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Escola Politécnica daEscola Politécnica daEscola Politécnica daEscola Politécnica da Universidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São Paulo Departamento de Naval e Oceânica DINÂMICA DE Escola Politécnica daEscola Politécnica daEscola Politécnica daEscola Politécnica da Universidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São Paulo Departamento de Engenharia Naval e Oceânica INÂMICA DE SISTEMAS I Material de Apoio Prof. Dr. André Luís Condino Fujarra São Paulo, Universidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São PauloUniversidade de São Paulo Prof. Dr. André Luís Condino Fujarra São Paulo, 2010. Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I 2 1 1º sem. Versão Data Material de Apoio: Dinâmica de Sistemas I Dept./Unidade Data PNV/EPUSP Março Disciplina oferecida pelo pro Universidade de São Paulo º sem./2010 Texto em elaboração Data Observações Material de Apoio: Dinâmica de Sistemas I Data Autor: Março de 2010 Prof. Dr. André Luís Condino Fujarra pelo programa de graduação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Id e n tif ic a çã o Bi bl io gr áf ic a 0 Prof. Dr. André Luís Condino Fujarra Escola Politécnica da Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Su m ár io 0 SUMÁRIO 1. PREFÁCIO .................................................................................................. 1 2. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2 3. SUBSÍDIOS A RESPEITO DA DINÂMICA DE SISTEMAS ...................... 11 4. MODELAGEM DE SISTEMAS DINÂMICOS ............................................. 25 5. INTRODUÇÃO À ESTABILIDADE LINEAR ............................................. 39 6. LINEARIZAÇÃO E ESTABILIDADE NÃO LINEAR .................................. 46 7. VIBRAÇÕES AMORTECIDAS .................................................................. 52 8. EXCITAÇÃO HARMÔNICA DE SISTEMAS NÃO AMORTECIDOS ......... 59 9. EXCITAÇÃO HARMÔNICA DE SISTEMAS AMORTECIDOS .................. 64 10. SISTEMAS NÃO AMORTECIDOS COM 2GL ........................................... 79 11. VIBRAÇÃO NATURAL DE SISTEMAS COM 2GL ................................... 85 12. VIBRAÇÃO FORÇADA DE SISTEMAS COM 2GL .................................. 90 13. ABSORVEDORES NÃO AMORTECIDOS ................................................ 92 14. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 101 15. ANEXO A – MODELAGEM E SIMULAÇÃO NUMÉRICA ....................... 102 16. ANEXO B – TÓPICO EM ÁLGEBRA LINEAR ........................................ 113 Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Pr ef ác io 1 1. PREFÁCIO Redação ao término do texto. Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I 2. INTRODUÇÃO 2.1 Os sistemas navais Figura 1: Principais tipos de embarcação e uma possível classificação quanto aos mecanismos de manutenção do equilíbrio e avanço. sistemas navais e oceânicos típicos : Principais tipos de embarcação e uma possível classificação quanto aos mecanismos de manutenção do equilíbrio e avanço. Ca pí tu lo : In tro du çã o 2 : Principais tipos de embarcação e uma possível classificação quanto aos mecanismos de manutenção do equilíbrio e avanço. Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o 3 Figura 2: Tipos de plataformas mais comuns. Evolução ao longo do tempo e em função da profundidade de operação. Fonte: (Clauss, 2007). Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I 2.2 Definição dos movimentos Tabela 1: Denominação e índices dos 6 graus de liberdade de sistemas navais e oceânico Definição dos movimentos : Denominação e índices dos 6 graus de liberdade de sistemas navais e oceânicos. Fonte: (Simos & Fujarra, 2009). Graus de Liberdade Índice NomenclaturaPortuguês 1 Avanço 2 Deriva 3 Afundamento 4 Balanço ou Jogo 5 Caturro ou Arfagem 6 Guinada Ca pí tu lo : In tro du çã o 4 : Denominação e índices dos 6 graus de liberdade de sistemas navais Graus de Liberdade Nomenclatura Inglês Surge Sway Afundamento Heave Balanço ou Jogo Roll Caturro ou Arfagem Pitch Yaw Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Tabela 2: Comparação entre ressonâncias de heave navais e oceânicos típicos, a SISTEMA SES – Surface Effect Ship TLP – Tension Leg Platform : Comparação entre ressonâncias de heave em alguns siste navais e oceânicos típicos, adaptada de (Faltinsen, 1998) SISTEMA Características Pe río do N at u ra l Fo rç a de R es ta u ra çã o Fo rç a de D is si pa çã o Surface Effect Ship ����� ��� 1 Co m pr es si bi lid ad e do a r D is si pa çã o in du zi da pe lo pr óp rio co n tro le de Tension Leg Platform �� 2 4 El a st ic id a de do s te n dõ e s D is si pa çã o in du zi da po r e fe ito s vi sc o so s Ca pí tu lo : In tro du çã o 5 alguns sistemas (Faltinsen, 1998). Características D is si pa çã o Im po rt an te M ec an is m o de Ex ci ta çã o n o en to rn o da R es so n ân ci a su st e n ta çã o e pr o pu ls ão a a r Fo rç as lin e a re s de on da s de vi do às a lta s fre qu ên ci a s de en co n tro e n tre e st as o n da s e a e m ba rc aç ão D is si pa çã o in du zi da po r e fe ito s vi sc o so s Fo rç as n ão lin e a re s de on da n a s fre qu ên ci a s so m a Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Navios de Deslocamento SS – Semi-Submersible Platform SWATH – Small Waterplane Area Twin Hull Sh Navios de Deslocamento �� 4 16 H id ro st át ic a (pr o po rc io n a l à ár e a de lin ha d’ ág u a ) D is si pa çã o in du zi da pe la ra di a çã o de o n da s Submersible Platform � ��� ��� 20 H id ro st át ic a (pr o po rc io n a l à ár e a de lin ha d’ ág u a ) D is si pa çã o in du zi da po r e fe ito s vi sc o so s Small Waterplane Area Twin Hull Ship ����� ��� � �� H id ro st át ic a (pr o po rc io n a l àár e a de lin ha d’ ág u a ) D is si pa çã o in du zi da pe lo co n tro le a pa rti r de Ca pí tu lo : In tro du çã o 6 D is si pa çã o in du zi da pe la ra di a çã o de o n da s Fo rç as lin e a re s de on da D is si pa çã o in du zi da po r e fe ito s vi sc o so s Fo rç as lin e a re s de on da fó lio s Fo rç as lin e a re s de on da s de vi do às ba ix as fre qu ên ci a s de en co n tro e n tre e st as o n da s e a e m ba rc aç ão Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I 2.3 Problemas típicos e Tabela 3: Problemas típicos envolvidos na operação de navios. Problemas Típicos Movimentos e acelerações Slamming Água no convés Ondas quebrando sobre o casco Sloshing Momentos e esforços cortantes induzidos pelas ondas envolvidos na operação de navios : Problemas típicos envolvidos na operação de navios. Problemas Típicos Ilustrações e acelerações locais Pouso de um helicóptero Transferência de equipamentos entre embarcações Água no convés Ondas quebrando sobre o casco Momentos e esforços cortantes induzidos pelas ondas Ca pí tu lo : In tro du çã o 7 : Problemas típicos envolvidos na operação de navios. Pouso de um helicóptero Transferência de equipamentos entre Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o 8 Tabela 4: Limites operacionais para navios típicos. CRITÉRIO Navio Mercante Navios Militares Pequenas Embarcaçõe s Rápidas Aceleração Vertical na PPAv (valor RMS) 0.275g(L≤100m) 0.05g(L≥330)a 0.275g 0.65g Aceleração Vertical na Ponte (valor RMS) 0.15g 0.2g 0.275g Aceleração Lateral na Ponte (valor RMS) 0.12g 0.1g 0.1g Movimento de Roll (valor RMS) 6.0 deg 4.0 deg 4.0 deg Batida de Proa ou Slamming (probabilidade) 0.03(L≤100m) 0.01(L≥300m)b 0.03 0.03 Água no Convés (probabilidade) 0.05 0.05 0.05 Tabela 5: Criteria with regard to acceleration and roll. Root Mean Square Criterion Vertical Acceleration Lateral Acceleration Roll Description 0.20g 0.10g 6.0o Light manual work 0.15g 0.07g 4.0o Heavy manual work 0.10g 0.05g 3.0o Intellectual work 0.05g 0.04g 2.5o Transit passengers 0.02g 0.03g 2.0o Cruise liner Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o 9 2.4 Problemas tradicionais envolvidos na operação de plataformas Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o 