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A EDUCAÇÃO FISICA COMO FACILITADORA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

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A EDUCAÇÃO FISICA COMO FACILITADORA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
O trabalho insere-se no campo de estudos do subprojeto “Alfabetização e letramento” desenvolvido na E. E. Santa Terezinha pelas acadêmicas do Pibid, curso de Pedagogia, da Universidade Estadual de Montes Claros, Campus de Espinosa, no período de março a julho de 2014. Tem por objetivo analisar a importância da Educação Física para o desenvolvimento pleno da criança no planejamento e articulação dos jogos pedagógicos aos conteúdos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e letramento, de maneira a conhecer a possível interligação entre educação física, leitura e escrita. Visto estimular a percepção, mobilidade e a criticidade por meio do raciocínio e socialização do conhecimento significativo, fugindo do ensino mecânico tradicional que visa a imobilidade. Considerou-se o saber anterior da criança como ponto de partida para o desenvolvimento do conhecimento significativo e continuo da escrita e leitura nas aulas de Educação Física, com base em pressupostos teóricos de Freire (1997), Ferreiro (2007), Ferreiro; Teberosky (1986), Piaget (1978), entre outros. A educação física integrada ao processo de alfabetização e letramento por meio de práticas pedagógicas adequadas e planejadas é uma ferramenta pedagógica indispensável, pois contribui efetivamente no domínio do uso da escrita e leitura, com a função de atender as diferentes necessidades das crianças na construção , mediação e socialização do conhecimento significativo e continuo .
Palavras- chave: Educação Física, alfabetização e letramento.
INTRODUÇÃO
 	O processo de alfabetização e letramento vem sendo estudado ao longo dos anos e a motricidade tem sido referenciada como de fundamental importância para o desenvolvimento tanto da fala como da escrita e da leitura das crianças. De maneira que, a educação física é um componente indispensável ao processo metodológico da educação, pois trabalha diretamente com o individuo.
Baseado nessas colocações este estudo tem como objetivo geral avaliar a importância da Educação Física para o desenvolvimento da criança no planejamento e articulação dos jogos pedagógicos aos conteúdos teóricos relacionados ao processo de alfabetização e letramento, pretende levar à tona a discussão de conceitos sobre o desenvolvimento dos jogos na educação física voltados para as habilidade de escrita e leitura, o movimento corporal na aprendizagem significativa, o conhecimento construído antes mesmo de entrar na escola compreendendo sua influencia e a do movimento corporal com recurso pedagógico no desenvolvimento pleno das crianças aos relacionar a ação física e ação mental .
A importância da educação física como disciplina que reconhece a criança como sujeito no processo de construção do conhecimento, que cresce e interage com a língua escrita e leitura e não só investir na formação dos movimentos , mas também levar em conta a necessidade das crianças de compreender e fazer. Buscou–se uma educação física de qualidade, que valoriza a criatividade e mobilidade das crianças, os jogos como recurso para elementos teóricos com intenção educacional que pode estimular habilidades e competências no processo de alfabetização e letramento, empregada com reflexão na construção do desenvolvimento corporal , verbal , de raciocínio e demais problemazações e desafios que mobilizem a criança e a escola a construir novos conhecimentos, o desenvolvimento da aprendizagem plena contextualizada, respeitando e atendo as necessidades de cada criança tendo os jogos como recurso educacional com prática pedagógica adequada e planejada, para construir meios prazerosos de articulação entre jogos, brincadeiras, leitura, escrita. 
Ao término desta pesquisa bibliográfica concluímos que brincando a criança aprende mais e melhor, diante das características das crianças, desde o primeiro contato com a escola , brincam e aprende brincando , brincam com o interesse de aprender. Se o contexto for significativo para a criança , educação física tem consequências importantes no desenvolvimento da alfabetização e letramento, torna-se facilitadora e fundamental neste processo . A criança toma posse dos conhecimentos concedendo sua ação em meio ao que se encontra nas aulas. Visto que o símbolo lúdico corporal e concreto orienta a criança para as escrita e leitura.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A EDUCAÇÂO FISICA NA ALFABETIZAÇÂO E LETRAMENTO 
A criança comunicar-se através de movimentos, em meio aos amigos, buscam assuntos em que está interessado, obtendo conhecimento sobre o universo em que vive na mesma linguagem corporal em meio às descobertas que faz a evolução de sua aprendizagem. Por meio da educação física, os movimentos particularmente transposto para a alfabetização é possível e convém se adequar a um conhecimento da leitura e da escrita de feitio lúdico e natural.
