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22/02/2016 1 Cuidado nas Doenças Prevalentes na Infância (Diarreicas e Respiratórias) Considerações Iniciais DIARRÉIA Ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 2 T ip o s d e D ia rr e ia AGUDA Menos de duas semanas PERSISTENTE 14 dias ou mais COM SANGUE (disenteria) Shigella O nº de evacuações/dia normal varia com a dieta e a idade da criança. Uma das principais causas de morbimortalidade infantil no Brasil, especialmente nas crianças < de 6 m que não estão em AME. Perda de água e eletrólitos > que a normal, ↑ do volume e da frequência das evacuações e ↓ da consistência das fezes. Características da Doença Diarreica Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 3 Região Sul Risco de morte por diarreia em crianças < de 5 a. é cerca de 4 a 5 vezes maior Região Nordeste Características da Doença Diarreica Percepção materna → extremamente confiável na identificação da diarreia de seus filhos Os lactentes amamentados → exclusiva geralmente → fezes amolecidas, não devendo ser considerado diarreia A mãe → criança que mama pode reconhecer a diarreia → consistência ou a frequência das fezes é diferente da habitual A maioria das diarreias é causada por vírus, bactérias ou parasitas. Características da Doença Diarreica Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 4 COMPLICAÇÕESDesidratação Desnutrição crônica Retardo do desenvolvimento intelectual Diarreias de repetição Retardo do desenvolvimento do peso e altura Morte I • Iniciar a ingestão do soro caseiro o mais breve possível; II • Aumento da ingestão de líquidos como soros, sopas, sucos; III • Ingerir de 50 a 100 ml de líquido após cada evacuação diarreica; IV • Manter a alimentação habitual, principalmente o leite materno, corrigindo erros alimentares e seguindo as orientações médicas; V • Observar os sinais de desidratação. Tratamento Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 5 É importante identificar sinais de gravidade de desidratação, tais como: Letargia Inconsciência Inquietude e irritação Olhos fundos Sinal da prega presente Criança Consegue mamar ou beber líquidos ATENÇÃO! SINAIS DE DESIDRATAÇÃO Parâmetros Ausentes ou pouco evidentes Presentes Presentes e com sinas de choque Historia de perdas hidroeletrolíticas Sim Sim Sim Estado geral Preservado Irritado, intranquilo Alterações do sensório, prostração, agitação, torpor e coma. Peso Mantido Perda aguda de peso de pequena a moderada intensidade Perda de peso aguda e evidente Sede Normal ou pouco aumentada Aumento da sede, bebe rápido com avidez Dificuldade para ingerir líquidos Pele e mucosas Normais Secas, turgor da pele pastoso e elasticidade diminuída Frias e pálidas ou cianóticas, elasticidade da pele muito diminuída (a prega cutânea desfaz-se em mais de 2 segundos) e turgor pastoso Olhos e fontanelas Redução do lacrimejamento e fontanelas normais Choro sem lagrimas, tensão ocular diminuída, enoftalmia e fontanelas diminuídas Choro sem lagrimas, tensão ocular diminuída, enoftalmia acentuada e fontanelas muito deprimidas Pulso Cheio e rítmico Fino e rápido Muito fino e quase imperceptível Enchimento capilar* Normal (até 3 segundos) Lento (de 3 a 5 segundos) Muito lento (acima de 5 segundos) Frequência cardíaca Normal Aumentada Aumentada e, nos casos muito graves, diminuída. Arritmias Diurese Aumentada Diminuída com urina concentrada Oligúria Respiração Normal Aumentada Respiração irregular e hiperpnéia quando há acidose Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 6 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 7 Podem ocorrer em qualquer parte do aparelho respiratório, como nariz, garganta, laringe, traqueia, brônquios ou pulmões. Infecções do Trato Respiratório Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 8 Considerações Iniciais ITR Indivíduos de todas as idades. Mais comum nas crianças, nos idosos e nos imunossuprimidos. Causadas por vírus, fungos ou bactérias gerando doenças como Faringite, rinite, sinusite, rinossinusite, pneumonia, asma e bronquiolite, por exemplo. Inflamação ou infecção na garganta, geralmente causando os sintomas de uma dor de garganta Sinas e Sintomas Tonsilas e membrana faríngea de cor vermelha intensa Folículos linfoides edemaciados e salpicados com exsudato branco-purpúreo Linfonodos cervicais hipertrofiados e dolorosos e sem tosse Podem estar presentes a febre, indisposição e dor de garganta. Faringite Aguda Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 9 Inflamação persistente da faringe Comum nos adultos → trabalham ou vivem em ambientes empoeirados, usam sua voz em excesso, sofrem de tosse crônica, usam habitualmente álcool e tabaco Queixas → sensação de irritação ou congestão na garganta, muco que se coleta na garganta e pode ser expelido por tosse, dificuldade de deglutição. Faringite Crônica Distúrbios caracterizados por inflamação e irritação das