Buscar

Fichamento caso Harvard

Prévia do material em texto

�
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS
Estudo de Caso Harvard: Zara Moda Rápida 
Nome do aluno Paulo Vinicius de Resende
Trabalho da disciplina Logística Avançada 
 Tutor: Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz 
Cubatão
2018
Estudo de Caso de Harvard: Zara Moda Rápida
Referência: 710 P02, REV: 21 de dezembro de 2006
Texto do Fichamento:
Os autores nos apresentam informações sobre o crescimento acionário, da Inditex (Indústria de Diseño Têxtil), a empresa espanhola proprietária de algumas redes varejistas, dentre elas a ZARA. O texto compõe dados acerca da cadeia global do vestiário, incluindo questões sobre produção e problemas enfrentados ao longo do processo com a fragmentação da produção e a terceirização das etapas. Vale ressaltar que estas informações nos permitem compor o contexto da necessidade de resolução dos problemas mencionados aliados à observação dos concorrentes e a necessidade varejista de aceleração dos processos, através da qual a Zara se desenvolveu. A empresa, que consiste em uma rede de lojas de roupas e acessórios para o público feminino, masculino e infantil, teve sua primeira loja com a proposta de vender “roupas de moda de qualidade média com preços acessíveis”, no ano de 1975.
A Zara possui um modelo de negócio único baseado na vantagem competitiva de sua cadeia de abastecimento, ou um benchmark mundial focado em Gestão Just in Time e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, o que possibilita total controle das etapas da cadeia e das empresas envolvidas, garantindo assim, agilidade no processo de desenvolvimento de produto e fabricação, destacando -a da concorrência.
O modelo de negócio da Zara é caracterizado por um elevado grau de integração vertical, em face de outros modelos desenvolvidos por competidores internacionais, no qual são integradas todas as fases do processo de moda: design, manufatura, logística e distribuição em lojas próprias. Conta com uma estrutura flexível e uma forte orientação para o cliente. A chave deste modelo é a capacidade de adaptar a oferta, no menor período de tempo possível, aos desejos dos consumidores. Para a Zara, o tempo é o principal fator a considerar, para além dos custos de produção. A integração vertical permite reduzir os prazos e dispor de uma grande flexibilidade, com uma redução de estoques a um nível mínimo, diminuindo ao máximo o “risco moda”.
 A produção da Zara começava no próprio varejo, e contava com os seguintes passos: 
Feedback das lojas, através de informações sobre vendas e comentários qualitativos; pesquisa de marketing em locais pertinentes; envio de informações diárias à “Matriz” da empresa; análise do feedback das lojas pelos gerentes regionais; reunião da equipe comercial e designers para criar linhas novas e remover as existentes, já decidindo pontos como fabricação, corte e preços do novo vestuário; estoque próprio de tecidos; tingimento dos tecidos; produção; envio dos produtos às lojas; linhas no ponto de venda. 
Tal processo é viável porque seu estoque é 100% centralizado na Espanha, onde cada uma de suas subsidiárias possui uma única central na qual são tomadas todas as decisões de desenho, fabricação e distribuição.
O mercado de moda é rápido e dinâmico cercado de mudanças. Com esse cenário, a Zara, desde sua fundação, se preocupa em como responder a demanda de seus consumidores de forma rápida e ágil, produzindo e entregando suas roupas enquanto elas ainda estão “na moda”. Para tal, a Zara, ao contrário dos outros players do mercado, deu mais responsabilidade aos “proprietários” de suas lojas, dando a eles, o poder de negociar com consumidores e funcionários e principalmente de decidir o que comprar da matriz para vender em suas lojas, ou seja, não há uma imposição por parte da matriz dos produtos que devem ser vendidos no ponto de venda, essa é uma decisão do “proprietário” da loja.
A Inditex mantém apenas um terço de sua produção na Ásia e o restante da produção, ou a grande maioria, próxima aos seus principais mercados o que é relativamente “mais caro”, porém compensado por um melhor tempo de resposta.
