Prévia do material em texto
Quais são os elementos da responsabilidade civil? Explique cada um deles. R: Os elementos ou pressupostos gerais da responsabilidade civil são os seguintes: conduta ou ato humano, nexo de causalidade e o dano ou prejuízo. ... O nexo de causalidade é o vínculo ou liame que une a conduta humana ao resultado danoso. Explique e Exemplifique: a) Responsabilidade contratual R: A responsabilidade contratual é aquela que deriva da inexecução de negócio jurídico bilateral ou unilateral, isto é, do descumprimento de uma obrigaçãocontratual, sendo que a falta de adimplemento ou da mora no cumprimento de qualquer obrigação, gera esse ilícito contratual. b) Responsabilidade aquiliana R: Responsabilidade aquiliana. Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual. É a responsabilidade que decorre da inobservância de norma jurídica, por aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. Pesquise na doutrina e diferencie as seguintes espécies de indenização, de forma a diferenciar um dos outros: Restituição Ressarcimento Reparação(Compensação) R: Compensação – É a reparação “in natura”, substituindo o bem por outro semelhante, ou restaurando o bem danificado. (com= mesmo ; penso = peso). Segundo a etimologia, é a reparação com “volta ao mesmo peso”; a devolução do próprio bem. Explique a distinção entre dolo e culpa. R: Dolo é a conduta voluntária e intencional de alguém que, praticando ou deixando de praticar uma ação, objetiva um resultado ilícito ou causar dano a outrem. Vale destacar, que para a caracterização do dolo é necessário tanto a intenção de praticar o ato, como este objetivar o resultado danoso. Já a culpa é a conduta voluntária, porém descuidada de um agente, que causa um dano involuntário, previsível ou previsto, a outrem. Ticio possui um sítio que é vigiado por 6 pitbulls. No último final de semana Jose (14 anos) resolve escalar e pular o muro de 2,5 mts que circunda o sitio, visando colher algumas mangas e goiabadas. Ao pular na residência José é morto pelos cães. A família de Jose resolve processar Tício. Você é advogado de Tício. Que Argumento deve ser usado na defesa ? R: José, por ser menor incapaz, seus pais é o seu responsável, mas ele não poderia invadir a área de outrem, que no caso é o Tício, para pegar as frutas. José já correu um risco de escalar um muro de 2,5 mts, e ainda invadir a casa de outra pessoa, no momento que não tem ninguém lá para a guarda da casa. Por esse motivo, a casa está sendo resguardada pelos cães, que já tem uma característica e bem conhecido, como bravo etc... Os pais de José, deveria antes do acontecido, como outros dias, orienta-lo que isso não pode fazer, pois é invasão de domicílio, independente seja o que for fazer. José possui uma olaria que fabrica tijolos e telhas de barro. Em setembro de 2017 Ticio, que construía sua casa na praia, adquiriu dez milheiros de telhas. O pedreiro contratado o Sr Sebastião. O pedreiro construiu a casa e fez a cobertura da casa utilizando as telhas adquiridas. Em dezembro de 2017, durante a inauguração da casa, na festa de Natal, uma telha se deslocou e caiu por sobre a cabeça de Marcela que teve traumatismo craniano. Marcela resolveu processar o dono da casa e o dono da fábrica/comerciante das telhas. Você é advogado de José. Que fundamento jurídico vc utilizaria como defesa? Justifique. Explique o que se entende por conduta em matéria de responsabilidade civil? R: A Responsabilidade Civil, tem seu fundamento no fato de que ninguém pode lesar interesse ou direito de outrem. ... De regra a responsabilidade civil e a obrigação de reparar o dano surge da conduta ilícita do agente que o causou, conforme o modo de agir, de se comportar do agente. O incapaz responde civilmente por seus atos? Explique e justifique se for o caso informando quem responde pelos atos ilícitos dele. R: Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. Há um entendimento de que os responsáveis pelo incapaz só não serão civilmente responsabilizados pelos danos, se diante o caso existir situações que os desobriguem Durante um procedimento dentário estético a paciente sofreu um infarto fulminante do miocárdio, vindo a falecer. O dentista pode ser responsabilizado? Justifique. Explique e exemplifique: Fato exclusivo da vítima R: Quando um dano ocorre por culpa exclusiva da vítima, se torna causa de exclusão do próprio nexo causal, pois o agente causador do dano é um mero meio do acidente. A título de exemplo para melhor entendimento, se uma pessoa com a intenção de suicidar se atira debaixo de um veículo de um terceiro em movimento, neste caso o dono do veículo não possui