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Na Resolução do Caso N1, foi pedido para que se identificasse quais são as espécies de contratos aplicáveis ao caso, no qual Julia e Claudia, ambas empresárias, resolvem firmar uma sociedade com o intuito de montarem uma loja de roupas no centro da cidade. Dessa forma, o caso narra todos os tipos de contratos que serão firmados, e logo de início ao se juntarem as sócias Julia e Claudia irão firmar um contrato social, que será confeccionado pelo advogado, formalizando a Sociedade Simples Limitada, onde será registrado na Junta Comercial da Cidade e terá todas as obrigações, objetivos e participações discriminadas em seu contrato, bem como a participação da cota pecuniária de ambas as sócias. Em seguida ao decidirem comprar o imóvel onde será a sede da loja, será necessário um contrato de Promessa de compra e venda, onde através de um corretor, sendo realizado com este um contrato de corretagem, pois ficará responsável por toda a intermediação da negociação entre o vendedor e as compradoras, sendo assim, remunerado em razão dessa atitude, conforme dito por Gomes (2019, p. 266): A compra e venda é contrato bilateral, simplesmente consensual, oneroso, comutativo, ou aleatório, de execução instantânea, ou diferida. Sua bilateralidade não comporta dúvida. Do acordo de vontades nascem obrigações recíprocas: para o vendedor, fundamentalmente, obrigação de entregar a coisa com o ânimo de transferir-lhe a propriedade; para o comprador, a de pagar o preço. A dependência recíproca dessas obrigações, e de outras estipuladas em complementação, configura o sinalagma característico dos contratos bilaterais perfeitos. Neste ensejo no contrato de Promessa de compra e venda será necessário realizar um empréstimo, dessa forma será necessário realizar um contrato de empréstimo mútuo, já que se trata de coisa fungível, no caso, dinheiro. Logo após as sócias resolvem contratar um empreiteiro que tocará a obra de reforma do imóvel, sendo firmado com este um contrato de empreitada, este será sujeito à execução da obra, mediante remuneração a ser paga pelas sócias, de acordo com as instruções recebidas e sem relação de subordinação. Após a obra as sócias decidam realizar um evento de inauguração, que será necessário o aluguel de alguns objetos além de realizarem showroom com manequins emprestados de uma amiga em comum, sendo necessário, portanto, realizarem em ambos os casos contrato de Locação de Coisas onde nos dois casos as partes se obrigarão a ceder às sócias, por tempo determinado, o uso e proveito de bens móveis, mediante certa retribuição, que será de forma pecuniária, conforme preceitua Rizzardo (2018, p. 464): O art. 565 do Código Civil, repetindo o art. 1.188 do Código anterior, conceitua a locação de coisas como o contrato pelo qual '"uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição". A maioria dos Códigos, como o da Alemanha, art. 535; o da França, no art. 1.709; o da Itália, art. 1.571, encerra os mesmos elementos. Dos termos do dispositivo depreende-se que tanto as coisas móveis, como os imóveis, podem ser objeto do contrato. Dentre as primeiras, citam-se: os automóveis, telefones, mobiliário, bicicletas, aeronaves, vagões, barcos, computadores, cofres, teletipos, adornos, frigoríficos, instalações comerciais, filmes cinematográficos, computadores, aparelhos de fax, livros etc. Em ato contínuo, para a realização de tal evento as sócias decidem contratar serviços de segurança, contabilidade e gerência, sendo, portanto, necessário firmar um contrato de prestação de serviços com as terceirizadas, onde conterá as cláusulas referentes a direitos e deveres dos contratados e das contratantes, onde quem deve gerenciar o terceirizado é a empresa prestadora de serviços. Assim sendo, não existe nenhum vínculo entre o empregado terceirizado e as sócias já que o contrato é feito com base no serviço entre a contratante e a prestadora de serviços. Por fim, como Julia não estará sempre presente na loja, ela firmará um contrato de mandato onde através dessa procuração irá nomear outrem para realizar negócios administrativos e/ou jurídicos caso precise, em sua ausência, finalizando assim com um contrato de seguro, com um intuito de proteger patrimonialmente as sócias dos riscos inerentes das atividades e das relações. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS - GOMES, O. Contratos. São Paulo: Gen, Forense, 2019. - RIZZARDO, A. Contratos. Rio de Janeiro: Gen; Forense, 2018.
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