Se os conteúdos selecionados para a alfabetização forem conteúdos extraídos da necessidade da criança conhecer-se o mundo a sua volta, ou seja o processo de trabalhar esses conteúdos, de possibilitar a apropriação da leitura e escrita, consequentemente, não será o mesmo. A forma, nesse caso, deverá garantir as mais variadas vivencias possíveis com a escrita, no seu uso e função social (GARCIA, 1998, p.91).
A educação física no processo de alfabetização deve orientar e dar suporte, a partir de jogos na disciplina as crianças se sentem entusiasmadas, como trabalha a ludicidade na construção do conhecimento, há motivação e interesse em aprender e eliminar falhas e dificuldades, oportunizando uma alfabetização segura para as crianças e escola.
Com empenho conjunto na alfabetização a educação física nas series iniciais do ensino desenvolve competência da cultura corpórea, mas além disso propicia às crianças o conhecimento sobre o uso da leitura e da escrita, por meio do raciocínio e socialização do conhecimento sistematizado, fugindo do ensino mecânico tradicional que visa imobilidade da criança. “A criança só sabe viver a sua infância. Conhecê-la pertence ao adulto. Mas o que vai prevalecer nesse conhecimento: o ponto de vista do adulto ou o da criança?” (WALLON, 1975, p.27)
O adulto deve compreender a criança, partir do ponto de vista da criança ,na educação física e no letramento há uma grande parceria que contribui para melhor formação dos cidadãos ativos, colaborando para a aperfeiçoamento da alfabetização corporal e grafocentrica. 
Nesse processo deve-se considerar a sua cultura e características e o conhecimento adquirido por cada um. Silva(2004) ressalta que: a educação física e a alfabetização caminham juntas na construção da cidadania da criança, auxiliando uma a outra neste processo de construção da alfabetização grafocentrica e do corpo 
Existe uma interligação que não deve ser negligenciada entre a alfabetização, o letramento, o movimento corporal ,a aprendizagem significativa e o mundo cultural infantil construído antes mesmo de entrar na escola . A criança é capaz de utilizar tais conhecimentos para estruturar sua própria realidade compreendendo sua influencia, contudo a escola deve proporcionar um ambiente estimulador. Onde o movimento corporal pode e deve ser considerado um recurso pedagógico valioso desde a iniciação da criança na alfabetização dentro da escola a ação física e ação mental estão associadas , abordar um desses aspectos isoladamente causaria graves prejuízos , não só para a aprendizagem escolar e fragmentação do conhecimento , mas para todo o desenvolvimento da criança . 
Atos motores são indispensáveis, não só na relação com o mundo ( nesse, aspecto serão sempre indispensáveis ) , mas também na compreensão dessas relações .Por um lado ,temos a atividade simbólica ,isto é, as representações mentais ( atividade mais solicitada pela escola ); por outro , temos o mundo concreto , real ,como qual se relaciona o sujeito . Ligando-os, está a atividade corporal. Não se passa do mundoconcreto à representação mental senão por intermédio da ação corporal . A criança transforma em símbolos aquilo que pode experienciar corporalmente (FREIRE, 1997, p.81).
Ainda que o ‘dois mais dois’, ‘o menino viu a vaca’ , podem não passar de sinais gráficos ou sonoros, desvinculados da atual realidade delas .O mundo da escola , teria que ser transformado em um mundo concreto de coisas que têm significado para a criança. Isso , no entanto ,só pode ser feito com indivíduos conscientes, ativos, dinâmicos, realizadores, transformadores, alerta Freire (1997).
Recorrer a educação física, como recurso para educar além do aspecto motor, mas através do mesmo facilitar a aprendizagem de conteúdos diretamente ligados ao aspecto cognitivo , de modo que correr, salta , arremessar , girar, por exemplo, poderiam ser úteis a aprendizagem da leitura e da escrita .
A mão escreve o que a mente pensa a respeito do mundo como qual a criança interage. Nesse pequeno exemplo, resume-se a conexão ato-pensamento-ato. Conteúdos sem significado, sejam eles de ordem cognitiva, social, ou moral , quebram essa harmonia tão necessária a um bom desenvolvimento ( FREIRE,1997, p. 81)
Todos os movimentos produzidos num certo nível podem e devem servir de base para outras aquisições mais elaboradas . Assim, através dos movimentos aprendidos ,se atingiriam outros, mais difíceis ,ou aquisições não motoras, como por exemplo as intelectuais e sociais. Contudo Freire observa que infelizmente o que ocorre com maior frequência é a educação para o movimento . Ocorre que as habilidades motoras são o objetivo terminal da educação física neste caso , que assim estreita seus horizontes e perde sua identidade como componente de uma educação humanista. Educar corporalmente uma pessoa não significa provê-la de movimento qualitativamente melhores ou em maior quantidades , apenas. Significa também educa-la para não se movimentar, sendo necessário para isso promover –se tensões e relaxamentos , fazer e não-fazer (FREIRE, 1997).
