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Atividade Avaliativa

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Exercício de Fixação VA I
Unidades: “O conceito de Direito, pluralidades de pontos de vista; “O Direito como objeto do conhecimento”, “O Direito e as demais ordens normativas”; “Teoria da norma”; “Estrutura lógica da norma jurídica”
Considere verdadeiro (V) ou falso (F):
( F ) A vida social só é possível com organização. O Direito ajuda o homem a adaptar às condições do meio e é o homem que se adapta ao Direito, preestabelecido segundo suas aspirações. O Direito é expressão da vontade individual, criado para formular as bases da ordem, justiça e segurança.
Resposta: O direito não é expressão da vontade individual, mas sim coletiva.
( ) Ubi societas ibi jus; Ubi ju ibi societas. O Direito se manifesta dentro da sociedade e não pode ser concebido fora dela. Portanto, onde está a sociedade está o Direito.
( ) Para Aristóteles o homem fora da sociedade seria “um bruto ou um Deus”. Assim Tomás de Aquino elabora três teorias para essa hipótese: “mala fortuna”, o homem seria arremessado por má sorte, por um infortúnio; corruptio naturae, aquele que vive alienado da vida social e excellentia naturae, o indivíduo se isola por possuir um alto nível de espiritualidade.
( ) Direito é uma palavra polissêmica, possui várias acepções. Acepção etimológica, histórica, direito natural, direito positivo, direito subjetivo ou norma agendi, direito objetivo ou facultas agendi, direito sanção.
( ) Tem-se como definição padronizada e histórica “A justiça é a constante e permanente vontade de dar a cada um o seu direito”.
( ) O Direito Natural são aspirações jurídicas de determinada época que surgem na natureza social do homem e que se revela pela conjugação da experiência da razão. A corrente que difunde esse direito é o jusnaturalismo. O direito natural é autônomo/espontâneo, não escrito, possui princípios regionais, imutável, a-histórico, decorre da natureza social do homem.
( ) O Direito positivo implica uma relação de coordenação, subordinação, integração e interação na vida do homem em sociedade. O Direito positivo é elaborado pelo homem para conviver em sociedade. A corrente que difunde esse pensamento é o juspositivismo. O direito positivo é universal, pode ser escrito ou não, mutável, heterônomo, institucionalizado pelo Estado.
( ) O Direito subjetivo é a possibilidade de uma pretensão, unida à exigibilidade de uma prestação ou de um ato de outrem. Constitui o direito facultas agendi.
( ) O Direito justo pressupõe aquilo que é reto, correto, é a busca da justiça como valor fundamental do Direito.
( ) O Direito sanção é o fator de eficácia da norma jurídica, um dever ser resultante da não prestação esperada. 
( ) A Disciplina dogmática pressupõe um pensamento aberto, acentuam a pergunta, o questionamento. As evidências sobre determinado tema são apenas pontos de partida, possibilitando uma aprendizagem mais profunda. Esses questionamentos aprimoram a Ciência do Direito e elevam a interdisciplinaridade do Direito. Assim, para o Direito acompanhar as mudanças sociais, suas necessidades e transformações busca auxílio em outras ciências como Filosofia do Direito, Sociologia do Direito, História do Direito, Psicologia Jurídica, Psiquiatria Forense...
( ) A Disciplina Zetética pressupõe um pensamento fechado, acentuam a resposta, partindo de premissas inatacáveis que não podem ser questionadas. Possuem uma função diretiva como o Direito Constitucional, Direito Civil, Direito Penal, Direito processual...
( ) O Direito surge a partir de formas ordenadas de conduta como as famílias, os clãs, as etnias, as cidades....o Estado. Da necessidade de compartilhar as informações, importa registrar os fatos ocorridos, e, assim surge a escrita e as primeiras codificações.
( ) O Código de Hamurabi foi a primeira codificação escrita que surgiu, com o intuito de unificar o reino, fora talhado em pedra e dispunha de regras costumeiras da época. Consagrava a Lei de Talião “olho por olho dente por dente”.
( ) A legislação Mosaica, escrita por Moisés ao povo hebreu denominada Pentateuco, conta em seus cinco livros Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio a história de opressão do povo egípcio aos hebreus. Possuía penas talianas mais humanizadas.
