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347 10 ANÁLISE CONJUNTA DE EXPERIMENTOS Em muitas áreas da pesquisa agropecuária, o pesquisador dificilmente teria condições de conduzir um experimento num determinado local com o objetivo de aplicar os seus resultados para toda uma região, tendo em vista que as condições climáticas variam muito de um local para outro, afetando, sobremaneira, o comportamento dos seres vivos. Tal fato ocorre, por exemplo, nos experimentos com vegetais, nos quais o solo e as condições climáticas têm influência muito grande. Já em experimentos com animais a influência do local e do clima é muito menor, principalmente quando eles recebem rações controladas e dispõem de abrigos convenientes. Nestes casos, só uma experimentação apropriada permitiria ao pesquisador dar uma solução definitiva ao problema de generalização dos resultados de um experimento para toda uma região. Tem-se, então, a análise conjunta de experimentos. Pode-se citar, como exemplo, o estudo da adubação química da cana-de-açúcar no Estado de Alagoas, tendo em vista obter resultados gerais para toda área canavieira do Estado. Com esse objetivo, deve-se instalar experimentos por toda a região que deverão ser os mais simples possíveis para que o custo não seja excessivo. Além disso, os experimentos deverão ser os mesmos por toda a área, isto é, deverão obedecer ao mesmo delineamento estatístico, bem como incluir os mesmos tratamentos com, se possível, o mesmo número de repetições. Este procedimento irá facilitar grandemente a análise da variância conjunta. De preferência, ainda, esses experimentos deverão se repetir por vários anos. Como boa forma, o manejo animal ou vegetal deverá se o mesmo em todos os experimentos. 10.1 Esquema da Análise da Variância Conjunta Para se efetuar uma análise conjunta de experimentos deve-se seguir os seguintes passos: 348 a) Em primeiro lugar, definem-se os locais onde a pesquisa será conduzida, instalam-se os experimentos, que geralmente são implantados no delineamento em blocos casualizados, e após a coleta dos dados, efetuam-se todas as análises individuais, isto é, análise para cada local de acordo com o delineamento estatístico utilizado. b) Examinam-se, a seguir, as grandezas dos QM Resíduos, ou seja, se forem homogêneos (quando a relação entre o maior e o menor QM Resíduos não for superior a mais de quatro vezes) todos os locais poderão ser incluídos na análise conjunta ser restrições, e , em caso contrário, devem-se organizar subgrupos com QM Resíduos homogêneos, sendo que as análises conjuntas serão feitas para cada subgrupo. c) Elabora-se, posteriormente, a tabela de dupla entrada, conforme se verifica a seguir: Tabela de Dupla Entrada Tratamentos Locais Totais de Tratamentos L1 L2 L3 A1 A2 A3 A4 TA1L1 TA1L2 TA1L3 TA2L1 TA2L2 TA2L3 TA3L1 TA3L2 TA3L3 TA4L1 TA4L2 TA4L3 TA1 TA2 TA3 TA4 Totais de Locais TL1 TL2 TL3 d) Agora, efetua-se a análise da variância conjunta, segundo o esquema abaixo: Quadro da ANAVA Conjunta Causa de Variação GL SQ QM F Tratamentos (T) t – 1 SQ Tratamentos QM Tratamentos QM Tratamentos/ QM Interação (T x L) Locais (L) l – 1 SQ Locais QM Locais QM Locais/ QM Interação (T x L) Interação (T x L) (t – 1) (l – 1) SQ Interação (T x L) QM Interação (T x L) QM Interação (T x L)/ QM Resíduo Médio Resíduo Médio N' - QM Resíduo Médio onde: GL = número de graus de liberdade; 349 SQ = soma de quadrados; QM = quadrado médio; F = valor calculado do teste F; t = número de tratamentos; l = número de locais; N' = soma dos graus de liberdade dos resíduos das análises individuais; SQ Tratamentos = 22 . AA T lr onde: TA = total de cada tratamento; r = número de repetições do experimento; N = número de observações, que corresponde ao número de tratamentos (t) multiplicado pelo número de repetições do experimento (r) multiplicado pelo número de locais (l); SQ Locais = 22 . LL T tr onde: TL = total de cada local; SQ Interação (T x L) = 22 ALT r L – (SQ Tratamentos + SQ Locais) onde: T (AL) = total de cada combinação (AL); QM Tratamentos = ; sTratamentoGL sTratamentoSQ QM Locais = ; LocaisGL LocaisSQ QM Interação (T x L) = ; LxTInteraçãoGL LxTInteraçãoSQ 350 QM Resíduo Médio = l LsíduoQMLsíduoQMLsíduoQM )(Re)(Re)(Re 321 Veja-se, a seguir, algumas considerações importantes a respeito da interpretação do teste F na análise conjunta de experimentos: a) O teste F para tratamentos irá dizer se eles diferem entre si, sem levar em conta os locais; b) O teste F para locais irá dizer se eles diferem entre si, sem levar em conta os tratamentos; c) O teste F para a interação (T x L) irá dizer se o comportamento dos tratamentos é influenciado pelo tipo de local; d) A interação (T x L) apresentando F não significativo, indica que o comportamento dos tratamentos independe dos locais. Então, neste caso, pode- se fazer recomendações gerais para toda a região, ou seja, o melhor tratamento é indicado para todos os locais; e) A interação (T x L) apresentando F significativo, indica que o comportamento dos tratamentos é influenciado pelos locais. Então, neste caso, tem-se duas alternativas a seguir: e.1) Consideram-se os resultados obtidos nas análises individuais. Não se pode fazer, então, recomendações gerais para toda a região, valendo as conclusões ou indicações para cada local em separado; e.2) Desdobram-se os graus de liberdade de tratamentos mais o da interação (T x L), conforme a seguir: Quadro da ANAVA Conjunta Causa de Variação GL Locais (L) l – 1 Entre Tratamentos Dentro de L1 t – 1 Entre Tratamentos Dentro de L2 t – 1 Entre Tratamentos Dentro de L3 t – 1 Resíduo Médio N' onde: SQ Entre Tratamentos dentro de L1 351 = ; . 22 1 1trr Ldedentro L SQ Entre Tratamentos dentro de L2 = ; . 22 2 2 trr Ldedentro L SQ Entre Tratamentos dentro de L3 = ; . 