10 2.5 Principais efeitos dos agentes ambientais 2.5.1 Classificação hidrodinâmica das estruturas Figura 3: Importância relativa entre forças inerciais, viscosas e de difração de ondas em estruturas marítimas. Adaptado de (Faltinsen, 1998). ≅ 10 ≅ 5 Forças Viscosas Difração de Ondas Forças Inerciais Limite de Linearidade das Ondas H/D λ H D λ/D Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 11 3. SUBSÍDIOS A RESPEITO DA DINÂMICA DE SISTEMAS 3.1 Movimento Periódico Em fenômenos físicos, vibrações que acontecem mais ou menos regularmente, repetindo-se com relação ao tempo, são conhecidas como periódicas e descritas como oscilações. Exemplos: movimento pendular, trepidação de uma ponte, movimentos de um navio, variação da tensão em um gerador elétrico, entre outros. O nome vibração geralmente tem sido usado para descrever pequenas oscilações dos sistemas dinâmicos. Por “pequenas” entendem-se aquelas oscilações associadas a deslocamentos pequenos, quando comparados às dimensões do sistema em estudo. As vibrações podem ser: − Indesejáveis, normalmente resultado de imperfeições associadas ao projeto, produção ou operação do sistema dinâmico. Por exemplo: massas desbalanceadas em sistemas alternativos ou rotativos. − Desejáveis, por exemplo, quando auxiliam no processo mistura ou de separação de componentes, ou em instrumentos musicais e instrumentos com propósito médico. Newman; Karniadakis (1995): Simulações Numéricas com Re = 100; L/D = 12,6 e m* = 2 Figura 4: Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 12 Há ainda vibrações que resultam de um processo de instabilidade. Neste caso, se existe um constante fluxo de energia do meio para o sistema dinâmico, as vibrações são ditas auto-excitadas, geralmente indesejáveis e difíceis de serem controladas. Exemplo: as vibrações induzidas pela emissão de vórtices. Sob qualquer aspecto, desejável ou indesejável, vibrações estão associadas a flutuações de carregamentos, portanto, a flutuações de tensões que se refletirão em falhas por fadiga dos elementos que compõem o sistema dinâmico. Além disso, as vibrações podem ter outros efeitos relacionados com o conforto, a performance e a saúde das pessoas sujeitas às mesmas (pessoas mareando com os grandes movimentos de embarcações no mar). Desta forma, é imperativo que o engenheiro entenda o mecanismo de vibrações dos sistemas dinâmicos com os quais trabalha. Para estudar as vibrações, o movimento de um ponto é analisado segundo as mudanças de sua posição no tempo. Para tanto, são utilizadas funções periódicas �(�), cujos valores se repetem em intervalos constantes !: A menor quantidade ! com a qual se satisfaz a equação acima é conhecida como período de oscilação. Refere-se à “menor quantidade” porque, obviamente, qualquer múltiplo de ! satisfaz a equação. Naturalmente, desta definição decorre a freqüência de oscilação, geralmente medida em Hertz (Hz): Ainda com relação à função periódica, a meia diferença entre os valores máximos e mínimos é conhecida como amplitude de oscilação. �(�) = �(� + �!), � = 1, 2, 3, … (1) ' = 1! (2) ( = 12 ()*+, − )*./) (3) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 13 Como exemplo de oscilação, considere-se o mecanismo conhecido como Scotch yoke. Figura 5: Neste mecanismo, se o papel se mover com velocidade 0 = 1(, onde 1 é a velocidade angular do movimento rotativo, a função �(�) = � = ( 2� (1�) será registrada, caracterizando um movimento periódico de amplitude (, freqüência Este mecanismo permite visualizar a reciprocidade entre o movimento rotativo e o movimento periódico. x x V ωωωωt ωωωω A x x V ωωωωt ωωωω A ' = 1 23⁄ � 5��í��� ! = 23 1⁄ (4) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 14 Figura 6: A velocidade e a aceleração do movimento periódicohorizontal podem ser escritas como: O movimento periódico da figura abaixo não é puramente harmônico no plano (�, �), mas pode ser reapresentado no sistema coordenado (�∗, �∗), no qual passa a se considerado um movimento é harmônico. Neste sistema, o movimento será expresso pela seguinte equação: 7(�) = �8(�) = −1 ( ��(1�) (5) (�) = �9(�) = −1: ( 2� (1�) (6) �∗(�) = �∗ = ) ��(1�∗) , 1 = 23! (7) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 15 Figura 7: Enquanto no sistema (�, �), o mesmo movimento é expresso por: Desta forma, qualquer movimento dado por uma equação do tipo: pode se representado por um movimento harmônico: , onde se > <: �(�) = � = �= + ) ��>1(� − �=)? (8) � = )= + �� 1� + < 2� 1� (9) � − �= = ) ��>1(� − �=)? = ) 2� @1(� − �=) + 32A (10) ) = B : + <: �= = 11 �2� � C< D (11) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 16 Percebe-se que o movimento harmônico pode ser descrito completamente por apenas duas quantidades escalares: ) e 1, sendo graficamente representado por um diagrama de amplitudes versus freqüências. Figura 8: Neste diagrama, o movimento harmônico é representado por um ponto com coordenadas (), 1), enquanto a mesma representação no sistema (�, �) requer um infinito número de pontos. Definem-se, portanto, as representações: − No Domínio da Freqüência; − No Domínio do Tempo. Através das relações apresentadas, pode-se facilmente transformar a representação harmônica de um domínio para o outro. Naturalmente a transformação do domínio do tempo para o domínio da freqüência impõe a perda de informação quanto ao instante inicial �=. Isto geralmente tem pouca importância para um grande número de aplicações em engenharia, a não ser aquelas onde as vibrações são superimpostas. Duas oscilações harmônicas são ditas síncronas quando têm a mesma freqüência ' (ou velocidade angular 1). Exemplo de acoplamento síncrono: Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 17 É importante destacar que oscilações síncronas não têm, necessariamente, valores máximos ao mesmo tempo. Para o acoplamento anterior: A defasagem 0,5 tem dimensão de ângulo e é conhecida como fase. É evidente que este conceito só pode ser aplicado no caso de oscilações síncronas. Portanto, o movimento harmônico é um caso particular do movimento periódico, este último podendo ser algo do tipo: Figura 9: Outra medida de vibração, comum em engenharia, é o valor RMS (root mean square), definido como: >3 2� 10�, 4 2� 10�? � >3 2� 10�, 2 2� (10� − 0,5)? (12) >3 2� 10�? ��� 7 F��� �á���� 3 ��: � = 0, 2310 , 4310 … (13) >2 2� (10� − 0,5)? ��� 7 F��� �á���� 2 ��' �� �� 0,510. (14) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 18 No caso de funções harmônicas: 3.2 Representação Vetorial e representação através de números complexos Uma forma conveniente de representar as oscilações harmônicas é através de números complexos. Considerando-se parte do mecanismo Scotch-yoke (ver Aula1), especificamente o disco que roda com velocidade angular ω , e assumindo-se que parte real e imaginária de um número complexo sejam respectivamente representadas por coordenadas nos eixos das abscissas (�) e das ordenadas (I), o vetor JK que une o centro do disco ao ponto de conexão com a haste pode ser representado por: )*+,: = 1! L ):(�)��.M= (15) N� �(�) = � = ( 2� (1�), �OPã� )*Q: = (:! R21� + �� 21�41 S=M = (:2 )*Q = √22 ( (16) z = � + �I. (17) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 19 Figura 10: Sabe-se, no entanto, que da teoria de números complexos: onde o ângulo V = 1�. Desta forma, os deslocamentos da oscilação harmônica no mecanismo Scotch- yoke são representados pela parte real do número complexo W : Portanto, qualquer movimento harmônico corresponde à rotação de um vetor de comprimento constante ou a um número complexo de magnitude constante A e velocidade angular constante 1. Percebe-se que o número complexo (�.XY traz informações sobre a amplitude e a fase do movimento, sendo conhecido com fasor do movimento harmônico. A representação de movimentos harmônicos através de fasores é bastante conveniente, facilitando o tratamento dos problemas por métodos gráficos e/ou computacionais. Velocidade e aceleração do movimento harmônico também podem ser representadas por fasores no mesmo plano W. ωωωω A O P θθθθ z y x ωωωω A O P θθθθ z y x ( = |JK| (18) W = (�.