Ao considerar a literatura psicológica dedicada a estabelecer a lista das aptidões ou habilidades necessárias para aprender a ler e a escrever, (FERREIRO; TEBEROSKY, 1986) entendeem, que continuamente, as mesmas variáveis: lateralização espacial, discriminação visual, discriminação auditiva, coordenação viso-motora, boa articulação, etc. Que todos esses fatores se correlacionam positivamente com uma boa aprendizagem da língua escrita. 
Há complexidades no processo de alfabetização e letramento, mas para superá-las faz-se necessário questionar métodos e parti do próprio conhecimento da criança como sujeito. 
Algo que temos procurado em vão nesta literatura é o próprio sujeito. O sujeito que conhecemos através da teoria de Piaget é um sujeito que procura ativamente compreender o mundo que o rodeia, e trata de resolver as interrogações que este mundo provoca. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele, por um ato de benevolência. É um sujeito que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias pensamento enquanto organiza seu mundo(FERREIRO;TEBEROSKY,1986, p.26)
As referidas autoras partindo das ideias de Piaget sobre o processo de construção do conhecimento concordam que uma criança, que cresce e interage com o mundo, criando um mundo cultural , com textos escritos, meios de comunicação, interatua com a língua escrita, e na escola tem este mundo cultural desenvolvido. 
Os estímulos não atuam diretamente, mas são transformados pelos sistemas de assimilação do sujeito. Neste ato de transformação o sujeito interpreta o estímulo e é somente em consequência dessa interpretação que a sua conduta se faz compreensível. Na teoria de Piaget, então, um mesmo estímulo não é o mesmo a menos que os esquemas assimiladores à disposição também o sejam. O que equivale a colocar o sujeito da aprendizagem no centro do processo, e não aquele que, supostamente, conduz essa aprendizagem (FERREIRO, TEBEROSKY, 1986 p. 27). 
A educação física tem seu papel pedagógico de não só investir na formação dos movimentos , mas também levar em conta a necessidade das crianças de compreender o mundo como sujeitos . A criança tem direito ao ambiente viável dentro da escola para o fazer e o compreender , esta é uma tarefa fundamental da escola , promover o fazer juntamente com o compreender. Freire confirma isso ao afirmar que o compreender é uma forma mental de fazer que se faz acompanhar de consciência. 
Antes mesmo do surgimento de uma linguagem verbal , todos os esquemas motores básicos estão formados. A criança já pode ver, ouvir cheirar ,arrastar-se ,andar, ,girar, saltar, correr etc. Daí para a frente , seu problema não será apenas criar recursos motores para viajar ,mas também criar recursos simbólicos para ampliar os limites dessa viagem .ela já pode fazer muitas coisas , embora não consiga compreende-las , assim como os outros animais também não podem. O homem, no entanto , humaniza-se .Não é como qualquer animal, pois tem acesso ao símbolo. Ele pode representar mentalmente qualquer ação que realize .E isso torna diferente (FREIRE,1997,p.27).
A própria criança como sujeito é o ponto de partida para a aprendizagem, por meio de seu mundo cultural construído por assimiladores como a fala e a interação social no desenvolvimento da língua escrita e da linguagem. Neste sentido a criança não deve fazer parte de um processo que o fazer é sem compreender e este compreender pode ser explicitado através da realização motora do mesmo , contudo, a educação física deve buscar na criança habilidades tanto quando se refere a mobilidade quanto para a realização motora da escrita e linguagem , através do escrever, ler e compreender possa se desenvolver plenamente.
DESENVOLVIMENTO PLENO DAS CRIANÇAS
O beneficio da educação física no corpo e mente da criança no desenvolvimento pleno das crianças em um trabalho competente, diante da educação física estruturada e planejada , assim como qualquer disciplina que cumpre sua tarefa pedagógica de orientar a educação das crianças não torna o ensino desintegrador.
Freire (1997) coloca que existe o argumento de que a escola tem um conjunto de matérias dedicadas a formação intelectual e uma outra que reúne conteúdos voltados para a formação corporal . A permanecer essa concepção, dificilmente as escolas de formação de professores se transformarão de modo a capacitar os profissionais de ensino a ministrar uma educação integral . Na abordagem tradicional, com o jogar pelo jogar ,no sentido de recrear, o autor diz que :
Com uma consideração isolada do ato motor, há a redução do papel da educação física. Se se colocar como objetivo do trabalho pedagógico apenas enquadrar as crianças em padrões de movimento , isso poderá até ser conseguido, porém , com risco de prejudicar um entendimento mais amplo do projeto educacional . (FREIRE,1997,p 23).