22 3 3 trr Ldedentro L QM Entre Tratamentos dentro de L1 = ; 1 1 t LdedentrosTratamentoSQ QM Entre Tratamentos dentro de L2 = ; 1 2 t LdedentrosTratamentoSQ QM Entre Tratamentos dentro de L3 = ; 1 3 t LdedentrosTratamentoSQ F Calculado Entre Tratamentos dentro de L1 = ; Re 1 MédiosíduoQM LdedentrosTratamentoQM F Calculado Entre Tratamentos dentro de L2 = ; Re 2 MédiosíduoQM LdedentrosTratamentoQM 352 F Calculado Entre Tratamentos dentro de L3 = MédiosíduoQM LdedentrosTratamentoQM Re 3 Esta afirmativa tem a vantagem, em relação à primeira, de contar com maior número de graus de liberdade para o resíduo, portanto, análise mais sensível. 10.2 Exemplo com Interação Não Significativa A fim de apresentar-se a análise da variância conjunta e a interpretação dos resultados de um grupo de experimentos, será discutido, a seguir, um exemplo com interação não significativa. Exemplo 1: A partir dos dados das TABELAS 10.1 e 10.2, pede-se: a) Fazer a análise da variância conjunta; b) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; c) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de espécies e de locais. TABELA 10.1 - VALORES E SIGNIFICÂNCIAS DOS QUADRADOS MÉDIOS DAS ANÁLISES DA VARIÂNCIA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE Causa de QM 1/ Variação ____________________________________________________ GL A B C D E Espécies 3 2,52450 + + 1,77133 + + 2,39600 + + 3,02450 + + 3,17383 + + Resíduo 16 0,07775 0,05050 0,06375 0,03725 0,04675 FONTE: BARBIN (1982). NOTAS: (1/) A - Araraquara; B - Mogi-Guaçu; C - São Joaquim de Barra; D - São Simão; E - Araras. (+ +) Significativo no nível de 1% de probabilidade pelo teste F. 353 TABELA 10.2 - TOTAIS DE ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DAS ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE DOS ENSAIOS REALIZADOS EM SÃO PAULO NO DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO COM QUATRO TRATAMENTOS (ESPÉCIES) E CINCO REPETIÇÕES Tratamentos QM 1 (Espécies) _____________________________________________________ A B C D E E. saligna 17,9 20,3 17,9 17,7 18,0 E. tereticornes 19,7 19,8 19,4 19,7 20,0 E. alba 19,7 20,3 20,7 20,7 21,0 E. citriodora 12,2 14,2 12,8 12,0 12,1 FONTE: BARBIN (1982). NOTA: (1/) A - Araraquara; B - Mogi-Guaçu; C - São Joaquim de Barra; D - São Simão; E - Araras. Resolução: a) Análise de Variância Conjunta: > QM Resíduo = 0,07775 < QM Resíduo = 0,03725 R = 03725,0 07775,0 Re Re síduoQM síduoQM 2,09 Verifica-se que a relação entre o maior e o menor QM Resíduos das análises individuais é de aproximadamente 2,09. Logo, os cinco experimentos poderão ser reunidos numa única análise conjunta, sem restrições. 354 Tabela de Dupla Entrada Locais Totais de Espécies _______________________________________ Espécies A B C D E E. saligna 17,9 (5) 20,3 17,9 17,7 18,0 91,8 (25) E. tereticornes 19,7 19,8 19,4 19,7 20,0 98,6 E. alba 19,7 20,3 20,7 20,7 21,0 102,4 E. citriodora 12,2 14,2 12,8 12,0 12,1 63,3 Totais de Locais 69,5 (20) 74,6 70,8 70,1 71,1 356,1 t = 4 l = 5 r = 5 GL Espécies = t – 1 = 4 – 1 = 3 GL Locais = 1 – 1 = 5 – 1 = 4 GL Interações (E x L) = (t – 1) (l – 1) = (4 – 1) (5 – 1) = (3) (4) = 12 GL Resíduo Médio = N' = 16 . 5 = 80 N = t . r . l = 4 . 5 . 5 = 100 SQ Espécies = 22 . AA T lr = 100 1,356 5.5 )3,63()4,102()6,98()8,91( 22222 = 100 21,807.126 25 85,641.32 = 1.305,674 – 1.268,0721 = 37,6019 355 SQ Locais = 22 . LL T tr = 100 1,356 4.5 )1,71()1,70()8,70()6,74()5,69( 222222 = 100 21,807.126 20 27,377.25 = 1.268,8635 – 1.268,0721 = 0,7914 SQ Interação (E x L) = 22 ALT r L – (SQ Espécies + SQ Locais) = 100 1,356 5 )1,12(...)3,20()9,17( 2222 – (37,6019 + 0,7914) = 100 21,807.126 5 67,537.6 – 38,3933 = 1,0686 QM Espécies = 3 6019,37 EspéciesGL EspéciesSQ = 12,533967 QM Locais = 4 7914,0 LocaisGL LocaisSQ = 0,197850 QM Interação (E x L) = 12 0686,1 3 LxInteraçãoGL LxEInteraçãoSQ = 0,089050 QM Resíduo Médio = l LsíduoQMLsíduoQMLsíduoQM EBA )(Re...)(Re)(Re 1 356 = 5 276,0 5 04675,003725,006375,005050,007775,0 = 0,0552 F Calculado para Espécies = 089050,0 533967,12 )( LxEInteraçãoQM EspéciesQM 140,75 F Calculado para Locais = 089050,0 197850,0 )( LxEInteraçãoQM LocaisQM 2,22 F Calculado para Interação (E x L) = 0552,0 089050,0 Re )( MédiosíduoQM LxEInteraçãoQM 1,61 F Tabelado (1%) para Espécies = 5,95 F Tabelado (5%) para Espécies = 3,49 F Tabelado (1%) para Locais = 5,41 F Tabelado (5%) para Locais = 3,26 F Tabelado (1%) para Interação (E x L) 2,4467 F Tabelado (5%) para Interação (E x L) = 1,89 TABELA 10.3 - ANÁLISE DA VARIÂNCIA CONJUNTA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE. PIRACICABA - SP, 1982 Causa de VariaçãoGL SQ QM F Espécies (E) 3 37,6019 12,533967 140,75 ** Locais (L) 4 0,7914 0,197850 2,22 ns Interação (E x L) 12 1,0686 0,089050 1,61 ns Resíduo Médio 80 - 0,055200 NOTAS: (ns) Não significativo no nível de 5% de probabilidade. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade. 357 De acordo com o teste F, tem-se: Houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, entre as espécies de eucalipto em relação à altura de plantas com três anos de idade. Não houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, entre os locais em relação à altura de plantas de eucalipto com três anos de idade Não houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, para a interação (E x L), indicando que a altura das plantas das espécies de eucalipto com três anos de idade independe dos locais onde as mesmas foram cultivadas. b) Coeficientes de Variação: Para Araraquara - SP: 20 5,69)( N X m = 3,475 07775,0Re síduoQMs = 0,27883 CV = 475,3 27883,0.100.100 m s 8,02% O coeficiente de variação em Araraquara - SP foi 8,02%, indicando uma ótima precisão experimental. Para Mogi-Guaçu - SP: 20 6,74)( N X m = 3,73 05050,0Re síduoQMs = 0,22472 CV = 73,3 22472,0.100.100 m s 6,02% O coeficiente de variação em Mogi-Guaçu - SP foi 6,02%, indicando uma ótima precisão experimental. Para São Joaquim de Barra - SP: 358 20 8,70)( N X m = 3,54 06375,0Re síduoQMs = 0,25248 CV = 54,3 25248,0.100.100 m s 7,13% O coeficiente de variação em São Joaquim de Barra - SP foi 7,13%, indicando uma ótima precisão experimental. Para São Simão - SP: 20 1,70)( N X m = 3,505 03725,0Re síduoQMs = 0,1930 CV = 505,3 1930,0.100.100 m s 5,51% O coeficiente de variação em São Simão - SP foi 5,51%, indicando uma ótima precisão experimental. Para Araras - SP: 20 1,71)( N X m = 3,555 04675,0Re síduoQMs = 0,21621 CV = 555,3 21621,0.100.100 m s 6,08% O coeficiente de variação em Araras - SP foi 6,08%, indicando uma ótima precisão experimental. c) Teste de Tukey: Espécies: 359 mˆ 1 = 3,672 mˆ 3 = 4,096 mˆ 2 = 3,944 mˆ 4 = 2,532 s = L)x(E Interação QM 003562,020,4 25 08905,0 20,4%5 r s q 4,20 . 