qualquer responsabilidade neste atropelamento, pois seu veículo foi um simples instrumento, afastando assim o nexo causal em relação ao motorista. Caso a culpa não for exclusiva da vítima, poderá ocorrer a concorrência de culpa, o que na esfera cível representa diminuição da indenização que será pago pelo agente, conforme preconiza o Código Civil em seu art. 945: Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Fato de Terceiro R: Terceiro pode ser definido como qualquer pessoa que não seja vítima ou o agente que causou o dano e não possua nenhuma ligação com o agente e a vítima. Este terceiro no caso que é responsável pelo evento danoso que houve entre autor e vítima, afastando assim a relação de causalidade sobre a conduta do agente e vítima. Como exemplo prático e real, que foi julgado pela 6º câmara do tribunal cível do RJ a ap. Cível 776/91, na qual a esposa de um ciclista ingressou com uma ação de indenização contra uma empresa de transporte público na qual um de seus ônibus atropelou e matou o ciclista, com a alegação de que o motorista invadiu a contra mão vitimando assim o ciclista. Porém, a empresa conseguiu demonstrar que o ciclista sofreu a queda em razão de um buraco que havia na pista, sendo o responsável pela queda do ciclista na frente do ônibus. O buraco em questão foi deixado aberto por uma empresa que presta serviços para a prefeitura, sendo assim, a responsabilidade foi atribuída a essa empresa com fundamento principal de “fato de terceiro”. Importante salientar mais uma vez que só se exclui a responsabilidade quando há o rompimento do nexo causal entre agente e vítima, ou seja, é necessário um terceiro destruir a relação causal entre as partes envolvidas. Caso durante sua conduta o agente concorra no resultado final sua responsabilidade não poderá ser afastada, por exemplo: motorista que desvia de uma fechada e atropela na calçada um pedestre, vemos claramente que em razão de seu próprio ato se originou o acidente. Caso Furtuito/Força Maior R: Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Muito se discute a diferença entre caso fortuito e força maior, porém, até o presente momento não possui uma definição uniforme. Fato é que ambos se encontram fora do quesito culpa, pois se trata de acontecimentos que escampam do controle humano, ou seja, são circunstâncias irresistíveis que impede o cumprimento da obrigação por parte do agente. Grande parte da doutrina entende o caso fortuito como um evento imprevisível e inevitável como, por exemplo: Tempestades, enchentes e etc. Já a força maior a doutrina entende como aquele em que nada pode ser feito mesmo que seja previsível. O quesito imprevisibilidade se torna um elemento essencial para a caracterização do caso fortuito, já na força maiorserá a irresistibilidade. Apesar dessas definições e divergências, elas pouco importam, pois na prática ambos são responsáveis por excluir o nexo causal, ou seja, não haverá responsabilização do agente. Explique e exemplifique dano material e suas modalidades. R: DANO MATERIAL Trata do prejuízo patrimonial causado à parte lesada pelo ato. Divide-se em: a) danos emergentes, que são aqueles referentes ao que o indivídio perdeu em virtude da conduta; já os b) lucros cessantes envolvem tudo aquilo que se deixou de lucrar. DANO MORAL O dano moral consiste numa lesão a interesse não patrimonial, uma violação a um estado psíquico do indivíduo. Embora seja normalmente vinculado à dor, ao sofrimento, à tristeza, o dano moral não está restrito a estes elementos, se estendendo a todos os bens personalíssimos. DANO EXISTENCIAL Desenvolvido nos países europeus, como Itália e Alemanha, o dano existencial visa à proteção da existência humana e do projeto de vida, reconhecendo como dano indenizável a lesão que atinja a as perspectivas pessoais de vida da pessoa humana, de forma a vulnerar o seu modus vivendi, frustando as expectativas e os objetivos de vida perseguidos pelo indivíduo. DANO SOCIAL É uma nova modalidade de dano reparável, distinta do dano material, moral, estético e existencial, que decorre de comportamentos reiterados que causam um mal-estar social, causando um rebaixamento no nível de vida da coletividade. O tema já foi, inclusive, tema na V Jornada de Direito Civil do CJF, quando foi aprovado o Enunciado 455. Explique: A) Culpa in elegendo: culpa in eligendo é a culpa na escolha. Isto é, a escolha de algo ou alguém é realizada sem as cautelas necessárias, surgindo responsabilidade para aquele incumbido de escolher. B) Culpa in vigilando : Culpa in vigilando ocorre quando há falta de cautela na supervisão de algo ou de alguém. C) Culpa in