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Relações parasita hospedeiro
Os seres vivos (animais e vegetais), possuem um inter-relacionamento que é fundamental para a manutenção da “vida”, já que nenhum ser vivo é capaz de sobreviver e reproduzir se independentemente de outro. Com isso, o meio ambiente e os seres vivos estão em permanente e continuo processo de adaptação mutua, ou seja, estão sempre “evoluindo” e para que isso ocorra, o agente ou força que provocou o desequilíbrio ambiental agiu de maneira constante e progressiva. Se o desequilíbrio for brusco ou muito abrangente, não haverá evolução.
Os seres vivos na natureza apresentam grande inter-relacionamento. Com o decorrer de milhares de anos houve uma evolução para o melhor relacionamento do parasito com o hospedeiro que visa dois aspectos fundamentais, a obtenção de alimento e proteção. Essa evolução feita as custas de adaptações, tornou o invasor (parasito) mais e mais dependente de outro ser vivo. Adaptações são principalmente morfológicas, fisiológicas e biológicas.
Morfológicas: tem o caso da degeneração que é representada por perdas ou atrofia de órgãos; hipertrofia que são encontradas nos órgãos de fixação, resistência, proteção ou reprodução. Alguns helmintos possuem órgãos de fixação muito fortes como ventosas, uma alta capacidade de reprodução com o aumento acentuado de ovários e também aumento de estruturas alimentares 
Biológicas: tem como a capacidade reprodutiva, passam a ser capazes de produzir grandes quantidades de ovos ou cistos. Alguns tipos de reprodução como o hermafroditismo, partenogênese, poliembrionia, esquizogonia e etc. representam mecanismos de reprodução que permitem uma mais fácil fecundação. Possui também a capacidade de resistência a agressão do hospedeiro, presença da enzima antiquinase que neutraliza a ação dos sucos digestivos sobre os helmintos, e também a capacidade de resistir a ação de anticorpos ou de macrófagos e de induzir a imunossupressão. 
Muitas espécies passam a conviver num mesmo ambiente, gerando associações ou interações que podem não interferir entre si, sendo elas harmônicas ou positivas, quando há benefício mutuo, ou, desarmônica ou negativa, quando há prejuízo para alguns dos participantes. Tais como: Competição, que ocorre quando exemplares da mesma espécie ou de espécie diferentes lutam pelo mesmo abrigo ou alimento e em geral as menos preparadas perdem. Neutralismo, quando as duas espécies ou populações não interagem ou afetam uma a outra. Canibalismo, quando um animal se alimenta de outro da mesma espécie ou família, ocorre devido a superpopulação e deficiência alimentar no criadouro. Predatismo na qual uma espécie se alimenta de outra espécie. Parasitismo ocorre quando existe unilateralidade de benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado pelo parasito, pois fornece alimento e abrigo para este. Essa associação tende para o equilíbrio, pois a morte do hospedeiro é prejudicial para o parasito. Há uma espoliação constante mas insuficiente para lesar gravemente o hospedeiro. Para existir doença parasitaria, há necessidade de alguns fatores como os inerentes ao parasito: número de exemplares, tamanho, localização, virulência, metabolismo etc. e os inerentes ao hospedeiro: idade, nutrição, nível de resposta imune, intercorrência de outras doenças, hábitos, uso de medicamentos etc. Comensalismo que é uma associação harmônica entre duas espécies, na qual uma obtém vantagens (o hóspede) sem prejuízos para o outro (o hospedeiro). Essas vantagens podem ser: proteção (habitação), transporte (meio de locomoção) e nutrição. Forésia é um tipo de comensalismo onde uma espécie fornece suporte, abrigo ou transporte a outra espécie (rêmora). Inquilinismo é outro tipo de comensalismo que uma vive no interior de outra, sem se nutrir à custa desta, mas utilizando o abrigo e parte do alimento que a outra capturou. Sinfilismo ou protocooperação ocorre quando duas espécies se associam para benefício mútuo, mas sem obrigatoriedade, não é necessária para sobrevivência de ambas. Mutualismo, é dito quando duas espécies se associam para viver, e ambas são beneficiadas. E a simbiose que é a associação entre seres vivos, na qual há unia troca de vantagens a nível tal que esses seres são incapazes de viver isoladamente. 
A ecologia parasitaria se baseia em seres heterotróficos que São os seres que utilizam das substâncias orgânicas produzidas pelos seres autotróficos (São os elementos consumidores). Decompositores que são seres heterotróficos capazes de decompor os elementos autotróficos e heterotróficos que morreram, exemplo: bactérias. Autotróficos são seres capazes de fixar energia luminosa (solar) e sintetizar alimentos a partir de elementos inorgânicos, como as plantas e algas verdes (podem ser consideradas elementos produtores). Biocenose que é a associação de vários organismos habitando o mesmo biótopo (local). 
Para que uma determinada parasitose se instale numa região e se propague, há a necessidade de existência de condições indispensáveis exigidas pela espécie parasita. Essas condições necessárias e fundamentais é que compõem o foco natural da doença, o qual é representado pelo biótopo (local) e pela biocenose (hospedeiros vertebrados, os vetores etc.). 
Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro indica que está havendo ação patogênica. Essa ausência de patogenicidade é rara e de curta duração, depende da fase evolutiva do parasito, já que há uma tendência de haver um equilíbrio entre a ação do parasito e a capacidade de resistência do hospedeiro, pois a morte do hospedeiro representa também a morte do parasito. As ações patogênicas provocadas pelo parasito pode ser a ação espoliativa é quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. Ação toxica é quando enzimas ou metabolitos podem lesar o hospedeiro. Ação mecânica ocorre quando algumas espécies impedem o fluxo de alimento, bile ou absorção de alimentos. Ação traumática é provocada principalmente por formas larvárias de helmintos que causam lesões. Ação irritativa deve se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local. Ação enzimática são lesões causadas por enzimas proteolíticas. Anoxia, qualquer parasito que consuma o2 da hemoglobina ou produza anemia é capaz de provocar uma anoxia generalizada.

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