[ = (�.XY = (>2� (1�) + � ��(1�)?, (19) � = \�(W) = ( 2� (1�) (20) 7 = �1(�.XY = �1W (21) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 20 Figura 11: Note que as defasagens 3 2⁄ da velocidade 0(�) e 3 da aceleração (�), com relação ao deslocamento �(�) advêm da derivação do fasor (�.XY. . Se dois movimentos harmônicos, com amplitudes )] � ):, têm freqüências iguais 1] � 1: , portanto movimentos síncronos, então a amplitude de oscilação resultante será dada por: θ =θ =θ =θ =ωωωωt z y(Im) x(Re) -i ωωωωz - ω ω ω ω z2 θ =θ =θ =θ =ωωωωt z y(Im) x(Re) -i ωωωωz - ω ω ω ω z2 = −1: (�.XY = −1:W. (22) ): = )]: + ):: (23) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 21 Figura 12: Movimentos do tipo � = �= + ( 2� (1�) também podem ser representados pela componente � de um vetor de rotação com comprimento ( e velocidade angular1. Logicamente, este vetor deverá ter seu ponto de aplicação na posição � = �=, como mostrado na figura abaixo. Figura 13: A adição de vetores também é aplicável quando estes representam movimentos harmônicos assíncronos. No entanto, a magnitude do vetor resultante terá diferentes valores com o passar do tempo, fruto da diferença entre as velocidades angulares de cada movimento harmônico. Um fenômeno que ilustra bastante bem este comportamento diz respeito a ocorrência simultânea de dois movimentos harmônicos de mesma amplitude e ωωωω y(Im) x(Re) x1(t) + x2(t) x1(t) x2(t) ωωωω y(Im) x(Re) x1(t) + x2(t) x1(t) x2(t) θ =θ =θ =θ =ωωωωt z y(Im) x(Re) x = xo + Acos(ωωωωt) xo θ =θ =θ =θ =ωωωωt z y(Im) x(Re) x = xo + Acos(ωωωωt) xo Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a deSi st e m a s 22 freqüências (ou velocidades angulares, lembrando que 1 = 23') ligeiramente diferentes. Desta forma, sejam considerados os movimentos assíncronos: A sobreposição desses movimentos leva a: Da trigonometria, sabe-se que: Então: �] = ) 2� (1�) �: = ) 2� >(1 + ^1)�?. e (24) � = �] + �: = )_2� (1�) + 2� >(1 + ^1)�?`. (25) 2� � + 2� I = 2 2� >(� + I) 2⁄ ? 2� >(� − I) 2⁄ ?. (26) � = 2) 2� >(^1 2⁄ )�? 2� >(1 + ^1 2⁄ )�?. (27) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 23 Figura 14: A amplitude de � varia com o tempo, assumindo valores entre −2) � 2) de acordo com o termo 2� cos>(^1 2⁄ )�?. Concomitantemente, o movimento geral também será harmônico, porém com uma velocidade angular de (1 + ^1 2⁄ ). Este fenômeno é conhecido como batimento, com freqüência da por: O movimento de deriva lenta, causado pelo fenômeno de batimento, ocorre em sistemas oceânicos sujeitos à ação de ondas com freqüências muito próximas 1] � 1:. Neste caso, a “freqüência soma” é alta e, portanto, importante na excitação de elementos estruturais como tendões, amarras e risers, cujos períodos naturais são bastante baixos. Por outro lado, a “freqüência diferença” 'd = ^1 2⁄23 = ^143. (28) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Su bs íd io s a R e sp e ito da D in âm ic a de Si st e m a s 24 é baixa, portanto de período alto, capaz de excitar a unidade flutuante em seu período natural de oscilação no plano horizontal, dando origem ao movimento de deriva lenta. Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 25 4. MODELAGEM DE SISTEMAS DINÂMICOS A modelagem completa de um sistema dinâmico pode ser uma tarefa bastante complexa, se não forem priorizadas as características de maior interesse para o estudo dos aspectos indesejáveis de sua resposta. Por exemplo: a eliminação das principais componentes de vibração, em geral, é suficiente para a maioria das aplicações em engenharia. O estudo da dinâmica de sistemas é, assim, um processo sistêmico desenvolvido segundo quatro etapas principais: 1. Abstração física: consiste em selecionar, dentre as inúmeras características do sistema dinâmico, aquelas que têm fundamental relevância para o estudo em questão. É evidente que havendo exigência de uma maior precisão quanto a modelagem do sistema dinâmico, mais características podem ser incorporadas ao modelo originalmente proposto. Exemplo: Fase inicial do projeto plataforma ancorada Fase subseqüente do projeto plataforma ancorada + linhas de produção Infelizmente não existem regras para a seleção das características pertinentes. A abstração física é uma tarefa baseada na experiência do engenheiro. 2. Formulação matemática: trata-se da aplicação das leis da física, buscando a obtenção de uma ou mais equações que descrevam o comportamento do sistema. 3. Solução das equações: consiste na solução analítica ou numérica das equações matemáticas, buscando resultados que permitam análises e conclusões acerca do comportamento do sistema dinâmico. 4. Interpretação dos resultados: como o próprio nome diz, refere-se ao processo de análise dos resultados obtidos com a solução das Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I equações. São direcionadas para a tomada de decisão quanto ao comportamento identificado. Neste contexto, considerando elasticidade é capaz de oscilar livremente, os objetivos iniciais na ma análises de comportamento dinâmico de sistema são: − a correta modelagem matemática, através da aplicação da II Lei de Newton. − e a determinação de sua freqüência natural. No curso de Dinâmica de Sistemas I, será dada ênfase aos sistemas com apenas um grau de liberdade, ou seja, aqueles cujo movimento pode ser descrito por apenas uma coordenada simples. Exemplos: pêndulo simples, pistão que se move em um cilindro, eixo de manivela (virabrequim), entre outros. No entanto, existem sistemas onde são nec especificação do movimento. Esses sistemas são, portanto, caracterizados por n graus de liberdade. Exemplo: um navio que se move livremente na superfície do mar tem seis graus de liberdade: três de translação e três de rotação. Para um sistema com vários graus de liberdade, a boa escolha do sistema coordenado pode representar uma simplificação considerável da modelagem. equações. São direcionadas para a tomada de decisão quanto ao comportamento identificado. Neste contexto, considerando-se que todo sistema dotado de massa e elasticidade é capaz de oscilar livremente, os objetivos iniciais na ma análises de comportamento dinâmico de sistema são: a correta modelagem matemática, através da aplicação da II Lei de Newton. e a determinação de sua freqüência natural. No curso de Dinâmica de Sistemas I, será dada ênfase aos sistemas com um grau de liberdade, ou seja, aqueles cujo movimento pode ser descrito por apenas uma coordenada simples. Exemplos: pêndulo simples, pistão que se move em um cilindro, eixo de manivela (virabrequim), entre No entanto, existem sistemas onde são necessárias � coordenadas para especificação do movimento. Esses sistemas são, portanto, caracterizados por . Exemplo: um navio que se move livremente na superfície do mar tem seis graus de liberdade: três de translação e três de rotação. Figura 15: Para um sistema com vários graus de liberdade, a boa escolha do sistema coordenado pode representar uma simplificação considerável da modelagem. Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 26 equações. São direcionadas para a tomada de decisão quanto ao se que todo sistema dotado de massa e elasticidade é capaz de oscilar livremente, os objetivos iniciais na maioria das a correta modelagem matemática, através da aplicação da II Lei No curso de Dinâmica de Sistemas I, será dada ênfase aos sistemas com um grau de liberdade, ou seja, aqueles cujo movimento pode ser descrito por apenas uma coordenada simples. Exemplos: pêndulo simples, pistão que se move em um cilindro, eixo de manivela (virabrequim), entre oordenadas para especificação do movimento. Esses sistemas são, portanto, caracterizados por . Exemplo: um navio que se move livremente na superfície do mar tem seis graus de liberdade: três de translação e três de rotação. Para um sistema com vários graus de liberdade, a boa escolha do sistema coordenado pode representar uma simplificação considerável da modelagem. Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 27 Em contrapartida, até mesmo o sistema com apenas um grau de liberdade e uma coordenada mal escolhida pode se tornar bastante complicado. Cumpre destacar, ainda, que os sistemas dinâmicos podem estar sujeitos a esforços de dissipação ou amortecimento. Para um grupo de problemas, são esforços moderados e, desta forma, desprezados no cálculo da freqüência natural, já que têm pouca influência sobre a mesma. Sistemas desta natureza são ditos conservativos e permitem a aplicação do Princípio da Conservação de Energia, que é uma forma alternativa à modelagem via II Lei de Newton (assunto da próxima aula). 4.1 Modelagem pelaII Lei de Newton Considere-se um sistema massa-mola (�, e) não amortecido cujo movimento se restringe apenas à direção vertical. Portanto, um sistema com apenas um grau de liberdade. Figura 16: Quando colocado em movimento, esse sistema o fará segundo sua freqüência natural '/, a qual pode ser obtida e analisada mediante a aplicação da II Lei de Newton. Desta forma, para o movimento com apenas a translação vertical, sabe-se que: k m ∆∆∆∆ m k∆∆∆∆ mg g x m mg k(∆+∆+∆+∆+x) posição de equilíbrio estático v a k m ∆∆∆∆ m k∆∆∆∆ mg g x m mg k(∆+∆+∆+∆+x) posição de equilíbrio estático v a f gh,Y = �(�7)�� (29) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 28 e se para esse sistema a massa é invariante no tempo: De acordo com a figura, como a deformação da mola na posição de equilíbrio estático é ∆, e a respectiva força na mola é igual à força peso agindo na massa �, então: onde j é a aceleração da gravidade. Assumindo-se a coordenada � positiva no sentido descendente, medida a partir da posição de equilíbrio estático, todas as quantidades (forças, velocidades e acelerações) são positivas neste mesmo sentido. Desta forma: A partir de uma associação com o movimento de rotação, definindo-se a freqüência circular como sendo: e então: que é a equação diferencial de segunda ordem característica de um movimento harmônico com solução do tipo: f gh,Y = ��9 = � . (30) k∆= �j (31) ��9 = f gh,Y = �j − e(∆ + �) = −e�. (32) 1/: = e� (33) �9 + e� = 0, (34) � = ( ��(1/�) + l 2� (1/�), (35) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 29 onde as amplitudes ( e l são constantes dependentes das condições iniciais do problema >�(0), �8 (0)? , ou seja: Neste caso, a quantidade '/ = Xm:n = ]:n o p* é a freqüência natural do sistema dinâmico em estudo, medida em Hertz. Exercício (resolvido): Considere um cilindro sólido, de raio � e altura ℎ, parcialmente submerso em água e com seu eixo axial perpendicular à superfície livre. Determine a freqüência natural de oscilação na direção vertical, assumindo que o cilindro mantém a direção de seu eixo axial. As densidades do cilindro e da água são, respectivamente, rs e r+. Solução: Assumindo que � seja o deslocamento vertical a partir da posição de equilíbrio estático, o peso de água deslocada é 3�: r+j� , o que é equivalente à força de restauração hidrostática (princípio de Archimedes). Como a massa do cilindro é 3�:ℎrs, então de acordo com a II Lei de Newton: , ou seja: Portanto, da analogia direta desta equação com aquela deduzida para o sistema massa-mola (�, e), é possível deduzir que: � = �8(0)1/ ��(1/�) + �(0) 2� (1/�). (36) 3�: ℎrs)9 + 3�: r+ j� = 0 (37) �9 + r+jrsℎ � = 0. (38) 1/ = tr+jrsℎ ⟹ '/ = 123 tr+ jrsℎ . (39) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 30 Observação: Na prática, sabe-se que parte do fluido próxima ao cilindro se acelera a partir da oscilação do mesmo, fazendo com que a freqüência natural seja menor que a calculada. Esta parcela fluida é conhecida como massa adicional e depende da geometria e do próprio movimento (direção, amplitude e freqüência). Também pode se apresentada na forma de um adimensional conhecido como coeficiente de massa adicional (v ou v�). Considerando-se este aspecto: A título de exemplo, a figura mostrada a seguir traz o valor da massa adicional para algumas geometrias de corpos bidimensionais em três situações usuais de movimento: duas translações (�] � �:)] e uma rotação (�w). Assim, a massa adicional �]] corresponde à aceleração na direção �]; �:: à aceleração na direção �: e �ww representa o momento de inércia adicional advindo de uma rotação �w contida no plano formado por �] e �:. Figura 17: (�s + �+)�9 + 3�: r+j� = 0. (40) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 31 Exercício (resolvido): Movimento de rotação Figura 18 A figura mostra uma barra uniforme de massa �, que gira em torno de J, com molas de compressão de rigidez e presas em cada uma de suas extremidades. A barra é mantida na posição horizontal graças às pré-tensões K1 e K2. Determine a equação do movimento e a freqüência natural de oscilação. Solução: De acordo com a II Lei de Newton, o equacionamento para o movimento rotacional é dado por: Sob rotação V, a pré-tensão esquerda é diminuída e a direita aumentada, resultando em: No entanto, do equilíbrio estático sabe-se que: Desta forma: E, portanto: θθθθ ba c CG O k P1 k P2 θθθθ ba c CG O k P1 k P1 k P2 k P2 f x=h,Y = yzV9 (41) f xzh,Y = (K] − e V) + �j2 − (K: + e<V)< = yzV.9 (42) K] + �j2 − K:< = 0. (43) f xzh,Y = (−e : − e<:)V = yzV9 ⟹ V9 + e( : + <:)yz V = 0. (44) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 32 Observação: O momento de inércia yz é igual ao momento de inércia da barra em relação ao seu centro de gravidade, mais a parcela de transferência até o ponto J. 4.2 Modelagem pelo Princípio dos Trabalhos Virtuais ou Princípio de D’Alembert Outro método escalar utilizado para a modelagem de sistemas dinâmicos é baseado no princípio do trabalho virtual, inicialmente formulado por Johann J. Bernoulli, em 1792. Trata-se de um método muito indicado para a modelagem de sistemas de corpos interconectados, o que será discutido com maior profundidade em ocasião oportuna. Por hora esta aula se preocupará em introduzir seus conceitos básicos, permitindo que o aluno se familiarize com sua aplicação. O princípio do trabalho virtual está associado ao equilíbrio do(s) corpo(s), podendo ser enunciado da seguinte forma: “Se a um sistema em equilíbrio sujeito a ação de um conjunto de forças é dado um deslocamento virtual, a soma dos trabalhos virtuais realizados pelas mesmas será nulo”. Neste enunciado os termos destacados são definidos da seguinte forma: − Deslocamento virtual ^�é uma variação imaginária e infinitesimal da coordenada, aplicada de maneira instantânea. É importante que esse deslocamento seja compatível com as restrições aos graus de liberdade do sistema. − Trabalhos Virtuais ^{ são aqueles realizados pelas forças ativas mediante a aplicação do deslocamento virtual imposto. Já que o deslocamento virtual não implica em mudança significativa na geometria 1/ = |e( : + <:)yz ⟹ '/ = 123 te( : + <:)yz . (45) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 33 do problema, as forças agindo sobre o sistema também são consideradas inalteradas para o cálculo dos trabalhos. Tal como proposto por Bernoulli, o princípio do trabalho virtual é um método baseado na estática do problema. Sua extensão para a condição dinâmica foi viabilizada por D’Alembert, em 1743, com a inclusão do conceito de força de inércia. Desta forma, as forças de inércia são consideradas como forçasativas em problemas dinâmicos. Exercício (resolvido): Aplicando o princípio dos trabalhos virtuais, determinar a equação que rege o movimento da barra rígida, de massa x e comprimento }, carregada como mostrado na figura abaixo. Figura 19: Solução: A barra rígida é desenhada na posição deslocada de um ângulo V e sobre ela indicadas as forças ativas, incluindo a de inércia. Figura 20: p0 f(t) L/2 O k L/2 p0 f(t) L/2 O k L/2 θθθθ δθδθδθδθkLθθθθ/2 (ML /3)θθθθ2 .. x p0 f(t)dx θθθθ δθδθδθδθkLθθθθ/2 (ML /3)θθθθ2 ..