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Resumo sobre as Escolas do Direito

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Escolas do Direito: tentam responder o que é direito de formas diferentes, mesmo não existindo uma forma certa. Embora todas tenham seu propósito, nenhuma delas está errada em suas explicações.
As escolas do direito sempre vão seguir uma das três linhas de raciocínio para explicar o direito. Dentre essas linhas estão o FATO, o VALOR e a NORMA.
Não há princípio da causalidade no direito porque não recebo automaticamente uma sanção.
FATO
Sociologismo jurídico: No sociologismo jurídico o direito é um fato social como, por exemplo, a cultura. Ele diz que o direito se produz, se cria e se desenvolve com os acontecimentos sociais. Basta ter uma sociedade para que o direito se produza.
Crítica ao sociologismo: Se é um fato social, então as outras sociedades não podem ter outros direitos?
Naturalismo jurídico: O direito é um fato natural-físico porque as coisas acontecem assim e é direito delas.
Crítica ao naturalismo: Se é natural porque punir? Não deveriam haver sanções. 
Psicologismo Jurídico: O direito é um fato psíquico onde atua na proteção da satisfação de interesses do homem e apazigua conflitos de interesse.
Crítica ao psicologismo: Relaciona ao direito aos interesses, e os interesses são maleáveis.
VALOR (jusnaturalismos) tem o direito como sinônimo de Justiça, o direito sempre deve ser justo.
Natural (pela natureza): Ideia Socrática
Para Sócrates o direito é aquilo que é justo. Ele extrai essa ideia de justiça da essência das coisas: vendo o mundo natural como as coisas funcionam e extraia regras que são importantes para o ser humano.
Além da reflexão dos mundanos, Sócrates queria chegar ao verdadeiro sentido das coisas. Aos poucos se moldam os conceitos perfeitos pelo ser humano.
Ética Socrática. Prevalece a ética coletiva sobre a individual. Faço o que é certo para todos e não somente a mim. Respeitar a lei da cidade-Estado, é seguir a ética coletiva.
Platão (metafísica)
Existe o plano material e o campo das ideias. A ideia de justo está nesse mundo das ideias e existem injustiças porque nós interpretamos e entendemos essa justiça mal.
Aristóteles
Justiça Pública
Desenvolvida para a sociedade que traz as leis para os cidadãos (da porta de casa pra fora)
Justiça Privada
Relações entre os particulares, relações de família (de porta de casa para dentro)
Ideia de proporcionalidade. Justiça distributiva: bases diferentes para serem iguais -> fala das questões anti (distribuição de riqueza, distribuição de cargos públicas)
Justiça Corretiva: bases diferentes -> caso haja alguma desproporção, aplicasse a justiça corretiva.
Distribuo antes, mas caso haja alguma desproporção, há a correção para que se equilibre.
Justiça Comutativa
Consigo fazer uma troca entre as pessoas porque estão no mesmo patamar ex.: contratação de pessoas com mesmo nível de conhecimento.
Justiça Distributiva
Pessoas não estão em bases iguais e deve se haver a igualdade entre as partes ex.: cotas que trata de forma desigual para haver um equilíbrio entre as partes.
Teológica (pelo divino): Posiciona Deus como legislador, acusando as condutas a serem consideradas ilícitas e impondo punições conforme o bem ofendido. (Leis advindas de Deus)
São Tomás de Aquino (o corpo serve à alma): justo é aquilo entregue por Deus
Diz que existem uma hierarquia de regras
Lei Eterna: ensinamentos divinos (o que Deus diz, o que é justo em absoluto).
Lei Divina: forma expressa esses ensinamentos divinos para nós (a linguagem que é passada para nós desses ensinamentos da lei eterna).
Crítica: não se consegue se traduzir em palavras aquilo que Deus quer.
Lei Natural: todas as regras que comandam a natureza (tudo que não é o ser humano).
Lei Civil: trata das criações propriamente humanas ex.: organização do Estado, empresa, regras burocráticas.
Tudo que se afastar da lei divina, não é justo e não é direito.
