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PSICOLOGIA DO ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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PSICOLOGIA DO ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
Prof. Cássio Almeida
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A EDUCAÇÃO INFORMAL
Para Tosta (2013, p. 8), “o âmbito familiar é o primeiro socializador de todo indivíduo”. É o espaço onde o indivíduo passa a exercer papel fundamental no decorrer de sua trajetória. Pois são as experiências vividas no contexto familiar quando criança, que irão contribuir para a formação enquanto adulto. 
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EDUCAÇÃO FORMAL 
A escola, de fato, institui a cidadania. É ela o lugar onde as crianças deixam de pertencer exclusivamente à família para integrarem-se numa comunidade mais ampla em que os indivíduos estão reunidos não por vínculos de parentesco ou de afinidade, mas pela obrigação de viver em comum. A escola institui, em outras palavras, a coabitação de seres diferentes sob a autoridade de uma mesma regra. 
Canivez (1991)
MOVIMENTO
COGNIÇÃO
AFETIVIDADE
PI
SABOYA 1988
EMOÇÕES X APRENDIZADO 
E qual o papel das emoções no desenvolvimento cognitivo?
“As nossas emoções afirmam, guiam-nos quando temos de enfrentar situações e tarefas muito importantes para serem deixadas apenas a cargo do intelecto (…). Cada emoção representa uma diferente predisposição para a ação; cada uma delas aponta-nos numa direção que já noutras ocasiões resultou bem para enfrentar o mesmo tipo de problema. (…) Uma visão da natureza humana que ignore o poder das emoções é tristemente míope.” (Goleman, 2012: 26) 
EMOÇÕES X APRENDIZADO 
“(…) nos dias de hoje, alguma confusão quando se fala em inteligência emocional. Ser emocionalmente inteligente não significa que uma pessoa precise de ser constantemente simpática e amável, mas sim ser capaz de lidar com problemas e resolver situações, confrontar assuntos melindrosos e expressar-se de forma apropriada. Algumas pessoas são incapazes de se decidir sobre a expressão das suas emoções.” 										(Quintanilha, 2013: 17) 
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS ATUAIS E SEUS RESPECTIVOS PRINCÍPIOS
MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS ATUAIS E SEUS RESPECTIVOS PRINCÍPIOS
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE AS EMOÇÕES NAS AULAS DE EF
Antunes (1993)
Atitudes do professor como influenciadores nas emoções dos alunos
Atitudes opressivas manifestam prejuízos na comunicação entre professor e aluno resultando falta de questionamento e constrangimento por parte dos alunos; 
Imposição de atividades, sempre selecionadas pelo adulto, resulta insatisfação e desconforto nas crianças; 
 Atitudes parciais do professor em situações de disputa acarreta irritação, conflitos e revoltas; 
Ênfase nos resultados, na execução correta dos exercícios, gerava frustração nos "malsucedidos" e levava-os ao afastamento das atividades;
Contradições entre discurso e prática do professor acarreta ambiente emocional instável; 
Excesso de competições gera agressões, inclusive físicas, entre os alunos.
"Nas inúmeras situações emocionais analisadas, vimos que quando não passam despercebidas pelo professor, muitas recebem um tratamento inadequado, prevalecendo uma linguagem opressora que se traduz num feedback prejudicial, por desprezar a atividade do sujeito que é essencial ao processo de aprendizagem da educação física escolar" 																	(ANTUNES, 1993:140-141). 
O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE AS EMOÇÕES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
"O cumprimento formal da ordem, a obediência inquestionável da realização de exercícios através de um ritmo padronizado e único, em nenhum momento privilegia a ação educativa que se preocupa com a sensibilidade.“
(MOREIRA, 1993:18)
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As atividades esportivas precisam de caráter educacional, objetivando desenvolver os jovens alunos para favorecer a consciência de seu próprio corpo, explorando seus limites, aumentando suas potencialidades, desenvolvendo o espírito de solidariedade de cooperação mútua e de respeito pelo coletivo (SILVA; DOMINGOS, 2014).
Rizzo et al. (2014) salientam que o esporte pautado em valores educacionais contribui de modo prático para as relações interpessoais, distancia da violência, das drogas; melhora a saúde física e mental; favorece o desenvolvimento da qualidade de vida; enfim, seja no âmbito cultural, biológico ou social, a lista dos benefícios é extensa. 
PARA OS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
DESSUPOIO CHAVES (2006)
Dentre os conteúdos que a EF escolar pode abordar, estão a ginástica, as lutas, os jogos e brincadeiras, a dança e as atividades rítmicas, os esportes individuais e coletivos, atividades físicas, entre outros (IMPOLCETTO. et al, 2013).
Pesquisas realizadas acerca das publicações brasileiras, espanholas e de língua inglesa na Psicologia do Esporte e Exercício constataram que a motivação é um dos temas mais estudados nesta área, superando tópicos como ansiedade, humor e estresse (GOMEZ et al., 2007; MATIAS, 2010).
A motivação pode ser definida como um processo que se desenvolve no interior do indivíduo e o possibilita agir com o corpo e a mente, despendendo esforços para alcançar suas metas e se auto realizar (MACHADO, 1997; ALVES, 2004; BRAGA, 2010). 
