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@DeltaCaveira10 MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL Método e Expoente Conceito Macete Método Jurídico ou Hermenêutico Clássico (Ernst Forsthoff) Proposto por Ernst Forsthoff, este método considera que a Constituição é uma lei como qualquer outra, devendo ser interpretada usando as regras da Hermenêutica tradicional, ou seja, os elementos literal (textual), lógico (sistemático), histórico, teleológico e genético. - Elemento literal, busca analisar o texto da norma em sua literalidade; - Elemento lógico, busca avaliar a relação de cada norma com o restante da Constituição; - Elemento histórico, avalia o momento de elaboração da norma (ideologia então vigente); - Elemento teleológico, busca a sua finalidade; e - Elemento genético, investiga a origem dos conceitos empregados na Constituição. Regras de hermenêutica tradicional: Gramatical; Histórico; Teleológico; Sistemático; Genético. Método Tópico- problemático ou da Tópida (Theodor Viehweg) Criado por Theodor Viehweg, neste método, há prevalência do problema sobre a norma, ou seja, busca-se solucionar determinado problema por meio da interpretação de norma constitucional. Este método parte das premissas seguintes: a interpretação constitucional tem caráter prático, pois busca resolver problemas concretos e a norma constitucional é aberta, de significado indeterminado (por isso, deve-se dar preferência à discussão do problema). Prevalência do problema sobre a norma. Método Hermenêutico- concretizador (Konrad Hesse) Idealizado por Konrad Hesse, segundo o qual a leitura da Constituição inicia-se pela pré-compreensão do seu sentido pelo intérprete, a quem cabe aplicar a norma para a resolução de uma situação concreta. Valoriza a atividade interpretativa e as circunstâncias nas quais esta se desenvolve, promovendo uma relação entre texto e contexto, transformando a interpretação em “movimento de ir e vir” (círculo hermenêutico). Prevalência da norma sobre o problema. Método Integrativo, Interpretativo Evolutivo ou Científico-espiritual (Rudolf Smend) Preconizado por Rudolf Smend, a interpretação da Constituição deve considerar a ordem ou o sistema de valores subjacentes ao texto constitucional. A Constituição deve ser interpretada como um todo, dentro da realidade do Estado. Considera-se o “espírito da constituição”, o sistema de valores subjacente ao texto constitucional. Método Normativo- estruturante ou Concretista (Friedrich Müller) Tem por expoente Friedrich Müller, este método considera que a norma jurídica é diferente do texto normativo: aquela é mais ampla que este, pois resulta não só da atividade legislativa, mas igualmente da jurisdicional e da administrativa. Assim, para se interpretar a norma, deve-se utilizar tanto seu texto quanto a verificação de como se dá sua aplicação à realidade social (contexto). A norma seria o resultado da interpretação do texto aliado ao contexto. Texto da norma x Norma jurídica. A norma jurídica deve ser interpretada de acordo com o contexto. Método Comparativo ou da Comparação Constitucional (Peter Häberle) Tem como pai Peter Häberle , a interpretação dos institutos se implementa mediante comparação nos vários ordenamentos. Estabelece-se, assim, uma comunicação entre as várias Constituições. Partindo dos 4 métodos ou elementos desenvolvidos por Savigny (gramatical, lógico, histórico e sistemático), Peter Haberle sustenta a canonização da comparação constitucional como um quinto método de interpretação. Comparação entre Constituições.
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