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CONTRATOS EM ESPÉCIE COMPRA E VENDA • EFEITOS • VENDAS ESPECIAIS EFEITOS DA COMPRA E VENDA GERA OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS: ü PARA O VENDEDOR = TRANSFERIR DOMÍNIO (TRADIÇÃO); ü PARA O COMPRADOR = PAGAR PREÇO. ACARRETA RESPONSABILIDADE PELOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS E EVICÇÃO. TRADIÇÃO: REAL, FICTA OU SIMBÓLICA. EFEITOS SECUNDÁRIOS OU SUBSIDIÁRIOS RESPONSABILIDADE PELOS RISCOS: ü “RES PERIT DOMINO” – PERECIMENTO DA COISA – RISCO DO VENDEDOR; ü P E R D A D O P R E Ç O – R I S C O D O COMPRADOR. CASOS FORTUITOS NO ATO DE CONTAR, MARCAR OU ASSINALAR (ART. 492, §10, CC/ 2002) LOCAL DE ENTREGA = LOCAL DA VENDA (ART. 493, CC/2002). EXPEDIÇÃO PARA LOCAL DIVERSO = RISCO AO COMPRADOR (ART. 494, CC/2002). MORA DO RECEBEDOR: R ISCO AO COMPRADOR (ART. 492, §20, CC/2002). REPARTIÇÃO DAS DESPESAS DECORRENTES DA TRADIÇÃO = A CARGO DO VENDEDOR (EX.: TRANSPORTE); ESCRITURA E REGISTRO = A CARGO DO COMPRADOR. PODE SER CONVENCIONADO QUE INCUMBE AO ADQUIRENTE RETIRAR A COISA NO ENDEREÇO DO VENDEDOR, FORNECER EMBALAGEM MAIS SEGURA OU VEÍCULO ADEQUADO PARA O SEU TRANSPORTE. A NORMA GERAL INCIDIRÁ NA FALTA DE CLÁUSULA EXPRESSA. RETENÇÃO DA COISA OU PREÇO COMPRA E VENDA À VISTA: CABE AO COMPRADOR O PRIMEIRO PASSO = PAGAR O PREÇO (ART. 491, CC/2002). VENDEDOR SEM CONDIÇÕES DE ENTREGAR A COISA: DEVE O COMPRADOR CONSIGNAR PREÇO. VENDA A CRÉDITO = PODE O VENDEDOR SOBRESTAR A ENTREGA: ü INSOLVÊNCIA ANTES DA TRADIÇÃO = ART. 495, CC/2002; ü DIMUNUIÇÃO DE PATRIMÔNIO = ART. 477 DO CC/2002. VENDAS ESPECIAIS VENDA MEDIANTE AMOSTRA: VENDEDOR GARANTE QUALIDADES DA COISA (ART. 484, CC/2002); VENDA “AD CORPUS” E VENDA “AD MENSURAM”: APLICÁVEIS SOMENTE À COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS – ART. 500, CC/2002. VENDA AD MENSURAM: ü PREÇO ESTIPULADO COM BASE NAS DIMENSÕES DO IMÓVEL; ü OCORRE QUANDO HÁ PREÇO ESTIPULADO POR UNIDADE DIMENSIONAL – HECTARE, METRO QUADRADO, ALQUEIRE; ü V E R I F I C A D A D I F E R E N Ç A S O B R E A DIMENSÃO DADA, COMPRADOR TEM DIREITO A EXIGIR COMPLEMENTAÇÃO. SENDO POSSÍVEL A COMPLEMENTAÇÃO = AÇÃO EX EMPTO OU EX VENDITO; IMPOSSÍVEL A COMPLEMENTAÇÃO = AÇÃO REDIBITÓRIA OU AÇÃO ESTIMATÓRIA (QUANTI MINORIS). PRAZO DECADENCIAL: 1 ANO A CONTAR DO REGISTRO DO TÍTULO. AÇÕES NÃO SE CONFUNDEM COM AS EDILÍCIAS (DEFEITOS OCULTOS). EXCESSO DE ÁREA (ART. 500, §20, CC/2002) - IGNORADA A MEDIDA EXATA, PODERÁ O COMPRADOR: ü COMPLETAR VALOR CORRESPONDENTE; ü DEVOLVER O EXCESSO. PRESUNÇÃO = ALIENTANTE CONHECE A COISA QUE LHE PERTENCE; PRAZO DECADENCIAL = 1 ANO A PARTIR DO REGISTRO DO TÍTULO. VENDA AD CORPUS (ART. 500, §§ 10 E 30, CC/ 2002): ü IMÓVEL É ADQUIRIDO COM UM TODO – CORPO CERTO E DETERMINADO; ü P R E S U N Ç Ã O D E A Q U E C O M P R A D O R ADQUIRIU O CONJUNTO, E NÃO ÁREA; ü PRESUNÇÃO DE REFERÊNCIA MERAMENTE ENUNCIATIVA DAS DIMENSÕES; ü NÃO HÁ DIREITO DE EXIGIR COMPLEMENTO DE ÁREA. QUESTÕES PARA ESTUDO COMPLEMENTAR: 1. (DEL/POL/RJ/XI Concurso/Acadepol/RJ/2009) Quanto ao contrato de compra e venda, é INCORRETO afirmar que: a) a compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. b) ineficaz é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço. c) até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor e os do preço por conta do comprador. d) é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. e) é lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão. 2. (TRF/3a Região/SP/MS/Juiz Federal/XIV/2008) Assinale a alternativa CORRETA: a) Num contrato de compra e venda de produtos industriais a fixação do preço pode recair para uma das partes, desde que assim expressamente avençado entre elas. b) Num contrato de compra e venda de produtos industriais a fixação do preço pode recair para uma das partes, desde que assim expressamente avençado entre elas, exceto nos contratos de consumo. c) É anulável a venda de ascendentes a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. d) É nula a venda de ascendente, exceto se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido, independentemente da prova da ocorrência do prejuízo. 3. TJSP/Juiz de Direito/178o Concurso/VUNESP/2006) Indique a asserção ENGANOSA: a) Se, na venda ad mensuram de um imóvel, se verificar que há excesso superior a um vigésimo do total da área enunciada e se o vendedor comprovar que tinha motivos para ignorar a medida exata da área vendida, pode o comprador completar o valor correspondente ou simplesmente devolver o excesso. b) No caso de separação de bens convencional, é lícita a compra e venda, entre cônjuges, de bens excluídos da comunhão. c) É nula a venda de ascendente a descendente quando nem os outros descendentes nem o cônjuge do alienante deram expresso consentimento. d) É nulo o contrato de compra e venda em que se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço. 4. (MP/PB/Promotor de Justiça/2005) Sobre o contrato de compra e venda é CORRETO afirmar: a) a compra e venda feita de ascendente para descendente, sem o consentimento dos demais herdeiros, representa negócio jurídico anulável e não nulo; b) não sendo a venda a crédito, o vendedor é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço; c) é ilícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão; d) é lícito às partes fixar o preço em função de índices, desde que suscetíveis de subjet iva determinação; e) em regra nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma autoriza a rejeição de todas. 