( ) As Leis das doze tábuas 452 a.C. foi a primeira lei escrita em Roma. Escrita em tábuas de pedra, madeira ou bronze, não se sabe ao certo, pois foram destruídas com a invasão do Império Romano pelos gauleses. Sobreviveu porque era recitado de cor nas escolas romanas. Possuía redação sobre direito privado, normas de família, propriedade, obrigações; normas de direito penal, furto, homicídio, falso testemunho; dispunha também de matéria processual.
( ) O Código de Manu, também chamado Corpus juris Civilis, foi compilado pelo imperador Justiniano como obra fundamental da jurisprudentia romana. Representou uma revolução jurídica, organizou as leis já existentes da época e formulou novas leis que se tornaram a base do Direito Civil moderno. Trouxe dentre vários princípios, o princípio Lex posterior derrogat priori, lei posterior revoga lei anterior, como forma de atualização da lei. 
( ) Na Idade Média o advento do Cristianismo proporcionou uma nova concepção do Direito. O Direito era diretivo para a ação humana, constituía um saber das coisas humanas e divinas. O homem passa a ser um animal social se distinguindo do animal por ser um ser gregário mas dotado de dignidade, um ser criado à imagem e semelhança de Deus, pois este, inscreve em seu coração uma lei de consciência, o livre arbítrio para realizar suas escolhas e salvar-se. Para ser salvo deveria se conformar com a lei divina Lex e Ordo. Houve uma construção de uma teoria jurídica para consolidar o domínio e poder de Roma, contudo, a igreja limitava o poder do rei.
( ) O positivismo jurídico surge a partir do Séc. XIX como norma posta. O Direito limita aquilo que é posto e reconhecido pelo Estado como norma jurídica, daí se falar em Positivismo Jurídico. Sua maior preocupação consiste em proporcionar maior segurança jurídica à sociedade, com maior estabilidade do ordenamento jurídico, através de normas escritas e ditadas pelo Estado.
( ) Os instrumentos de controle social condicionam a vida do homem na sociedade para atingir uma harmonia, ordem e pacificação social. As normas da moralidade e legalidade encontram-se no campo da Filosofia especulativa, mais especificamente no campo da ética.
( ) As normas do Direito como instrumento de controle social pressupõe o Direito positivo com normas jurídicas de conduta e organização social. Essas normas preocupam com a justiça, com a ordem, segurança, com a ideia de bem no âmbito social, o bem comum. O Direito exerce a sua pressão social a partir do centro ativo de poder. Sua violação causa uma consequência jurídica, é previsível.
( ) As normas morais orientam a consciência humana em suas atitudes. Preocupa-se com o justo, a verdade e o bem; no sentido integral, de realização e integrado, condicionado ao interesse do próximo. Na moral e nos costumes a pressão social é exercida pelo grupo social. Sua violação causa repulsa social, é imprevisível.
( ) A Teoria da Amoralidade Parcial do Direito representada por dois círculos concêntricos, sendo o círculo maior da moral e o menor do direito, dispõe que há um campo de ação de ambos, sendo o Direito envolvido pela moral. Assim, o Direito não é algo diverso da moral, mas é parte dela, armada de garantias específicas. Pode-se deduzir que tudo o que é jurídico é moral, mas nem tudo o que é moral é jurídico, como uma concepção ideal.
( ) A Teoria do Mínimo Ético representada por dois círculos secantes da relação entre direito e moral, possuindo uma intersecção entre ambos. Há um campo do Direito que não é regulado pela moral. O Direito tutela situações que não são morais, corresponde assim uma concepção real.
( ) As normas morais mais relevantes são transformadas em regras jurídicas. Há portanto, uma restrição e ampliação do Direito em relação à moral. O Direito pode ampliaro seu campo de atuação, ou seja, uma regra que era jurídica deixa o ordenamento jurídico e se torna apenas uma regra moral. Por outro lado, o Direito pode aumentar o seu campo de atuação, uma regra que era moral pode ser inserida no ordenamento jurídico, aumentando o campo de atuação do Direito.
( ) Immanuel Kant chama a regra moral de moralidade e o Direito de Legalidade. Distingue o direito como uma norma de foro interno, espontâneo, coloca no centro da vontade o dever moral; o motivo da ação como lei universal; a vontade impõe lei em si mesmo, o tribunal é a consciência. A moral como uma regra externa, heterônoma; a vontade é determinada por outra vontade, o tribunal do Direito é o Estado.
