ensino secundário e superior 
enquanto as camadas populares recorriam às escolas de nível primário e profissional. Mantem-se assim o sistema dual de ensino 
porque não se rompe com o esquema de um tipo de escola de formação de excelência intelectual para os mais ricos e outro tipo 
de escola minimalista, com parca formação intelectual, voltada mais para capacitação técnica e operacional, com o mínimo de 
domínio teórico, bem ao estilo da “educação aos operários em doses homeopáticas” proposta por Adam Smith, que orientou o 
tipo de escola PARA os trabalhadores criado já na Primeira Revolução Industrial. Outro elemento importante é o fato de não terem 
sido consultados nem os trabalhadores e nem as suas organizações de classe, sendo completamente ignorados ao se pensar o 
tipo de escola profissional criada a partir da década de 1940 no Brasil e em que estas escolas deveriam atender às necessidades 
de formação profissional e de formação humana dos trabalhadores. Foram convocados para esta missão apenas os organismos 
de classe dos empresários, tais como, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a FIESP (Federação das Indústrias do Estado 
de São Paulo) e a escola profissional nasce assim pensada para atender prioritária e unicamente àquilo que as indústrias e o 
mercado de trabalho precisavam, desprezando-se neste processo o que interessaria também aos trabalhadores.

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