5. (PGE/SP/Procurador do Estado/VUNESP/2005) Em relação ao contrato de compra e venda, é CORRETA a declaração de que há transferência de propriedade da coisa vendida: a) com a simples tradição, quando se tratar de bem móvel, por ser um contrato de natureza real. b) com a simples tradição, quando se tratar de bem móvel, por ser o contrato de natureza obrigacional. c) com a estipulação das condições do pagamento do preço e da entrega do objeto no contrato de compra e venda. d) com a realização de escritura pública em se tratando de bem imóvel. e) com a estipulação do objeto e do pagamento do preço no caso de compra e venda pura. 6. (TRF/2a Região/Analista Judiciário/Fundação Carlos Chagas/2007) A respeito do contrato de compra e venda, é CORRETO afirmar: a) Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, prevalece sobre estes a matéria pela qual se descrever a coisa no contrato. b) Em decorrência da liberdade de contratar assegurada pelo Código Civil Brasileiro, a fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio exclusivo de uma das partes. c) Convencionada a venda sem fixação de preço ou critérios para sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor. d) Não é lícita a compra e venda entre cônjuges com relação a bens excluídos da comunhão, por implicarem em alteração do regime estabelecido por ocasião da celebração do matrimônio. e) Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma autoriza a rejeição de todas. 7. ARCE/Procurador Autárquico/Fundação Carlos Chagas/2006) A compra e venda é classificada comocontrato a) real, considerando-se obrigatória e perfeita com o pagamento integral do preço. b) real, considerando-se obrigatória e perfeita com a tradição do objeto, se for coisa móvel. c) consensual, considerando-se obrigatória e perfeita desde o registro do título no Serviço de Registro de Imóveis, se o objeto foi coisa imóvel. d) consensual, se o objeto for coisa móvel e real, se for coisa imóvel. e) consensual, considerando-se obrigatória e perfeita, desde que as partes acordem no objeto e no preço. 8. (PGE/RR/Procurador do Estado/Fundação Carlos Chagas/2006) No contrato de compra e venda a) a propriedade da coisa vendida, salvo disposição em contrário, se transfere no momento do contrato, por isto se considera direito real. b) um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. c) é válido deixar-se ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço, se assim o contrato dispuser expressamente. d) desde a celebração do contrato, os riscos da coisa correm por conta do comprador, independentemente da tradição, e os do preço por conta do vendedor. e) há necess idade de anuência dos outros descendentes se o vendedor for ascendente do comprador, sob pena de nulidade absoluta. 9. TRT/13a Região/Campinas/SP/Juiz do Trabalho/2005) No tocante ao contrato de compra e venda é INCORRETO dizer: a) O objeto da compra e venda, no caso de coisa futura, se esta não vier a ter existência, sempre sera� considerado sem efeito. b) Nos casos de a venda se realizar à vista de amostras, protótipo ou modelo, farão estes parte integrante do próprio contrato. c) No caso da venda de coisa comum, havendo condôminos interessados, preferir-se- á o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. d) Na cláusula de retrovenda, o prazo decadencial de três anos é improrrogável, tendo que o vendedor exercê-lo neste período, sob pena de tornar a venda irretratável. e) A venda a contento é uma cláusula que subordina o contrato à condição de ficar desfeito se o comprador não se agradar da coisa, sendo esta de natureza suspensiva. 10. OAB/Exame de Ordem Unificado 2010.3/Fundação Getulio Vargas/2011) Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com Pedro, pagando um sinal de R$ 10.000,00. No dia da entrega do veículo, a garagem de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido carro. A respeito da situação narrada, assinale a alternativa CORRETA. a) Haverá reso lução do cont rato pela fa l ta superveniente do objeto, sendo restituído o valor já pago por Maria. c) Maria poderá exigir a entrega de outro carro. d) Pedro poderá entregar outro veículo no lugar do automóvel furtado.
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