custodiendo: É a falta de atenção ou de cuidados sobre alguma pessoa, coisa ou animal que esteja sob a guarda ou cuidados do agente Explique e exemplifique a teoria da perda de uma chance. R: A teoria da responsabilidade extracontratual impõe, para que reste configurado o dever de indenizar, a presença de alguns pressupostos, como já foi visto. Com relação ao dano, para sua caracterização, é necessário que ele seja pessoal, certo. Contudo, a doutrina e os tribunais pátrios vêm reconhecendo como indenizável um dano que, apesar de não ser certo, merece a proteção estatal: aqui se encaixa a teoria da perda de uma chance. Trata-se da frustração de uma oportunidade de ganho patrimonial, ou da redução de uma vantagem, por ato ilícito de um terceiro. Segundo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o dano deve ser considerado dentro de um juízo de probabilidade, e não mera possibilidade, pelo que a chance perdida deve ser real e séria, de forma que possibilite a noção de que a situação vantajosa muito provavelmente se alcançaria se não fosse o ato ilícito provocado. Explique e exemplifique o dano moral “in re ipsa”. R: Trata-se de dano moral presumido. Em regra, para a configuração do dano moral é necessário provar a conduta, o dano e o nexo causal. Excepcionalmente o dano moral é presumido, ou seja, independe da comprovação do grande abalo psicológico sofrido pela vítima. Um exemplo de dano moral in re ipsa é o decorrente da inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, pois esta presumidamente afeta a dignidade da pessoa humana, tanto em sua honra subjetiva, como perante a sociedade. Explique e exemplifique o dano em ricochete. R: Estamos falando do Dano Moral Reflexo ou por Ricochete, situação na qual a conduta lesiva não ofende somente a vítima direta, mas também terceira pessoa ligada à vítima, emocionalmente ou economicamente. No Brasil existe a tarifação do dano moral? Como se arbitra o dano moral na naturalidade? Explique. R: A tarifação do dano moral constitui algo aparentemente dificílimo diante do seu caráter subjetivo, mas que tem sido alvo de várias discussões no âmbito doutrinário, legal e jurisprudencial. Trata-se do que poderíamos chamar de pré-estabelecimento do quantum indenizatório do dano, Sabe-se que atualmente não existe no ordenamento jurídico brasileiro previsão estabelecendo patamares de fixação de valores para tal matéria, o que nem sempre foi assim. Até o advento da atual Constituição da República, a determinação do quantum de uma sanção pecuniária deveria ter por base os critérios previstos em lei. Eram utilizadas como parâmetros a Lei 5.250/1967 (Lei de Imprensa) e a Lei 4.117/1962 (Lei de Telecomunicações). Na primeira, os valores oscilavam de 5 a 200 salários mínimos, enquanto na segunda, de 5 a 100 salários mínimos. Dessa maneira, não existe respaldo na legislação brasileira que possibilidade a tarifação do dano moral. Até por que, trata-se de um assunto de abordagem subjetiva, sendo praticamente impossível estabelecer valores de proporção uniforme para os mais variados casos. Explique o direito da pessoa jurídica em pleitear indenização por dando morais. R: No caso do dano moral, esse “bem jurídico” ofendido consubstancia-se na lesão a “direitos da personalidade” . Ofendem-se, assim, a dignidade da pessoa humana, seu íntimo, sua honra, sua reputação, seus sentimentos de afeto. Assim, a indenização por dano moral da pessoa jurídica somente pode ser deferida diante da demonstração de provas concretas que evidenciem que seu nome no mercado (honra objetiva) sofreu, de fato, graves danos, não se podendo “presumir” o dano moral em prol da pessoa jurídica, como se admite quando se busca aferir dano à honra subjetiva da pessoa humana, que, por referir-se, exclusivamente, à dor moral que afeta o psiquismo, é, por essa razão, insuscetível de prova. Diferencie a responsabilidade subjetiva da responsabilidade objetiva, dando ênfase aos pressupostos. R: A responsabilidade subjetiva está ligada à idéia de culpa, seu principal pressuposto. O novo Código Civil, em seu artigo 186, manteve a responsabilização subjetiva como regra geral. Caio Mário da Silva Pereira destaca: A essência da responsabilidade subjetiva vai assentar, fundamentalmente, na pesquisa ou indagação de como o comportamento contribui para o prejuízo sofrido pela vítima. Assim procedendo, não considera apto a gerar o efeito ressarcitório um fato humano qualquer. Somente será gerador daquele efeito uma determinada conduta, que a ordem jurídica reveste de certos requisitos ou de certas características. Assim considerando, a teoria da responsabilidade subjetiva