0,059682 = 0,25066 TABELA 10.4 - ALTURA MÉDIA (EM METROS) DE PLANTAS DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO COM TRÊS ANOS DE IDADE EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. PIRACICABA-SP, 1982 Espécies Médias (em metros) 1/ E. citriodora 2,532 a E. saligna 3,672 b E. tereticornes 3,944 c E. alba 4,096 c NOTA; (1/) As médias de espécies com a mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade. De acordo com o teste de Tukey, no nível de 5% de probabilidade, tem-se: A espécie E. citriodora apresentou a menor altura média de plantas com três anos de idade. As espécies E. alba e E. tereticornes não diferem estatisticamente entre si e apresentaram as maiores alturas médias de plantas com três anos de idade, e poderão ser recomendadas para os cinco municípios do Estado de São Paulo onde as mesmas foram avaliadas. A espécie E. saligna apresentou uma altura média de plantas intermediária entre todas as espécies avaliadas. 10.3 Exemplo com Interação Significativa Apresentar-se-á, agora, para discussão, a análise da variância conjunta e a interpretação dos resultados de um grupo de experimentos com interação significativa. Exemplo 2: A partir dos dados das TABELAS 10.5 e 10.6, pede-se: 360 a) Fazer a análise da variância conjunta; b) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; c) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de progênies e de locais; d) Se a interação progênies x locais for significativa, fazer o desdobramento do número de graus de liberdade de progênies mais o da interação progênies x locais; e) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de progênies dentro de locais. TABELA 10.5 - VALORES E SIGNIFICÂNCIAS DOS QUADRADOS MÉDIOS DAS ANÁLISES DA VARIÂNCIA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DAS PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE QM 1/ Causa de GL _________________________________________________ Variação A B C Progênies 5 10,7007 ns 10,4324 ns 21,2114 * * Resíduo 15 3,7831 3,7560 1,4354 FONTE: BARBIN (1982). NOTAS: (1/) A - Araraquara; B - Bento Quirino; C - Mogi-Guaçu. (ns) Não significativo no nível de 5% de probabilidade pelo teste F. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade pelo teste F. TABELA 10.6 - TOTAIS DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DAS PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE DOS ENSAIOS REALIZADOS EM SÃO PAULO NO DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS COM SEIS TRATAMENTOS (PROGÊNIES) E QUATRO REPETIÇÕES Totais 1/ Progênies _____________________________________ A B C 1 – Pretória* 82,5 39,1 89,0 2 – 637** 76,2 48,1 85,5 3 – 2093** 92,1 56,0 85,0 4 – 2094** 90,0 51,9 96,7 5 – 9559*** 87,8 56,5 108,1 6 – 9575*** 78,0 47,9 85,4 FONTE: BARBIN (1982). NOTAS: (1/) A - Araraquara; B - Bento Quirino; C - Mogi-Guaçu.(*) Procedente da África do Sul. (**) Procedente de Rio Claro-SP. (***) Procedente da Austrália. 361 Resolução: a) Análise de variância conjunta: > QM Resíduo = 3,7831 < QM Resíduo = 1,4354 R = 4354,1 7831,3 Re Re síduoQM síduoQM 2,64 Verifica-se que a relação entre o maior e o menor QM Resíduos das análises individuais é de aproximadamente 2,64. Logo, os três experimentos poderão ser reunidos numa única análise conjunta, sem restrições. Tabela de Dupla Entrada Progênies Locais Totais de Progênies A B C 1 - Pretória 2 - 637 3 - 2093 4 - 2094 5 - 9559 6 - 9575 82,5 (4) 39,1 89,0 76,2 48,1 85,5 92,1 56,0 85,0 90,0 51,9 96,7 87,8 56,5 108,1 78,0 47,9 85,4 210,6 (12) 209,8 233,1 238,6 252,4 211,3 Totais de Locais 506,6 (24) 299,5 549,7 1.355,8 t = 6 l = 3 r = 4 GL Progênies = t – 1 = 6 – 1 = 5 GL Locais = 1 – 1 = 3 – 1 = 2 GL Interação = (P x L) = (t – 1) (l – 1) 362 = (6 – 1) (3 – 1) = (5) (2) = 10 GL Resíduo Médio = N' = 15 . 3 = 45 SQ Progênies = 22 . AA T lr = 72 8,355.1 3.4 )3,63()3,211()8,209()6,210( 22222 = 72 6,193.838.1 12 42,987.307 = 25.665,618 – 25.530,467 = 135,151 SQ Locais = 22 . LL T tr = 72 8,355.1 6.4 )7,549()5,299()6,506( 2222 = 72 6,193.838.1 24 9,513.648 = 27.021,413 – 25.530,467 = 1.490,946 SQ Interação (P x L) = 22 ALT r L – (SQ Progênies + SQ Locais) = 72 8,355.1 4 )4,85(...)1,39()5,82( 2222 – (135,151 + 1.490,946) = 72 6,193.838.1 4 54,932.108 – 1.626,097 363 = 2.733,135 – 25.530,467 – 1.626,097 = 76,571 QM Progênies = 5 151,135 Pr Pr ogêniesGL ogêniesSQ = 27,0302 QM Locais = 2 946,490.1 LocaisGL LocaisSQ = 745,473 QM Interação (P x L) = 10 571,76 LxPInteraçãoGL LxPInteraçãoSQ = 7,6571 QM Resíduo Médio = l LsíduoQMLsíduoQMLsíduoQM CBA )(Re)(Re)(Re = 3 9745,8 3 4354,17560,37831,3 = 2,9915 F Calculado para Progênies = 6571,7 0302,27 )( Pr LxPInteraçãoQM ogêniesQM 3,53 F Calculado para Locais = 6571,7 473,745 )( LxPInteraçãoQM LocaisQM 97,36 F Calculado para Interação (P x L) = 9915,2 6571,7 Re )( MédiosíduoQM LxPInteraçãoQM 2,56 F Tabelado (1%) para Progênies = 5,64 F Tabelado (5%) para Progênies = 3,33 F Tabelado (1%) para Locais = 7,56 364 F Tabelado (5%) para Locais = 4,10 F Tabelado (1%) para Interação (P x L) 2,7575 F Tabelado (5%) para Interação (P x L) = 2,0575 TABELA 10.7 - ANÁLISE DA VARIÂNCIA CONJUNTA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE. PIRACICABA-SP, 1982 Causa de Variação GL SQ QM F Espécies (E) 5 135,151 27,0302 3,53 * Locais (L) 2 1.490,946 745,4730 97,36 ** Interação (P x L) 10 76,571 7,6571 2,56 * Resíduo Médio 45 - 2,9915 (*) Significativo no nível de 5% de probabilidade. