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ONDAS DO ELETROCARDIOGRAMA

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{Ondas do Eletrocardiograma} 
As ondas são as diferentes curvaturas do traçado do eletrocardiograma, para cima ou para baixo. 
São produtos dos potenciais de ação que ocorrem durante a estimulação cardíaca, e se repetem 
de batimento a batimento, salvo alterações. 
As ondas eletrocardiográficas são denominadas P, Q, R, S, T, U, por esse ordem, e são ligadas 
entre si por uma linha isoelétrica. 
Onda P
A onda P é a primeira onda do ciclo cardíaco. Representa a despolarização dos átrios. É 
constituída pela sobreposição da actividade elétrica dos dois átrios.
Sua parte inicial corresponde à despolarização do átrio direito e sua parte final à despolarização 
do átrio esquerdo.
A duração da onda P é inferior a 0,10s (2,5 mm) e uma voltagem máxima de 0,25 mV (2,5 
milímetros de altura). Normalmente é positiva em todas as derivações, exceto em AVR onde é 
negativa, e em V1 onde normalmente é isodifásica.
Nas sobrecargas atriais, a onda P pode aumentar em altura ou em duração, e está ausente na 
fibrilação atrial
Onda Q
Duas coisas importantes sobre a onda Q:
1. Se houver uma pequena onda positiva no QRS antes de uma onda negativa, a onda negativa 
não é uma onda Q, é uma onda S, embora a onda positiva seja muito pequena.
2. No todas as ondas Q significam infarto do miocárdio. Em um eletrocardiograma normal 
extstem ondas Q em algumas derivações sem ter um significado patológico.
Características da Onda Q normal
• Derivações periféricas: A onda Q normal é muitas vezes estreita e pouco profunda 
(menos de 0,04 seg de duração, 2 mm de profundidade) geralmente não excede 25% do 
QRS. Pode haver uma onda Q relativamente profunda em D3 em corações 
horizontalizados e um complexo QS em aVL nos corações verticalizados. É normal uma 
onda Q profunda em aVF.
• Derivações precordiais: Não deve haver nunca uma onda Q em V1-V2. Em V5 e V6 
normalmente há uma onda Q, mas deve ser inferior a 0,04 segundos de duração e 2 mm 
de profundidade (não deve exceder 15% do QRS).
Complexo QRS
É constituído por um conjunto de ondas e representa a despolarização dos ventrículos. A sua 
duração varia de 0.06 s a 0.10 s. O complexo QRS tem várias morfologias dependendo da 
derivação. 
• Onda Q: Se a primeira onda do complexo QRS é negativa, ele se denomina onda Q.
• Onda R: É a primeira onda positiva do complexo QRS, pode ser precedida por uma onda 
negativa (onda Q) ou não. Se o complexo QRS tivesse outra onda positiva esta é chamada 
R'.
• Onda S: É a onda negativa que aparece após da onda R.
• Onda QS: Quando um complexo é completamente negativo, sem a presença de uma 
onda positiva, se denomina QS. Geralmente é um sinal de necrose miocárdica.
• Ondas R' y S': Quando há mais de uma onda R ou mais de uma onda S, são chamadas R’ 
e S'
Lembre-se: Se um complexo QRS tem uma onda positiva inicial, por pequena que seja, esta 
onda é uma onda R é a onda negativa seguinte é uma onda S, não uma onda Q. É um erro 
comum confundí-las.
Onda T
Representa a repolarização dos ventrículos. Geralmente é de menor amplitude do que o QRS 
anterior.
Em um eletrocardiograma normal é positiva em todas as derivações, exceto em aVR. Embora 
possa ser negativa em D3 em obesos e em V1-V4 em crianças, jovens e mulheres.
A onda T normal é assimétrica, a sua porção ascendente é mais lenta do que a descendente. A 
sua amplitude máxima é inferior a 5 mm em derivações periféricas e menos de 15 mm em 
derivações precordiais.
Existem muitas doenças que causam alterações na onda T. A cardiopatia isquêmica ou a 
Hipercalemia são exemplo (Ver alterações da onda T).
Onda U
Onda positiva de baixa voltagem, que se vê principalmente em derivações precordiais após a 
onda T. A sua origem é desconhecida, poderia significar a repolarização dos músculos papilares.
Na hipocalemia moderada ou grave é típico a presença de ondas U proeminentes.

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