A prática pedagógica através de jogos pedagógicos quando visa uma educação física de qualidade, valoriza a criatividade e mobilidade das crianças, visto que os jogos na educação física traz subsídios teóricos com intenção educacional .
Em relação a este papel pedagógico, a educação física segundo Freire (1997) deve atuar como qualquer outra disciplina da escola, e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser desenvolvidas, mas deve estar claro quais serão as conseqüências disso do ponto de vista cognitivo , social e afetivo. Sem tornar uma disciplina auxiliar de outras , a atividade da educação física precisa garantir que de fato ,as ações físicas e as noções que a criança usará nas atividades escolares e fora da escola possam se estruturar adequadamente.
No desenvolvimento da aprendizagem a relação entre os conteúdos da disciplina educação física reside não na sua importância como meio auxiliar das outras disciplinas, masna identificação de pontos comuns do conhecimento e na dependência que corpo e mente ,ação e compreensão ,possuem entre si.
O autor (FREIRE, 1997) coloca que as habilidade motoras desenvolvidas num contexto de jogos no universo infantil , de acordo com o que a criança já possui ,poderão se desenvolver sem a monotonia , o desenvolvimentos das habilidades motoras sem precisar impor às crianças uma linguagem corporal que lhe é estranha, assim como a linguagem verbal falada pela professora em sala de aula é, as vezes incompreensível para os alunos , também a linguagem corporal pode sê-lo ,se referir, de inicio , à cultura que é própria dos alunos.
Potencializado o jogo como fator de desenvolvimento pleno de maneira objetiva reuni aspectos práticos e teóricos na utilização de jogos na educação física ,como propiciador do desenvolvimento cognitivo ,sócio afetivo, psicomotor das crianças, articulado a conceituação teórica na organização da pratica de jogos , de maneira a analisar e contextualizar ,para o emprego do jogo como instrumento educativo, as atividades físicas e as culturais da própria criança como conteúdo pedagógico facilita o processo de aprendizagem , eleva o interesse e a motivação das crianças.
No entanto Freire (1997) diz que a escola exige que a criança leia, escreva , calcule, e fim, que compartilhe símbolos, linguagens comuns a uma sociedade. Paradoxalmente, essa atitudes socializada deve ser praticada em carteiras que isolam as crianças umas das outras e através de tarefas individuais. Exige-se uma atitude socializadora através de práticas individuais. 
Através dos pressupostos citados, a educação física possibilita uma maior aprendizagem, mas esta não deve ser uma relação utilitária perante as outras disciplinas e seus conteúdos, a educação física justifica-se pelos conteúdos que desenvolve e deve desenvolver para o desenvolvimento do corpo e mente que tornam possível este processo pleno. Sobre o papel da educação física neste processo a autor esclarece:
A educação física trabalha no plano da ação motora, mas, quando a maneira de propor as atividades provoca tomadas de consciência , aquilo que era material ( corridas, saltos, arremessos ,giros) torna-se conceitual .Em sala de aula , trabalha-se no plano dos conceitos. A relação entre educação física e outras disciplinas , embora muito estreita , é pouco pecerbida.184 Em termos cognitivos ,as coordenações motoras , conteúdo especifico da educação física , atuam sempre na formação do conhecimento que alimenta a cognição , tanto quanto a afetividade e a socialização . Tornado consciente , esse conhecimento inevitavelmente se refletirá na aprendizagem de conteúdos de outras disciplinas (FREIRE,1997,p .186).
Aprendizagem com jogos pedagógicos na educação física num espaço de educação integrada, no qual não basta fazer ,é preciso compreender , em que nas aulas , fazer e compreender significa integrar as ações do intelecto com as da pratica motora. Dessa forma, o conhecimento do que é vivido torna-se consciente e pode ser imaginado e refletido , transformado e reconstruído a partir dos interesses e motivações das crianças.
 Quando lê, escreve ou calcula, a criança mobiliza as noções e conservação .Se na sala de aula trabalha –se com estas noções , a educação física , dependendo de como seja orientada , trabalha em parte com essas e em parte com as noções infralógicas como espaço e tempo ou ainda, mais diretamente, com a inteligência sensório-motora ( as coordenações motoras). É destas duas ultimas que provem as noções de pensamento (FREIRE, 1997, p 187).
A educação física pode estimular habilidades e competências no processo de alfabetização e letramento, empregada com reflexões e tematização na construção do desenvolvimento corporal , verbal , de raciocínio articulado a conceituação teórica e demais problemas e desafios que mobilizem a criança e a escola a construir novos conhecimentos, o desenvolvimento adequado da aprendizagem plena contextualizada, respeitando e atendo as necessidades de cada criança .