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade. De acordo com o teste F, tem-se: Houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, entre as progênies de Eucaliptus grandis em relação à altura de plantas com sete anos de idade. Houve diferença significativa, no nível de 1% de probabilidade, entre os locais em relação à altura de plantas de Eucaliptus grandis com sete anos de idade. Houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, para a interação (P x L), indicando que a altura das progênies de Eucaliptus grandis com sete anos de idade depende dos locais onde as mesmas foram cultivadas. b) Coeficiente de Variação: Para Araraquara - SP: 24 6,506)( N X m 21,1083 7831,3Re síduoQMs = 1,9450193 CV = 1083,21 9450193,1.100.100 m s 9,21% 365 O coeficiente de variação em Araraquara - SP foi de 9,21%, indicando uma ótima precisão experimental. Para Bento Quirino - SP: 24 5,299)( N X m 12,4792 7560,3Re síduoQMs = 1,9380402 CV = 4792,12 9380402,1.100.100 m s 15,53% O coeficiente de variação em Bento Quirino - SP foi de 15,53%, indicando uma precisão experimental regular. Para Mogi-Guaçu - SP: 24 7,549)( N X m 22,9042 4354,1Re síduoQMs = 1,1980818 CV = 9042,22 1980818,1.100.100 m s 5,23% O coeficiente de variação em Mogi-Guaçu foi de 5,23%, indicando uma ótima precisão experimental. c) Teste de Tukey: Progênies: mˆ 1 = 17,550 mˆ 4 19,883 mˆ 2 17,483 mˆ 5 21,033 mˆ 3 = 19,425 mˆ 6 = 17,608 (5%) = q r L)xPInteração( QM 366 = 4,91 12 6571,7 = 4,91 660,63809166 3,922 Locais: mˆ A 21,108 mˆ C 22,904 mˆ B 12,479 (5%) = q r L)xPInteração( QM = 3,88 24 7,6571 = 3,88 30,31045833 2,192 Agora, pode-se estruturar uma tabela ilustrativa única contendo as comparações entre médias de progênies e entre médias de locais, conforme se verifica a seguir: TABELA 10.8 - MÉDIAS DE ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE EM TRÊS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. PIRACICABA-SP, 1982 Progênies Locais Médias de Progênies 1/ Araraquara Bento Quirino Mogi-Guaçu 1 - Pretória 2 - 637 3 - 2093 4 - 2094 5 - 9559 6 - 9575 20,625 9,775 22,250 19,050 12,025 21,375 23,025 14,000 21,250 22,500 12,975 24,175 21,950 14,12527,025 19,500 11,975 21,350 17,550 a 17,483 a 19,425 a 19,883 a 21,033 a 17,608 a Médias de Locais 2/ 21,108 b 12,479 a 22,904 b NOTAS: (1/) As médias de progênies com a mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade. (2/) As médias de locais com a mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade. 367 De acordo com o teste de Tukey, no nível de 5% de probabilidade, tem-se: 1 - Com relação às progênies de Eucaliptus grandis: A progênie 9559, procedente da Austrália, apresentou a maior altura de plantas com sete anos de idade, apesar de não diferir estatisticamente das demais progênies de Eucaliptus grandis. 2 - Com relação aos locais do Estado de São Paulo: Os locais Araraquara e Mogi-Guaçu não diferiram estatisticamente entre si, e proporcionaram as maiores alturas de plantas de Eucaliptus grandis com sete anos de idade. O local Bento Quirino proporcionou a menor altura de plantas de Eucaliptus grandis, e diferiu estatisticamente dos demais locais. d) Desdobramento do Número de Graus de Liberdade de Progênies Mais o da Interação Progênies x Locais: SQ Progênies dentro do local A = trr Ldedentro L . 22 1 1 = 6.4 6,506 4 )0,78(...)2,76()5,82( 2222 = 24 56,643.256 4 94,987.42 = 10.746,985 – 10.693,482 = 53,503 SQ Progênies dentro do local B = trr Ldedentro L . 22 2 2 = 6.4 5,299 4 )9,47(...)1,48()1,39( 2222 = 24 25,700.89 4 69,158.15 = 3.789,6725 – 3.737,5104 = 52,1621 368 SQ Progênies dentro do local C = trr Ldedentro L . 22 3 3 = 6.4 7,549 4 )4,85(...)5,85()0,89( 2222 = 24 09,170.302 4 91,785.50 = 12.696,478 – 12.590,42 = 106,058 QM Progênies dentro do local A = 1 Pr t AlocaldodentroogêniesSQ = 5 503,53 16 503,53 = 10,7006 QM Progênies dentro do local B = 1 Pr t BlocaldodentroogêniesSQ = 5 1621,52 16 1621,52 = 10,43242 QM Progênies dentro do local C = 1 Pr t ClocaldodentroogêniesSQ = 5 058,106 16 058,106 = 21,2116 F Calculado para progênies dentro do local A = 9915,2 7006,10 Re Pr MédiosíduoQM AlocaldodentroogêniesQM 3,58 F Calculado para progênies dentro do local B = 9915,2 43242,10 Re Pr MédiosíduoQM BlocaldodentroogêniesQM 3,49 369 F Calculado para progênies dentro do local C = 9915,2 2116,21 Re Pr MédiosíduoQM ClocaldodentroogêniesQM 7,09 F Tabelado (1%) para Progênies dentro dos locais = 3,4675 F Tabelado (5%) para Progênies dentro dos locais = 2,43 A TABELA 10.7, agora, fica da seguinte maneira: TABELA 10.7 - ANALISE DA VARIÂNCIA CONJUNTA DAS ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE. PIRACICABA-SP,1982 Causa de Variação GL SQ QM F Locais (L) 2 1.490,9460 745,47300 97,36 * * Progênies dentro do local Araraquara 5 53,5030 10,70060 3,58 * * Progênies dentro do local Bento Quirino 5 52,1621 10,43242 3,49 * * Progênies dentro do local Mogi-Guaçu 5 106,0580 21,21160 7,09 * * Resíduo Médio 45 - 2,99150 NOTA: (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade. De acordo com o teste F, tem-se: Houve diferença significativa, no nível de 1% de probabilidade, entre os locais em relação à altura de plantas de Eucaliptus grandis com sete anos de idade. Houve diferença significativa, no nível de 1% de probabilidade, entre as progênies de Eucaliptus grandis dentro dos locais Araraquara, Bento Quirino e Mogi-Guaçu em relação à altura de plantas com sete anos de idade. e) Teste de Tukey: Progênies dentro do local Araraquara: mˆ 1 = 20,625 mˆ 4 = 22,500 mˆ 2 = 19,050 mˆ 5 = 21,950 mˆ 3 = 23,025 mˆ 6 = 19,500 Progênies dentro do local Bento Quirino: 370 mˆ 1 = 9,775 mˆ 4 = 12,975 mˆ 2 = 12,025 mˆ 5 = 14,125 mˆ 3 = 14,000 mˆ 6 = 11,975 Progênies dentro do local Mogi-Guaçu: mˆ 1 = 22,250 mˆ 4 = 24,175 mˆ 2 = 21,375 mˆ 5 = 27,025 mˆ 3 = 21,250 mˆ 6 = 21,350 (5%) = q r Médio Resíduo QM = 4,2125 4 2,9915 = 4,2125 0,747875 = 4,2125 – 0,86479 = 3,643 A TABELA 10.8, agora, fica da seguinte maneira: TABELA 10.8 – MÉDIAS DE ALTURAS (EM METROS) DE PLANTAS DE PROGÊNIES DE Eucaliptus grandis COM SETE ANOS DE IDADE EM TRÊS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. PIRACICABA-SP, 1982 Progênies Locais Médias de Progênies Araraquara 2/ Bento Quirino Mogi-Guaçu 1 - Pretória 2 - 637 3 - 2093 4 - 2094 5 - 9559 6 - 9575 20,625 ab 9,775 a 22,250 a 19,050 a 12,025 ab 21,375 a 23,025 b 14,000 b 21,250 a 22,500 ab 12,975 ab 24,175 ab 21,950 ab 14,125 b 27,025 b 19,500 ab 11,975 ab 21,350 a 17,550 17,483 19,425 19,883 21,033 17,608 Médias de Locais 1/ 21,108 b 12,479 a 22,904 b NOTAS: (1/) As médias de locais com a mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade. (2/) Nas colunas, as médias de progênies dentro de locais seguidas de pelo menos uma mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade. 371 De acordo com o teste de Tukey, no nível de 5% de probabilidade, tem-se: 1 – Com relação aos locais do Estado de São Paulo: Os locais Araraquara e Mogi-Guaçu não diferiram estatisticamente entre si, e proporcionaram as maiores alturas de plantas de Eucaliptus grandis com sete anos de idade. O local Bento Quirino proporcionou a menor altura de plantas de Eucaliptus grandis com sete anos de idade, e diferiu estatisticamentedos demais locais. 