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PSICOMOTRICIDADE Psicomotricidade na Educação Infantil Módulo 02

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AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 
 
MÓDULO II 
 
 
4 OS ASPECTOS TRABALHADOS NA PSICOMOTRICIDADE 
 
 
Nesse momento é com muito prazer que iniciamos mais um módulo. O 
segundo módulo foi construído pensando no profissional e no seu cotidiano, quando 
for desenvolver a prática pedagógica, pois esses precisam ter conhecimentos 
teóricos e científicos mínimos sobre os aspectos que são desenvolvidos dentro da 
psicomotricidade. Esses aspectos são (físicos – sociais e cognitivos). Reafirmamos 
que a educação psicomotora é uma: 
 
educação global que associando os potenciais intelectuais, afetivos, sociais, 
motores e psicomotores da criança, lhe dá a segurança, equilíbrio, e permite 
o seu desenvolvimento, organizando corretamente as suas relações com os 
diferentes meios nos quais tem de evoluir [...]. É uma preparação para a 
vida de adulto. Deve libertar o espírito dos entraves de um corpo incômodo 
que se torna fonte de conhecimento (LAGRANGE, 1974, p. 60). 
 
Todavia, “existem alguns pré-requisitos, do ponto de vista psicomotor, para 
que a criança tenha uma aprendizagem significativa em sala de aula. É necessário 
que como condição mínima ela possua um bom domínio” da sua qualidade de força 
física e tenha desenvolvido seus aspectos afetivos e sociais, dentro do que é 
previsto para sua faixa etária (OLIVEIRA, 2008, p. 39). No cotidiano da educação 
infantil devemos preparar a criança para a sua futura vida escolar, pois ela: 
 
precisará usar as mãos para escrever e, portanto, deverá ter uma boa 
coordenação fina. Ela terá mais habilidade para manipular os objetos de 
sala de aula, como lápis, borracha, régua, se tiver ciente de suas mãos 
como parte de seu corpo e tiver desenvolvido padrões específicos de 
movimento. Deverá aprender a controlar seu tônus muscular de forma, a 
saber, dominar seus gestos. (OLIVEIRA, 2008, p. 39). 
 
Todos esses aspectos requerem equilíbrio psíquico, motor e também 
domínio físico, domínio dos aspectos afetivos e sociais, e uma boa experienciação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
cognitiva, para que a criança consiga se desenvolver plenamente. Abaixo, podemos 
visualizar no organograma essas interações todas interligadas. 
 
 
 
FONTE: Psicomotricidade (2012, p.4). 
 
 
Nesse sentido, além desses aspectos interligados apresentados 
Albuquerque (2006, p. 42) nos mostra três dimensões que estão sempre presentes 
no movimento humano, são elas: “a) o ator, o sujeito das ações do movimento, b) 
uma situação concreta na qual as ações do movimento estão vinculadas e c) um 
significado que orienta as ações do movimento é responsável pela apreensão de 
sua estruturação”. Sem essas três dimensões o movimento não acontecerá. 
Mutschele (1996, p. 41) acrescenta que para podermos educar as crianças é 
preciso que a ensinemos a dominar sua própria consciência e corpo com senso de 
Criança 
Desenvolvimento 
Afetivo 
(objetivos) 
•Ajudar a criança 
sentir-se feliz; 
•Desenvolver um 
autoconceito positivo e 
estável; 
•Desenvolver respeito 
pelos direitos e ideias 
pessoais; 
•Formar uma visão 
real das diferenças 
individuais; 
•Orientar a criança na 
aprendizagem por 
problemas. 
•Desenvolver 
movimentos 
fundamentais; 
•Melhorar a 
coordenação. 
•Ampliar o nível de 
aptidão motora; 
•Criar e desenvolver a 
consciência corporal, 
bem como suas 
potencialidades. 
•Ajudar a criança a 
desenvolver um 
pensamento 
questionador; 
•Encorajar na 
solução de 
problemas; 
•Despertar para 
desafios 
intelectuais; 
•Estimular a 
aprendizagem de 
conceitos 
essenciais. 
Desenvolvimento 
Motor 
Desenvolvimento 
Cognitivo 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
equilíbrio. Só assim teremos sucesso no desenvolvimento da aprendizagem, nossa 
função enquanto educadores é auxiliá-la “desde cedo a controlar o próprio corpo, 
equilibrar a respiração, saber usar braços, pernas, aprender a se direcionar para a 
direita, esquerda, lado, saber organizar percepções, e atenção, dominar as noções 
do tempo”. 
Tudo isso será feito usando os fundamentos e pressupostos da 
psicomotricidade. Cabem a nós profissionais educadores, psicólogos, 
psicopedagogos criar e mediar às situações propícias para que a criança se 
desenvolva plenamente... 
 
