Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Histologia Vegetal Parênquima Prof. Me. Marcos A. Schliewe Conceito Parênquima ( do grego para, ao lado de, + enchein, vazar, derramar) significa “esparramado ao lado de”; Faz parte do corpo primário da planta; É considerado um tecido primitivo; Algas e briófitas possuem apenas parênquima. SISTEMA DE TECIDO FUNDAMENTAL O sistema fundamental consiste essencialmente de tecido parenquimático, frequentemente suplementado por colênquima ou esclerênquima. O sistema fundamental funciona principalmente no armazenamento, no suporte, na fotossíntese e na produção de substâncias defensivas e atrativas. PARÊNQUIMA O parênquima é o principal representante do sistema fundamental de tecidos, sendo encontrado em todos os órgãos da planta, formando um contínuo por todo o corpo vegetal: no córtex da raiz, no córtex e na medula do caule e no mesofilo foliar. O parênquima pode existir ainda, como células isoladas ou em grupos, fazendo parte do xilema, do floema e da periderme. Assim, o parênquima pode ter origem diversa, a partir do meristema fundamental do ápice do caule e da raiz, podendo originar-se, do câmbio vascular e do felogênio. Apezzato Da Gloria & Carmelo-Guerreiro 2006 Capim braquiária – Brachiaria sp. – Poaceae – Raiz primária em secção transversal. Coloração: Azul de Astra e Fucsina básica Corte transversal da raiz hexarca de Jalapa - Mandevilla velutina Apocynaceae. As setas indicam as estrias de Caspary. Ep = epiderme; Pr = pêlo radicular; Ex = exoderme; Pc = parênquima cortical; En = endoderme; P = periciclo; Xp = xilema primário; Fp = floema primário. Coloração: Cloreto Férrico Raiz A p ez za to D a G lo ri a & C ar m el o -G u er re ir o 2 0 0 6 Características do Tecido As células parenquimáticas, geralmente, apresentam paredes primárias delgadas, cujos principais componentes são a celulose, hemicelulose e as substâncias pécticas. Essas paredes apresentam os campos primários de pontoação atravessados por plasmodesmas, através dos quais o protoplasma de células vizinhas se comunica. PARÊNQUIMA Peciolo de Eriope sp. As células parenquimáticas geralmente são vivas e apresentam vacúolos bem desenvolvidos. Essas células são descritas como isodiamétricas, entretanto, sua forma pode variar = quando isoladas são mais ou menos esféricas, mas adquirem uma forma definida por ação das várias forças, ao se agruparem para formar um tecido. No parênquima é comum a presença de espaços intercelulares formados pelo afastamento das células, espaços esquizógenos = o tamanho e a quantidade desses espaços varia de acordo com a função do tecido. PARÊNQUIMA PARÊNQUIMA Capim braquiária – Brachiaria sp. – Poaceae – Raiz primária em secção transversal. Coloração: Azul de Astra e Fucsina básica PARÊNQUIMA O conteúdo dessas células varia de acordo com as atividades desempenhadas, assim, podem apresentar numerosos cloroplastos, amiloplastos, substâncias fenólicas, etc. Como são células vivas e nucleadas, podem reassumir características meristemáticas, voltando a apresentar divisões celulares quando estimuladas. PARÊNQUIMA A cicatrização de lesões, regeneração, formação de raízes e caules adventícios e a união de enxertos, são possíveis devido ao reestabelecimento da atividade meristemática das células do parênquima. As células parenquimáticas podem ser consideradas simples em sua morfologia mas, devido à presença de protoplasma vivo, são bastante complexas fisiologicamente. c) Clorofiliano: ocorre nos órgãos aéreos dos vegetais, principalmente, nas folhas = suas células apresentam paredes primárias delgadas, numerosos cloroplastos e são intensamente vacuoladas. O tecido está envolvido com a fotossíntese, convertendo energia luminosa em energia química, armazenando-a sob a forma de carboidratos. PARÊNQUIMA Os dois tipos de parênquima clorofiliano mais comuns encontrados no mesófilo são: -parênquima clorofiliano paliçádico = células cilíndricas se apresentam dispostas perpendicularmente à epiderme. - parênquima clorofiliano lacunoso = células, de formato irregular, se dispõem de maneira a deixar numerosos espaços intercelulares. PARÊNQUIMA PARÊNQUIMA Bordo de Eriope velutina Epling Mesofilo de Eriope sp (nova) Nervura Central de Eriope velutina Epling Folha de Pinus sp. Parenquima plicado d) Reserva: o parênquima pode atuar como tecido de reserva, armazenando diferentes substâncias ergásticas, como por exemplo, amido, proteínas, óleos, etc., resultantes do metabolismo celular. São bons exemplos de parênquimas de reserva, o parênquima cortical e medular dos órgãos tuberosos e o endosperma das sementes. PARÊNQUIMA Grãos de amido Tubérculo de Solanum tuberosum (batata inglesa) Raiz de Manihot esculenta Krantz (mandioca). e) Aquífero: as plantas suculentas de regiões áridas, como certas cactáceas, euforbiáceas e bromeliáceas possuem células parenquimáticas que acumulam grandes quantidades de água = parênquima aqüífero = neste caso, as células parenquimáticas são grandes e apresentam grandes vacúolos contendo água e seu citoplasma aparece como uma fina camada próxima à membrana plasmática . PARÊNQUIMA Folha de Phormium tenax. PARÊNQUIMA f) Aerênquima: as angiospermas aquáticas e aquelas que vivem em solos encharcados, desenvolvem parênquima com grandes espaços intercelulares, o aerênquima, que pode ser encontrado no mesofilo, pecíolo, caule e nas raízes dessas plantas. O aerênquima promove a aeração nas plantas aquáticas, além de conferir-lhes leveza para a sua flutuação. PARÊNQUIMA Detalhe do aerênquima do caule de uma planta aquática visto em Microscopia Eletrônica de Varredura. PARÊNQUIMA PARÊNQUIMA Folha flutuante de uma Nymphaeaceae, mostrando o aerênquima. Células parenquimáticas braciformes Em peciolo de Echinodorus paniculatus Alismataceae Eriope sp nova (2) – Macerado do pecíolo; tricomas glandulares e tectores ; Ampliação x 400. Formato das paredes celulares das células epidérmicas e tricomas Aula prática Obrigado !!!!!
Compartilhar