2 – Com relação as progênies dentro dos locais: Em Araraquara, a progênie 2093 de Eucaliptus grandis apresentou a maior altura de plantas com sete anos de idade, e diferiu estatisticamente da progênie 637, que apresentou a menor altura de plantas. Neste mesmo local, as progênies Pretória, 2094, 9559 e 9575 de Eucaliptus grandis apresentaram uma altura de plantas intermediária entre as progênies 2093 e 637. Em Bento Quirino, as progênies 9559 e 2093 de Eucaliptus grandis apresentaram as maiores alturas de plantas com sete anos de idade, e diferiram estatisticamente da progênie Pretória, que apresentou a menor altura de plantas. Neste mesmo local, as progênies 637, 2094 e 9575 de Eucaliptus grandis apresentaram uma altura de plantas intermediária entre as progênies 9559 e 2093, e Pretória. Em Mogi-Guaçu, a progênie 9559 de Eucaliptus grandis apresentou a maior altura de plantas com sete anos de idade, apesar de não diferir estatisticamente da progênie 2094, que apresentou uma altura de plantas intermediária entre as progênies avaliadas. Neste mesmo local, as progênies Pretória, 637, 2093 e 9575 de Eucaliptus grandis apresentaram as menores alturas de plantas com sete anos de idade, e diferiram estatisticamente da progênie 9559. 10.4 Análise Conjunta de Experimentos em Blocos Casualizados com Alguns Tratamentos Comuns Na pesquisa agropecuária, não muito raro ocorre de ter-se um grande número de tratamentos a serem avaliados, quando, por exemplo, tem-se interesse em estudar o comportamento de cultivares numa determinada região e, principalmente, quando avaliam-se progênies, clones e/ou linhagens durante a condução de um programa de melhoramento. Se fosse utilizado o delineamento em blocos casualizados tradicional, com todos os tratamentos, isto acarretaria um tamanho excessivo de cada bloco, o que comprometeria a aplicação do princípio do controle local. 372 Dentre as alternativas para se contornar o problema, destaca-se a análise de experimentos em blocos casualizados com alguns tratamentos comuns, cujo procedimento, em síntese, é o seguinte: a) Os tratamentos são subdivididos em grupos; b) Cada grupo de tratamentos constituirá um experimento em blocos casualizados; c) São tomados alguns tratamentos que integrarão todos os grupos. São os chamados tratamentos comuns; os demais tratamentos são denominados regulares; d) Procede-se à análise de variância da maneira usual, independentemente para cada experimento; e) Tendo como elo de ligação os tratamentos comuns, é feita a análise conjunta de todos os experimentos. A análise conjunta destes ensaios é relativamente fácil, e corresponde ao uso de um delineamento em blocos incompletos, de grande flexibilidade e eficiência, muito mais simples, robusto (os delineamentos que sejam pouco afetados por perdas de parcelas, de tratamentos ou de blocos) e conveniente do que os reticulados quadrados e cúbicos, mais antigos, usados para fins similares e que devem ser abandonados. A análise conjunta, por sua vez, teria o seguinte esquema: Quadro da ANAVA Conjunta Causa de Variação GL SQ QM F Experimentos e – 1 SQ Experimentos - - Blocos dentro de SQ Blocos dentro de Experimentos e (r – 1) Experimento - - Trat. (ajustados) e . tr + tc – 1 SQ Trat. (ajustados) QM Trat.(ajustados) QM Trat.(ajustado)/QM Resíduo Int. Trat. Comuns x SQ Int. Trat. Comuns x QM Int. Trat. Comuns x QM Int. Trat. Comuns x Experimentos’ (tc - 1) (e - 1) Experimentos’ Experimentos’ Experimentos’/QM Resíduo Resíduo e (r – 1) (tr + tc – 1) SQ Resíduo QM Resíduo Total (tr + tc) e . r – 1 SQ Total onde : GL = número de graus de liberdade; SQ = soma de quadrados; QM = quadrado médio; F = valor calculado do teste F; e = número de experimentos; r = número de repetições do experimento; tr = número de tratamentos regulares por experimento; tc = número de tratamentos comuns por experimento; SQ Total = 2 2 XX 373 onde: X = valor de cada observação; N = número de observações, que corresponde ao número de tratamentos regulares (tr) mais o número de tratamentos comuns (tc) multiplicado pelo número de repetições do experimento (r) multiplicado pelo número de experimentos (e); SQ Experimentos = 22 )( X trtcr E onde: E = total de cada experimento (inclui os tratamentos comuns e regulares); SQ Blocos dentro de Experimentos = SQ Blocos (E1) + SQ Blocos (E2) +...+ SQ Blocos (EN) onde: SQ Bloco (E) = soma de quadrados de blocos do experimento respectivo, ou seja, SQ Blocos (E) = rtctr X tctr B )( 22 onde: B = total de cada bloco do experimento respectivo; SQ Resíduo = SQ Resíduo (E1) + SQ Resíduo (E2) +... + SQ Resíduo (EN) onde: SQ Resíduo (E) = soma de quadrados do resíduo do experimento respectivo. Resta, agora, obter as outras somas de quadrados, o que se consegue através da tabela de dupla entrada a seguir: 374 Tabela de Dupla Entrada Tratamentos Comuns 1º Experimento 2º Experimento 3º Experimento Totais de Tratamentos (E1) (E2) (E3) Comuns C1 TC1E1 (r) TC1E2 TC1E3 TC1 (e . r) C2 TC2E1 TC2E2 TC2E3 TC2 C3 TC3E1 TC3E2 TC3E3 TC3 Totais de Experimentos TE1 (tc . r) TE2 TE3 TG (tc . e . r) SQ Tratamentos Comuns = retc TG re TC ... 22 onde: TC = total de cada tratamento comum; TG = total geral; SQ Experimentos’ = retc TG rtc TE ... 22 onde: TE = total de cada experimento, incluindo apenas os tratamentos comuns; SQ Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) = retc TG r TCE .. 