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Faculdade Leonardo Da Vinci - FAVINCI Engenharia Civil RELATÓRIO DE ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE ÍNDICES FÍSICOS DO SOLO Timbó 2017 2 RELATÓRIO DE ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE ÍNDICES FÍSICOS DO SOLO Anderson Guber Eloisa Cristina Bertram Gabriel Hammes Vanusa Cristina Soster Professor: Leandro Mazzuco de Aguida Fundamentos de Mecânica dos Solos Timbó 2017 3 RESUMO O trabalho consiste no desenvolvimento de estudos físicos para determinar o estado em que se encontra determinado solo, num dado momento, verificando os índices físicos através de ensaios práticos. Tais índices determinados através de ensaio de Granulometria, Saturação do Solo e Teste de Compactação, que juntos revelam informações necessárias para caracterização do solo coletado. Palavras-chave: Solo. Granulometria. Índices. 4 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Ensaio de Granulometria com Brita 0 ................................................................pág. 9 Tabela 2 - Ensaio de Granulometria com Areia Natural ......................................................pág.10 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................6 2 OBJETIVO ..............................................................................................................................6 3 METODOLOGIA ....................................................................................................................7 4 RESULTADOS .....................................................................................................................13 5 CONSIDERÇÕES FINAIS .................................................................................................. 14 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 15 6 1 INTRODUÇÃO Os solos são materiais que resultam do intemperismo das rochas por designação mecânica ou decomposição química e sua formação depende do tipo de rocha. Podemos compreender o solo como um conjunto de partículas sólidas que deixam espaços vazios entre si, sendo que estes espaços podem ser preenchidos com água ou gases, ou com ambos. O solo é instituído por três fases: fase líquida, fase gasosa, conhecida como fase fluida e fase sólida. Sendo que o comportamento de um solo depende das quantidades relativas de cada uma das fases constituintes. Esta sujeito a diversos estados, sendo afetado por fatores naturais como chuvas e insolação ou antrópicos como compactação mecânica, cortes e aterros. Após tais processos de transformação, pode-se analisar através de análises, qual a situação em que o solo se encontra em determinado local. Com o grande aumento na necessidade de construções, também aumentaram-se as especificações e preocupações quanto à durabilidade e eficácia de cada obra. O solo na grande maioria das construções é responsável por absorver toda a carga estrutural, e por isso, o mesmo deve estar em conformidade de acordo com a necessidade da obra, e devidamente analisado para garantir que não ocorram patologias, ou ainda, futuros recalques indesejáveis. 2 OBJETIVO O trabalho consiste no estudo de um solo coletado em área de aterro e de característica argilosa. Onde foi submetido ao ensaio de Saturação para determinação do Índice de Vazios e Compactação, para determinação da Resistência. Além destes ensaios, o material passou pelo processo de secagem (em forno), onde foi possível a definir o Teor de Umidade do Solo. Com a finalidade de promover o conhecimento prático, realizou-se ainda o Ensaio de Granulometria, porém utilizando outros materiais (Areia e Brita), disponibilizados pela empresa Postes Indaial, que nos possibilitou presenciar e acompanhar o ensaio. 7 3 METODOLOGIA 3.1 ENSAIO DE GRANULOMETRIA Este ensaio tem como finalidade a determinação da distribuição granulométrica de determinado material (solo, areia, brita), ou seja, a percentagem em peso, que cada faixa de tamanho representa sobre a massa total analisada. Como os materiais analisados foram Areia Natural e Brita Tipo 0, apenas com o processo de peneiramento foi possível a determinação da curva granulométrica, que define a graduação do material (bem graduado ou mal graduado). Caso o material analisado se tratasse de um solo mais fino, seria necessário além do peneiramento, o processo de sedimentação, que então caracterizaria um ensaio de Granulometria Conjunta. Para realização do ensaio foram utilizadas peneiras com abertura de 0,15 mm à 32,00 mm e uma balança. Lembrando que o solo passou pelo processo de secagem natural e de homogeneização, para então ser pesado e adicionado ao conjunto peneiras, que passaram pelo processo de vibração mecânica. Após estes procedimentos, as peneiras com o material passaram a ser