mucosas do nariz Classificada como não-alérgica ou alérgica. Pode ser Aguda ou crônica Os sinais e sintomas incluem a rinorreia (drenagem nasal excessiva,coriza), congestão nasal Secreção nasal (purulenta com a rinite bacteriana), prurido nasal, espirros e cefaleia quando existe de sinusite RINITE Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 10 Infecção dos seios paranasais Sinusite Aguda Consequência de uma infecção respiratória alta, Ex: infecção viral ou bacteriana não-resolvida, ou de uma exacerbação da rinite alérgica. Dor facial ou pressão sobre a área sinusal afetada, obstrução nasal Fadiga, secreção nasal purulenta, febre, cefaleia Plenitude e dor no ouvido, tosse, sensação de olfato diminuída Dor de garganta, edema palpebral ou plenitude ou congestão nasal. Manifestações clínicas depuração mucociliar e ventilação prejudicadas tosse, rouquidão crônica, cefaleias crônicas na área periorbitária e dor facial A fadiga e a obstrução nasal também são comuns alguns pacientes experimentam diminuição no olfato e no paladar e plenitude nos ouvidos Inflamação dos seios paranasais → persiste + 3 sem. em adulto e 2 sem. em criança Sinusite Crônica Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 11 Alvéolos ficam inflamados e inundados com fluido Causada por vários micro-organismos, inclusive clamídias, micoplasma, fungos, parasitas e vírus Febre alta, tosse, dor no tórax, alterações da PA, confusão mental, falta de ar, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada, toxemia, prostração Inflamação do parênquima pulmonar causada → agente microbiano Pneumonia Vias aéreas inflamadas são expostas a vários estímulos ou fatores desencadeantes tornam-se hiperreativas e obstruídas, limitando o fluxo de ar através de broncoconstrição, produção de muco e aumento da inflamação Doença inflamatória crônica das vias aéreas Sintomas → sibilância recorrente, tosse com agravamento noturno, sensação de aperto no peito e dificuldade respiratória recorrente 1 2 3 4 Fatores desencadeantes → alérgenos, como ácaros domésticos, baratas, pólen,pêlo de animais e fungos, e diversos fatores ambientais. ASMA Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 12 Inchaço e acúmulo de muco nos bronquíolos cianose dificuldade para respirar,incluindo chiado no peito e falta de ar Tosse, Fadiga; febre retrações intercostais, em que os músculos ao redor das costelas afundam à medida em que a criança tenta respirar Taquipneia Começa como uma leve infecção respiratória. Após 3 d. + problemas respiratórios → chiado no peito e tosse Bronquiolite ATENÇÃO! SE A CRIANÇA APRESENTA TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR É IMPORTANTE SABER: Há quanto tempo; A criança apresenta sibilância ocasional ou frequente; Frequência respiratória em 1 m. Se há tiragem subcostal; Realizar ausculta respiratória. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 13 IDADE DEFINIÇÃO DE RESPIRAÇÃO RÁPIDA 2 a 12 meses 50 ou mais respirações por minuto 1 a 5 anos 40 ou mais respirações por minuto Definição de Frequência Respiratória Rápida Cuidado nas Doenças Prevalentes na Infância (Diarreicas e Respiratórias) Questões Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 14 1. (FEPESE/2014) Os sinais que evidenciam que uma criança está gravemente desidratada são: a) aumento da diurese, pele seca, prostração, olhos fundos e encovados, hipertonia. b) aumento da diurese, urina turva e com odor fétido, prostração, irritabilidade, pele seca. c) urina com odor fétido e volume diminuído, olhos fundos e encovados, hipotonia, língua seca. d) diminuição da diurese, pele úmida, hipotonia, olhos brilhantes e secos, língua saburrosa. e) diminuição da diurese, astenia, irritabilidade, pele seca, língua saburrosa, olhos fundos e encovados. - Olhos fundos; - Pele seca; - Ausência de lágrimas quando a criança chora; - Boca e língua secas; - Irritabilidade; - Astenia - Ter muita sede e beber água ou outro líquido muito rápido; - ↓ da quantidade de urina; - Afundamento da moleira. Sinais de Desidratação Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 15 2. (Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura/2015) Sobre a Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), marque a opção ERRADA. a) O objetivo da estratégia AIDPI é estabelecer um diagnóstico específico de determinada doença. b) Utilizando a AIDPI, é possível identificar sinais clínicos que permitam a avaliação e a classificação adequada do quadro. c) É permitido fazer uma triagem rápida quanto à natureza da atenção requerida pela criança: encaminhamento urgente a um hospital, tratamento ambulatorial ou orientação para cuidados e vigilância no domicílio. d) Avalia crianças de dois meses a cinco anos de idade. 