sabemos todos, porém, que a função precípua da educação é dotar o ser 
humano dessa capacidade de se situar no mundo, compreendê-lo para 
transformá-lo, inserindo-se no contexto histórico e desenvolvendo 
mecanismos que o permitam colaborar para o processo civilizatório da sua 
comunidade e do mundo. (ALBUQUERQUE, 2006, p. 49). 
 
A esse respeito Mutschele (1996) acrescenta que: 
 
o crescimento do ser humano, tanto físico como mental é muito complexo. 
O organismo vai adquirindo um controle progressivo do corpo, das palavras, 
do pensamento, da coordenação motora e isso não está sujeito a regras e 
sim a interrupções periódicas quando o indivíduo está feliz, infeliz, 
insatisfeito etc. Essas alterações dependem da hereditariedade, do lar, da 
sociedade e até das atitudes do educador. (MUTSCHELE, 1996, p. 171). 
 
Isso ocorre também, porque somos influenciados pelo meio em que vivemos 
e com as crianças isso não é diferente, e, por esse motivo o seu desenvolvimento 
será satisfatório ou não na medida em que ela consiga atingir todos os marcos de 
desenvolvimentos previstos para cada fase de sua vida. Nesse caso, o equilíbrio e o 
desequilíbrio será uma constante dentro do nosso ciclo de existência seja na 
infância, adolescência, vida adulta ou na terceira idade, desse modo desde cedo: 
 
é tempo de redescobrir um corpo de possibilidades e abandonar limites 
impostos por tabus e ideologias que nada mais acrescentam, além de 
sintomas, dor e sofrimento psíquico. É preciso permitir a transformação de 
nossos corpos em asas e num gesto concreto mergulhar dentro de nós 
mesmos, de nossas angústias, de nossas esperanças e renascer em novos 
horizontes. Já é o momento de nos prepararmos para o grande encontro. 
Aquele que vai culminar dentro de cada um de nós, pois o corpo nada mais 
é, do que o receptáculo maior, a fonte fecunda onde resgatamos nossa 
identidade e nossa singularidade, nossos desejos e nossas limitações, pois 
o homem é o seu corpo. (PONTES apud ALBUQUERQUE, 2006, p. 52). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
O que temos que fazer para que a criança chegue a esse ponto mais 
elevado e atinja todos os seus marcos de desenvolvimento previsto para sua faixa 
etária, é, deixar com que as coisas aconteçam e quando houver desequilíbrios 
procurar ajuda profissional. Mutschele (1996, p. 171) ainda escreve que: 
 
para conseguir um desenvolvimento satisfatório, é necessário que a parte 
física se desenvolva plenamente, a parte sensorial atinja o máximo e a 
inteligência desabroche até o limite pessoal de cada um; para isso, precisa-
se de uma alimentação séria e correta, combate as doenças, a prática de 
exercícios físicos e esporte, o contato com a natureza e a tranquilidade da 
vida social. (MUTSCHELE, 1996, p. 171). 
 
Por esses motivos que os aspetos físicos, cognitivos e sociais estão todos 
interligados dentro do estudo da educação psicomotora e são levadosem 
consideração o tempo todo. Observe abaixo a ilustração de Bloom, como esses 
aspectos estão em evidência. 
 
