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FÓRUM TEMÁTICO AVALIATIVO - CONTRATOS -1

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FOLHA DE RESPOSTAS
	
COORDENAÇÃO:
	CURSO: DIREITO
	DISCIPLINA: Direito Contratual
	
	
FÓRUM TEMÁTICO AVALIATIVO
		Orientações: 
- As postagens devem ser autorais, podendo utilizar citações de acordo com a norma da ABNT.
- Em caso de plágio o comentário não será considerado para nota.
- Respostas como concordo/discordo sem embasamento não serão consideradas para nota.
- Para garantir a pontuação integral, SÃO OBRIGATÓRIAS duas ou três participações pelo aluno em dias diferentes.
- No caso de postagens agressivas ou desrespeitosas com os demais participantes, o aluno será advertido e a postagem apagada.
PRAZO FINAL PARA ENTREGA: 20/09/2021
“Conhecer o conceito histórico de contrato é fundamental para entendê-lo contemporaneamente. As mudanças pela qual passou reflete de grande maneira no que é hoje. Indaga-se se o conceito jurídico de contrato que temos reflete as diretrizes do Estado Democrático de Direito.”
O trecho acima foi retirado do resumo do artigo “A evolução histórica do conceito de contrato: em busca de um modelo democrático de contrato”, de autoria de ALMEIDA, Juliana Evangelista de., disponível no site: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/a-evolucao-historica-do-conceito-de-contrato-em-busca-de-um-modelo-democratico-de-contrato/ (Links para um site externo.), acessado em 19 de agosto de 2021.
Levando em consideração a problemática apresentada no trecho citado acima, ou seja,  "o conceito jurídico de contrato que temos reflete as diretrizes do Estado Democrático de Direito?" Dê a sua opinião  utilizando como base de fundamentação o citado artigo, o princípio da dignidade da pessoa humana e a função social dos contratos.
Referência
“A evolução histórica do conceito de contrato: em busca de um modelo democrático de contrato”, de autoria de ALMEIDA, Juliana Evangelista de., disponível no site: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/a-evolucao-historica-do-conceito-de-contrato-em-busca-de-um-modelo-democratico-de-contrato/ (Links para um site externo.), acessado em 19 de agosto de 2021.
com a justiça contratual, a função social dos contratos e a boa-fé objetiva, todos como limites para a autonomia da vontade.
A respeito da evolução dos contratos, a renomada jurista Cláudia Lima Marques em sua obra “Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações contratuais”, cuja primeira edição data de 1992, afirma:
“A concepção de contrato, a ideia de relação contratual, sofreu, porém, nos últimos tempos uma evolução sensível, em face da criação de um novo tipo de sociedade, sociedade industrializada, de consumo, massificada, sociedade de informação e, em face, também, da evolução natural do pensamento teórico-jurídico.”
Fundamentado nesta concepção contemporânea dos contratos, ajustadas à sociedade moderna, desigual, que possui em suas camadas diversas demandas sociais que priorizam a redução desta desigualdade, é mister que o Poder Estatal, visando o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana e a função social dos contratos, se atente, impondo alguns limites a autonomia da vontade, com o fim de assegurar que o contrato cumpra sua nova função social. 
Assim como, para Roppo, o papel da lei como limitadora legitimaria a autonomia da vontade, pois a lei protegeria os interesses sociais, valorizando a confiança depositada no vínculo, as expectativas e a boa-fé das partes contratantes. Neste caso, o contrato seria um instrumento limitado, porém eficaz no que compete ao alcance de sua função social. 
Por outro lado, há quem diga que tais medidas limitadoras da autonomia da vontade retiram das pessoas o direito de firmar livremente acordos voluntários, e que o papel do Estado seria somente assegurar o fiel cumprimento dos acordos firmados. Para eles esta seria uma forma de privar o cidadão de ter escolhas individuais, livremente manifestadas em forma contratual, sendo assim, consideram que este pensamento totalmente intervencionista vai contra os princípios de liberdade individual, bases do Estado Democrático de Direito.
Desta forma, é possível afirmar que os contratos, para refletirem as diretrizes do Estado Democrático de Direito, precisam observar os interesses sociais ao mesmo tempo em que preservam as liberdades individuais, garantindo através da lei formas de enquadrar a autonomia da vontade das partes às demandas sociais, de modo que, as relações contratuais jamais deixem de observar o princípio da dignidade humana e a função social dos contratos, tornando tais relações mais justas, livres e democráticas. 
REFERÊNCIAS: 
ROPPO, Enzo. O contrato. Tradução de Ana Coimbra e M. Januário C. Gomes. Coimbra: Almedina, 1988.
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações contratuais. 4ª edição. São Paulo: RT, 2002.
“Contratos sob a visão do Estado Liberal. Acerca dos princípios liberais (ou clássicos) dos contratos.” Publicado por Queiroz Toledo Advocacia e Consultoria Jurídica. Disponível em: https://hericsontoledo.jusbrasil.com.br/artigos/576700189/contratos-sob-a-visao-do-estado-liberal (Link para um site externo), acessado em 14 de setembro de 2021

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