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
A criança interage com o meio social e o meio físico na construção de sua linguagem, escrita e do seu conhecimento. Faz-se necessário na alfabetização e letramento de todo um processo que envolva este modo de interação, em que os recursos utilizados devem respeitar a individualidade de cada criança, sua cultura ,suas características, seu mundo cultural e suas necessidades .Nisto pode-se sobressair os jogos educativos relacionados ao processo de alfabetização e letramento, na educação física , proporcionando desafios, descobertas e desequilíbrios . 
O papel do professor , seja qual for a disciplina ,é criar , no aluno , condições desequilíbrio ,apresentando , para ele ,o novo ,o inusitado , o desconhecido,. Diante do novo, a criança tende a assimilá-lo ,a incorporá-lo a si , usando ,porem ,seus esquemas , seus recursos motores e mentais conhecidos . Quando a criança antecipa sua ação, mas quando falta algo que ainda não se construiu , o resultado é o fracasso. Se prosseguir tentando ,a criança construirá ,por sua conta ,aquilo que lhe falta para dar conta do problema , que é incorporar o novo que surgiu ,isto é, tornar conhecido o que lhe era desconhecido.O papel do professor aí é saber lidar com esse conflito, provocar o desequilíbrio não é deixar a criança perdida num oceano de mistérios ,mas apresentar o problema de tal forma que possa ser solucionado com o instrumental existente , ou seja o conhecimento atual( mental ou motor) . As contradições para a criança que se seguem ao desequilíbrio só serão superadas se ela puder estabelecer uma ligação entre o conhecimento e o desconhecimento ,o velho e o novo , a situação atual e a anterior ( FREIRE,1997, p. 191).
Emília Ferreiro em seu livro “Alfabetização em processo” destaca as fases vivenciadas pelas crianças durante o processo escolar.
O que nos parece importante, como tarefa, é compreender os mecanismos precisos de tal tipo de interação, cujos resultados dificilmente podem ser caracterizados como a simples reprodução, em nível individual de uma realidade social dada (FERREIRO,2007,p. 20).
De tal modo faz-se necessário o estudo e análise dos métodos utilizados em meio a educação.
o desenvolvimento da alfabetização ocorre sem dúvidas, em um ambiente social, mas as práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças. Quando tentam compreender, elas necessariamente transformam o conteúdo recebido (FERREIRO, 2007, p. 22).
As crianças ao tentar registrar a informação recebida, elas a transformam, e segundo Ferreiro (2007), este é o significado profundo da noção de assimilação que Piaget colocou no âmago de sua teoria.
O processo educativo em sua integridade requer em sua função predominante, que haja o envolvimento de varias áreas do corpo, para a estimulação dessas áreas seria necessária a contribuição de atividades cognitivas para a estimulação do cérebro. Em relação às crianças, brincar é muito saudável e além de ser divertido serve de estimulação para a mente. É por isso que hoje existem diversos jogos educativos, brinquedos que auxiliam no desenvolvimento e na percepção da criança desde os seus primeiros anos de vida. Segundo Armanelli (1887) nos últimos séculos a educação saindo do seu estágio instrutivo, progrediu muito, procurou e encontrou objetivos mais amplos, abrangendo tanto as áreas formativas, como o aspecto protetor da integridade funcional da pessoa, na sua dualidade psíquica e somática.
Como facilitadora para o domínio e uso do código da escrita, a educação física desperta no aluno competências e habilidades para que os mesmos tenham sucesso no processo de alfabetização e letramento, assim possibilita uma maturidade para resolver as questões que irão surgir no período escolar, ou seja crianças mais independentes e livres.
Uma vez realizada alguma ação física, o que resta para o individuo que a praticou é o que pode abstrair dela. Toda ação torna-se possível porque houve uma coordenação que ligou os movimentos em função de um objetivo .Ou seja, essa coordenação é uma espécie de saber acaba, mas, de sua coordenação o sujeito abstrai e incorpora elementos que serão o material de sua reflexão , de seus pensamentos (FREIRE,1997,p.122).
Com atividades contextualizadas, significativas, isto é, não dissociadas da cultura própria da criança, O que está na base das coordenações motoras é abstraído, podendo vir a transforma-se, no plano da mente, em pensamento. Qualquer que seja a atividade escolhida deve fazer parte da cultura infantil, possivelmente ela será significativa para acriança. 
Segundo Ferreiro e Teberosky (1986) o método enquanto ação específica do meio pode ajudar ou frear, facilitar ou dificultar; porém, não pode criar aprendizagem, a obtenção de conhecimento é um resultado da própria atividade do sujeito.Neste processo o raciocínio, as coordenações motoras, a alfabetização e a aprendizagem devem ser significativas .