 
4.1 TAXONOMIA DE BENJAMIN BLOOM 
 
 
FIGURA 9 
 
 
FONTE: ALVES, 2011, p. 5. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
A educação psicomotora compreende o ser humano como um ser completo 
e não fragmentado, em que só será considerado um aspecto de cada vez, muito 
pelo contrário, assim sendo de acordo com Alves (2001) os aspectos são: 
 
cognitivo: relacionado ao aprender, dominar um conhecimento [...] 
intelectual de habilidade e de atitudes. As categorias desse domínio são: 
conhecimento; compreensão; aplicação; análise; síntese; e avaliação. 
Afetivo: relacionado aos sentimentos e posturas. [...] categorias ligadas ao 
desenvolvimento da área emocional e afetiva, que incluem comportamento, 
atitude, responsabilidade, respeito, emoção e valores. [...] são: 
receptividade; resposta; valorização; organização; e caracterização. 
Psicomotor: relacionado às habilidades físicas específicas. [...] seis 
categorias que incluem ideias ligadas aos reflexos, percepção, habilidades 
físicas, movimentos aperfeiçoados e comunicação não verbal. As categorias 
desse domínio são: imitação; manipulação; articulação; e naturalização. 
(ALVES, 2011, p. 5). 
 
Mutschele (1996), também assevera o exposto acima quando também 
escreve que para ela: 
 
a educação psicomotriz deverá visar: 1 – a consciência e ao controle do 
próprio corpo; 2 – ao controle e equilíbrio das funções físicas; 3 – ao uso 
dos membros do corpo e à aquisição da noção de lateralidade; 4 – à 
organização perceptiva; à organização de todo o esquema motor; 6 – 
adquirir o conhecimento do outro; 8 – saber coordenar suas ações para 
atingir o objetivo a que se propõe; 9 – aprender a respeitar os outros e as 
regras morais; 10 – respeitar o ser humano com o mais importante valor na 
hierarquia de valores. (MUTSCHELE, 1996, p. 174). 
 
Ao compreendermos o ser humano em sua totalidade, não priorizamos mais 
um aspecto (físico, cognitivo, social) em detrimento do outro. Albuquerque (2006, p. 
42) afirma que se assim acontecer “estaríamos ‘enxergando’ apenas parcialmente o 
ser humano e isto tornaria uma criação abstrata, desvinculada da realidade concreta 
e de sua condição material de existência”. 
 
Durante a vida toda a visão que a pessoa tem de si mesma recebe grande 
influência de sua percepção do próprio corpo e suas propriedades, da força 
da liberdade no desempenho de atividades físicas e motoras. As atividades 
motoras têm um papel essencial nas iniciativas intelectuais do homem. 
(MUTSCHELE, 1996, p. 175). 
 
Desse modo, veremos a seguir o quanto o aspecto físico é importante para 
que, por meio dele a criança atinja todos os seus marcos de desenvolvimento. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
 
 
5 ASPECTOS DE APTIDÕES FÍSICA 
 
 
Dentro da psicomotricidade temos um eixo fundamental para a compreensão 
nesse momento. Esse eixo é o que denominamos qualidade física. Esse engloba 
todos os movimentos de: forças, flexibilidades, agilidades, velocidades, coordenação 
motora, equilíbrio, noções de espaço, tempo e lateralidade. Furtado (2007, p. 219) 
salienta que esses “tem por finalidade promover, mediante uma ação pedagógica, o 
desenvolvimento de todas as potencialidades da criança, objetivando o equilíbrio 
biopsicossocial”. 
Para (OLIVEIRA, 2008) é importante, também, que a criança tenha uma boa 
coordenação global, saindo-se bem ao se deslocar, transportar objetos e se 
movimentar em sala de aula e no recreio. Com os jogos e brincadeiras realizados 
tanto no espaço escolar como fora dele, esses servem de alicerce para a 
aprendizagem formal futura, uma vez que por meio dos jogos e das brincadeiras a 
criança já vai adquirindo noções de localização, lateralidade dominância, orientações 
espaço – temporal. É por meio dos jogos e brincadeiras que as crianças vão 
internalizando as noções de tempo, duração de intervalos, sequência, ordenação, 
ritmo, acuidade auditiva e visual (OLIVEIRA, 2008). 
Já para (MÜTSCHELE, 1996, p. 33), “o exercício físico estimula a 
respiração, a circulação, o aparelho excretor, além de fortalecer os ossos, músculos 
e aumentar a capacidade física geral, dando ao corpo um pleno desenvolvimento”. 
 