22 – (SQ Tratamentos Comuns + SQ Experimentos’) onde: TCE = total de cada combinação (CE) entre tratamentos comuns e experimentos’; SQ Tratamentos (ajustados) = SQ Total – [SQ Experimentos + SQ Blocos dentro de Experimentos + SQ Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) + SQ Resíduo] 375 QM Resíduo = ; Re Re síduoGL síduoSQ QM Interação (TratamentosComuns x Experimentos’) = )'( )'( osExperimentxComunssTratamentoInteraçãoGL osExperimentxComunssTratamentoInteraçãoSQ QM Tratamentos (ajustados) = )( )( ajustadossTratamentoGL ajustadossTratamentoSQ As comparações entre tratamentos seguem as regras seguintes: a) Contraste entre dois tratamentos regulares do mesmo experimento: s 2 ( Yˆ ) = r 2 s 2 b) Contraste entre dois tratamentos regulares de experimentos diferentes: s 2 ( Yˆ ) = r 2 tc 1 1 s 2 c) Contraste entre dois tratamentos comuns: s 2 ( Yˆ ) = re . 2 s 2 d) Contraste entre um tratamento regular e um comum: s 2 ( Yˆ ) = r 1 etcetc . 111 1 s 2 As estimativas das médias de tratamentos se obtêm da seguinte maneira: a) Para os tratamentos comuns: média aritmética dos dados respectivos, sem nenhum ajuste; 376 b) Para o tratamentos regulares: média aritmética dos dados respectivos menos uma correção K, onde: K = média dos tratamentos comuns no experimento respectivo menos a média geral dos tratamentos comuns. Algumas observações: a) Quando tem-se apenas um tratamento comum, não há possibilidade de estimar-se a interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’); b) É conveniente ter-se pelo menos dois tratamentos comuns, pois no caso de se ter um tratamento comum e ocorrer a sua perda, não há possibilidade de se efetuar a análise conjunta; c) Os experimentos poderão apresentar número de tratamentos regulares diferentes, sem dificultar a análise da variância conjunta. Contudo, é conveniente que esse número não seja excessivamente discrepante para que todos os blocos tenham tamanhos similares; d) A perda de blocos traz alguma dificuldade, mas existe método apropriado para este caso (ver GOMES, 1985); e) A perda de parcelas, que não implique a perda total de um tratamento ou bloco, resolve-se facilmente; basta aplicar no experimento respectivo o método relativo aos blocos casualizados (Capítulo 6); f) Quando a Interação Tratamentos Comuns x Experimentos’ for não significativa, indica que os tratamentos comuns se comportam mais ou menos do mesmo modo em todos os ensaios, o que sugere que ocorra o mesmo com os tratamentos regulares. Tal fato deverá ocorrer quando todos os experimentos são conduzidos lado a lado, numa mesma área, ou em condições mais ou menos semelhantes, embora em localidades distintas; g) Quando a Interação Tratamentos Comuns x Experimentos’ for significativa, indica que os tratamentos comuns se comportam distintamente nos diversos locais, o que sugere que ocorra o mesmo com os tratamentos regulares. Tal fato deverá ocorrer quando os experimentos forem conduzidos em condições ecológicas diferentes. Neste caso, a situação se torna um tanto complexa, mas um procedimento indicado será, sem dúvida, o de tornar para resíduo o quadrado médio da Interação Tratamentos Comuns x Experimentos’ para a comparação de tratamentos regulares de experimentos diferentes. 377 10.5 Exemplo de Análise Conjunta de Experimentos em Blocos Casualizados com Alguns Tratamentos Comuns A fim de apresentar-se a análise da variância conjunta e a interpretação dos resultados, será discutido, a seguir, um exemplo de experimentos em blocos casualizados com alguns tratamentos comuns. Exemplo 3: A partir dos dados das TABELAS 10.9 e 10.10, pede-se: a) Fazer a análise da variância conjunta; b) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; c) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de variedades. TABELA 10.9 – DADOS DE PRODUÇÃO (t/ha) DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR Ensaio 1 Ensaio 2 Variedades B1 B2 Totais de Variedades Variedades B1 B2 Totais de Variedades V1 157,3 139,9 297,2 V2 132,1 134,6 266,7 V3 135,9 128,7 264,6 V4 111,8 115,4 227,2 V5 122,7 118,3 241,0 V6 135,5 132,5 268,0 V7 123,0 128,5 251,5 V8 152,0 138,6 290,6 V9 83,4 95,8 179,6 V10 111,2 120,7 231,9 V1 141,0 145,7 286,7 V2 109,6 124,8 234,4 V11 118,2 123,0 241,2 V1 2 86,0 89,4 175,6 V1 3 123,6 118,6 242,2 V14 151,4 146,2 297,6 V15 95,0 108,3 203,3 V16 131,6 126,2 257,8 V17 120,2 135,1 255,3 V18 142,5 139,8 282,3 Totais de Blocos 1.264,9 1.253,0 2.517,9 Totais de Blocos 1.219,3 1.257,1 2.476,4 Ensaio 3 Ensaio 4 Variedades B1 B2 Totais de Variedades Variedades B1 B2 Totais de Variedades V1 140,7 145,9 286,6 V2 119,8 125,3 245,1 V19 120,4 113,2 233,6 V20 130,7 118,9 249,6 V21 113,7 122,0 235,7 V22 112,3 132,5 244,8 V23 129,8 123,4 253,2 V24 104,6 113,7 218,3 \V25 123,4 133,2 256,6 V26 121,8 122,2 244,0 V1 134,9 136,0 270,9 V2 129,6 114,6 244,2 V27 131,6 130,4 262,0 V28 117,8 123,7 241,5 V29 117,6 122,3 239,9 V30 103,9 109,8 213,7 V31 115,9 114,6 230,5 V32 108,4 103,4 211,8 V33 106,1 111,8 217,9 V34145,2 140,7 285,9 Totais de Blocos 1.217,2 1.250,3 2.467,5 Totais de Blocos 1.211,0 1.207,3 2.418,3 FONTE: CAMPOS (1984). 378 TABELA 10.10 – VALORES E SIGNIFICÂNCIA DOS QUADRADOS MÉDIOS DAS ANÁLISES DA VARIÂNCIA DAS PRODUÇÕES (t/ha) DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR QM 1/ Causa de ____________________________________________________ Variação GL Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Blocos 1 - - - - Variedades 9 589,09 * * 710,39 * * 158,52 * 310,98 * * Resíduo 9 46,77 35,06 46,43 22,08 CAMPOS, 1984. NOTAS: (*) Significativo no nível de 5% de probabilidade pelo teste F. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade pelo teste F. Resolução: a) Análise de Variância Conjunta: > QM Resíduo = 46,77 < QM Resíduo = 22,08 R = 08,22 77,46 Re Re síduoQM síduoQM 2,12 Verifica-se que a relação entre o maior e o menor QM Resíduos das análises individuais é de aproximadamente 2,12. Logo, os quatro ensaios poderão ser reunidos numa única análise conjunta, sem restrições. Procede-se à análise conjunta, conforme se segue: e = 4 r = 2 tr = 8 tc = 2 N = (tr + tc) e . r = (8 + 2) 4 . 