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RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA : Processo do Cuidar

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RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA 
Prof. Ms. Vanessa Dias
Processo do Cuidar
RECUPERAÇÃO 
ANESTÉSICA
“..... Unidade destinada a proporcionar condições estruturais e
funcionais para receber o paciente submetido a um procedimento
anestésico-cirúrgico, até que recupere sua consciência e tenhaanestésico-cirúrgico, até que recupere sua consciência e tenha
seus sinais vitais estabilizados sob cuidados constantes da
enfermagem.”
SOBECC, 2013p.258
Não é considerada UTI pós – operatória
RECUPERAÇÃO 
ANESTÉSICA
ASPECTOS LEGAIS
“...§2º O médico anestesiologista que realizou o
procedimento anestésico deverá acompanhar o
transporte do paciente para unidades afins.” E ficartransporte do paciente para unidades afins.” E ficar
responsável pelo mesmo caso fique na RA até sua alta
para unidades assistenciais (UTI ou Clínica
Cirúrgica).
RESOLUÇÃO Nº 1802/2006 - CFM, 
BOAS PRÁTICAS PARA O CUIDADO DO 
PACIENTE NA RAPACIENTE NA RA
PROCESSO DO CUIDAR - RA
OBJETIVOS DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA RA
� Proporcionar cuidado até que o paciente tenha se recuperado dos efeitos anestésicos;
� Retome as funções motoras e sensoriais;
SOBECC, 2013p.268
� Retome as funções motoras e sensoriais;
� Comprovar níveis de orientação;
� Demonstrar nenhuma evidência de hemorragia, náusea ou vômitos;
� Monitorização contínua dos parâmetros vitais.
CUIDADOS
Admissão
Planejamento 
Assistência
Identificação 
do Paciente
CUIDADOS
Monitorização
Aplicação de 
Escalas
Orientação 
Paciente
ADMISSÃO DO PACIENTE E PLANEJAMENTO 
DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - SAE
PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM – SAE
ETAPAS DESCRIÇÃO
Avaliação do ABC Airway (vias aéreas: pérvias), breathing (respiração: 
incursões e MV) e circulation (circulação: Fr e ritmo).
Receb. do plantão Registro das informações (relatório pelo enfo e médico)
Avaliação inicial Semiológica (céfalo – podálica)
RELATO DEVE CONTER:
TÓPICOS DESCRIÇÃO
Informações pré-operatórias
relevantes
SSVV, Exames laboratoriais e radiológicos,
Alergias, Limitações, Uso de drogas.
Técnica anestésica Planejamento, utilização de agentes reversores.
Tipo de procedimento Classificar o grau de comprometimento
Perdas hídricas Classificar perda fisiológicas.
Complicações No intraoperatória e POI
Estado emocional Chegada no CC.
Classificação da ASA Condições físicas e hemodinâmicas do paciente.
Dispositivos Drenos, sondas, cateteres e acesso venosos.
AVALIAÇÃO INICIAL:
Deve ser imediatamente 
após avaliação do ABC. 
Abordagem céfalo-
podálica. 
4 SISTEMAS JUSTIFICATIVA/ AVALIAÇÃO
Respiratório Frequência, ritmo da respiratório, ausculta dos MV, nível de SPO2
e necessidade de aporte de Oe necessidade de aporte de O2
Cardiovascular Frequência, ritmo cardíaco, PA, T, perfusão capilar, e pulsos
periféricos – comparar com pré-operatório
Neurológico Paciente reage? Acordou da anestesia? Obedece comandos?
Está orientado? Consegue mover extremidades, levantar cabeça?
Renal Balanço hídrico (CVC, CVP, Drenos, cateteres), coloração,
quantidade e consistência dos fluídos corporais eliminados.