Quanto à parte mental, se a criança possuir um bom controle motor, poderá 
explorar o mundo exterior, fazer experiências concretas, adquirir várias 
noções básicas para o próprio desenvolvimento da mente, o que permitirá 
também tomar conhecimento de si mesma e do mundo que a rodeia. 
(MÜTSCHELE, 1996, p. 33). 
 
A autora continua salientando que “é bom frisar que a criança percebe-se e 
percebe o mundo exterior por meio do corpo e por ele se relaciona com os objetos e 
fatos. O seu ‘comportamento’ liga-se à ação corporal que abrange três noções: a do 
corpo, a dos objetos e a dos demais corpos” (MÜTSCHELE, 1996, p. 33). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
Na teoria de Wallon apud Oliveira (2008, p. 33) o “movimento (ação), 
pensamento e linguagem são uma unidade inseparável. O movimento é o 
pensamento em ato, e o pensamento é o movimento sem ato”, sem esses não 
teremos a atividade física em si. 
Quando está formando seu conceito de esquema corporal, noção da sua 
qualidade de força física “o primeiro objeto que a criança percebe é seu próprio 
corpo, com ele sente dores, alegrias, sensações visuais, odoríficas, auditivas, 
movimenta-se, enfim. O corpo será seu meio de ação, de relação com o mundo” 
(Mütschele, 1996, p. 33), a autora continua dizendo que: 
 
o esquema corporal será construído pela organização das sensações 
relativas ao corpo da criança, que por sua vez estão intimamente 
relacionadas. É preciso lembrar que ao lado da evolução sensório-motriz 
dá-se o desenvolvimento do sistema nervoso, que deverá chegar à 
maturação. (MÜTSCHELE, 1996, p. 34). 
 
 
Ao participar ativamente da vida da criança, notamos o aparecimento de 
muitos comportamentos que brotam sem ser ensinados, vem do interior para o 
exterior e bem da parte central do corpo: são formas hereditárias, nascem com o 
indivíduo ou despertam em um momento oportuno do desenvolvimento deste 
(reflexos, instintos, etc.), (MÜTSCHELE, 1996, p. 34). 
 
Diante da importância da psicomotricidade e de se iniciar seu 
desenvolvimento muito cedo, é de suma importância proceder a um exame 
psicomotor na criança de 1 a 5 anos. Esse exame tem alguns objetivos 
específicos como: a) verificar a dinâmica da coordenação psicomotora e 
sensório-motriz; b) o equilíbrio; c) a percepção; d) a linguagem; e) a 
lateralidade; f) o perfil. (MÜTSCHELE, 1996, p. 36-37) 
 
Lembramos que os profissionais que estão habilitados para tal, são os 
psicólogos e os psicopedagogos. É importante que saibamos se existe alguma 
dessas dificuldades, pois todas essas categorias são necessárias para uma vida 
escolar frutífera. Feito esses apontamentos da necessidade de trabalharmos os 
aspectos de aptidões físicas, nesse momento passamos a outro aspecto teórico da 
psicomotricidade (os aspectos afetivos e sociais). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
 
 
6 ASPECTOS AFETIVOS E SOCIAIS 
 
 
Para começarmos a discorrer sobre o aspecto afetivo e social, é necessário 
primeiramente definirmos o que são esses. Por conseguinte Oliveira (2008, p. 37) 
escreve que por aspecto afetivo e social “podemos entender que é a relação da 
criança com o adulto, com o ambiente físico e com outras crianças”. Aqui são 
entendidos como todos os aspectos de socialização e desenvolvimento de traços de 
personalidade tais como organização, disciplina, responsabilidade, coragem e 
solidariedade. 
 
 
A própria criança percebe-se e percebe os seres e as coisas que a cercam, 
em função de sua pessoa. Sua personalidade se desenvolverá graças a 
uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de seu ser, de suas 
possibilidades de agir e transformar o mundo à suavolta. (MEUR e STAES, 
1989, p. 9). 
 