Sindérese. O homem compreende o mundo ao seu redor a partir da experiência reiterada, então compreende os planos de Deus e a verdade.
Para São Tomás de Aquino a atividade legislativa é de suma importância para determinar aquilo que é certo e justo.
Sempre aplicasse a lei divina sobre as leis civis para São Tomás de Aquino.
Racional (racionalidade do ser humano)
Pelo simples fato de ser humano, temos naturalmente certos direitos. Direitos esses que ele reconhecerá e declarará ao longo de sua existência.
Hugo Grócio foi o cara que deu o pontapé nessa vertente jusnaturalista.
Por serem seres humanos, eles reconhecem direitos e Grócio cria a ideia de Direito Internacional ou “Direito das Gentes”.
Samuel Pufendorf juntou justificativas divinas com a racionalidade, ou seja, o homem naturalmente tem os seus direitos, mas tudo isso é possível porque existe um Deus que determinou que tudo fosse assim.
Escola histórica da Alemanha
Há insegurança em esperar que todos seguirão o que é certo. É necessário que o direito seja objetivado.
O direito não retira da lei a sua força, mas, sim do espirito do povo. O próprio povo com os seus costumes pode atualizar aquilo que está expresso.
Dão importância para a interpretação da norma.
Tem-se uma racionalidade muito forte para o direito para que estruture e para que se atualize o ordenamento jurídico.
NORMA
Positivismo Exegético (Direito como derivado de norma)
Quando surge o código civil napoleônico em 1804, muda-se a aplicação do direito que passa a ser literal (deve seguir literalmente o que está escrito) e não há abertura para a interpretação dos magistrados. O juiz que tem que ser a boca da lei.
Crítica: Há sempre espaço para a interpretação no que está escrito. (O mero ato de literalidade é um ato de interpretação por si só)
Se não houver lei, como se pode julgar aquele fato? As outras fontes do direito também abrem espaço para a interpretação. Fica-se preso ao ciclo de interpretação.
Há conflito entre escola exegética e escola histórica, uma vez que Savigny dizia que a codificação fossiliza o direito e ficaria muito difícil a alteração das leis e a sociedade mais moderna não seguiria as regras retrógradas.
Escola Pandectística (Alemanha) Windsheid
Pandectas era o outro nome dado ao Digesto e o digesto era uma das partes do Corpus Iuris Civilis (Compilação do Imperador Justiniano do Direito Romano)
Aquilo que já está positivado no Pandectas é mais que suficiente como norma jurídica, não é necessário que se crie nada novo. O direito romano já esgotou as matérias e era apenas necessário que se interpretassem o Digesto.
Jurisprudência dos Conceitos (Alemanha) Puchta
Existe uma pirâmide de conceitos que formam o que é direito. O direito não está vinculado a seres humanos, nem interesses, mas o direito é um amontado lógico de conceitos. E então pode ser aplicado à sociedade.
Preocupa-se mais com a parte teórica.
Jurisprudência dos Interesses (Alemanha) Ihering
Na verdade, deve-se levar em consideração o interesse dos envolvidos nos conflitos. Para criar e desenvolver o direito, devemos nos atentar aos interesses como se defendia no Psicologismo Jurídico.
A norma deve ser escrita, diferente do Psicologismo.
Há um ciclo de interesses e criam-se normas novas conforme o conflito.
Preocupa-se mais com a parte prática.
Positivismo Normativista Hans Kelsen (Teoria Pura do Direito)
A pureza do direito é apenas da ciência do direito e não a pureza do direito na sua aplicação, ou seja, o direito é autônomo e não necessita das demais ciências existentes. Mas, na sua aplicação, o direito deve ser interpretado e levar em consideração política, economia, história senão não se faz justiça. 
Direito é aquilo que uma autoridade competente definiu na lei, ou seja, o direito são normas escritas.
Não importa o porquê da criação da norma.
Normas não-escritas não são consideradas leis por não terem sido criadas por órgão competente.
Para Kelsen o ordenamento jurídico deve ser:
Coeso: O ordenamento faz sentido dentro dele mesmo. Não há contradição interna.
Harmônico
Coerente
Fechado: O sistema fala o que quer e o que não quer. Não deixaaberto para que outros adentrem.
