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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA SOBRE HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL.

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA SOBRE HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL.
A hermenêutica no campo jurídico é empregada para dizer o meio e o modo por que se devem interpretar as leis, para que se obtenham o exato sentido ou fiel pensamento do legislador. Dessa forma, ela está encarregada de elucidar a respeito da compreensão exata da regra jurídica a ser aplicada aos fatos concretos, ou seja, é responsável pelo estudo e sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito. A hermenêutica tradicional ou clássica é a mais antiga que existe e os seus principais métodos de interpretação são: interpretação gramatical, histórica, sistemática, teleológica. 
1) Interpretação Gramatical, literal ou semântica busca o sentido literal do texto normativo. Sendo considerada, por Carlos Maximiliano, como uma das interpretações mais pobres existente pois, o contexto é desprezado e é verificado apenas o sentido dos vocábulos do texto um exemplo, é o artigo 101 da Constituição Federal de 1988; 
2) Interpretação Histórica se apega a elementos exteriores às normas jurídicas, levando em consideração fatores sociais, econômicos e políticos no momento em que tal lei foi criada. E existe dois tipos de interpretação histórica, a objetiva que procura analisar qual a finalidade da lei quando foi criada e a subjetiva que busca entender a intenção do legislador quando criou tal lei;
3) Interpretação Sistemática é aquela que procura interpretar a constituição de forma coletiva em que haja um consenso entre as diversas normas jurídicas do nosso ordenamento; 
4) Interpretação Teleológica é aquela que busca interpretar e extrair a finalidade da norma a qual ela se destina atualmente;
A questão da hermenêutica tradicional é que o sujeito antes de analisar qualquer problemática tem as suas concepções. Portanto, o ponto de partida passa a não ser o texto, mas sim as suas raízes pessoais e o grande problema é justamente não conseguir separar as concepções pessoais das necessárias, não usando as técnicas de uma forma neutra. E a partir disso, surge a nova hermenêutica que cria um tipo de padrão a ser seguido rompendo com a hermenêutica tradicional para dar maior legitimidade ao produto daquilo que é interpretado. E os seus principais métodos são: problemático, concretizador, cientifico-espiritual e normativo-estruturante. 
· Método Tópico Problemático Theodor Viewheg: diz respeito ao problema analisado como ponto de partida para encontrar a norma e pressupõem três características. As normas constitucionais são um conjunto abstrato e aberto de regras e princípios e por isso possibilita diversas interpretações e quanto maior o número de interpretações, maior o número de respostas possíveis a determinado problema; As normas constitucionais também são muito abrangentes, mas ao mesmo tempo não são suficientes para resolver todos os problemas da sociedade, já que a função é apenas organizar os estados, separar os poderes e defender os direitos e garantias fundamentais ; E através da razão e da articulação argumentativa, o intérprete deve buscar a interpretação mais adequada ao problema analisado, conferindo uma solução justa ao caso concreto; 
· Método Hermenêutico Concretizador Konread Hesse: segundo ele, a leitura da Constituição inicia-se pela pré-compreensão do seu sentido pelo intérprete, a quem cabe aplicar a norma para a resolução de uma situação concreta. Valoriza a atividade interpretativa e as circunstâncias nas quais se desenvolve, promovendo uma relação entre texto e contexto, transformando a interpretação em “movimento de ir e vir” (círculo hermenêutico);
· Método Científico Espiritual de Rudolf Smed: baseia-se na ideia de que a Constituição é um sistema cultural e de valores de um povo. Contudo, esses valores estão sujeitos a flutuações, tornando a interpretação constitucional aberta e flexível, em virtude do dinamismo da sociedade e do próprio Direito;
· Método Normativo Estruturante de Friedrich Muller: o preceito fundamental desse método é de que a norma não se confunde com o seu texto, no sentido de haver clara distinção entre o programa normativo que diz respeito ao conteúdo programático daquela norma, ou seja, as pretensões jurídicas as quais aquela norma persegue e o domínio normativo que refere-se a abrangência jurídica daquela norma, ou seja, até onde perpassa o seu campo de incidência;

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