Quando uma criança erra repetidamente uma tarefa, requer prestar atenção a esse fato. A criança pode estar buscando uma regularidade e uma coerência na ação até chegar a um resultado. Nas aulas de educação física a cada erro a ação de uma criança corrige a da outra e, em cada tentativa, elas tentarão corrigir erros percebidos na ação anterior , ajudadas pela reflexão entre uma ação e outra .
O significado depende da ação corporal. Ente sinais gráficos de uma língua escrita e o mundo concreto existe um mediador , as vezes esquecido que é a ação corporal . A criança acaba aprendendo a escrita e a leitura que lhe impõem ,mas uma criança bloqueada no seu espaço de ação graças, muitas vezes ,à ansiedade de com serias dificuldades em estabelecer , entre essa aprendizagem e o mundo , um elo de ligação. (FREIRE, 1997, p.21).
Este trabalho não tem como objetivo estimular o conceito de alfabetização precocemente, Ferreiro salienta que a alfabetização se aprende desde sempre antes mesmo do ambiente.
[...] Pretendemos demonstrar que a aprendizagem da leitura, entendida como questionamento a respeito da natureza, função e valor deste objeto cultural que é a escrita, inicia-se muito antes do que a escola imagina, transcorrendo por insuspeitados caminhos. Que além dos métodos, dos manuais, dos recursos didáticos, existe um sujeito que busca a aquisição de conhecimento, que se propõe problemas e trata de solucioná-los, segundo sua própria metodologia... insistiremos sobre o que se segue: trata-se de um sujeito que procura adquirir conhecimento, e não simplesmente de um sujeito disposto ou mal disposto a adquirir uma técnica particular. Um sujeito que a psicologia da lecto-escrita esqueceu [...] (FERREIRO; TEBEROSKY, 1986, p. 11).
 Diante das características de crianças da primeira infância, desde o primeiro contato com a escola, ou seja, um ser que brinca e aprende brincando, não há por que não valorizar o papel pedagógico da educação física. Se o contexto for significativo para a criança , o jogo, como qualquer outro recurso pedagógico , tem conseqüências importantes no desenvolvimento no processo de alfabetização e letramento.
A elaboração de uma escrita e leitura socialmente compreensíveis não deve ser precoce, e sim conseqüência do processo que a criança realiza , ajudada pela escola .Mesmo assim, raramente a escola tem clarividência de incluir nesse processo a atividade física e o jogo.21 O aspecto diversão é obrigatório numa aula de educação física , mas as atividades devem ser escolhidas , entre outros motivos , porque o professor é capaz de compreender seus efeitos sobre o desenvolvimento .Se puder fazer isso, ele será capaz de variá-la , de modo a sempre acrescentar ou complementar ao aprendido algo que ainda não foi. (FREIRE, 1997, p.135).
As crianças jogam na escola, porem sem atenção adequada. Brincam quando não estão na aula de educação física ou quando o jogo é na aula dentro da sala , mas comumente não tem o objetivo que teriam outra tarefas educacionais ,o de educar uma criança . Este é um recurso a ser usado, assim como aproveitar o próprio conhecimento da criança e seus erros. Tudo o que a criança aprende serve de base para uma aprendizagem continua. Portanto, o planejamento dos jogos na educação física pode ter como ponto de partida, este conhecimento para a evolução da aprendizagem da criança.
O DESENVOLVIMENTO DE JOGOS NA EDUCAÇÃO FISICA 
Os jogos nas aulas de educação física com crianças no processo de alfabetização e letramento, desperta nelas não só o interesse de brincar, mas brincam com o interesse de aprender, com um olhar pedagógico. De maneira que a aprendizagem faz com que haja uma preparação para o conhecimento continuo neste processo, fortalecendo as funções do intelecto desenvolvendo suas potencialidades.
No contexto de educação escolar ,o jogo proposto como forma de ensinar conteúdos às crianças aproxima-se muito do trabalho .Não se trata de um jogo qualquer , mas sim de um jogo transformado em instrumento pedagógico ,em meio de ensino .Essas considerações são necessárias para que as atividades de educação física não sejam entendidas ,especialmente quando se trata de jogos ,como algo descomprometido com a formação do aluno para cumprir seu papel social de criança e, mais tarde,de adulto(FREIRE,1997,p.119).