(ML /3)θθθθ2 .. x p0 f(t)dx Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 34 É aplicado um ângulo virtual ^V, a partir do qual são calculados os trabalhos virtuais abaixo: Força de inércia:, Força de restauração: Carregamento distribuído:. Fazendo o somatório desses trabalhos virtuais, e sabendo que ele deve ser nulo, ∑ ^{ = 0, então: 4.3 Modelagem pela Conservação de Energia Considere a dinâmica de um sistema massa-mola, regida pela seguinte equação diferencial: Efetuando uma multiplicação de todas as componentes pela velocidade �8 , necessariamente não nula, a seguinte igualdade é mantida: Esta equação pode ser reescrita na forma de derivadas: ^{./és.+ = − x}:3 V9 ^V, (46) ^{hQY++çã = − Ce }2 VD }2 ^V, (47) ^{s+h+*h/Y = L >(5='(�)��)�^V? = 5='(�) }:2 ^V.= (48) x}:3 V9 + e }:4 V = 5= }:2 '(�). (49) ��9 + e� = 0 (50) ��9�8 + e��8 = 0 (51) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 35 Integrando esta equação entre dois instantes conhecidos, �] e �:tem-se que: onde a energia total MY+ pode ser dividida em uma parcela de energia cinética !(�) e uma parcela de energia potencial (�). Portanto, em sistemas deste tipo, ditos conservativos, onde se percebe a ausência de componentes de dissipação, a energia total é conservada permitindo que a equação do movimento seja obtida pela direta aplicação do princípio da conservação de energia. Exercício (resolvido): Determine a freqüência natural do sistema mostrado na figura abaixo: Figura 21: k m r 1 r 2 θθθθ J k m r 1 r 2 θθθθ J ��� ��8 :2 + ��� e�:2 = 0 (52) L ��� ��8 :2 ��Y:Y]+ L ��� e�:2 �� = ��8(�:):2 − ��8 (�]):2 + e�(�:):2 − e�(�]):2Y:Y]= 0 (53) ⟹ !(�:) + (�:) = !(�]) + (�]) = MY+, ��� (! + ) = 0 (54) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 36 Solução: Assumindo que o sistema vibra harmonicamente segundo o ângulo V no entorno de sua posição de equilíbrio estático, a energia cinética máxima será: Por outro lado, a energia potencial máxima será: Sabendo que: Então : Exercício (resolvido): Um cilindro circular de massa � e raio � é ligado a uma mola de rigidez e, como mostra a figura. Determinar a freqüência natural do sistema, quando o cilindro rola livremente sobre a superfície horizontal, sem escorregar. ! = 12 yV8 : + 12 ��]V8:. (55) = 12 e(�:V):. (56) ��� (! + ) = 0 ⟹ ��� R12 (y + ��]:)V8 :S + ��� R12 e�::V:S = 0 (57) 1/ = t e�::y + ��]: , á ��� V8 5��� �ã� �� ��F (58) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 37 Figura 22: Solução pela Conservação de Energia: A energia total do sistema consiste em energia cinética (de rotação e de translação) e em energia potencial, devendo se conservar com o passar do tempo. Desta forma: onde y = ]: ��: é o momento de inércia do cilindro e � = �V ⟹ �8 = �V8 , = ]: e�:. Então, para qualquer instante de tempo: Como �8 não é sempre nula, então: portanto: k r θθθθ m x Jo k r θθθθ m x Jo !M+/Q+çã = 12 ��8 :, (59) !Y+çã = 12 yV8 :, (60) ��� 12 ��8 + 12 C12 ��:D C�8�D: + 12 ��: = 0 ⟹ C32 ��9 = e�D �8 = 0 (61) 32 ��9 + e� = 0, (62) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : M o de la ge m de Si st e m a s D in âm ic os 38 Solução pela II Lei de Newton: Para a translação na direção horizontal: Figura 23: Onde g+Y(i) é a força de atrito. Em termos de rotação: Substituindo (ii) em (i): E, portanto: kx x Fat kx x Fat 1/ = t 2e3� �� � � . (63) (�) f g, = ��9 = −e� + g+Y , (64) (��) f x = yV9 ⟹ g+Y� = 12 ��: �9� ⟹ g+Y = − 12 ��9 . (65) ��9 = −e� − 12 ��9 ⟹ 32 ��9 = e� = 0. (66) 1/ = t 2e3�. (67) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I 5. INTRODUÇÃO À ESTABIL 5.1 Classificação dos pontos de equilíbrio Um oscilador harmônico sub de fases. Segundo esse diagrama, partindov], v:, v � v, o sistema é conduzido para um único ponto de equilíbrio possível, no caso a origem Desta forma, o oscilador harmônico sub o ponto de convergência no diagrama de fases é dito um Atratores só são possíveis em sistemas dissipativos. Uma das formas de se referenciar a estabilidade de um sistema dinâmi respeito à determinação de possíveis Portanto, o ponto P* é estacionário ou fixo se: Diz-se que P* é: − Assintoticamente estável� ∞ INTRODUÇÃO À ESTABILIDADE LINEAR Classificação dos pontos de equilíbrio m oscilador harmônico sub-amortecido exibe o seguinte diagrama (espaço) Figura 24: Segundo esse diagrama, partindo-se de diferentes condições iniciais , o sistema é conduzido para um único ponto de equilíbrio possível, no caso a origem (� = 0, �8 = 0 = 0) forma, o oscilador harmônico sub-amortecido é um sistema dissipativo o ponto de convergência no diagrama de fases é dito um atrator. só são possíveis em sistemas dissipativos. Uma das formas de se referenciar a estabilidade de um sistema dinâmi respeito à determinação de possíveis soluções estacionárias ou pontos fixos é estacionário ou fixo se: Assintoticamente estável se para: K∗ = >�, �8 = 0? = >0,0? ∞, >�(�), �8 (�) = 7(�)? >0,0? Capítu lo : In tro du çã o à e st a bi lid ad e lin e a r 39 amortecido exibe o seguinte diagrama (espaço) se de diferentes condições iniciais , o sistema é conduzido para um único ponto de equilíbrio sistema dissipativo e Uma das formas de se referenciar a estabilidade de um sistema dinâmico diz pontos fixos. (68) (69) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o à e st a bi lid ad e lin e a r 40 − Estável (estabilidade neutra) se a resposta do sistema a uma pequena perturbação permanece pequena quando � ∞. − Instável se para � ∞, a solução cresce, se afastando de K∗. Por exemplo, o sistema dinâmico definido por: tem solução �(�) = �Y e o ponto K∗ = >�, �8 = 0? = >0,0? é um ponto de equilíbrio. K∗ será assintoticamente estável se, estável se = 0 e instável se > 0. 5.1.1 Sistema geral com um grau de liberdade Agora, seja dado um sistema dinâmico, linear, definido pelas seguintes equações de primeira ordem: Este sistema terá ponto de equilíbrio >�∗, 0∗? em >0,0?.Assumindo a solução geral do tipo: O sistema inicial de equações fica sendo dado por: Para que este sistema tenha solução não trivial, >), 0? ≠ >0,0?, o determinante da matriz dos coeficientes deverá ser nulo, ou seja: �8 = �. (70) �8 = � + <7 = '(�, 7),78 = 2� + �7 = j(�, 7). (71) � = )�Y ,7 + 0�Y . (72) ( − )) + <0 = 0,2) + (� − )0 = 0. (73) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o à e st a bi lid ad e lin e a r 41 Para facilidade de notação, definem-se: e a matriz Jacobiana: Então: Novamente, admitindo-se I(�) = �Y, onde = @A = ¡¢£, chega-se a: Onde ¤ é a matriz identidade, sendo e I(�), respectivamente, os autovalores e autovetores da matriz Jacobiana. Desta forma, para se encontrar os autovalores deve-se garantir que: Voltando aos coeficientes do sistema original, tem-se: ��� R( − ) <2 (� − )S = 0. (74) I(�) = R I](Y)I:(�)S = R�(�)7(�)S (75) I8 (�) = I8](�)8:(�) = �8 (�)78(�) (76) y = ¥¦¦¦ § ¨'¨I] ¨'¨I:¨j¨I] ¨j¨I:©ªªª « = ¬¨'¨� ¨'¨7¨j¨� ¨j¨7 (77) I8 (�) = y I(�). (78) (y − ¤)I(�) = 0 (79) ��� (y − ¤) = 0 (80) ( − )(� − ) − <2 = 0 (81) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o à e st a bi lid ad e lin e a r 42 Portanto, esta é a equação característica do sistema dinâmico em estudo, que apresenta duas raízes ] e :, cujos valores determinarão a estabilidade do ponto de equilíbrio K∗ = �∗, )8 ∗ = 0∗£ = >0,0?. Supondo: = \h() + �F�(), então a solução geral do sistema será do tipo: Como �. ®¯(°)± é uma função limitada, a estabilidade de �(�) será ditada essencialmente por Re(λ). Desta forma: − Se \�() > 0, �(�) ∞, quando � ∞, ou seja, a solução cresce como o passar do tempo, caracterizando K∗ como instável. − Por outro lado, se \�() < 0, �(�) K∗quando � ∞, o que configura um ponto de equilíbrio assintoticamente estável. − Ainda, se \�() = 0, as soluções não se afastam, nem se aproximam, de K∗quando � ∞, permanecendo na sua vizinhança. Neste caso, K∗ é estável (mas não assintoticamente estável) e chamado de centro. Classificação dos pontos de equilíbrio de um sistema com dois autovalores De uma maneira mais geral, para um sistema com dois autovalores, ] e :, a classificação dos pontos de equilíbrio é a seguinte: (1) ] e : são reais, distintos, ¶· ∗ ¶� ≠ � e ¶· ∗ ¶� > 0 Neste caso, ] e : têm mesmo sinal e o ponto K∗ é denominado um nó ou ponto nodal. − Se λ] > 0 e : > 0, K∗é instável. − Se ] < 0 e : < 0 K∗ é estável. (2) ] � : são reais, ¶· � ¶� ≠ � �(�) = )�h()Y�. *()Y (82) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o à e st a bi lid ad e lin e a r 43 Aqui o ponto K∗ também é classificado como um nó, porém chamado de nó impróprio. (3) ] � :são reais, distintos, ¶· ∗ ¶� ≠ � e ¸· ∗ ¸� < 0 Quando ] � : têm sinais distintos, o ponto é denominado de ponto de sela hiperbólico. Esse ponto é sempre instável. (4) ] � : são complexos conjugados, ¹�(¶) ≠ � Neste caso: ],: = º ± �¼, ¼ ≠ 0, portanto: − Se º ≠ 0, as trajetórias são espirais convergentes ao ponto de equilíbrio P*, chamado de foco (estável se º < 0 e instável se º > 0 . − Se º = 0, as trajetórias são elípticas e o ponto fixo P* é chamado de centro. Este ponto de equilíbrio é estável, porém não assintoticamente estável. 