erige em pressuposto da obrigação de indenizar, ou de reparar o dano, o comportamento culposo do agente, ou simplesmente a culpa, abrangendo no seu contexto a culpa propriamente dita e o dolo do agente. A doutrina objetiva, ao invés de exigir que a responsabilidade civil seja resultante dos elementos tradicionais (culpa, dano, vínculo de causalidade entre uma e outro) assenta na equação binária cujos pólos são o dano e a autoria do evento danoso. Sem cogitar da imputabilidade ou de investigar a antijuridicidade do fato danoso, o que importa para assegurar o ressarcimento é a verificação se ocorreu o evento e se dele emanou prejuízo. Em tal ocorrendo, o autor do fato causador do dano é o responsável. Explique e exemplifique a teoria do risco criado da responsabilidade objetiva. R: A ideia é de que o fundamento desta responsabilidade está na atividade exercida pelo agente, pelo perigo que pode causar dano à vida, à saúde ou a outros bens, criando risco de dano para terceiros. São da mesma autora os exemplos das atividades destinadas à produção de energia elétrica ou de exploração de minas; à instalação de fios elétricos, telefônicos e telegráficos; ao transporte aéreo, marítimo e terrestre, à construção e edificação de grande porte. Ticio Estacionou seu carro irregularmente. Deixou a parte da traseira para a via de circulação dos carros. Pedro, dirigindo seu carro, abairrouo a traseira do carro de Tício. Este foi cobrar judicialmente o conserto do carro,mas Pedro alegou culpa exclusiva de Tício. Está correto a defesa? R: Sim, quando estacionamos nosso carro em qualquer via que seja permitido, temos que tomar o máximo de responsabilidade e conhecimento, que caso esteja irregular na vaga, pode acontecer algum dano ao veículo. Tício está sem capacete em sua moto. André vem em alta velocidade, com faróis apagados e bata na moto de Tício. Este cai e bate a cabeça no meio fio, vindo a falecer. Houve culpa concorrente? Justifique. R: Sim, pois nenhum motociclista pode pilotar sem capacete, pois isso é falta grave, e risco para sua vida, e também André, tem que seguir a velocidade a qual via trafegava, e tem que sempre estar com faróis acesos. Tício está deprimido com o fim de seu relacionamento amoroso com Maria. Ao sair da Unip ele, de forma inesperada, se joga embaixo do ônibus e por isso tem morte Instantânea. Quem será o responsável? A empresa? O motorista? Tício? Justifique. R: Tìcio é o próprio responsável por sua morte, por levar em consideração um ocorrido em seu relacionamento para a sua vida habitual. Ocasionando-se a sua própria morte. Tício é ciclista e vinha do trabalho. Devido as fortes chuvas a Avenida Independencia está repleta de buracos. Ao cair em um desses buracos o ciclista cai e é atropelado pelo ônibus que vem no sentido contrário, vindo a falecer. Quem será responsabilizado? A prefeitura que não fechou os buracos? A empresa de ônibus? O Motorista? Tício? Justifique. R: A empresa de ônibus que não fechou os buracos da rua, e o motorista por não tomar o devido cuidado e reduzir a velocidade em via que está com perigo, por questões de buracos. Explique e exemplifique dano moral. R: Há consenso na doutrina e na jurisprudência que o dano moral seria a violação a um dos direitos da personalidade previstos no artigo 11 do Código Civil, como por exemplo, a violação do direito ao nome, à imagem, a privacidade, à honra, à boa fama, à dignidade etc., sendo dever do juiz que aprecia o caso concreto verificar cuidadosamente se determinada conduta ilícita, dolosa ou culposa, causou prejuízo moral a alguém, provocando sofrimento psicológico que supere meros aborrecimentos da vida cotidiana a que todos nós estamos sujeitos. Explique lucros cessantes. R: A reparação de lucros cessantes se refere aos danos materiais efetivos sofridos por alguém, em função de culpa, omissão, negligência, dolo, imperícia de outrem. Para caracterização do pleito, há necessidade de efetiva comprovação dos lucros cessantes – não basta argumentar que existiram, deve-se prová-los. O Código Civil Brasileiro assim dispõe sobre a reparação de danos: Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual. Tício vinha de Miami. Em são Paulo, ao passar na alfandega, teve de passar junto com outros “sorteados” pelo exame de suas bagagens. Tal fato por si, só poderia gerar direito ao recebimento de dano moral? Justifique. R: Sim.. Os pais de um filho solteiro e maior de idade, que sofre e sobrevive a acidente grave, tem legitimidade para pleitear danos morais para si próprio cumulativamente com pedido de danos morais pedidos pelo filho? Justifique. R: O que se entende por dano a imagem? Cite