Extremamente coerente com suas estratégias, porcentagens baixíssimas dos recursos da empresa eram destinadas à publicidade ou qualquer tipo de comunicação externa. Todo o investimento em marketing é voltado para o ponto de venda, normalmente localizados em pontos nobres, em concordância com sua vantagem estratégica competitiva. De acordo com o artigo, mais da metade dos tecidos da Inditex são comprados sem tingimento, sendo a subsidiária Comditel responsável em lidar com a tarefa e a padronagem, incluindo o acabamento, dos tecidos de todas as redes da Inditex. Cerca de 40% das confecções são produzidas internamente, e o restante é proveniente da Europa, Norte da África e Ásia. A Comditel, produz cerca de 45% de todo o tecido que a Zara utiliza, sendo o restante oriundo principalmente da Europa. Hoje, em grande parte graças à sua estratégia verticalizada de produção e logística, a Zara é líder do mercado europeu de confecções, detendo dois tipos de vantagens básicas: o baixo custo e a diferenciação. Esta operação, sem a utilização de aplicativos e hardware, tem mostrado que em algumas situações ela pode não fazer parte integrada das lojas com sua matriz e seu centro de distribuição. A TI neste caso é utilizada como forma de apoio ajudando gerentes e pessoal da área comercial a lidar com enormes quantidades de dados, mas que, no entanto, não é utilizado como um sistema de integração de informação entre todas as lojas e a matriz em tempo real. A empresa segue alguns princípios onde mostra que seu foco principal é atuar naquilo que faz de melhor, desenvolver e vender roupas nas lojas espalhadas pelo mundo. O grupo de TI tem a função de dar suporte ao processo da empresa.
Em apenas cinco semanas consegue ofertar nas lojas as tendências de moda que detecta, devido à estratégia de verticalização empregada em sua estrutura produtiva e à adoção do Just in time. Isso permite a oferta de uma nova coleção ao início de cada estação sendo que, além disso, ao longo da estação, são apresentados novos cortes e cores, oferecendo ao consumidor um constante ar de novidade. As obrigações do abastecimento urgente, devidas às incertezas crescentes do mercado, forçaram as empresas, especialmente as do varejo, a dividir as suas redes de fornecedores em dois padrões: fornecedores distantes, de baixo custo, para as encomendas previsíveis, e fornecedores próximos, para os reabastecimentos urgentes e aleatórios. A Zara utiliza os fluxos de conhecimento como vantagem competitiva. Este sistema depende de uma troca de informações constantes por seus principais processos. Dos clientes aos gerentes de loja, dos gerentes de loja para especialistas e designers, dos designers à equipe de funcionários da produção, dos compradores aos subcontratantes, dos gerentes dos CDs aos distribuidores. Como visto, na Zara, os procedimentos operacionais, as medidas de desempenho, e até mesmo a disposição das instalações físicas são projetadas para uma melhor transferência de informação com eficiência e agilidade. A Zara é cautelosa no que se refere a tecnologia de informação que facilita as trocas de informações. Seu sistema integrado de informações e processo de integração vertical é o grande responsável pela maximização do desempenho da inovação e estrutura como um todo e pelo constante update do capital intelectual e de gestão em uma indústria volátil como a de moda. Uma mudança pequena no varejo pode resultar em amplas flutuações nos pedidos da fábrica depois de transmitidas para os atacadistas e os distribuidores. Uma indústria tradicional permite que os varejistas mudem um máximo 20 por cento de suas ordens uma vez que a estação tenha começado, a Zara permite um ajuste de 40 a 50 por cento. Dessa maneira, a Zara evita a superprodução e atende sua demanda.
A centralização,na sede, do “design” dos produtos destaca-se como uma das principais competências estratégicas permitindo ser a mais rápida no desenvolvimento de novos produtos dentre as grandes empresas globais do setor, modelo de negócios, alinhado à estratégia de diversificação concêntrica e integração vertical, é um dos fatores-chave de sucesso da Zara como uma das mais inovadoras do setor.
�

Continue navegando