( ) Christian Thomasius entende o Direito como exterioridade, no âmbito de foro externo. Cuida da ação depois de exteriorizada, por regular a conduta em sua interação social. Entende a moral como interioridade, no âmbito de foro íntimo. Diz respeito aquilo que se processa no plano da consciência, por regular o comportamento do indivíduo perante si mesmo.
( ) Del Vecchio entende a exterioridade do Direito como subjetividade e interioridade da moral como intersubjetividade.
( ) O Direito é coercível como expressão técnica que o distingue da moral. O Estado usa sua força, a coação, para fazer suas regras serem cumpridas e respeitadas independentemente da vontade dos obrigados. A moral é incoercível, pois não há imposição para o cumprimento da lei interna, o tribunal é a consciência latente no indivíduo. Os princípios ético-morais são subjetivos e são variáveis em relação ao nível ético de cada pessoa.
( ) A moral é unilateral, por estar no foro externo, é incoercível, autônoma, O Direito é bilateral, por estar no foro íntimo, é coercível, heterônomo, sua existência pressupõe a relação com outra pessoa ou com uma coletividade. 
( ) Miguel Reale entende o Direito como Bilateral, entretanto, ele afirma que não é qualquer bilateralidade que importa para o Direito. O Direito implica uma relação entre duas ou mais pessoas, segundo certa ordem de exigibilidade. Assim, só há Direito quando existe uma relação intersubjetiva, numa relação objetiva, originada de uma prestação ou ação garantida (atributividade), relação essa de prestações recíprocas. Pode-se valorar o ato.
( ) No campo da moral, não há bilateralidade atributiva, pois não há valoração objetiva do juízo moral.
( ) O ponto comum do Direito e da religião é a convivência do bem. A religião consistia no domínio absoluto, proporcionava as explicações necessárias para todas as coisas. Deus assim acompanhava, interferia e regulava a vida dos homens. Os sacerdotes e oráculos eram os instrumentos de Deus para levarem suas leis aos homens, possuíam o monopólio do conhecimento jurídico. A justiça e julgamento se dava pelo juízo divino, determinava a culpa ou inocência do acusado por meio das ordálias. O respeito ao sobrenatural e ao divino traziam a justiça e equilíbrio social.
( ) As regras de trato social consistem em instrumentos de controle social como forma de conduta ditada pelo Estado, são as regras do decoro, da cortesia, da etiqueta, da linguagem, moda, da amizade.
( ) As regras de trato social são regras seguidas por força do costume, hábitos consagrados ou convenção social. Desta maneira pode-se coagir à pratica de sua regra, que compartilham de coercibilidade.
( ) O que difere as regras de trato social das normas jurídicas é a própria fonte de produção de norma, ou seja, o Estado.
( ) A norma jurídica pertence ao mundo da estética, do dever ser, possui formas deônticas em sua proposição: de proibição, de obrigatoriedade e permissão.
( ) A norma jurídica possui característica de abstratividade por possuir preceito de ordem geral e obrigatória, pois refere-se a todas as pessoas indistintamente.
( ) A norma jurídica possui característica de generalidade por atingir maior número de situações, regula caso como ocorrem via de regra. Refere-se a ações, comandos e ordens.
( ) A norma jurídica possui característica de imperatividade pela possibilidade do uso da coação, que constitui a força a serviço do Direito. Assim o indivíduo que não cumpre a norma espontaneamente sofre uma sanção, que constitui uma medida punitiva para a hipótese de violação da norma.
( ) A norma jurídica possui característica de coercibilidade porque o Direito ao disciplinar a forma de agir da sociedade representa o mínimo de exigências de determinações necessárias para garantir de forma efetiva a ordem social, assim manifesta de forma obrigatória, nos modais deônticos de proibição e obrigação. 
( ) As normas quanto a classificação podem ser quanto à hierarquia, quanto a natureza das disposições, quanto à aplicabilidade, quanto à sistematização.
( ) O texto normativo possui elementos de caráter vinculante, hipótese normativa e consequência jurídica.
( ) Para Miguel Reale há dois tipos de norma, de conduta e organização. A norma de conduta revela um juízo categórico, obrigatório. Representada pela formula A deve ser B; são aquelas dirigidas aos órgãos do Estado, ou que fixam atribuições na ordem pública e privada. A norma de organização revela um juízo hipotético de dever ser, há um nexo entre uma condição e uma consequência. Representada pela formula Se A, deve ser B.

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