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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM FÍSICA Roteiro Professor Disciplina: LABORATÓRIO DE FÍSICA III Aluno Igor Pereira da Silva Nota Data Horário Bobina de Tesla Objetivo Geral Fazer medições para obter especificações experimentais e compará-los com especificações teóricas da bobina de Tesla. Introdução Teórica A Bobina de Tesla é um transformador ressonante capaz de gerar altas tensões, inventado por Nikola Tesla por volta de 1890. A bobina é formada por um transformador, um capacitor, dois indutores e o centelhador. A bobina se divide em duas partes, a parte primária que é formada pela fonte de tensão , o capacitor , o indutor e o centelhador. A parte secundaria é formada T p Cp Lp basicamente por um indutor secundário (observar a fig 1.0). A frequência de operação do Ls transformador é igual a 60Hz (determinada pela rede elétrica), que é inferior a frequência de oscilação do circuito primário , que oscila a uma frequência de aproximadamente 175kHz. O CLp p diagrama a seguir mostra o circuito elétrico completo da bobina de Tesla: fig 1.0 Isso significa que o tempo de carga do capacitor é maior que o tempo característico de oscilação da corrente entre e , em virtude disso a energia acumulada pelo capacitor (posteriormenteLp Cp transferido ao circuito secundário) não será máxima. Porém, com a introdução do centelhador somente haverá descarga através do indutor primario, e consequentemente a oscilação das cargas no circuito, quando a rigidez dieletrica do ar for alcançada, fazendo com que a energia do circuito seja maximizada. O fluxo do campo magnético em é dado porLp .n.dAΦ = ∫ B A f.e.m produzida em um indutor, pela lei de Faraday, é dada pela variação do fluxo magnético: (t) .n.dAε = 1dt ∫ B (t) ε = − dt dΦ Uma maneira simplificada de fazer uma relação entre as bobinas primaria e secundária é utilizar a definição de coeficiente de indutância mútua (M = Henry), sendo i a corrente e N o número de espiras, temos que: .i .ΦM = N Onde os coeficientes M, i e , são grandezas relacionadas a cada bobina devido a outra, N. é Φ Φ chamado de número de acoplamento de fluxo, isolando M M = i N .Φ O coeficiente de indutância mútua representa, matematicamente, uma constante de relação que depende da corrente, posição relativa entre as bobinas e a permeabilidade magnética do meio. Como M é uma contante de relação, a energia se conserva, assim podemos supor que ocorre uma transferência total de energia de um circuito para outro. Pela lei de conservação de energia temos: EMP = EMS ,i L i L 21 2 p 2 p = 2 1 s 2 s 2 isolando o temosis , ★ is = ip√ LsLP derivando ( ) com relação ao tempo ★ , • dt dis = dt dip√LsLp por outro lado, lembrando que a ddp no indutor é dado por ,V = Ldtdi isolando dtdi ,★ ★ dtdi = LV substituindo ( ) em ( ) e isolando temos★ ★ • V s ,V V s = p√LsLp assim podemos estimar a voltagem teórica aproximada no terminal se soubermos a voltagem no V s circuito primário e as induâncias das bobinas. A inditância é dado por ,L = N R2 29R+10H onde N é o número de espiras, R e H são o raio e o comprimento do indutor, respectivamente. O campo elétrico no terminal de saída da bobina é extremamente alto, isso faz com que os átomos que compõem o ar próximo a bobina se ionizem, provocando uma aceleração desses átomos com velocidade suficiente para ionizar outros átomos estáveis através da colisão, os átomos que se ionizaram acabam ganhando novamente elétrons livres do ambiente, quando esse processo ocorre intensamente desencadeiase uma ‘avalanche’ chamado efeito corona de elétrons, formando assim a corona ou faíscas, esse processo se chama ruptura da rigidez dielétrica do ar. A rigidez dieletrica do ar depende de algumas variáveis como a umidade, pressão e temperatura, porém, podemos desconsiderar esses fatores, pois a variaiveis para o calculo da rigidez no centelhador é o mesmo que no terminal da bobina, quando igualarmos as equações elas irão se cancelar aos pares. Essa consideração é valida somente se as medições forem feitas no mesmo ambiente. A rigidez dielétrica é dado por uma constante K (V=voltagem, d=distância) k = d V logo podemos relacionar essa constante a voltagem no terminal de saída da seguinte maneira kp = d V p ks = d V s fazendo = ks kp → ds V s = dp V p temos V s = dp V dp s Onde é a voltagem no terminal de saída da bobina secundária. V s Foto ilustrativa do efeito corona. Material 1 - Parquímetro 2 - Bobina de Tesla 3 - Fio para aterramento 4 - Haste Experiência 1 - Rigidez Dielétrica do Ar Objetivo Utilizar o faiscador para obter a rigidez dielétrica do ar, calcular a voltagem no terminal de saída da bobina. Montagem Ajuste a bobina próximo à haste de modo a permitir a visualização da corona ou faísca. Procedimento experimental Use o parquímetro para medir a distância entre pinos de descarga do faiscador. Ligue a bobina e depois aproxime a haste junto a bobina com cuidado até observar as primeiras “faíscas”, após encontrar um ponto razoável, desligue a bobina (desligue da tomada), meça a distância entre o terminal de saída da bobina e a extremidade aterrada da haste. Após esses procedimentos verificar a voltagem da fonte fornecida pelo fabricante. Agora com os dados em mão podemos fazer uma estimativa da rigidez dielétrica do ar e da voltagem no terminal de saída da bobina. Bibliografia [1] N. Tesla, Experiments with alternate currents of high potential and high frequency, Omni Hawthorne, California (1979). [2] Bobina de Tesla" por Luiz Ferraz Netto (Acesso em 07 de abril de 2013) [3] Adenilson J. Chiquitoe Francesco Lanciotti Jr. y Departamento de Fsica, Universidade Federal de São Carlos
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