3. (Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura/2015) Você, como enfermeiro, realizando atendimento utilizando a estratégia AIDPI (Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância), detectou o fato de que Paulo, dois anos, está com diarreia, sem desidratação. Qual sua conduta, embasada no AIDPI? a) Utilizar o plano A: tratar a diarreia em casa somente com SRO. b) Utilizar o plano B, que recomenda iniciar o tratamento no serviço de saúde, que dura quatro horas, oferecendo lentamente uma quantidade recomendada de solução de SRO. c) Utilizar plano A – tratar a diarreia em casa: 1. dar líquidos adicionais (tanto quanto a criança consiga aceitar) 2. continuar a alimentação e 3. Orientar quando retornar. d) Orientar a ingestão de 50 a 100ml depois de cada evacuação aquosa. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 16 4. (FEPESE/2014) A criança menor de 2 meses, que apresenta dois dos seguintes sinais: estado letárgico ou inconsciente, inquieto ou irritado, olhos fundos com sinal de prega cutânea, sucção débil ou que não consegue mamar, pode ser classificada como: a) comatosa b) desnutrida c) diarreica crônica d) diarreica aguda e) desidratada 5. (CONSULPLAN/2014) Criança menor de 1 ano de idade chega com quadro de diarreia aguda e desidratação. Relata a mãe que vinha dando soro cada evacuação, mas que a criança não melhorou. Marque a opção INCORRETA. a) Está recomendado, no caso de criança com vômito, reduzir o volume administrado de soro oral e aumentar a frequência da administração. b) Está recomendado, no caso de administração insuficiente, reiniciar na própria unidade de saúde uma fase rápida de tratamento com soro oral (em 3 a 4 horas). c) Está recomendado, nesse caso iniciar precocemente a reidratação parenteral iniciando com a fase rápida. d) Está recomendada, após o desaparecimento de sinais de desidratação, reiniciar a alimentação sendo que em lactantes em uso de fórmula artificial não deve diluir o leite. ficar em observação com Terapia de Reidratação Oral Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 17 • Usuário atendido e dispensado com orientações de cuidados domiciliares levando sais hidratantes para a casa. diarreia sem desidratação • Reidratação endovenosa.diarreia com desidratação grave • Usuário em observação com Terapia de Reidratação Oral. E não Reidratação Parenteral. diarreia aguda com desidratação 6. (FGV/2014) Conforme recomendações do Ministério da Saúde, a quantidade de líquido que deve ser ingerida por crianças menores de 1 ano, após evacuação diarreica, visando a prevenir a desidratação, é de a) 50-100 mL. b) 40-80 mL. c) 60-120 mL. d) 100-200 mL. e) 150-300 mL. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 18 O Ministério da Saúde, recomenda: Iniciar a ingestão do soro caseiro o mais breve possível e deve ser oferecida à vontade após cada evacuação, lembrando que o mesmo não substitui as refeições; Aumento da ingestão de líquidos como soros, sopas, sucos; ingerir de 50 a 100 ml de líquido após cada evacuação diarreica; manter a alimentação habitual, principalmente o leite materno, corrigindo erros alimentares e seguindo as orientações médicas; 7. (IBFC/2015) O processo inflamatório geralmente infeccioso, que envolve o parênquima pulmonar e que pode ser causado por bactérias, vírus e outros agentes atípicos é a a) sinusite. b) pneumonia. c) otite. d) drepanocitose. e) dislipidemia. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 19 8. (HC-UFG/EBSERH/AOCP/2015) Criança de 8 anos deu entrada, no pronto socorro, taquipneica, com retrações intercostais e queda de saturação. Apresenta-se consciente, no entanto com dificuldade para falar, devido à perda de fôlego. Esta criança está apresentando um quadro de a) disfagia. b) convulsão. c) insuficiência respiratória. d) hirsutismo. e) alopecia 9. (UPE/2015) Sobre o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da asma, analise as afirmativas abaixo: I. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores caracterizada pela hiper-responsividade e pela limitação variável ao fluxo aéreo, sendo geralmente reversível. II. O diagnóstico de asma se dá mediante a identificação de critérios clínicos e funcionais, obtidos pela anamnese, exame físico e exames de função pulmonar (espirometria). Em crianças até os cinco anos, o diagnóstico é eminentemente clínico, devido à dificuldade de realização de provas funcionais. Outros diagnósticos devem ser adequadamente excluídos. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22/02/2016 20 9. (UPE/2015) III. A educação do paciente é parte fundamental da terapêutica da asma e deve integrar todas as fases do atendimento ambulatorial e hospitalar. Devem-se levar em conta aspectos culturais e abranger aspectos de conhecimento da doença. Está CORRETO o que se afirma em a) II, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) II, apenas. e) I, II e III. Gabarito 1 - E 2 - A 3 - C 4 - E 5 - C 6 - A 7 - B 8 - C 9 - E Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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