Completo: O ordenamento não tem lacunas ou buracos. Tem resposta para todo e qualquer comportamento.
O ordenamento jurídico é baseado em uma hierarquia. Uma norma só é válida porque existe outra norma que lhe dá validade. E para que não haja um ciclo infinito de normas, existe uma norma fundamental (todas as ideias das outras ciências que embasam a criação da norma jurídica) – a Grundnorm – que é, meramente, um pressuposto lógico para a existência do ordenamento jurídico.
A interpretação da norma jurídica
Autêntica: interpreta e aplica (pega a norma e acha os sentidos, dentro dos sentidos ele aplica uma no caso concreto.) a norma jurídica. Entende a norma e aplica o que entendeu. P. ex.: Juiz ou árbitro. (Prescreve-se uma conduta) 
Não-autêntica: a norma tem vários sentidos, existe a interpretação, mas não se aplica. P. ex.: escritores de doutrina. (Há a descrição da prescrição, ou seja, como a norma deveria ser entendida)
Problemas da teoria Kelseniana
(Maior objetivação do direito) A interpretação faz com que o direito objetivo não seja aplicado como deveria ser. Tem subjetividade da parte do juiz.
O que importa é aquilo que está posto. O que tá injusto deve ser feito pelos meios oficiais, o legislativo. 
A escolha de um dos sentidos é um buraco na teoria.
Pós-positivismo (Neoconstitucionalismo ou Jurisprudência dos Valores ou Moralismo Jurídico)
Tentam resgatar as ideias de preocupação com o ser humano e aquilo que é justo.
Dizem que a constituição tem força normativa.
Antigamente a constituição era apenas uma declaração de direitos e uma mera forma de organização do Estado. Era entendida como uma carta política. Agora, Constituição não tem somente o caráter negativo de segurar a força do Estado, mas tem caráter positivo que define como o Estado deve agir para garantir os direitos que devem ser dados à população.
O que mudou? Tudo o que está escrito na constituição agora pode ser exigido do Estado.
Ronald Dworkin
Para Dworkin legalidade é regra, uma vez que deve ser aplicada como um todo ou não se aplica (ou é lícita ou não é lícita). Aplica-se uma regra ou outra.;
As regras e princípios têm valores diferentes, mas têm finalidades diferentes;
A norma jurídica quando se divide em regra e princípio têm estruturas diferentes:
Regra: tem dimensão de validade (tudo ou nada), é binária (trabalha no lícito ou ilícito), tem função exclusiva ou excludente (quando se decide uma vez a regra se aplica ao caso concreto, é como se excluísse para sempre a lei que foi revogada).
A regra precisa ter todas as exceções previstas, necessariamente a regra sempre apresentará todas as exceções.
Princípio: tem dimensão de peso / ponderação (precisa da ponderação que a partir da argumentação exaustiva suficiente e clara sobre o tema, será indicado o princípio que prevalece)
É um padrão que deve ser observado por ser uma exigência de justiça ou equidade ou alguma outra dimensão de moralidade. Traz para as normas jurídicas o conceito de justo ou injusto.
*um princípio ganha e o outro perde
Os casos em que o juiz deve analisar os (há colisão) princípios são chamados de hard cases.
Juiz Hercules: aquele que consegue ponderar os argumentos e aplicar os princípios de forma excepcional.
A sociedade também tem outra norma que a regulamenta, a Política (políticas públicas), que são normas, padrões, que estabelecem objetivos a serem alcançados.
Os juízes não decidem por política, mas por regras e princípios.
O sistema jurídico precisa ser coerente e integro. 
Coerência: O princípio maior que regulamenta o sistema é a isonomia ou igualdade, ou seja, deve-se desenvolver as ideias de igualdade por meio das normas jurídicas.
Os casos devem ser coerentes e seguirem a mesma linha de aplicação. Todos precisam ter decisões que sigam sempre a orientação anterior.