Sítio cirúrgico Presença de líquido perincisioal, curativo, drenos e tubos
Plano de Cuidados de 
Enfermagem - SAE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA RA
1. Verificar Sinais Vitais (T,P,R,PA,DOR) a cada 15 minutos na 1ª hora. 30 1. Verificar Sinais Vitais (T,P,R,PA,DOR) a cada 15 minutos na 1ª hora. 30 
min na 2ª hora;
2. Promover aquecimento corpóreo (normotermia);
3. Avaliação da Dor (localização, intensidade e característica);
4. Avaliar outros desconfortos (náuseas e vômitos)
ESCALA DE ALDRETE e 
KROULIK
“..... A preocupação com o paciente no período de POI, é uma constante desde 1970,
quando Aldrete e Kroulik, inspirados na Escala de Apgar para o recém-nascido,
propuseram um método de avaliação das condições fisiológicas dos pacientes submetidos
a procedimentos anestésicos”.
SOBECC, 2013p.268
ESCALA DE RAMSEY
“A avaliação das condições do paciente também se vale da Escala de Sedação de Ramsey,
que avalia o grau de sedação atingindo, com pontuação de 1 à 6, referente ao nível clínico
do indivíduo descrito na escala a seguir.”
SOBECC, 2013p.274
ESCALA DE STEWARD
“..... Crianças (0 à 12 anos) nem sempre podem ser avaliadas pela EAK, pois, na maioria
das vezes, agitam-se com excesso de manuseio. A avaliação ocorre através de 3
parâmetros ”
SOBECC, 2013p.274
ESCALA DE DOR
� Instrumentos para avaliação da DOR:
ESCALAS DESCRIÇÃO
NUMÉRICADE 0 à 10 Pacientes orientados acima de 07 anos de idade
AORN, 2014
NUMÉRICADE 0 à 10 Pacientes orientados acima de 07 anos de idade
ESCALADE FACES Crianças de 03 à 06 anos de idade
ESCALA
COMPORTAMENTAL
Pacientes não comunicativos
ESCALADE NIPS Crianças de 0 à 02 anos de idade
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 
RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS
“..... Ao elaborar um plano de cuidados para um paciente em
Recuperação Anestésica – RA, deve-se ter em mente as suas
necessidades individuais e considerar a presença de condiçõesnecessidades individuais e considerar a presença de condições
mórbidas pré – operatórias, tais como DM, HAS, Síndromes
vasculares, Isquemia coronariana ou cerebral, obesidade
mórbida, entre outras.”
SOBECC, 2013p.276
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS 
“..... American Heart Association (AHA) e o American College
of Cardiology (ACC) apontam que a HAS é considerada um fator
de baixo risco para morbimortalidade perioperatória.”
SOBECC, 2013p.277
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS
“..... Entretanto, em 2007 um estudo com 222 indivíduos na
SRA, ASA II (55%), em POI de cirurgia geral (70,2%),
submetidos à anestesia geral (95,2%) em um hospital de grande
porte de São Paulo, apresentou HAS como uma das complicações
mais incidentes no POI.”
SOBECC, 2013p.277
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS
“..... No intraoperatório, é comum a elevação da pressão
arterial, definida, nessa situação, como aumento superior a 20%
na pressão pré-operatória. Em pacientes hígidos, a elevação da
PA, é bem tolerada, porém pode apresentar sangramento
perioperatório, risco para isquemia miocárdica, ruptura de
aneurisma e de hemorragia cerebral.”
SOBECC, 2013p.277
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS
“..... O Diabetes Melito (DM) é uma síndrome multiforme,
sistêmica, crônica que surge com a deficiência parcial ou total da
insulina. A mortalidade perioperatória de pacientes portadores
de DM é variável.”
SOBECC, 2013p.278
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS
“..... Fatores que contribui para hiperglicemia no perioperatório:
resposta neuroendócrina - hormônios do stress (cortisol,
glucagon, epinefrina), medicações como corticosteroides e anti-glucagon, epinefrina), medicações como corticosteroides e anti-
inflamatórios. Com isso, leva ao aumento da concentração
plasmática de mediadores inflamatórios (interleucinas, fator de
necrose tumoral, catecolaminas e etc.).”