O símbolo lúdico corporal e concreto orienta a criança para as palavras, com Os benefícios didáticos dos jogos na educação física são procedimentos indispensáveis , mais que um passa tempo , o jogar por jogar ou repetição de palavras mecanicamente, é um meio promoção do ensino-aprendizagem significativo, visto desenvolver e estimular as crianças, em diversas situações no meio educacional, analisar e avaliar a aprendizagens específicas, competências e potencialidades das crianças envolvidas, construindo seu processo de ensino-aprendizagem em diferentes meios e estratégias, fazendo assim um trabalho onde a criança tenha mais estímulos e motivação para seu desenvolvimento ,Piaget (1978).
Com jogos pedagógicos na educação física, a criança torna mais extensa suas habilidades corporais e intelectuais, explorando suas percepções. Desenvolvendo e estimulando fatores indispensáveis para a aprendizagem. 
O jogo contem um elemento de motivação que poucos atividades teriam para a primeira infância :o prazer da atividade lúdica . Creio, de minha parte , que todas as propostas serias de desenvolvimento poderiam ser realizadas dentro do jogo ,aproveitando seu caráter lúdico. No entanto, não caiamos no exagero. Nas atividades infantis ,o que a criança faz contem uma mistura inseparável de jogo e trabalho , de atividade descomprometida e atividade séria , de puro prazer funcional e ação adaptativa. Portanto, seria perfeitamente compatível o desenvolvimento de atividades sérias dentro do contexto do jogo. (FREIRE,1997,p.75).
Ao aplicar um jogo, dentro ou fora de uma sala de aula, as crianças se tornam mais livres e libertos da mecanização do conhecimento, envolvendo o prazer e a diversão no processo de alfabetização e letramento, treinando sua imaginação, fantasias e criatividade.
O autor (FREIRE, 1997 ) ressalta que o jogo dentro da escola, orientado pela professora , não deve ser o mesmo de fora da escola , entre parceiros da mesma idade e sem orientação de adultos . O jogo 	realizado como conteúdo da escola deve ser aquele que se inclui, que tem objetivos educacionais ,como qualquer outra atividade .Dentro do jogo, orientando o aluno , o professor deve saber onde chegar , e o que desenvolver. 
A criança toma posse dos conhecimentos concedendo sua ação em meio que se encontra no jogo. Visto que jogando se aprende, o jogo deve estar focado na aprendizagem quando dentro da escola. 
Na concepção de Freire (1997 )a partir da segunda infância, a socialização crescente, a necessidade de estabelecer trocascom o meio, dá novo significado ao brinquedo ,aos materiais ,embora essa preocupação com o outro não impeça que o faz de-conta , a ficção continue a ser um dos traços mais constantes do mundo do brinquedo ,do jogo e, inclusive , do esporte.
O jogo contem um elemento de motivação que poucos atividades teriam para a primeira infância :o prazer da atividade lúdica . Creio, de minha parte , que todas as propostas serias de desenvolvimento poderiam ser realizadas dentro do jogo ,aproveitando seu caráter lúdico. No entanto, não caiamos no exagero. Nas atividades infantis ,o que a criança faz contem uma mistura inseparável de jogo e trabalho , de atividade descomprometida e atividade séria , de puro prazer funcional e ação adaptativa. Portanto, seria perfeitamente compatível o desenvolvimento de atividades sérias dentro do contexto do jogo (FREIRE, 1997, p.75). 
Os jogos devem ser motivo de reflexão entre a escola, pais e comunidade como um todo, já que o jogar na educação física ajuda a criança como facilitadora no desenvolvimento pleno conhecimento. Piaget nos faz compreender que pela ação lúdica, a criança explora o ambiente, experimenta-o concretamente, desencadeando o seu desenvolvimento intelectual, sócio afetivo e psicomotor. Com isso, nos conduz a uma importante consequência prática de sua teoria: a aprendizagem se dá pelo relacionamento ativo da criança com o meio e o jogo, por ser essencialmente ativo, contribui para o seu desenvolvimento integral.
Jogando a criança apreende o mundo e se expressa, recriando-o segundo o seu nível de desenvolvimento. a criança aprende brincando, “(...) o jogo constitui o pólo extremo da assimilação do real ao eu” (PIAGET 1978, p. 207)
. Os jogos pedagógicos na educação física são ferramentas no processo de alfabetização e letramento, por meio de estímulos advindos da ação motora que possibilitam as crianças ter descobertas e desafios, facilita com que elas compreendam que o mundo estar repleto de oportunidades e possibilidades para a ampliação dos conhecimentos da escrita e linguísticos, conhecem seus limites, respeitando regras, descobrindo a si próprio, as coisas que os cercam e o mundo. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após pesquisar sobre a importância da educação física no processo de  alfabetização e letramento dos educando, pode-se dizer que, a educação física pode ser considerada mais que um suporte relevante para o trabalho realizado em sala de aula, atribui significado a leitura e a escrita, motiva os alunos pelo uso da ludicidade e do movimento no processo de alfabetização.