2 = (10) 8 = 80 GL Experimentos = e – 1 = 4 – 1 = 3 379 GL Blocos dentro de Experimentos = e (r – 1) = 4 (2 – 1) = 4 (1) = 4 GL Variedades (ajustados) = e . tr + tc – 1 = 4 . 8 + 2 – 1 = 32 + 2 – 1 = 33 GL Interação Tratamentos Comuns x Experimentos’ = (tc – 1) (e – 1) = (2 – 1) (4 – 1) = (1) (3) = 3 GL Resíduo = e (r – 1) (tr + tc – 1) = 4 (2 – 1) (8 + 2 – 1) = 4 (1) (9) = 36 GL Total = (tr + tc) e . r – 1 = (8 + 2) 4 . 2 – 1 = (10) 8 – 1 = 80 – 1 = 79 X = (157,3) + (139,9) + ... + (120,7) + (141,0) + (145,7) + ... + (139,8) + (140,7) + (145,9) + ... + (122,2) + (134,9) + (136,0) + ... + (140,7) = 9.880,1 X2 = (157,3)2 + (139,9)2 + ... + (120,7)2 + (141,0)2 + (145,7) 2 + ... + (139,8) 2 + (140,7) 2 + (145,9) 2 + ... + (122,2) 2 + (134,9) 2 + (136,0) 2 + ... + (140,7) 2 = 1.237.863,13 SQ Total = 80 )1,880.9( 13,863.237.1 22 2 X X = 80 0,376.616.97 13,863.237.1 = 1.237.863,13 – 1.220.204,7 = 17.658,43 380 SQ Experimentos = 22 )( X trtcr E = 80 1,880.9 )82(2 )3,418.2()5,467.2()4,476.2()9,517.2( 23222 = 80 0,376.616.97 20 0,108.409.24 2 = 1.220.455,4 – 1.220.204,7 = 250,7 SQ Blocos dentro de Experimentos = SQ Blocos (E1) + SQ Blocos (E2) + SQ Blocos (E3) + SQ Blocos (E4) = 2)28( )9,517.2( 28 )0,253.1()9,264.1( 222 + 2)28( )4,476.2( 28 )1,257.1()3,219.1( 222 + 2)28( )5,476.2( 28 )3,250.1()2,217.1( 222 + 2)28( )3,418.2( 28 )3,207.1()0,211.1( 222 = 20 4,820.339.6 10 0,981.169.3 + 20 0,557.132.6 10 9,992.066.3 + 20 3,556.088.6 10 9,825.044.3 + 381 20 9,174.848.5 10 3,094.924.2 = [316.998,10 – 316.991,02] + [306.699,29 – 306.627,85] + [304.482,59 – 304.427,82] + [292.409,43 – 292.408,75] = 7,08 + 71,44 + 54,77 + 0,68 = 133,97 SQ Resíduo = SQ Resíduo (E1) + SQ Resíduo (E2) + SQ Resíduo (E3) + SQ Resíduo (E4) = [GL Resíduo (E1) . QM Resíduo (E1)] + [GL Resíduo (E2) . QM Resíduo (E2)] + [GL Resíduo (E3) . QM Resíduo (E3)] + [GL Resíduo (E4) . QM Resíduo (E4)] = [9 . 46,77] + [9 . 35,06] + [9 . 46,43] + [9 . 22,08] = 420,93 + 315,54 + 417,87 + 198,72 = 1.353,06 Tabela de Dupla Entrada Tratamentos Comuns Experimentos Totais de Tratamentos Comuns E1 E2 E3 E4 V1 V2 297,2 (2) 286,7 286,6 270,9 266,7 234,4 245,1 244,2 1.141,4 (8) 990,4 Totais de Experimentos 563,9 (4) 521,1 531,7 515,1 2.131,8 SQ Tratamentos Comuns = retc TG re TC ... 22 382 = 2.4.2 8,131.2 2.4 )4,990()4,141.1( 222 = 16 2,571.544.4 8 1,686.283.2 = 285.460,76 – 284.035,7 = 1.425,06 SQ Experimentos’ = retc TG rtc TE ... 22 = 2.4.2 8,131.2 2.2 )1,515()7,531()1,521()9,563( 22222 = 16 2,571.544.4 4 3,561.137.1 = 284.390,33 – 284.035,7 = 354,63 SQ Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) = retc TG r TCE .. 22 – (SQ Tratamentos Comuns + SQ Experimentos’) = 2.4.2 8,131.2 2 )2,244(...)7,286()2,297( 2222 – (1.425,06 + 354,63) = 16 2,571.544.4 2 0,831.571 – (1.779,69) = 285.915,5 – 284.035,7 – 1.779,69 = 100,11 SQ Variedades (ajustadas) = SQ Total – [SQ Experimentos + SQ Blocos dentro de Experimentos + SQ Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) + SQ Resíduo] 383 = 17.658,43 – [250,7 + 133,97 + 100,11 + 1.353,06 = 17.658,43 – 1.837,84 = 15.820,59 QM Variedades (ajustadas) = 33 59,820.15 )( )( ajustadasVariedadesGL ajustadasVariedadesSQ = 479,411818 QM Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) = 3 11,100 )'( )'( osExperimentxComunssTratamentoInteraçãoGL osExperimentxComunssTratamentoInteraçãoSQ = 33,37 QM Resíduo = 36 06,353.1 Re Re síduoGL síduoSQ = 37,585 F Calculado para Variedades (ajustadas) = 585,37 411818,479 Re )( síduoQM ajustadasVariedadesQM 12,76 F Calculado para Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) = síduoQM osExperimentxComunssTratamentoInteraçãoQM Re )'( = 37,585 33,37 0,888 F Tabelado (1%) para variedades (ajustadas) = 2,249 384 F Tabelado (5%) para variedades (ajustadas) = 1,765 F Tabelado (1%) para Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) = 0,024 F Tabelado (5%) para Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’) = 0,071 TABELA 10.11 – ANÁLISE DA VARIÂNCIA CONJUNTA DAS PRODUÇÕES (t/ha) DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR. PIRACICABA-SP,1984 Causa de Variação GL SQ QM F Experimentos 3 250,70 - - Blocos dentro de Experimentos 4 133,97 - - Variedades (ajustadas) 33 15.820,59 479,411818 12,76 ** Interação (Tratamentos Comuns X Experimentos’) 3 100,11 33,370000 0,888 ns Resíduo 36 1.353,06 37,585000 Total 79 17.658,43 NOTAS: (ns) Não significativo no nível de 5% de probabilidade. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade. De acordo com o teste F, tem-se: Houve diferença significativa, no nível de 1% de probabilidade, entre as variedades de cana-de-açúcar em relação à produção. Não houve diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, para a Interação (Tratamentos Comuns x Experimentos’), indicando que os tratamentos comuns se comportaram mais ou menos do mesmo modo em todos os ensaios em relação à produção de cana-de-açúcar. b) Coeficiente de Variação: Para o Ensaio 1: 20 9,517.2)( N X m = 125,895 77,46)(Re 1 EsíduoQMs 6,83886 385 CV = 895,125 83886,6.100.100 m s 5,43% O coeficiente de variação do ensaio 1 foi de 5,43%, indicando uma ótima precisão experimental. Para o Ensaio 2: 20 4,476.2)( N X m = 123,82 06,35)(Re 2 EsíduoQMs 5,92115 CV = 82,123 92115,5.100.100 m s 4,78% O coeficiente de variação do ensaio 2 foi de 4,78%, indicando uma ótima precisão experimental. Para o Ensaio 3: 20 5,467.2)( N X m = 123,375 43,46)(Re 3 EsíduoQMs = 6,81396 CV = 375,123 81396,6.100.100 m s 5,52% O coeficiente de variação do ensaio 3 foi de 5,52%, indicando uma ótima precisão experimental. Para o Ensaio 4: 20 3,418.2)( N X m = 120,915 08,22)(Re 4 EsíduoQMs 4,69894 386 CV = 915,120 69894,4.100.100 m s 3,89% O coeficiente de variação do ensaio 4 foi de 3,89%, indicando uma ótima precisão experimental. c) Teste de Tukey: mˆ 1 = 142,7 mˆ 13 = 121,1 mˆ 25 = 128,3 mˆ 2 = 123,8 mˆ 14 = 148,8 mˆ 26 = 122,0 mˆ 3 = 132,3 mˆ 15 = 101,6 mˆ 27 = 131,0 mˆ 4 = 113,6 mˆ 16 = 128,9 mˆ 28 = 120,8 mˆ 5 = 120,5 mˆ 17 = 127,6 mˆ 29 = 120,0 mˆ 6 = 