5.1.2 Exemplo de análise: o pêndulo simples Considere-se o pêndulo formado por um corpo de massa � e uma haste rígida de comprimento } com massa desprezível, livre para oscilar no plano vertical. A equação desse movimento é dada por: A partir desta equação, não é possível a obtenção de soluções com base em funções elementares. No entanto, pode-se compreender qualitativamente as principais características da solução utilizando um diagrama de fases. Para tanto, reescrevendo a equação da seguinte forma: V9 + j} �� V = 0 (83) ½V8 = ¾ = '(V, ¾) ¾8 = − j} �� V = ℎ(V, ¾) (84) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Para este sistema: que integrada, leva à equação: Onde v = 2��. Esta equação descreve as diferentes trajetórias para cada valor de para cada condição inicial do sistema. A figura acima ilustra todas as trajetórias segundo as possíveis condições iniciais. As flechas indicam o sentido de evolução no tempo (quando positiva, o ângulo V é crescente). �V�¾ = '(V, ¾)ℎ(V, ¾) que integrada, leva à equação: Esta equação descreve as diferentes trajetórias para cada valor de para cada condição inicial do sistema. Figura 25: A figura acima ilustra todas as trajetórias segundo as possíveis condições has indicam o sentido de evolução no tempo (quando é crescente). )) = ¾− j} �� V ⟹ − j} �� V �V = ¾ �¾, ¾: − 2j} 2� V = v, Ca pí tu lo : In tro du çã o à e st a bi lid ad e lin e a r 44 Esta equação descreve as diferentes trajetórias para cada valor de v, ou seja, A figura acima ilustra todas as trajetórias segundo as possíveis condições has indicam o sentido de evolução no tempo (quando ¾ é (85) (86) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : In tro du çã o à e st a bi lid ad e lin e a r 45 O ponto A é a solução trivial V, V8 = ¾£ = >0,0?, ou seja, o pêndulo parado como na figura abaixo. Este ponto é dito um ponto de equilíbrio estável. Os pontos B correspondem a situações onde V = 3 ou−3 e ¾ = 0 e, como mostrado na figura abaixo. Obviamente estes pontos são ditos de equilíbrio instável. Figura 26: A família de trajetórias fechadas ao redor do ponto A representa os possíveis movimentos periódicos e os pontos onde estas trajetórias cortam o eixo V representam as amplitudes de oscilação. As trajetórias onduladas, acima e abaixo, representam movimentos nos quais o pêndulo gira ao redor do centro J. Portanto, identificam-se dois tipos de movimentos: − Periódico e limitado; − Ilimitado. θ = 0θ = 0θ = 0θ = 0 L m O A θ = 0θ = 0θ = 0θ = 0 L m O A θ = piθ = piθ = piθ = pi m O B L θ = piθ = piθ = piθ = pi m O B L Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Li n e a riz a çã o e e st a bi lid a de n ão lin ea r 46 6. LINEARIZAÇÃO E ESTABILIDADE NÃO LINEAR Seja o sistema de equações não lineares de primeira ordem: Para este sistema, K∗ = >)∗, 0∗?é um ponto de equilíbrio (ou ponto fixo). Sua expansão em série de Taylor em torno de K∗ é dada por: Definindo-se: E, portanto:, '(�∗, 7∗) = j(�∗, 7∗) = 0 , obtendo-se o seguinte sistema linear (termos de ordem superior – t.o.s. são desprezados): Neste caso, a matriz Jacobiana y, calculada no ponto fixo K∗, tem o seguinte aspecto: Desta forma, as funções �¿(�) � 7¿(�) são aproximações de primeira ordem para a dinâmica em torno do ponto fixo K∗, descrevendo o comportamento local da solução. O caráter local deve ser enfatizado, já que as soluções encontradas são aproximações válidas para pequenas variações em torno do(s) ponto(s) de equilíbrio. �8 = '(�, 7)78 = j(�, 7) (87) À�8 = '(�, 7) = '(�∗, 7∗) + ¨'¨� (�∗, 7∗)(� − �∗) + ¨'¨7 (�∗, 7∗)(7 − 7∗) + �. �..78 = j(�, 7) = j(�∗, 7∗) + ¨j¨� (�∗, 7∗)(� − �∗) + ¨j¨7 (�∗, 7∗)(7 − 7∗) + �. �. . (88) �¿ = � − �∗7¿ = 7 − 7∗ ⟹ �¿8 = �87¿8 = 78 (89) ÁÂà ÂÄ�¿8 = ¨'¨� ÅK∗ �¿ + ¨'¨7 ÅK∗ 7¿ = �¿ + <7¿7¿8 = ¨j¨� ÅK∗ �¿ + ¨j¨7 ÅK∗ 7¿ = 2�¿ + �7¿ (90) y = @ <2 �A (91) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Li n e a riz a çã o e e st a bi lid a de n ão lin ea r 47 Exemplo de aplicação: Suponha o sistema: Localize o(s) ponto(s) de equilíbrio e determine a estabilidade linear, fazendo o(s) diagrama(s) de fases em torno do(s) mesmo(s). Solução: (I) Pontos de equilíbrio: Portanto, o sistema tem dois pontos de equilíbrio (pontos fixos): K] =>2,1? � K: = >−2,1? (II) Linearização em torno de Æ· = >�, ·? Usando )Ç e 0Ç , e desprezando t.o.s.: Ou seja: Para esse sistema linearizado: �8 = 47: − �: = '(�, 7)78 = 27 − 2 + j(�, 7) (92) È�8 = 078 = 0 ⟹ È47: − �: = 027 − 2 = 0 (93) È�¿ = � − 27¿ = 7 − 1 ⟹ È� = �¿ + 27 = 7¿ + 1 (94) À�¿ = ¨'¨� (2,1)�¿ + ¨'¨7 (2,1)7¿7¿8 = ¨j¨� (2,1)�¿ + ¨j¨7 (2,1)7¿ (95) É�¿8 = −2�|(:,])�¿ + 87|(:,])7¿7¿8 = 0 + 2|(:,])7¿ ⟹ �¿8 = −4�¿ + 87¿7¿8 = +27¿ (96) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Li n e a riz a çã o e e st a bi lid a de n ão lin ea r 48 Portanto, sua equação característica será dada por: Com os seguintes autovalores: ] = −4: = 2 ⟹ K∗ é um ponto de sela1, logo instável. Pode-se, ainda, encontrar suas direções estável e instável, determinando os autovetores de y: Sabendo que: E, assumindo �, = 1: para ] = −4: para : = 2: Portanto: 1 Lembrar que todo ponto de sela é instável, caracterizado por duas direções de estabilidade: uma estável (associada ao autovalor negativo) e outra instável (associada ao autovalor positivo). y = @−4 80 2A (97) �� È@−4 80 2A − @ 00 AË = 0 ⟹ ( + 4)( − 2) = 0 (98) R�,�ÌS (99) (y − F) R�,�ÌS = R00S ⟹ @−4 − 80 2 − A R�,�ÌS = R00S ⟹ (−4 − )�, + 8�Ì = 0,(2 − )�Ì = 0 (100) 8�Ì = 06�Ì = 0 ⟹ �Ì = 0 ⟹ �(]) = R10S (101) É−6�, + 8�Ì = 00�Ì = 0 ⟹ �Ì = 3 4Í ⟹ �(:) = 13 4Í (102) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Li n e a riz a çã o e e st a bi lid a de n ão lin ea r 49 Em termos gráficos: Figura 27: qx qv x v Autovetor estável Autovetor instável φφφφ2222 tg φ φ φ φ 2222 = 3/4= 3/4= 3/4= 3/4 3/43/43/43/4 1111qx qv x v Autovetor estável Autovetor instável φφφφ2222 tg φ φ φ φ 2222 = 3/4= 3/4= 3/4= 3/4 3/43/43/43/4 1111 1111 2222 P* x v 1111 2222 P* x v ] ⟹ @0 80 6A R10S = R00S � (103) : ⟹ @−6 80 0A 13 4Í = R00S (104) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Li n e a riz a çã o e e st a bi lid a de n ão lin ea r 50 (III) Linearização em torno de Æ· = >−�, ·? Analogamente: Desta forma: Portanto, K∗é um nó instável (dois autovalores reais positivos). Os respectivos autovetores são dados por: Novamente assumindo �, = 1: para ] = 4: para : = 2: Neste caso, ambas as direções são instáveis, ou seja, as trajetórias deixam K∗, tangenciando as direções de instabilidade. Em termos gráficos: �¿8 = 4�¿ + 87¿7¿8 = 27¿ ⟹ y = @4 80 2A (105) ��� È@4 − 80 2 − AË = 0 ⟹ ] = 4: = 2 (106) (4 − )�, + 8�Ì = 0(2 − )�Ì = 0 (107) �Ì = 0 ⟹ �(]) = R10S (108) �Ì = − 1 4Í ⟹ �(:) = 1− 1 4Í (109) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Li n e a riz a çã o e e st a bi lid a de n ão lin ea r 51 Figura 28: qx qv x v Autovetores instáveis φφφφ2222 tg φ φ φ φ 2222 = = = = −−−−1/41/41/41/4 −−−−1/41/41/41/4 1111qx qv x v Autovetores instáveis φφφφ2222 tg φ φ φ φ 2222 = = = = −−−−1/41/41/41/4 −−−−1/41/41/41/4 1111 1111 −−−−2222 P* x v 1111 −−−−2222 P* x v Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Vi br a çõ e s am o rte ci da s 52 7. VIBRAÇÕES AMORTECIDAS 7.1 Amortecedor linear O amortecedor linear é um aparato que em sistemas dinâmicos responde com uma força proporcional à velocidade relativa associada à interação entre dois corpos, definida segundo a seguinte relação: Onde: 2 é conhecido como constante de amortecimento linear. Em geral, na grande parte dos sistemas dinâmicos, uma perturbação inicial não se perpetua, sendo atenuada por elementos dissipativos como o amortecedor viscoso. Um sistema dinâmico típico, com apenas um grau de liberdade, é mostrado na figura abaixo. Figura 29: Se o movimento � = �(�) é medido a partir da posição de equilíbrio, a aplicação da II Lei de Newton leva a seguinte equação: Utilizando as definições de: − Freqüência natural k m kx mx .. m c cx . k m kx mx .. mx .. m c cx . cx . gs = 2 ���� (110) ��9 + 2�8 + e� = 0 (111) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Vi br a çõ e s am o rte ci da s 53 Bem como: − Fração do amortecimento crítico ou coeficiente de amortecimento Onde: 2�1/ = 2s é o amortecimento crítico, pode-se reescrever a equação do movimento da seguinte forma: Esta equação é completamente definida com a definição das condições iniciais do movimento, ou seja: Para se resolver esta equação, assume-se uma solução do tipo �(�) = �Y, onde é o parâmetro a ser determinado. Substituindo esta solução na equação diferencial do movimento, a seguinte equação característica é obtida: Cujas raízes são dadas por valores ] e :, conhecidos como valores característicos ou autovalores da equação característica: É facilmente verificado que esses autovalores podem ser reais ou complexos, dependendo do termo 2: − 4�e, lembrando-se que: 1/ = t e� (112) Î = 22�1/, (113) x9 + 2ζωÒx8 + ωÒ:� = 0 (114) �(0) = �= � �8 (0) = 0= (115) : + 2Î1/ + 1/:� = 0 (116) ],: = Ó−Î ± BÎ: − 1Ô 1/ (117) Î: − 1 = 2: − 4�e4�e . (118) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Vi br a çõ e s am o rte ci da s 54 Desta forma, segundo esses autovalores, as soluções da equação do movimento serão do tipo: Onde: Onde: )] e ):são constantes arbitrárias, definidas pelas condições iniciais do problema, ou seja: E, portanto, a solução da equação do movimento fica definida de forma única. Desta forma, podem ser identificados 4 tipos possíveis de movimento: (1) Movimento não amortecido Quando 2 = 0 e, então: Cuja solução é: (2) Movimento sub-amortecido Quando 0 < 2: < 4�e ou Î < 1 e, então: Onde se define 1Õ como a frequência natural amortecida: �(�) = )]�Y + ):�Y, (119) ] = Ó−Î + BÎ: − 1Ô 1/ � : = Ó−Î − BÎ: − 1Ô 1/ (120) �(0) = )] + ): = �= (121) �8(0) = ])] + :): = 0= (122) �9 + 1/:� = 0 (123) �(�) = )] 2� (1/�) + ): ��(1/�) (124) �(�) = �Ö×XmY>)] 2� (1Õ�) + ): ��(1Õ�)?(125) 1Õ = 1/B1 − Î: (126) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Vi br a çõ e s am o rte ci da s 55 (3) Movimento criticamente amortecido Quando 2: = 4�e ou Î = 1, e, então: Neste caso, ��Y também é uma solução do problema e, portanto, a solução geral fica sendo dada por: Este movimento não é periódico (não há oscilação). (4) Movimento super-amortecido Quando 2: > 4�e ou Î > 1, de tal forma que ] e : são raízes reais e a solução geral do problema fica sendo dada por: De acordo com a qual, também não há oscilação. Graficamente, o comportamento do deslocamento � = �(�) é apresentado na figura a seguir, parametrizado segundo os valores do coeficiente de amortecimento Î. ] = : = −1/ (127) �(�) = �ÖXmY>)] + ):�?. (128) �(�) = )]�Y + ):�Y (129) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Vi br a çõ e s am o rte ci da s 56 Figura 30: 7.2 Lugar geométrico das raízes Analisando a solução da equação característica do sistema massa-mola- amortecedor linear: Percebe-se que (: + l: = 1, onde ( e l são, respectivamente, a parte real e parte imaginária dos autovalores. Desta forma, mantida a frequência natural não amortecida constante, 1/, as raízes complexas dessa equação característica encontram-se sobre uma semicircunferência de raio 1/. Quando Î = 0 as raízes são complexas conjugadas ±�1/. À medida que Î cresce, as raízes se afastam do eixo imaginário, caminhando sobre a ],: = Ó−Î ± �B1 − Î:Ô 1/ (130) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Vi br a çõ e s am o rte ci da s 57 semicircunferência de, até que para Î = 1 se tenha apenas uma única raiz real −1/. Quando Î ultrapassa o valor unitário, as duas raízes passam a ser reais, se separando cada vez mais. Figura 31: 7.3 Diagrama de fase Outra forma de analisar a influência do coeficiente de amortecimento sobre o comportamento do sistema dinâmico é desenvolvida com base nos respectivos diagramas de fase. Basicamente, o diagrama de fase consiste na apresentação da velocidade �8 = �8(�) como função do deslocamento � = �(�). Este tipo de análise é particularmente importante para os estudos de estabilidade, pois permite o mapeamento e possível classificação dos pontos de equilíbrio do sistema. A figura anterior apresenta os diagramas de fase para os quatro tipos de movimento possíveis para o sistema massa-mola-amortecedor linear. Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : Vi br a çõ e s am o rte ci da s 58 Figura 32: Segundo a figura: − Î = 0 implica em órbitas elípticas (o ponto de equilíbrio >0,0? é um centro); − Î < 1 implica em uma rota espiralada se aproximando da origem (o ponto de equilíbrio >0,0?é um foco assintoticamente estável); − Î = 1 implica em rotas diretas para a origem, características de movimentos não oscilatórios (o ponto de equilíbrio >0,0? é um “inflected node”, assintoticamente estável) e − Î >1 também implica em rotas diretas para a origem, características de movimentos não oscilatórios (neste caso, o ponto de equilíbrio >0,0? é um nó, assintoticamente estável). Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s n ão a m o rte ci do s 59 8. EXCITAÇÃO HARMÔNICA DE SISTEMAS NÃO AMORTECIDOS Considere-se o sistema não amortecido mostrado abaixo, submetido à ação de uma excitação harmônica do tipo: Figura 33: Desta forma, aplicando-se a II Lei de Newton, a dinâmica deste sistema é descrita pela seguinte equação: Esta equação pode ser reescrita dividindo-se todos os termos pela massa � e, então: Onde: 1/ = oe �Í é a freqüência natural não amortecido e '= = g= �Í . Sabe-se que esta equação diferencial linear não homogênea tem solução geral do tipo: Onde: k m x F(t) k m x F(t) g(�) = g= 2� (1�) (131) ��9 + e� = g= 2� (1�). (132) �9 + 1/:) = '= 2� (1�), (133) �(�) = �Ø(�) + �Ù(�), (134) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s n ão a m o rte ci do s 60 • XÛ(t) = X] sin(ωÒt) + X:cos(ωÒt) é a solução da equação homogênea, ou seja, a solução de ��9 + e� = 0; • �Ù(�) = )= cos(ωt) é uma solução particular, que assume o mesma característica da força de excitação g(�), quando 1 ≠ 1/. Substituindo a solução particular �à(�) na equação diferencial linear não homogênea, tem-se: De acordo com esta equação: E, desta forma: Portanto, a solução geral do problema fica sendo dada por: Se o sistema apresentar condições iniciais >�(0), �8 (0)? = >�=, 7=?, então as amplitudes )] � ): podem ser determinadas, resultando em: Neste ponto, dois casos particulares merecem uma análise mais profunda. −1:)= 2� (1�) + 1/: )= 2� (1�) = '= 2� (1�) (135) )= = '=1=: − 1: (136) )à(�) = '=1/: − 1: 2� (1�) (137) �(�) = )] ��(1/�) + ): 2� (1/ �) + '=1/: − 1: 2� (1�). (138) �(�) = 7=1 ��(1/�) + C�= − '=1/: − 1:D 2� (1/�) + '=1/: − 1: 2� (1�). (139) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s n ão a m o rte ci do s 61 8.1 O Batimento Se as condições iniciais do problema são nulas >�(0), �8 (0)? = >0,0?, a solução geral se torna bastante simples: Ou seja: Desta forma, quando 1 se aproxima do valor de 1/, verifica-se o fenômeno de batimento. Percebe um movimento ditado pela alta freqüência ÓXmáX: Ôe uma modulação da