duas situações em que a imagem pode ser veiculada ainda que sem autorização. R: Os danos à imagem são aqueles que através de uma exposição indevida, não autorizada ou reprovável, denigre a imagem da pessoa física, através da publicação de escritos, a transmissão de sua palavra, utilização não autorizada de sua imagem, ou no caso de pessoas físicas a utilização de indevida de logotipos, marcas, insígnias, entre outros, abalando assim sua honra, respeitabilidade ou a boa-fama, causando dano à sua reputação. O direito à imagem não precisa estar ligado à intimidade, honra, identidade, sendo assim, pode-se dizer que é autônomo. A imagem é a individualização figurativa da pessoa. Dentro disso, temos: Imagem-retrato: representação física da pessoa, como um todo ou em separada, desde que identificáveis, por meio de pinturas, sites, fotografias e etc., que requer a autorização do retratado. Imagem-atributo: é o conjunto de qualidades fomentado pela pessoa, reconhecido socialmente, como por exemplo, habilidade, competência, lealdade e etc. A imagem abrange também a reprodução, romanceada em livro, filme, novela da vida de pessoa de notoriedade. Discorra sobre a evolução histórica da responsabilidade civil (30 a 50 linhas) R: Aguiar Dias informa que, a princípio, o dano escapava ao âmbito do direito, dominava a vingança privada. Em um segundo passo, o uso consagra em regra jurídica o talião, tendo-se apropriado o legislador da iniciativa particular, intervindo para declarar quando e em que condições tem a vítima o direito de retaliação. Em um terceiro momento, vem o período da composição, mais conveniente do que cobrar a retaliação seria entrar em composição com o autor da ofensa. Posteriormente, veio a concepção de responsabilidade, o Estado assumiu, sozinho, a função de punir, surgindo a ação de indenização. A responsabilidade civil passou a ter lugar ao lado da responsabilidade penal.1 Segundo Caio Mário da Silva Pereira a maior revolução nos conceitos jus-romanísticos em termos de responsabilidade civil é com a Lex Aquilia, de data incerta, mas que se prende aos tempos da República. Tão grande a revolução que a ela se prende a denominação de aquiliana para designar-se a responsabilidade extracontratual em oposição à contratual. Foi um marco tão acentuado, que a ela se atribui a origem do elemento ‘culpa’, como fundamental na reparação do dano. A Lex Aquilia, bem assim a conseqüente actio ex lege Aquilia, tem sido destacada pelos romanistas e pelos civilistas, em matéria atinente à responsabilidade civil.2 Os tratadistas destacam que a Lex Aquilia foi resultado de um plebiscito proposto pelo tribuno Aquilio, trazendo como novidade a ausência de um enunciado geral, a possibilidade de indenização proporcional ao dano, substituindo as multas fixas. No Brasil, sobre o tema, num primeiro estágio, sob autorização da Lei da Boa Razão (1769), aplicava-se o direito romano de forma subsidiária. Em um segundo estágio, a partir do Código Criminal de 1830, a idéia de ressarcimento é pautada no instituto da satisfação. Em um terceiro estágio, destacam-se os estudos de Teixeira de Freitas, dissociando a responsabilidade civil da criminal. O Código Civil de 1916 seguiu essa linha, consagrando em seu artigo 159 a teoria da culpa Explique a modalidade de responsabilidade- Risco Integral. Cite um exemplo da modalidade presentes no ordenamento jurídico nacional. R: A Teoria do Risco Integral é o elo final da corrente publicística, doutrina objetiva por excelência, pois não indaga da culpabilidade do agente, nem da natureza do ato praticado, e muito menos das condicionantes do serviço público, abandonando construções subjetivas Tício empresta seu carro ao seu filho Rosmildo de 16 anos. Rosmildo atropela e mata Maria, Com base em que fundamento a família de Abdoral pode responsabilizar Tício? R: CONDUTOR MENOR DE IDADE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DOS PAIS. LESÃO CORPORAL GRAVE. PARAPLEGIA. DANOS MATERIAIS (PENSÃO MENSAL), MORAIS E ESTÉTICOS. TUTELA DE URGÊNCIA. AVERBAÇÃO CONTRA ALIENAÇÃO DE BENS DOS GENITORES (RÉUS) Explique como se dá a responsabilidade objetiva do Estado. R: Entende-se por Responsabilidade Civil do Estado o dever do ente Público em ressarcir os danos que provoca a terceiros em razão das atividades que realiza, sendo esse dano aferido sem a necessidade de comprovação de dolo ou culpa. Trata-se de um dever jurídico contínuo que nasce para recomposição de um dano decorrente de uma violação de um deverjurídico originário, instituto criado para reparação dos indivíduos que sofrem algum dano, provocado por uma conduta comissiva ou omissiva.