SOBECC, 2013p.278
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS
“..... Frente a estas condições, ocorre a inibição da liberação e
ação da insulina, aumentando desta forma, a neoglicogênese e a
glicogenólise, além de dificultar a captação periférica da glicose.
A hiperglicemia, nestas condições, aumenta a susceptibilidade às
infecções, por alterar a quimiotaxia e a fagocitose.”
SOBECC, 2013p.278
PRINCIPAIS 
PROCEDIMENTOS
COMPLICAÇÕES PÓS – OPERATÓRIAS MAIS FREQUENTES EM 
PORTADORES DE DMMETABÓLICAS ANESTÉSICA
S
CARDÍACAS RENAIS
- Hiperglicemia - Arritmia - IAM - IRA
SOBECC, 2013p.279
- Hiperglicemia
- Cetoacidose
- Como hiperosmolar
- Hipoglicemia
- Distúrbio Hidroeletrolítico
- Arritmia
- Hipotensão
- Depressão
- IAM
- EAP
- Hipervolemia- IRA
- Choques
- Sepses
GRANDES 
PROCEDIMENTOS
- Grande perda sanguínea – necessário transfusão;
- TVP e Tromboembolia pulmonar;
- Reações a anestesia – problemas no intraoperatório;
- Infecção pós – operatória;
- Lesão por pressão contínua.
SOBECC, 2013p.290
“..... A videolaparoscopia é uma técnica cirúrgica
minimamente invasiva, realizada com auxílio de uma
endocâmera no abdome. Para criar o espaço necessário às
CIRURGIAS 
VIDEOLAPAROSCÓPICAS
manobras cirúrgicas e a adequada visualização das vísceras
abdominais, a cavidade peritoneal é insuflada com gás carbônico
(CO2), formando um pneumoperitônio.”
SOBECC, 2013p.281
“..... Os instrumentos cirúrgicos e a endocâmera penetram na
cavidade através de trocateres, por onde o cirurgião realiza a
técnica cirúrgica sob visualização em tempo real da imagem natécnica cirúrgica sob visualização em tempo real da imagem na
tela de vídeo. Apresenta excelente recuperação no pós -
operatório.”
SOBECC, 2013p.281
� COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS:
- Aspiração de conteúdo gástrico;
- Arritmia cardíaca;
- Enfisema subcutâneo;
CIRURGIAS 
VIDEOLAPAROSCÓPICAS
- Enfisema subcutâneo;
- Alterações respiratórias;
- Pneumomediastino, pneumotórax, pneumopericárdio;
- Distensão Abdominal;
- Náuseas e vômitos;
- Dor pós-operatória.
SOBECC, 2013p.281
� COMPLICAÇÕES DE PAREDE ABDOMINAL:
- Hemorragia local;
- Lesão visceral (oca ou maciça)
VIDEOLAPAROSCÓPICAS
CIRURGIAS 
VIDEOLAPAROSCÓPICAS
- Lesão vascular.
Obs: Normalmente relacionadas à habilidade da equipe cirúrgica.
SOBECC, 2013p.284
� COMPLICAÇÕES EXTRA - ABDOMINAIS:
- Infecção respiratória;
- Trombose venosa profunda (TVP);
CIRURGIAS 
VIDEOLAPAROSCÓPICAS
- Trombose venosa profunda (TVP);
- Lesão por mal posicionamento do paciente.
SOBECC, 2013p.284
ENFERMEIRO DA RA
“.... As intercorrências desta unidade é de inteira
responsabilidade do enfermeiro. Então é importante que o mesmo
seja atento e evidencie com antecedência possíveis distúrbiosseja atento e evidencie com antecedência possíveis distúrbios
sensoriais e hemodinâmicos que os pacientes possam apresentar
em virtude da intervenção anestésica-cirúrgica a qual foi
submetida”
SOBECC, 2013
OBRIGADO!!!OBRIGADO!!!

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