amplitude, dada pelo termo ÓXmÖX: Ô. Exemplo: Para '= = 1,5 â ej⁄ , 1/ = 2 � � ⁄ e 1 = 1,9 � � ⁄ , a figura abaixo mostra a resposta do sistema dinâmico. Figura 34: �(�) = '=1/: − 1: >2� (1�) − 2� (1/�)? (140) �(�) = 2'=1/: − 1: �� Ó1/ − 12 �Ô �� C1/ + 12 �D (141) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s n ão a m o rte ci do s 62 8.2 A Ressonância Suponha, agora, que a freqüência da excitação harmônica seja exatamente igual à frequência natural do sistema, ou seja, 1 = 1/. Neste caso, a solução particular �à(�) = )= cos(1�) não representa mais a dinâmica do sistema, necessitando-se a proposição de uma nova solução particular do tipo: A qual, segundo aplicação de um procedimento análogo ao anteriormente apresentado, e sob as mesmas condições iniciais >�(0), �8 (0)? = >�=, 7=?, leva à seguinte solução �(�) para o caso de 1 = 1/: Exemplo: A figura abaixo mostra o comportamento dinâmico do sistema, partindo de >�(0), �8 (0)? = >0,0?, com '= = 1,5 â ej⁄ e 1 = 1/ = 2 � � ⁄ . Figura 35: �Ù(�) = �)= ��(1�) (142) �(�) = 7=1 ��(1�) + �= 2� (1�) + '=21 � ��(1�) (143) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s n ão a m o rte ci do s 63 Note o caráter ilimitado da resposta na condição de ressonância, situação profundamente indesejável na maioria dos sistemas dinâmicos.Graficamente pode-se apresentar a amplificação das oscilaçõesÓ) '=Í Ô como função da relação entre as freqüências 1 1/Í . Figura 36: De acordo com a figura percebe-se que na situação em que 1 1/Í = 0 a força excitante é estática e a resposta do sistema é o deslocamento estático dado por ) = '=. Então, para 1 muito menor que 1/ a restauração do sistema é o fator dominante e o comportamento é praticamente estático. Para1 1/Í ∞, a resposta aproxima-se de zero. Então, para altas freqüências de excitação, 1 muito maior que 1/, a inércia é o fator dominante, e o sistema passa a não perceber as oscilações forçadas. Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s am o rte ci do s 64 9. EXCITAÇÃO HARMÔNICA DE SISTEMAS AMORTECIDOS Excitações harmônicas são frequentemente encontradas em sistemas mecânicos. Embora sua ocorrência seja menos comum que as não periódicas ou aproximadamente periódicas, o entendimento do comportamento de sistemas excitados harmonicamente é de importância vital para a compreensão de sistemas excitados de maneira mais complexa. Neste contexto, considere-se inicialmente o sistema massa-mola-amortecedor, excitado harmonicamente e com apenas um grau de liberdade, conforme ilustrado na figura abaixo: Figura 37: Para esse sistema, a equação diferencial que rege a dinâmica é dada por: Sabe-se que a solução geral desta equação é dada pela composição de sua solução homogênea (responsável pela resposta transiente) com uma solução particular (responsável pela resposta permanente) semelhante à excitação harmônica para todas as situações de 1 ≠ 1/, ou seja: Onde: ) é a amplitude da oscilação e ä é a fase do deslocamento com relação à força de excitação. Quanto à esta solução as seguintes observações se fazem necessárias: k m c F(t) k m c F(t) ��9 + 2�8 + e� = g(�) = g= ��(1�) (144) �Ù(�) = ) ��(1� − ä) (145) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s am o rte ci do s 65 − Após algum tempo, praticamente só a resposta permanente se mantém; − O efeito das condições iniciais (grande parte garantido pela solução homogênea) vai diminuindo com o passar do tempo; − Quando 2 = 0, portanto um sistema não amortecido, ambas as soluções (homogênea e particular) coexistem todo o tempo. Voltando ao sistema proposto, amplitude e fase são encontradas substituindo a solução particular �à(�) na equação diferencial que rege a dinâmica do movimento. É importante destacar de aulas passadas que, em movimentos harmônicos, as fases da velocidade e aceleração encontram-se adiantas com relação ao deslocamento, respectivamente de 90o e 180o. Em termos vetoriais é possível apresentar a equação diferencial do movimento da seguinte forma: Figura 38: E, portanto, chegar-se às seguintes relações para ) e ä: Que podem ser reescritas utilizando as seguintes informações já conhecidas: kXX c ωωωωX m ω ω ω ω X2 F0 φφφφ kXX c ωωωωX m ω ω ω ω X2 F0 φφφφ ) = g=B(e − �1:): + (21): (146) ä = � �Ö] 21e − �1: (147) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s am o rte ci do s 66 • 1/ = oe �Í é a freqüência natural do sistema não amortecido; • 2s = 2�1/ é o amortecimento crítico; • Î = ssåæ é o coeficiente de amortecimento. De tal forma que: sXp = ssåæ såæXp = 2Î XXm e as equações da amplitude e fase podem ser colocadas nas formas adimensionais que se seguem: Onde ¡pçè é conhecido como fator de amplificação ou fator de magnificação. Figura 39: E ä é a fase entre a força de excitação e o deslocamento, dada por: 0 0.5 1 1.5 2 2.5 30 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 ω /ω n Xk / F 0 ζ = 0.00 ζ = 0.05 ζ = 0.10 ζ = 0.15 ζ = 0.20 ζ = 0.25 ζ = 0.30 ζ = 0.35 ζ = 0.40 ζ = 0.45 ζ = 0.50 ζ = 1.00 )eg= = 1tR1 − Ó 11/Ô:S: + @2Î Ó 11/ÔA: (148) ä = � �Ö] 2Î Ó 11/Ô1 − Ó 11/Ô:, (149) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s am o rte ci do s 67 Estas equações indicam que a amplitude e a fase são funções somente da relação entre frequências Ó XXmÔe do coeficiente de amortecimento Î. As curvas mostram que o coeficiente de amortecimento tem grande influência sobre a amplitude e a fase do movimento próximo à ressonância. De acordo com a relação entre freqüências podem ser identificadas três condições principais: • Quando, Ó XXmÔ ≪ 1 as forças de inércia e de amortecimento são pequenas, o que resulta em um ângulo de fase pequeno. A magnitude da força excitante é praticamente igual à força de restauração e, portanto, o deslocamento tende ao deslocamento quase-estático; • Quando, Ó XXmÔ = 1, o ângulo de fase será igual a 90o. A força de inércia, agora grande, é balanceada pela força de restauração, considerando-se que a força excitante supere a força de amortecimento. Em particular, a amplitude na ressonância será dada por: ) = çè:×p; • Quando Ó XXmÔ ≫ 1, o ângulo de fase se aproxima de 180o e a força de excitação é quase totalmente despendida na superação da grande força de inércia. Figura 40: 0 0.5 1 1.5 2 2.5 30 20 40 60 80 100 120 140 160 180 ω /ω n φ ζ = 0.00 ζ = 0.05 ζ = 0.10 ζ = 0.15 ζ = 0.20 ζ = 0.25 ζ = 0.30 ζ = 0.35 ζ = 0.40 ζ = 0.45 ζ = 0.50 ζ = 1.00 Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s am o rte ci do s 68 Finalizando, a resposta dinâmica geral do sistema massa-mola-amortecedor pode ser expressa da seguinte forma: Onde: )] � ä] são determinados pelas condições iniciais do problema e 9.1 Resposta no Domínio dos Números Complexos Considerando-se a representação vetorial no domínio dos números complexos, se g(�) = g= ��(1�), a magnitude das forças que compõe a equação diferencial da dinâmica do sistema referem-se à parte imaginária dessas forças. Por outro lado, se g(�) = g= 2� (1�), então a magnitude as forças estariam relacionadas com a parte real. Levando-se isso em consideração, pode-se representar a força de excitação harmônica de uma forma mais geral, qual seja: Desta forma, a solução particular pode ser escrita como: Onde: )ë = )�Ö.ì. Substituindo esta solução na equação diferencial do movimento: Ou seja: �(�) = çèp Q./(XYáì)tR]ÖÓ íímÔSá@:×Ó íímÔA + )]�Ö×XmY ��B1 − Î:1/� + ä], (150) ä] = � �Ö] 2Î Ó 11/Ô1 − Ó 11/Ô: . (151) g(�) = g=>2� (1�) + � ��(1�)? = g=�.XY (152) �Ù(�) = )�.(XYÖì) = )ë�.XY (153) (−1:� + �21 + e))ë = g= (154) Material de Apoio Dinâmica de Sistemas I Ca pí tu lo : e xc ita çã o ha rm ôn ic a de Si st e m a s am o rte ci do s 69 Introduzindo-se, então, a definição de resposta no domínio dos números complexos: Novamente, percebe-se uma dependência apenas da relação entre freqüênciasÓ XXmÔ e do coeficiente de amortecimento Î. Parte real e parte imaginária de î(1) podem ser identificadas multiplicando-se e dividindo-se sua equação pelo complexo conjugado,
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