Oliveira (2008) escreve que Wallon foi um dos pioneiros no estudo da 
psicomotricidade, salienta que a importância do aspecto afetivo é tamanha que é 
anterior a qualquer tipo de comportamento, assim pouco a pouco as crianças 
começam a se expressar através dos gestos que estão ligados a esfera afetiva e 
que são, portanto, o escape das emoções vividas. 
 
Este mundo de emoções mais tarde dará origem ao mundo da 
representação. O movimento, como um elemento básico de reflexão 
humana, aparece depois como um fundamento sociocultural e dependente 
de um ‘contexto histórico e dialético’. Wallon afirma que é ‘sempre a ação 
motriz que regula o aparecimento e o desenvolvimento das formações 
mentais’. Na evolução da criança, portanto, estão relacionadas à 
motricidade, a afetividade e a inteligência. (OLIVEIRA, 2008, p. 33, grifos do 
autor). 
 
Reafirmando o exposto acima, Bühler apud Mütschele (1996, p. 38) também 
descreve sobre os aspectos afetivos e sociais, apontando: 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
três tipos de conduta social da criança: a) a criança socialmente cega é 
aquela que em presença de outra criança comporta-se como se ninguém 
estivesse presente; brinca sem se preocupar com ela, não se interessa pela 
outra. b) a criança socialmente dependente se impressiona, inibe-se ou se 
estimula pela presença de outra. c) a criança socialmente independente não 
se intimida com a presença da outra, afasta-se ou submete-se a seus 
desejos. Esses tipos de conduta independem dos contatos sociais 
anteriores e até do convívio familiar. (BÜHLER apud MÜTSCHELE, 1996, p. 
38-39). 
 
Mütschele (1996, p. 39) orienta que “não podemos nos esquecer de que há 
dificuldades de adaptações sociais, e essas dificuldades podem advir de três 
causas: a personalidade; o estágio de desenvolvimento; o grupo”. Isso o ocorre, pois 
os traços de personalidades são natos de cada ser humano, as atitudes dependerão 
da faixa etária da criança e dentro do grupo social teremos todos esses fatores 
interligados. A personalidade da criança irá refletir e repercutir o modo em que 
conduz sua vida social. Isso às vezes o fará uma criança popular ou não dentro do 
seu grupo social. 
 
As diversas fases do desenvolvimento da criança exigem adaptações novas 
e isso influi sobre a atitude social [...]. A posição social que a criança ocupa 
na família (o filho único, o caçula, o mais velho etc.), às vezes dificulta as 
relações na escola, principalmente quando ela é adiantada para a própria 
idade, tímida, dominadora, tagarela ou triste. (MÜTSCHELE, 1996, p. 39). 
 
Nesse momento “a educação não está separada das correntes afetivas”, é 
por isso que os profissionais da educação devem usar os elementos chamados 
socioafetivos, mais do que do conhecimento, pois a criança é mais sensível a uma 
relação privilegiada “eu e o professor” (LAGRANGE, 1974. Pág.40). 
 
Temos que considerar também a influência dos motivos de ordem social 
como: desejo de aprovação social, de simpatia, de instinto gregário, e os 
motivos de ordem emocional, que são indispensáveis para a adaptação 
social. Ao educador cabe corrigir os desvios da sensibilidade infantil e não 
agravá-los com uma educação defeituosa, cheia de ameaças, cuidados 
excessivos, gritos e intolerâncias. Cabe à escola diagnosticar os problemas 
e dar-lhes tratamento adequado. 
 
Dentro do contexto dos aspectos afetivos e sociais é preciso ensinar ações a 
criança que irá ao futuro se tornar um adulto maduro e responsável socialmente, 
para isso, é preciso ter clareza para ensiná-lo... 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
a raciocinar, a deduzir, a observar, a compreender, a analisar, a concluir. A 
falar corretamente, enriquecendo o seu vocabulário. A dar um sentido 
preciso ao seu pensamento, apoiando-se na ação. A imaginar, a interiorizar, 
a representar mentalmente as coisas. A ir do vivido ao abstrato. A manejar 
símbolos. A associar formas e sons. A assumir responsabilidades, portanto, 
interesse pelo trabalho. A procurar e a reconhecer a beleza, a perfeição. A 
antecipar, a prever. A ser franca e lúcida para consigo mesma. A 
desenvolver a sua ação, tendo em conta os outros. A adaptar-se a novas 
situações, transferindo as aquisições. (LAGRANGE, 1974, p. 47). 
 
