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Capítulo 1: Administração de Produção e Operações – Fundamentos Estratégicos Prof. Julio Nichioka 1º Semestre de 2015 Curso de Engenharia de Produção Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I Capítulo 1: Administração de Produção e Operações – Fundamentos Estratégicos 1.1. Administração da Produção e Operações 1.2. Sistema de Produção 1.3. Evolução da Administração da Produção 1.1. Administração da Produção e Operações Administração da Produção e Operações: é a administração do sistema de produção, que transforma os insumos nos produtos e serviços da organização Sistema de Produção: transforma entradas em saídas (produtos finais) Processo de Transformação: é a atividade predominante de um sistema de produção Gerente de Operações: tem a principal função de administrar as atividades do processo de transformação. Função Produção: Definição Estreita Administração de Produção Contabilidade e finanças Recursos Humanos Compras Desenvolvimento de produto/ serviço Engenharia/ suporte técnico Marketing Fonte: Slack et al ( 2009) Função Produção: Definição Ampla Administração de Produção Contabilidade e finanças Recursos Humanos Compras Desenvolvimento de produto/ serviço Engenharia/ suporte técnico Marketing Fonte: Slack et al ( 2009) Modelo Geral da Administração da Produção Objetivos estratégicos da produção Papel e posição competitiva da produção OUTPUT Bens e serviços Projeto Planejamento e controle Melhoria Estratégia de produção AMBIENTE AMBIENTE Recursos transformados Input Materiais Informações Consumidores Instalações Pessoal Recursos de transformação Input INPUT Fonte: Slack et al ( 2009) 1.2. Sistema de Produção Entradas Saídas Processo de Transformação Sistema de Produção Sistema de Controle Recursos Externas Mercado Diretas Indiretas Entradas do Sistema de Produção Recursos Primários Materiais, Pessoal, Capital, Serviços Públicos, e Informação Externas Legais/Políticas, Sociais, Econômicas, Tecnológicas Mercado Concorrência, Desejos do Cliente, Informações sobre o Produto Saídas do Sistema de Produção Saídas Diretas Produtos Serviços Saídas Indiretas Impostos Remunerações e Salários Desenvolvimentos Tecnológicos Impacto Ambiental Impacto sobre o Empregado Impacto sobre a Sociedade Modelo Organizacional (OM) Marketing Administrativo Engenharia Recursos Humanos Qualidade Contabilidade Vendas Finanças OM 1.3. A Evolução da Administração da Produção (AP) Revolução Industrial Pós-Guerra Civil A Administração Científica Case Ford Motors Relações Humanas e Behaviorismo Pesquisa Operacional Just In Time Revolução dos Serviços Podem ser considerados como principais marcos: Fonte: Gaither e Frazier (2002) A Revolução Industrial Início : século XVIII na Inglaterra, substituição da força humana pela mecanização James Watt: inventou o motor a vapor em 1776 Adam Smith: publicou “A Riqueza das Nações” em 1776, que fomentou a divisão do trabalho em tarefas menores Eli Whitney: inventou o conceito de peças intercambiáveis na fabricação de rifles após 1798 Indústria Têxtil: A primeira grande indústria nos USA. Quando da Guerra Anglo-Americana (1812 a 1815), já haviam quase 200 fábricas Pós-Guerra Civil Guerra Civil nos USA: ocorreu de 1861 a 1865 De 1865 a 1900: numerosa força de trabalho para os centros industriais em franco desenvolvimento Separação entre o capital e o trabalhador: companhias abertas (ações) com empregados assalariados Demanda por produtos: exploração e colonização do Oeste Americano Explosão de produção: início do século XX A Administração Científica Frederick Winslow Taylor: Pai da Administração Científica. Nasceu na Filadélfia (1856 a 1915). Sistema de Produção de Taylor: A habilidade, a força e a capacidade de aprendizagem eram determinadas para cada trabalhador Medição de tempo era empregada para cada produção padrão por trabalhador em cada tarefa Especificações de materiais, métodos de trabalho e rotinas sequenciais eram usadas Supervisores eram cuidadosamente selecionados e treinados Foram introduzidos os sistemas de pagamentos com incentivos adicionais Administração Científica: Case Ford Motors Produção do Modelo T na Fábrica de Rouge, em 1908 Cada seção foi mecanizada e acelerada Tempo de produção anterior: 728 horas para montar um carro Tempo de produção obtido: 93 minutos Reduziu em muito