pesadas para que os valores obtidos fossem anotados e utilizados na construção da Curva Granulométrica. Ainda com os pesos retidos em cada peneira, foram calculados os valores de Porcentagens Retidas, sendo Normal, Média e Acumulada. Com isso, através do registro dos dados encontrados, as informações foram repassadas através de tabelas, para o ensaio realizado com Brita 0 (Tabela 01) e ensaio realizado com Areia Natura (Tabela 02). Para definição da graduação dos materiais, deve-se levar em consideração o comportamento registrado nos gráficos, onde para Areia Natural (Gráfico 02) apresentou determinado comportamento, e para a Brita 0 (Gráfico 01), outro comportamento. Lembrando que um material bem graduado possui Coeficiente de Uniformidade (Cu) entre 4 a 6, e mal graduado inferior à 1. 8 Tabela 01: Ensaio de Granulometria com Brita 0 Fonte: Postes Indaial 9 Tabela 02: Ensaio de Granulometria com Areia Natural Fonte: Postes Indaial 10 Gráfico 01: Curva Granulométrica com Brita 0 Fonte: Postes Indaial Gráfico 02: Curva Granulométrica com Areia Natural Fonte: Postes Indaial 11 Utilizou-se então a fórmula a seguir para classificação granulométrica do solo: Cu = D60 D10 Onde: Cu: Coeficiente de Uniformidade; D10 e D60: Diâmetros Correspondentes a 10% e 60% respectivamente, em peso total das partículas menores a eles. Com a aplicação deste parâmetro e utilizando as informações obtidas através dos ensaios, observamos que: Amostra de Areia Natural: Cu = 0,6 0,15 Cu = 4 Amostra de Brita 0: Cu = 12 9,5 Cu = 1,2 Obtendo estes resultados, observamos que a amostra de Areia Natural pertence a um material bem graduado. Já para amostra de Brita 0, identificamos um material uniforme, onde as partículas possuem dimensões semelhantes. 3.2 ÍNDICES FÍSICOS Primeiramente coletou-se uma amostra de solo na cidade de Gaspar/SC, onde visualmente foi possível identificar, que se tratava de um material originado por processo de aterro (solo argiloso). 12 Após a coleta do solo, houve a necessidade de pesar o mesmo para que apóso processo de secagem (realizado em forno), fosse possível determinar o teor de umidade, que é calculado através da diferença entre o peso da amostra ainda úmida, com o peso da amostra seca. Para determinação dos índices físicos, foram confeccionadas 4 colunas de solo com 30 cm de altura e 5 cm de diâmetro, e com uma das extremidades fechada e outra aberta para adição do líquido utilizado para saturar o solo. Com o solo seco e homogêneo, as colunas foram preenchidas igualmente, de modo que em apenas 1, adicionamos água até atingir a saturação. As outras colunas foram utilizadas para demais ensaios realizados em laboratório. 3.3 ENSAIO DAS COLUNAS DE SOLO Figura 01: Solo coletado Figura 02: Preenchimento das colunas Fonte: Os autores Fonte: Os autores 13 4 RESULTADOS A partir dos ensaios realizados, foram definidos os resultados a seguir: Solo úmido: 4 kg Solo seco: 3,2 kg Teor de umidade in loco: 25% Quantidade de água adicionada a coluna até o nível de saturação: 255ml Índice de Vazios: 0,76 Porosidade: 43,29% Figura 03: Leve compactação Fonte: Os autores Fonte: Os autores Figura 04: Saturação com água 14 4.1 MEMORIAL DE CÁLCULO 𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑤) = 𝑀𝑎𝑀𝑠 𝑀𝑎 = 𝑀𝑤 −𝑀𝑠 = 4𝑘𝑔 − 3,2𝑘𝑔 = 𝟎, 𝟖𝒌𝒈 𝑤 = <,= >?@,A >? = 0,25 = 25% 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 = 255𝑚𝑙 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟓𝟓𝒎𝟑 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 = 0,3 . 𝜋 . 0,025A = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟓𝟖𝟗 𝒎𝟑 Altura coluna: 0,3m Raio da coluna: 0,025m Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑉𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 (𝑒) = 𝑉𝑣𝑉𝑠 𝑒 = 0,000255 𝑚@0,000334 𝑚@ = 𝟎, 𝟕𝟔 𝑃𝑜𝑟𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛 = 𝑉𝑣𝑉 𝑛 = 0,000255 𝑚@0,000589 𝑚@ = 0,4329 = 𝟒𝟑, 𝟐𝟗% 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O solo coletado apresenta características de aterro e índices físicos bem característicos da região, possuindo bastante capacidade de absorção de líquidos e podendo ser muito comprimido, reduzindo seu volume até cerca de quarente e três por cento de seu volume original, aumentando consequentemente sua resistência após compactado. 15 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CURSOS SOLOS E AGROECOLOGIA. Ensaio Colunas de Solos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LetYecNlk-Y>. Acesso em: 19 nov.2017. FERREIRA, Mozart Martins. Física do Solo. 1 ed. São Paulo: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2010. SHIMIZU, Sergio Hideiti. Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo. 1 ed. São Paulo: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2015.
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