Nos escritos de (LAGRANGE, 1974) existe uma passagem engraçada mais 
muito pertinente para o momento, em que ele escreve que os meios e os fins da 
educação psicomotora: 
 
é propor fazer descobrir e não fazer engolir conhecimentos. Fazer apelo à 
afetividade da criança, incitar a experimentação pessoal. O seu fim não é 
somente o de tornar possíveis aquisições, mas o de dar possibilidades de 
adaptação, hábitos sociais pelo trabalho de grupo, conhecimentos utilizáveis 
na aula e também fora da aula, e mais tarde, na vida corrente, pela 
agilidade de inteligência e de espírito que ela confere. (LAGRANGE, 1974, 
p. 239). 
 
Tudo isso refletirá o adulto que será no futuro. Alguns estudiosos afirmam 
que todas as concepções que a criança tem sobre caráter, honestidade, 
solidariedade, condutas sociais são formadas até os três anos de idade pela sua 
convivência doméstica e social. É por isso que a família é importante e deve estar 
próxima para educar plenamente essa criança. 
 
A forma como o sujeito se expressa com o corpo traduz sua disposição ou 
sua indisposição nas relações com coisas ou pessoas. Esse aspecto 
psicológico, muito importante, ajuda-nos a identificar melhor certas 
perturbações devido a fatores afetivos. Chama também nossa atenção para 
a possibilidade de melhorar a vida social e afetiva das crianças, tornando 
precisas suas noções corporais e fazendo com que adquiram gestos 
precisos e adequados. (MEUR e STAES, 1989, p. 10). 
 
A maior parte das perturbações afetivas que causam atraso no 
desenvolvimento da criança, podem às vezes estar relacionado ao ambiente familiar. 
Suas causas quando investigadas a fundo por profissionais habilitados demonstra 
que: 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
certas crianças ficam perturbadas com o desentendimento entre os pais ou 
ainda com a presença dos avós na família. Às vezes uma atitude muito 
exigente, muito perfeccionista cria na criança uma reação de oposição, de 
lentidão ou de rigidez. A família insiste muito sobre ‘o que não deve ser 
feito’ ou sobre as falhas da criança, esta reage por meio da falta de 
habilidade, pela timidez, pela falta de equilíbrio. Alguns pais desejam ter 
filhos fortes, que não chorem que não se deixem penetrar pelas emoções; 
nesse caso acontece de as crianças reagirem pelo exagero e pela rigidez. 
(MEUR e STAES, 1989, p. 10). 
 
Esse conhecimento do ambiente familiar pelo professor irá o ajudar a 
desenvolver atividades específicas para auxiliar a criança a superar essas 
perturbações afetivas. Desse modo (MEUR e STAES, 1989), acrescentam que: 
 
a verdadeira questão não se reduz a ter uma série de informações a 
respeito da criança e de sua família, trata-se, sobretudo do seguinte: Como, 
a partir do que sabemos vamos ajudar essa criança a viver, a ser feliz? 
Praticamente não podemos mudar o caráter dessa criança e muito menos 
seu ambiente familiar. Nesse caso, que tipo de relacionamento vamos 
adotar para que a criança adquira confiança em si mesma, em suas 
possibilidades, tenham coragem de exprimir-se , para que assuma sua vida 
emocional, encontre seu lugar na classe e supere suas dificuldades 
familiares? (MEUR e STAES, 1989, p.44). 
 
Assim, escrevemos que não existe uma resposta padrão para esses 
questionamentos e apontamentos. O que deve prevalecer nesses casos é o bom 
senso pessoal e profissional. Deve-se criar uma equipe de apoio (professores, pais, 
psicólogos, e outros profissionais). 
O que os autores escrevem, e que nós concordamos plenamente, é, que 
“uma equipe pode melhor que uma pessoa, encontrar atitudes orientadoras a 
adotar”.Dentro dessa equipe é conveniente que todos tenham o entendimento que a 
criança deve se sentir apoiada, ajudada e não julgada, classificada, discriminada 
(MEUR e STAES, 1989, p. 44). 
 