A motivação compreende a direção e a intensidade do esforço, sendo que a direção se refere ao fato do sujeito aproximar, procurar ou ser atraído por certas situações, enquanto a intensidade refere-se a quanto esforço um indivíduo coloca em uma determinada situação (WEINBERG; GOULD, 2016)
CENTRADA NO TRAÇO, CENTRADA NA SITUAÇÃO E INTERACIONAL
A visão centrada no traço afirma que o comportamento motivado acontece em função das características individuais (personalidade), das necessidades e dos objetivos do indivíduo. 
centrada na situação defende que a motivação depende do contexto, do momento (ou seja, da situação), não levando em consideração o indivíduo
Já a perspectiva interacional, mais difundida na atualidade, aponta que a motivação não tem origem no traço ou na situação, e sim em uma conexão entre os dois.
(BARROSO, 2007; WEINBERG; GOULD, 2016; VIANA, 2009).
São processos distintos na vida de uma pessoa, entretanto podem/devem ser trabalhados de maneira conjunta. Fazer com que haja um equilíbrio entre os dois processos é importante no desenvolvimento das crianças.
Competição e Cooperação
A competição não é inerentemente boa ou ruim. Não é uma estratégia produtiva nem destrutiva – é simplesmente um processo que pode ser influenciado pelo ambiente social (pais, amigos, professores, etc.)
Pode acarretar resultados positivos (melhora na autoestima, confiança, divertimento) ou negativos (excesso de agressividade, fraude, preocupação somente com o vencer).Estrutura de recompensa - útil frente a tarefas físicas de curta duração e relativamente simples.
(WEINBERG e GOULD, 2016)
O estilo de liderança de um adulto (pai, professor, treinador), especialmente no esporte infanto-juvenil, determina se a competição afeta os atletas/alunos de maneira positiva ou negativa. É fundamental que os professores ensinem seus alunos quando é apropriado cooperar e quando o mais adequado é competir.
(WEINBERG & GOULD, 2016)
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INFLUÊNCIA DE ADULTOS
“Todo o comportamento de bullying é agressivo, mas nem todo o comportamento agressivo é bullying” 
		 (Rodkin, Espelage, & Hanish, 2015, p. 314)
Um comportamento reativo desencadeado por situações percepcionadas como ameaçadoras (Palacios & Berger, 2016).
Do ponto de vista do ajustamento social, supõe ações ou comportamentos (externos) que têm como intenção magoar outra(s) pessoa(s), implicando pelo menos, dois indivíduos (Bushman & Huesmann, 2010).
AGRESSÃO
O bullying assemelha-se a esta do ponto de vista comportamental, mas distingue-se da primeira pela sua natureza intencional e abusiva (Rodkin et al., 2015).
 bullying é considerado uma forma de agressão interpessoal complexa, que apresenta distintasformas e funções e que se manifesta por diferentes padrões relacionais (Swearer & Hymel, 2015).
o padrão repetido da intimidação física ou psicológica ao longo do tempo; 
a intencionalidade desse comportamento (provocar mal-estar e ganhar controlo sobre outra pessoa)
3) o desequilíbrio de poder físico ou psicológico entre o perpetrador e a vítima.
A maioria dos estudos aponta a forma de agressão direta, ou as formas diretas de bullying, como mais prevalentes nos rapazes (Hawley, Little, e Card, 2008; Moretti, Holland, e McKay, 2001; Olweus, 1993; Varjas, Henrich, e Meyers, 2009)
A agressão relacional ou o bullying indireto, como mais frequente nas raparigas (Prinstein, Boergers, e Venberg, 2001; Varjas et al., 2009).
FATORES DE RISCO PARA O COMPORTAMENTO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR DEVA TER EM CONTA, ENTRE OUTRAS, AS RELAÇÕES ENTRE OS JOVENS E OS PAIS, AS RELAÇÕES COM OS PARES E O AMBIENTE ESCOLAR (HONG & ESPELAGE, 2012).
AVALAIAR O CONTEXTO
O CYBERBULLYING É TIPICAMENTE DEFINIDO COMO UMA AGRESSÃO QUE É INTENCIONAL E REPETIDAMENTE REALIZADA EM UM CONTEXTO ELETRÔNICO (POR EXEMPLO, E-MAIL, BLOGS, MENSAGENS INSTANTÂNEAS, MENSAGENS DE TEXTO) CONTRA UMA PESSOA QUE NÃO PODE SE DEFENDER FACILMENTE ( KOWALSKI, LIMBER, & AGATSTON). , 2012 ; PATCHIN & HINDUJA, 2012 ). 
 MUITOS PESQUISADORES NOTARAM QUE O CYBERBULLYING ESTÁ OCORRENDO EM TAXAS GENERALIZADAS ENTRE JOVENS E ADULTOS, COM ALGUNS ESTUDOS MOSTRANDO QUASE 75% DAS CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR ( JUVONEN & GROSS, 2008).; KATZER, FETCHENHAUER, & BELSCHAK, 2009 ) EXPERIMENTANDO ESSA FORMA DE AGRESSÃO PELO MENOS UMA VEZ NO ÚLTIMO ANO.

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