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Trabalho Neurofisiologia

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Processo da Contração Muscular:
 Os músculos esqueléticos possuem várias fibras e nessas fibras musculares existem milhares de miofibrilas e cada miofibrila é formada por 2 filamentos: filamento fino de actina e filamento grosso de miosina. 
Banda I: contém apenas filamento fino de actina;
Banda A: contém miosina e actina;
Zona H: contém apenas filamento grosso de miosina;
Linha M: proteína que mantém a estrutura da miofibrila e ancora os filamentos de actina;
Linha Z: ancora os filamentos de miosina;
Sarcômero: espaço entre duas linhas Z. Unidade funcional básica do músculo esquelético.
Na contração muscular, a actina desliza sobre os filamentos da miosina, que conservam seus comprimentos originais. A contração se inicia na banda A, onde a actina e miosina se sobrepõem. Durante a contração, a banda I diminui de tamanho, enquanto os filamentos de actina penetram na banda A. Simultaneamente, a zona H, formada somente pelos filamentos grossos (miosina) também diminui, à medida que esses filamentos são sobrepostos pelos filamentos finos (actina). Isso irá resultar em um grande encurtamento do sarcômero.
A contração muscular depende da disponibilidade de cálcio enquanto relaxamento muscular depende da ausência do mesmo. O fluxo de cálcio é regulado pelo retículo sarcoplasmático (RS), para que a contração muscular seja realizada rapidamente. O RS é uma rede de cisternas do retículo endoplasmático liso, que envolve e separa em feixes cilíndricos grupos de miofilamentos.
Antes do início da contração, as pontes cruzadas das cabeças se ligam ao ATP. A atividade ATPase das cabeças de miosina imediatamente cliva o ATP, mas deixa o ADP e o fosfato como produtos dessa clivagem ainda ligados à cabeça. Nessa etapa, a conformação da cabeça é tal que se estende perpendicularmente em direção ao filamento da actina, só que ainda não está ligada à actina.
Quando o complexo tropomina-tropomiosina se liga no cálcio, os locais ativos no filamento de actina são descobertos e as cabeças de miosina se ligam a eles.
A ligação entre a ponte cruzada da cabeça e o local ativo no filamento da actina causa alteração conformacional da cabeça, fazendo com que se incline em direção ao braço da ponte cruzada. Essa alteração gera um movimento de força para puxar o filamento de actina. A energia que ativa o movimento da força é a energia já armazenada, como uma mola “engatilhada”, pela alteração conformacional que ocorreu na cabeça quando as moléculas de ATP foram clivadas.
Uma vez que a cabeça da ponte cruzada esteja inclinada, isso permite a liberação do ADP e do fosfato que estavam ligados à cabeça. No local onde foi liberado o ADP, nova molécula de ATP se liga. A ligação desse novo ATP causa o desligamento da cabeça pela actina. 
Após a cabeça ter sido desligada da actina, a nova molécula de ATP é clivada para que seja iniciado novo ciclo, levando a novo movimento de força. Ou seja, a energia volta a engatilhar a cabeça em sua posição perpendicular, pronta para começar o novo ciclo do movimento de força.
Quando a cabeça engatilhada (com a energia armazenada derivada da clivagem do ATP) se liga a novo local ativo no filamento de actina, ela descarrega e de novo fornece outro movimento de força.
As fases da contração muscular são: 1- excitação/junção: acoplamento actomiosínico; 2- tração e deslizamento actomiosínico (energia ATP); 3- desacoplamento actomiosínico (chegada de um novo ATP); 4- reengatilhamento.
Tipos de Contração Muscular:
Contração Isométrica:
Quando um músculo contrai-se e produz força sem alteração macroscópica no ângulo da articulação. As contrações isométricas são muitas vezes chamadas de contrações estáticas ou de sustentação, normalmente é usada para manutenção da postura. Funcionalmente estas contrações estabilizam articulações. Por exemplo, para alcançar à frente com a mão, a escápula precisa ser estabilizada de encontro ao tórax. Onde a força é igual a resistência.
Contração Isotônica:
- Concêntrica: um encurtamento do músculo durante a contração é chamado uma contração concêntrica (dinâmica positiva) ou de encurtamento. Exemplos seriam os músculos quadríceps quando um indivíduo está se levantando de uma cadeira, ou os flexores do cotovelo quando um indivíduo está levando um copo até a boca. Nas contrações concêntricas a origem e a inserção se aproximam, produzindo a aceleração de segmentos do corpo, ou seja, acelera o movimento. Onde a força é maior que a resistência.
- Excêntrica: quando um músculo se alonga durante a contração, esta é chamada uma contração excêntrica (dinâmica negativa) ou de alongamento. Por exemplo, o quadríceps quando o corpo está sendo abaixado para sentar-se e os flexores do cotovelo quando o copo é abaixado até a mesa. Nas contrações excêntricas a origem e inserção se afastam produzindo a desaceleração dos segmentos do corpo e fornecem absorção de choque (amortecimento) quando aterrissando de um salto, ou ao andar, ou seja, freia o movimento
Tipos de Fibras Musculares:
Tipo I: Fibra inervada por pequenos motoneurônios alfa (baixa frequência). De contração lenta (tônica). De resistência e menor hipertrofia. Aeróbia (oxidativa), rica em capilares, mitocôndrias e mioglobinas. Sua cor é vermelho intenso por isso é chamada também de fibra vermelha.
Tipo lla: Fibra intermediária, com predomínio do metabolismo anaeróbico, mas já com uma capacidade oxidativa superior, o que as toma ligeiramente mais resistentes à fadiga. Sua cor é vermelho opaco por isso é chamada também de fibra branca.
Tipo llb: fibra inervada por grandes motoneurônios alfa (alta frequência). Sua contração é rápida (fásica). De força, velocidade, explosão e maior hipertrofia. Anaeróbia (glicolítica), pobre em mitocôndrias e mioglobinas. Sua cor é vermelho opaco por isso é chamada também de fibra branca.
Referências:
OLIVEIRA, Marcelo. Contração Muscular. Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisiologia/contracao-muscular/>. Acesso em: 28 abr. 2017.
PORTAL EDUCAÇÃO, Colunista. Os Tipos de Contração Muscular. Disponível em:<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/os-tipos-de-contracao-muscular/27933>. Acesso em: 28 abr. 2017.
GUYTON, Arthur; HALL, John. Contração Muscular: ATP Como Fonte de Energia Para Contração. In: GUYTON, Arthur; HALL, John. Tratado de Fisiologia Médica. [S.l.]: ELSEVIER / MEDICINA NACIONAIS, 2011. cap. 6, p. 78-79. v. 12.

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