Dentro dos aspectos sociais Mütschele (1996, p. 38), escreve ainda que “a 
imitação tem um importante papel na vida da criança. Desde a mais tenra idade, ela 
imita alguma coisa ou pessoa, parentes, pais, professores etc.”. É uma conduta em 
que a criança representa os papéis sociais, imitando a criança se vê vivenciando a 
posição social do outro e isso a auxilia a elaborar algumas questões mal 
internalizadas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
Até o presente momento vimos os aspectos físicos e os aspectos sociais e 
afetivos, à importância dos mesmos para o desenvolvimento global da criança. No 
próximo subtítulo será visto o último aspecto, o cognitivo. 
 
 
7 ASPECTOS COGNITIVOS 
 
 
Para iniciarmos nossa reflexão sobre esse aspecto, nesse momento há uma 
consideração especial sobre a definição do conceito “aspecto cognitivo”. A 
relevância da compreensão do termo está na importância dada a ele nesse tópico, 
cuja problemática será abordada no decorrer de todo o texto. Aqui o aspecto 
cognitivo será compreendido com a capacidade de análise e esse está interligado ao 
desenvolvimento de memória. 
Conforme Dicionário Priberam da Língua Portuguesa “Cognitivo” significa 
(latim medieval cognitivus). adj. da cognição ou a ela relativo. cognição (latim 
cognitio, -onis, acção. ação de conhecer). s. f. função da inteligência ao adquirir um 
conhecimento”. Já Moreira e Masini apud Bock et al (2008, p. 117) escrevem que 
cognição é: 
 
o processo pelo qual o mundo de significados tem origem. À medida que o 
ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui 
significados à realidade em que se encontra. [...] o cognitivismo está, pois 
preocupado com o processo de compreensão, transformação, 
armazenamento e utilização das informações, no plano da cognição. 
(MOREIRA e MASINI apud BOCK, 2008, p. 117). 
 
É por meio dos processos e estruturas cognitivas que se elabora e torna 
efetiva a aprendizagem e essa será determinada parte pela carga genética e parte 
pela influência do meio. Bruno – Neto (2007, p. 160) escreve “que a inteligência é o 
produto da exploração de inúmeras informações visuais, táteis, auditivas, olfativas e 
gustativas processadas e armazenadas pelo cérebro”. 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 10 
 
 
FONTE: Francesco (2012). 
 
 
Essas relações cognitivas (genética e meio) são extremamente complexas, 
Bruno-Neto et al (2007, p. 157) escreve que “esses dois fatores interagem 
mutuamente, influenciando-se reciprocamente [...] podemos dizer que a inteligência 
é 50% herdada e 50% adquirida do meio”. O autor escreve ainda que: 
 
Sugere-se que a inteligência deve ser influenciada pela experiência. E 
pode-se dizer que pessoas educadas em ambientes estimulantes 
maximizariam seu desenvolvimento intelectual, e as pessoas criadas em 
ambientes empobrecidos não atingiriam seu potencial intelectual. (BRUNO-
NETO et al 2007, p. 161). 
 
São por esses motivos que devemos promover as crianças o máximo de 
oportunidades e experiências, para que elas possam maximizar seu 
desenvolvimento. “Nenhuma criança é igual à outra na velocidade do seu 
desenvolvimento cerebral, nem mesmo os gêmeos univitelinos. Com isso, em uma 
classe de alunos da mesma faixa etária, têm-se, na realidade, crianças em fases 
totalmente diversas” (BRUNO-NETO et al 2007, p. 163). Cabe a nós educadores 
descobrirmos qual é fase de desenvolvimento em que a criança se encontra e 
propormos atividades desafiadoras e estimulantes para que ela avance e progrida 
sempre. 
 
 
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 45 
Dentro dos aspectos cognitivos, outro elemento importante e que merece 
destaque é a memória, ela é primordial para que a aprendizagem se efetive. 
 