os custos Saldo: de US 2 milhões para US 673 milhões Valor de venda: antes US 780 para US 360 Em 1920, os concorrentes da Rouge, localizados na região de Detroit, tornaram-se em empresas nanicas. Popularização das linhas de montagens como a maneira de produzir grandes volumes de produtos a baixo custo. Relações Humanas e Behaviorismo Cenário: Trabalhadores das fábricas da Revolução Industrial, recém-saídos do campo: despreparados, inábeis e indisciplinados. Esses empregos os separavam da fome. Em 1927-1932, Elton Mayo, realizou os Estudos de Hawthorne - análise do nível ótimo de iluminação para maximizar a produção – que reconheceu que fatores humanos afetam a motivação e a atitude das pessoas Behavioristas – Abraham Maslow, Frederick Herzberg, Douglas McGregor, Peter Drucker e outros – reconhecidos e gradual mudança na maneira de pensar e tratar os trabalhadores Pesquisa Operacional Durante a 2ª Guerra Mundial: utilização excessiva de recursos e decisões administrativas complexas Equipes de Pesquisa Operacional (PO) formadas em todos os ramos dos serviços militares Os conceitos de Abordagem por Sistemas Totais, Equipes Interdisciplinares e utilização de Técnicas matemáticas Complexas forjaram a introdução da Pesquisa Operacional Técnicas mais conhecidas: PERT/COM, Programação Linear, Modelos de Previsão A PO possibilita substituir a tomada de decisão intuitiva para problemas complexos por uma abordagem, que identifique a alternativa ótima, por meio de análise. Surgiu no Japão, em fins da década de 1960, na Fábrica da Toyota Motor Company, através do Taiichi Ohno Sistema para eliminar os desperdícios e aumentar a produtividade, realçando o trabalho humano nas fábricas Introduziu o conceito de “produção enxuta”. Também ficou conhecido como Sistema Toyota de Produção Envolve aspectos de administração de materiais, gestão de qualidade, arranjo físico, projeto de produto, organização de trabalho e gestão de recursos humanos Just in Time Revolução dos Serviços Grande disseminação dos serviços nas economias Tendência de crescimento do setor de serviços em países desenvolvidos Novos negócios e tecnologias Os empregos abrangem desde profissionais altamente remunerados e técnicos até posições de salário-mínimo As empresas de serviço podem ter qualquer tamanho: de enormes corporações globais a pequenos negócios locais. Serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra. Tendência dos empregos por setor nos USA 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Pr op or ta tio n of to ta l e m pl oy em en t Year Service Manufac turing Agricultu re Fonte: U.S. Dept. of Commerce, 1995 PRODUTO SERVIÇO Tangível Intangível Valor objetivo para o cliente Valor subjetivo para o cliente Fácil de medir a eficiência Difícil de medir a eficiência É dada garantiaSó podem ser dadas soluções paliativas ou compensações Requer mais tecnologia Requer mais das pessoas São estocáveis Não são estocáveis Produção não ocorre com o consumo Produção e consumo ocorrem simultaneamente 02 Diferenças entre Produto X Serviço Crescimento Contínuo do Setor de Serviços Um setor de serviços robusto sustenta um setor de manufatura Muitos gerentes de serviços são oriúndos do segmento manufatureiro Técnicas e conceitos empregados na manufatura devem ser estudados e adaptados ao setor de serviços O setor de serviços deve continuar a melhorar a qualidade, a flexibilidade e os custos Posicionamento Estratégico para os Serviços Caso McDonald’s Projeto de serviços altamente padronizado Baixo contato com o cliente Bens físicos dominando os serviços intangíveis Os serviços de retaguarda são quase no conceito de linha de produção Os produtos do Burger King são ligeiramente mais personalizados, com maior contato e envolvimento com o cliente. Referências Bibliográficas CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. - Administração de produção e operações. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2012 GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2002. KRAJEWSKI, L. , RITZMAN, L. , MALHOTRA, M, Administração de Produção e Operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. SLACK, N.et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2009. STEVENSON, W. J. Administração das Operações de Produção. Rio de Janeiro: LTC, 2001
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