Resumo formas de governo

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Resumo TGE
FORMAS DE GOVERNO
Considerações Preliminares
	Entende-se Governo como sendo o conjunto ordenado das funções do Estado que deve garantir a ordem jurídica, econômica e social. Tais funções do governo podem variar em diversos aspectos, seja na origem, na natureza, no desenvolvimento ou ainda na composição; tamanha diversidade culmina em várias formas de governo.
Origem: pode ser de direito ou de fato. O Governo de Direito é aquele constituído de acordo com a lei. O Estado que se origina a partir de um Governo de Direito é aquele que encontra legitimidadena consciência jurídica dos juristas e dos leigos (como os EUA). O Governo de Fato, tem como marcas garantidoras de sua implementação a violência ou a fraude (como seriam a Franca, a Polônia e outros Estados ocupados pelos nazistas).
Desenvolvimento: pode-se desenvolver legalmente ou despoticamente. O Governo Legal é aquele que se desenvolve obedecendo ao ordenamento jurídico vigente. Já o Governo Despótico é aquele que se conduz pelo arbítrio dos governantes. O que os move são os interesses pessoais. Nesse caso, a lei não é parâmetro do governantes e não há garantia de que esta será aplicada (como Catarina II da Rússia).
Extensão do poder: pode ser constitucional ou absolutista. O Governo Constitucional é aquele que se baliza e se desenvolve à luz de uma Lei Maior que assegure o exercício do poder em três funções distintas, além de garantir direitos fundamentais. O Governo Absolutista é o governo que concentra o poder em um só órgão.
 
Classificação das formas de Governo para alguns pensadores
Classificação de Aristóteles
	Classifica as formas de governo usando o critério qualitativo e quantitativo.
Qualitativo: as formas de governo podem ser puras ou impuras. As puras formas de governo são aquelas que visam beneficiar os governados e não apenas o governante (visam o bem comum). Logo, as formas impuras são as que não visam o bem comum, procuram satisfazer apenas o interesse do governante.
	Puras
	Impuras
	Monarquia
	Tirania
	Aristocracia
	Oligarquia
	Democracia
	Demagogia
Quantitativo: as formas de governo podem ser de apenas um governantes ou monaquia, de um grupo de governantes que possuem virtude ou aristocracia e de um povo ou democracia.
	Quando o Governo de um só se desvirtua, torna-se tirania. A corrupção dos aristocratas, torna-os uma oligarquia. Também uma democracia pode se corromper e então fazer despontar uma demagogia.
	Na boas formas de governo, o critério é seguir a ética e a moral, que devem pautar todos os atos e assim alcançar a justiça e o bem comum.
	Por outro lado, quando na gestão dos negócios públicos, os interesses pessoais se sobrepõem, aos interesses da sociedade, as boas formas de governo se degeneram por completo, resultando na Tirania, Oligarquia ou Demagogia.
Classificação de Maquiavel
	Não utiliza a divisão aristotélica pois acredita que as três formas boas são utópicas. Afirma que todos os governos que existem ou que já existiram apresentam-se como Repúblicas ou Principados.
Principados: podem ser hereditários, quando o governo pertence a mesma linhagem por muitos anos, ou podem ter pouco tempo de existência. Pode se manisfestar como monarquia ou tirania.
Repúblicas: não possuem características de vitaliciedade nem da hereditariedade, seus elementos principais são a eletividade e temporariedade, sendo que sua forma de governo pode se manisfestar por meio da democria, aristocracia, timocracia ou oligarquia.
Em síntese:
a) principado: monarquia ou tirania.
b) república: democria, aristocracia, timocracia ou oligarquia.
	Para Maquiavel, não existe uma forma boa, mas sim uma forma eficaz, que seria medida em função do quanto uma forma de governo consiga atingir a paz social, compreendida esta como sendo o objetivo maior a ser almejado pelo governante.
Classificação de Hans Kelsen
	Existem duas formas de governo; a Autocracia e a Democracia. A distinção básica entre estas duas formas de governo encontra-se na ideia de liberdade política.
	A democracia implica sujeitos politicamente livres, ou seja, cidadãos que participam da criação e concordam com a ordem jurídica vigente.
	Ao contrario da democracia, na Autocracia os indivíduos não participam das decisões do governo, sendo politicamente condicionados às decisões dos governantes e subordinados a uma ordem jurídica da qual muitas vezes podem ate discordar, mas devem obedecer.