 
A memória envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo 
e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente 
associada a aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o 
nosso comportamento por meio das experiências que foram 
armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a 
aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção 
daqueles conhecimentos aprendidos. [...] representa a base de 
nosso conhecimento e está envolvida com nossa orientação no 
tempo e no espaço e nossas habilidades intelectuais e motoras. 
Assim, a aprendizagem e memória representam o suporte para todo 
o nosso conhecimento. (BRUNO-NETO et al (2007, p. 181 - plano 
de fundo: LUZ, 2012). 
 
 
 
 
A memória tem função primordial no nosso sistema psíquico e nos aspectos 
cognitivos, pois é por meio dela que a aprendizagem acontece, por esse motivo tem 
destaque dentro da psicomotricidade, é importante, pois faz com que organizamos 
nossas: 
 
habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos 
situarmos no presente e prevermos o futuro, aliás, esta última, habilidade 
altamente complexa e ao que parece exclusiva dos seres humanos. 
(BRUNO-NETO et al 2007, p. 181). 
 
Bruno-Neto et al (2007, p. 182) nos apresenta as classificações da memória 
(de curto prazo – trabalho operacional); de longo prazo; de curto prazo; implícita 
(não declarativa); explícita (declarativa). Observe no quadro abaixo as referidas 
classificações 
 
 
 
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Memória (de 
curto prazo 
– trabalho 
operacional), 
Memória de 
longo prazo 
Memória de 
curto prazo 
Memória 
implícita (não 
declarativa) 
Memória 
explícita 
(declarativa) 
É uma 
memória 
muito rápida. 
Pode durar 
apenas 
segundos ou 
algumas 
horas, e é 
importante 
para 
proporcionar 
a 
continuidade 
do nosso 
sentido de 
presente. 
Pode ser 
classificada 
em explícita 
(declarativa) 
ou implícita 
(não 
declarativa), 
dura dias, 
semanas ou 
mesmo 
anos. 
É crucial tanto no 
momento da 
aquisição como 
no momento da 
evocação de toda 
e qualquer 
memória, 
declarativa ou 
não. Por meio 
dela 
armazenamos 
temporariamente 
informações que 
serão úteis 
apenas para o 
raciocínio 
imediato e a 
resolução de 
problemas, 
podendo ser 
esquecidas logo a 
seguir. 
É a memória 
para 
procedimentos 
e habilidades, 
aprendidos com 
repetição, ex. 
dirigir, jogar, 
nadar. [...] 
É a memória 
para fatos e 
eventos. [...] é 
mais fácil de 
formar, mas ela 
é facilmente 
esquecida, 
enquanto que a 
memória para a 
aprendizagem 
de habilidades 
(memória 
implícita) tende 
a requerer 
repetição e 
prática é mais 
duradoura. 
 
FONTE: Bruno-Neto et al (2007, p. 182) – Classificação da memória. 
 
 
Esses conhecimentos sobre as classificações da memória podem nos 
auxiliar na nossa prática pedagógica quando formos elaborar nosso plano de ensino. 
Nos últimos 20 anos a ciência evoluiu muito no estudo das funções cognitivas e 
cerebrais e temos que aproveitar esses estudos para melhorarmos nossa prática 
 
 
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 47 
educativa. Um exemplo dessa evolução são as pesquisas da neurociência (estudo 
científico do sistema nervoso). 
 
Assim com Piaget, Henri Wallon também descreve cinco estágios de 
desenvolvimento. Nas alternativas abaixo qual desses não corresponde aos 
estudos e escritos de Wallon sobre os estágios do desenvolvimento: 
Estágio das operações formais. 
Estágio do personalismo. 
Estágio categorial. 
Estágio sensório-motor e projetivo. 
Estágio impulsivo – emocional. 
 
 
 
 
Nesse módulo, apresentamos a vocês os aspectos físicos, afetivos e sociais 
e cognitivos, refletindo assim, sobre suas vinculações e proposições dentro do 
estudo da psicomotricidade. Agora caminharemos para o terceiro módulo, esse 
voltado para o desenvolvimento de atividades psicomotoras para a educação infantil.Até lá... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO II

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