Os educadores devem ser mediadores de jogos educativos por meio de prática pedagógica intencional e planejada, e com intervenção direta, para construir meios prazerosos de articulação entre jogos, leitura e leitura . de maneira natural e significativa a alfabetização e o letramento ocorrem , envolve e motiva a criança que a se familiarizar com a escrita e linguagem respeitando posteriormente aspectos gramaticais por meio de tentativas de escritas espontâneas, desenhos, conto de histórias, atividades lúdicas, entre outras atividades.
	 Há complexidades no processo de alfabetização e letramento, mas para superá-las faz-se necessário questionar métodos e parti do próprio conhecimento da criança como sujeito no processo de construção do conhecimento, que cresce e interage com o mundo, criando um mundo cultural seu, com textos escritos, meios de comunicação, interação com a linguagem escrita e oral, na escola tem este mundo cultural desenvolvido.
CONCLUSÃO
Ao término desta pesquisa concluiu-se que brincando a criança aprende mais e melhor, assim dando comprovação de que o ensino-aprendizagem é mais eficaz, as crianças se dedicam mais e se sentem estimuladas na evolução do desenvolvimento da escrita e leitura. De modo que a educação física a partir de jogos no processo de alfabetização e letramento deve orientar e dar suporte por meio do raciocínio e socialização do conhecimento sistematizado, em que o professor deve compreender a criança, a partir do ponto de vista da criança , visto que a construção do conhecimento da linguagem escrita e oral são construídos antes mesmo de entrar na escola , deve-se aprender a utiliza-lo, compreender sua influencia , sendo o movimento corporal natural da criança e uma forma dela se reconhecer neste processo , pode e deve ser considerado um recurso pedagógico , a ação física e ação mental estão associadas ,e não devem ser abordados isoladamente. 
Há complexidades no processo de alfabetização e letramento, mas para superá-las faz-se necessário questionar métodos e parti do próprio conhecimento da criança como sujeito no processo de construção do conhecimento, que cresce e interage com o mundo, criando um mundo cultural seu, com textos escritos, meios de comunicação, interatua com a língua escrita, e na escola tem este mundo cultural desenvolvido. A educação física assim como qualquer disciplina que cumpre sua tarefa pedagógica de orientar a educação das crianças tem seu papel pedagógico de não só investir na formação dos movimentos , mas também levar em conta a necessidade das crianças de compreender o mundo como sujeitos . Esta é uma educação física de qualidade que valoriza a criatividade e mobilidade das crianças, os jogos empregados de forma adequada nas aulas como recurso com intenção educacional que pode estimular habilidades e competências no processo de alfabetização e letramento . 
O modo de interação entre professor de educação física, a criança e os jogos utilizados por eles, devem ser usados respeitando, a individualidade de cada criança, sua cultura ,suas características, e suas necessidades ou seja de forma contextualizada e significativa . Diante das características das crianças, desde o primeiro contato com a escola , um ser que brinca e aprende brincando , brincam com o interesse de aprender, não há por que não valorizar o papel pedagógico da educação física .Se o contexto for significativo para a criança , jogos pedagógicos na educação física, tem consequências importantes no desenvolvimento da alfabetização e letramento, torna-se facilitadora e fundamental neste processo . A criança toma posse dos conhecimentos concedendo sua ação em meio ao que se encontra nas aulas. Visto que o símbolo lúdico corporal e concreto orienta a criança para as palavras e escrita, jogando se aprende, o jogo na educação física deve estar focado na aprendizagem quando dentro da escola , tem sua função indispensável com atenção adequada e planejamento no processo de alfabetização e letramento, na evolução da aprendizagem continua e plena da criança.
Por fim, compreendemos que, realizar esta pesquisa nos possibilitou confirmar o que havíamos idealizado: o trabalho da educação física no processo de alfabetização e letramento , através de atividades lúdicas facilita a aprendizagem e consolidação da construção da linguagem escrita , oral e o conhecimento do mundo por parte das crianças, cabe estimular as potencialidades do conhecimento já existente das mesmas, dentro das aulas de educação física, no entanto, outros estudos poderão ser realizados para maior aprofundamento e discussão desta pesquisa.
REFERÊNCIAS:
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FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e a pratica da educação física. São Paulo :Scipione, 1997.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo -18. Ed. São Paulo: Cortez 2007.
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto alegre:Artes Medicas, 1986.
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1969.  
______. A formação do símbolo: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 
3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
WALLON, Henri. Psicologia e educação da infância. Lisboa:Estampa, 1975.

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