134,0 mˆ 18 = 141,2 mˆ 30 = 106,8 mˆ 7 = 125,8 mˆ 19 = 116,8 mˆ 31 = 115,2 mˆ 8 = 145,3 mˆ 20 = 124,8 mˆ 32 = 105,0 mˆ 9 = 89,6 mˆ 21 = 117,8 mˆ 33 = 109,0 mˆ 10 = 116,0 mˆ 22 = 122,4 mˆ 34 = 143,0 mˆ 11 = 120,6 mˆ 23 = 126,6 mˆ 12 = 87,8 mˆ 24 = 109,2 Os ajustes das médias dos tratamentos são feitos da seguinte maneira: As médias das variedades padrões (V1 e V2) não precisam ser ajustadas; As médias das variedades novas (tratamentos regulares) são ajustadas conforme se segue: Média de variedade nova = média aritmética – K Os ajustes, neste caso, são: 387 Média das variedades padrões no ensaio 1 = 141,0 Média das variedades padrões no ensaio 2 = 130,3 Média das variedades padrões no ensaio 3 = 132,9 Média das variedades padrões no ensaio 4 = 128,8 Média Geral das variedades padrões = 133,2 Então: K1 = 141,0 – 133,2 = 7,8 K2 = 130,3 – 133,2 = – 2,9 K3 = 132,9 – 133,2 = – 0,3 K4 = 128,8 – 133,2 = – 4,4 Assim, tem-se: mˆ 1 = 142,7 mˆ 13 = 124,0 mˆ 25 = 128,6 mˆ 2 = 123,8 mˆ 14 = 151,7 mˆ 26 = 122,3 mˆ 3 = 124,5 mˆ 15 = 104,5 mˆ 27 = 135,4 mˆ 4 = 105,8 mˆ 16 = 131,8 mˆ 28 = 125,2 mˆ 5 = 112,7 mˆ 17 = 130,5 mˆ 29 = 124,4 mˆ 6 = 126,2 mˆ 18 = 144,1 mˆ 30 = 111,2 mˆ 7 = 118,0 mˆ 19 = 117,1 mˆ 31 = 119,6 mˆ 8 = 137,5 mˆ 20 = 125,1 mˆ 32 = 110,3 mˆ 9 = 81,8 mˆ 21 = 118,1 mˆ 33 = 113,4 mˆ 10 = 108,2 mˆ 22 = 122,7 mˆ 34 = 147,4 388 mˆ 11 = 123,5 mˆ 23 = 126,9 mˆ 12 = 90,7 mˆ 24 = 109,5 1 (5%) = q 2 )Yˆ( s2 s 2 ( Yˆ ) = r 2 s 2 = 2 37,585 . 2 = 2 75,17 = 37,585 1(5%) = 5,856 2 37,585 = 5,856 18,7925 = 5,856 . 4,335017 25,4 2 (5%) = q 2 )Yˆ( s2 s 2 ( Yˆ ) = r 2 tc 1 1 s 2 = 2 2 2 1 1 37,585 = 1 (1 + 0,5) 37,585 = 1 (1,5) 37,585 = 56,3775 2(5%) = 5,856 2 56,3775 = 5,856 28,18875 = 5,856 . 5,3093079 31,1 389 3 (5%) = q 2 )Yˆ( s2 s 2 ( Yˆ ) = re . 2 s 2 = 2 . 4 37,585 . 2 = 8 75,17 = 9,39625 3 (5%) = 5,856 2 9,39625 = 5,856 4,698125 = 5,856 . 2,1675159 12,7 4 (5%) = q 2 )Yˆ( s2 s 2 (Yˆ ) = r 1 etcetc . 111 1 s 2 = 2 1 4.2 1 4 1 2 1 1 37,585 = 2 1 8 1 4 1 2 1 1 37,585 = 0,5 (1 + 0,5 + 0,25 – 0,125) 37,585 = 0,5 (1,625) 37,585 = 30,537813 4 (5%) = 5,856 2 30,537813 390 = 5,856 15,268907 = 5,856 . 3,9075449 22,9 O valor de 1 é usado para comparar contrastes entre duas variedades novas do mesmo experimento; o valor de 2 é usado para comparar contrastes entre duas variedades novas de experimentos diferentes; o valor de 3 é usado para comparar o contraste entre as duas variedades padrões; e o valor 4 é usado para comparar contrastes entre uma variedade nova e uma padrão. TABELA 10.12 – PRODUÇÃO MÉDIA (t/ha) DE VARIEDADES DE CANA-DE- AÇÚCAR. PIRACICABA-SP, 1984 Variedades Média (em t / ha) Variedades Média (em t / ha) V9 81,8 a V2 123,8 cdefh V12 90,7 b V13 124,0 cdfhi V15 104,5 abce V29 124,4 cdfghij V4 105,8 abcd V3 124,5 cdfghij V10 108,2 bcd V20 125,1 cdfghij V24 109,5 bcdf V28 125,2 cdfghij V32 110,3 bcdf V6 126,2 cdfghij V30 111,2 bcdf V23 126,9 cdfghij V5 112,7 bcdf V25 128,6 cdfghij V33 113,4 bcdfh V17 130,5 dfghij V19 117,1 bcdfi V16 131,8 dfghij V7 118,0 bcdfhi V27 135,4 dfghij V21 118,1 bcdfhi V8 137,5 fghij V31 119,6 bcdfh V1 142,7 ghij V26 122,3 cdfhij V18 144,1 hijl V22 122,7 cdfghij V34 147,4 ij V11 123,5 cdfghi V14 151,7 j NOTA: (1/) As médias de variedades seguidas de pelo menos uma mesma letra não diferem entre significativo pelo teste de Tukey ao nível de 5 % de probabilidade. De acordo com o teste de Tukey, no nível de 5% de probabilidade, tem-se: A variedade V14 apresentou a maior produção, apesar de não diferir estatisticamente das variedades V34, V18, V1, V8, V27, V16, V17, V25, V23, V6, V28, V20, V3, V29, V22 e V26 de cana-de-açúcar. A variedade V9 apresentou a menor produção, apesar de não diferir estatisticamente das variedades V12, V15 e V4 de cana-de-açúcar. 391 As demais variedades de cana-de-açúcar se situaram numa faixa intermediária em termos de produção. 10.6 Exercícios a) A partir dos dados das TABELAS 10.13 e 10.14, pede-se: a.1) Fazer a análise da variância conjunta; a.2) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; a.3) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de adubação e de locais; a.4) Se a interação adubação x locais for significativa, fazer o desdobramento do número de graus de liberdade de adubação mais o da interação adubação x locais; a.5) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de adubação dentro de locais. TABELA 10.13 – VALORES E SIGNIFICÂNCIAS DOS QUADRADOS MÉDIOS DAS ANÁLISES DA VARIÂNCIA DE ADUBAÇÃO DE PLANTAS DE ALGODOEIRO, CUJO PARÂMETRO FOI A PRODUÇÃO (kg/parcela) EM CINCO LOCAIS (A, B, C, D, E) QM Causa de ____________________________________________________ Variação GL A B C D E Adubação 4 1,2730 ** 7,8940 ** 2,1880 * 17,6350 ** 1,3457 ** Resíduo 15 0,2700 0,6580 0,6830 0,6180 0,0115 FONTE: GOMES (1985). NOTAS: (*) Significativo no nível de 5% de probabilidade pelo teste F. (**) Significativo no nível de 1% de probabilidade pelo teste F. 392 TABELA 10.14 – TOTAIS DE PRODUÇÃO (kg/parcela) DOS ENSAIOS DE ADUBAÇÃO DE PLANTAS DE ALGODOEIRO CONDUZIDOS EM CINCO LOCAIS (A, B, C, D, E) NO DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO COM CINCO TRATAMENTOS (ADUBAÇÃO) E QUATRO REPETIÇÕES Totais Tratamentos ________________________________________________________ (Adubação) A B C D E N1PK1 14,6 45,0 27,5 33,4 6,88 N1PK2 11,8 39,0 32,0 30,0 9,85 N2PK1 12,8 42,0 26,5 33,2 10,70 N2PK2 11,8 42,5 33,5 31,0 11,41 Testemunha 8,4 30,5 30,5 13,4 6,24 FONTE: GOMES (1985). b) A partir dos dados da TABELA 10.15, pede-se: b.1) Fazer as análises da variância individuais; b.2) Obter os coeficientes de variação das análises da variância individuais; b.3) Fazer a análise da variância conjunta; b.4) Aplicar, se necessário, o teste de Tukey a 5% de probabilidade na comparação de médias de variedades de cana-de-açúcar. 393 TABELA 10.15 – EXPERIMENTOS DE COMPETIÇÃO DE VARIEDADES DE CANA- DE-AÇÚCAR 1º Experimento Variedades Blocos Totais de Variedades I II III CP 34 – 120 NA 56 – 30 NA 56 – 79 TUC 5619 CP 44 – 101 NA 56 – 35 NA 56 – 68 46,6 45,7 49,6 61,1 72,1 51,3 74,2 74,3
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