Integridade: Correção da coerência. Tem que ser coerente, mas, havendo um erro, pode-se divergir da coerência e decidir por integridade. Art. 926, CPC/15
Alexy – diferença estrutural
Regras: seguem a dimensão de validade (são satisfeitas ou não satisfeitas) e não é possível arrolar todas as exceções, sempre haverá uma exceção não pensada pelo legislador e o jurista deverá utilizar os princípios para satisfazer.
Princípios: mandamentos de otimização que se aplicam da melhor ou maior maneira possível diante das circunstâncias de fato e de direito.
*um principio é aplicado mais e outro menos, mas os dois são aplicados	
Ponderação de princípios: regra da proporcionalidade (aplicar o princípio no caso concreto) > etapas para achar a proporção das coisas (o juiz tem deve fundamentar a sua argumentação, então ele propõe a regra.)
1ª (adequação). A medida tomada na circunstância fomenta o fim almejado. (Aquela medida, independentemente de como ela for, ela teria uma capacidade de chegar ao objetivo que ela queria)
2ª (necessidade). Era, diante daquelas circunstancias, a única medida possível de ser aplicada? (se era necessário o raciocínio para aqui) 
3ª (proporcionalidade stricto sensu). Onde o juiz deve argumentar e escolher o princípio que prevalece de forma maior.
Foi proporcional? Se não, a medida deve ser coibida.
Não é um fim por si só, é o meio. Uma vez que se deve fundamentar o porquê da proporcionalidade do princípio defendido.
Art. 489, §1, CPC/15
Hebert Hart (Neopositivista)
Qual a origem da obrigação jurídica?
Hábitos: Aquele comportamento reiterado particular ou coletivo, que é aquele que se desrespeitado, embora tenha uma censura da sociedade não é forte o bastante.
Regras: Regra coletiva que deve ser respeitada. Puxa a ideia de direito e moral. Obriga a pessoa em seu foro interno, senão respeitar as pessoas se sentem mal e o homem se sente mal.
Algumas condutas e comportamentos merecem um tratamento jurídico e merece punição.
Regra jurídica garantida pela autoridade e produz sanção se desrespeitada.
Regra primária: cria direitos e deveres (são normas socialmente aceitas que viram regras jurídicas)
Problema: As regras primárias são mero aglutinamento (disperso) de normas, sem sistematização ou organização.
As obrigações jurídicas são estáticas, ou seja, essas normas surgem em determinado contexto social e desaparecem quando há mudanças sociais.
Regra secundária: Remédios para as imperfeições do sistema jurídico.
Regra de Reconhecimento: combate a incerteza se se trata de regra jurídica ou não. Passado pelo processo legislativo.
Regra de Alteração: é a regra que vai conceder poderes para a criação, alteração e extinção de regras jurídicas.
Regra de Julgamento: atribui poderes judiciais. Certas autoridades tem o poder de julgar.
Realismo Jurídico
O direito surge não a partir das normas, racionalidade, mas a partir da prática. No momento que solucionam os conflitos.
Estadunidense
Common Law e precedentes em que se aplica a mesma regra a todos os casos parecidos. Repete o que é justo. Construiu o que é justo na prática da resolução dos conflitos.
Heurística: atenção ao psicológico das pessoas para aplicar o direito. As pessoas desistem, as pessoas param.
O lado da economia que utiliza os instrumentos da economia para explicar o direito. E surge a matéria Law and Economics.
O direito nessa concepção é manco, pois é necessário que outras ciências adentrem na influência da criação da norma para que ela seja boa.
Tridimensionalismo jurídico de Miguel Reale
Elaboração da norma
Existe um fato e sobre esse fato há valoração e a partir dos fatos, criam-se hipóteses para acabar com o fato valorado.
O fato é valorado, então criam-se proposições que passam pelo filtro do estado (órgão competente) e a partir daí a norma é criada.
A crítica é que as ideias particulares no processo legislativo de filtro da norma se sobrepõem aos valores coletivos.
Aplicação da norma: A aplicação da norma não se faz pelo modo dedutivo de Preceito maior se adequa ao fato que seria o preceito menor então a conclusão ou sanção.
Se aplica pela dialética da complementaridade onde o fato, valore norma se conservam e não um exclui o outro.

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