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FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
AULA DE REVISÃO
AULA DE REVISÃO DE 1 A 5 
FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
Conteúdo Programático desta aula
▪ Revisão das aulas 1 a 5.
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FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
AULA 1 - FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA: DEFINIÇÕES DE 
SAÚDE E PERSPECTIVAS SOBRE SAÚDE E DOENÇA.
SAÚDE - CONCEITO CONSTITUCIONAL
O enunciado do art. 196 da Constituição Federal considera saúde como
resultante de condições biológicas, sociais e econômicas. O direito à
saúde, nos termos do art. 196 da CF, pressupõe que o Estado deve garantir
não apenas serviços públicos de promoção, proteção e recuperação da
saúde, mas adotar políticas econômicas e sociais que melhorem as
condições de vida da população, evitando-se, assim, o risco de adoecer. A
Constituição determina ainda, o acesso universal. Ou seja, garantir a
saúde para "todos".
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FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
O primeiro enunciado do artigo – execução de políticas sociais e
econômicas protetivas da saúde – vincula-se a planos e programas do
Estado Federal (norma programática) que devem assegurar ao indivíduo
e à coletividade tudo aquilo que possa ser considerado essencial para a
satisfação da saúde física, mental, psicológica, moral e social: morar
bem, ter salário digno, ter mais lazer, boa educação, alimentação
suficiente, segurança, previdência etc.
Nesse ponto, a fluidez dessa determinação constitucional exige
demarcação, tendo em vista a sua vastidão, subjetividade e correlação
com uma infinidade de outras áreas de prestação de serviços públicos,
para que possamos, no interior da Administração Pública, delimitar o
campo de atuação do Sistema Único de Saúde, definido
constitucionalmente (art. 198 da CF) como o conjunto de ações e
serviços públicos, organizados em rede regionalizada e hierarquizada,
de execução das três esferas do governo.
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FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
São objetivos do SUS: 
a) a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e 
determinantes da saúde;
b) a formulação de políticas de saúde destinadas a promover, nos campos 
econômicos e sociais, a redução de riscos de doenças e outros agravos; e
c) execução de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, 
integrando as ações assistenciais com as preventivas, de modo a garantir 
às pessoas a assistência integral à sua saúde.
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FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
AULA 2 - DEFINIÇÕES DE SAÚDE COLETIVA
UMA SUCESSÃO DE CONCEITOS E PRÁTICAS
Uma revisão sucinta sobre o desenvolvimento das políticas de saúde no
Brasil:
República Velha (1889-1930): Neste período só tinha acesso à saúde quem
morava em cidades grandes. Outro ponto importante é que, nesta época,
não se dava atenção à doenças dos pobres; a saúde era oferecida aos que
podiam pagar ou se o médico fizesse um ato de caridade.
Era Vargas (1930-1964): nesta época se institucionalizava a saúde pública,
pelo predomínio de doenças chamadas de pobres: doenças infecciosas e
parasitárias, deficiências nutricionais etc. Assim tem início a redução da
mortalidade e um certo envelhecimento populacional.
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CONTINUAÇÃO
Outro fator importante para a instauração da saúde pública foi o golpe
conhecido como a Revolução de 30, pois a burguesia lutava para conseguir
autonomia. Porém nem todos tinham o direito à Saúde Pública. Só os
trabalhadores com carteira assinada poderiam usufruir do sistema público
de saúde.
Autoritarismo (1964-1984): O sistema público de saúde nesta época não
conseguia se manter sozinho e privilegiava o setor privado na compra de
serviços da assistência médica. Assim o setor público se aliava ao setor
privado.
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FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
CONTINUAÇÃO
Na década de 70 houveram severas críticas a este esquema de saúde
batizado de médico privatista. Assim em 1982 aconteceu a separação
entre o setor público e privado. O INAMPS passou a ser responsável pelo
setor público.
Nova República (1985-1988): Com a conquistada democracia fez-se
necessário profundas mudanças no sistema de Saúde Pública. Com isto se
instituiu a RSB (Reforma Sanitária Brasileira) que teve como diretrizes:
. conceito ampliado de saúde;
. reconhecimento da saúde como direito de todos e dever do estado;
. criação do Sistema Único de Saúde (SUS)
. participação popular (controle social)
. constituição e ampliação do orçamento social (CNS, 1987).
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CONTINUAÇÃO
Pós–Constituinte: Através da Constituição de 88 houveram profundas
mudanças na Saúde Pública.
Modelos de Atenção à Saúde:
Antes da Constituição de 88, também conhecido como Biomédico. Neste
modelo o foco está na doença do paciente. O conceito de doença está
estritamente ligado ao físico.
Após a Constituição de 88 e com o surgimento do SUS, houve uma
mudança na hegemonia médica com a aceitação de outras especialidades
no conceito de saúde. Este modelo também chamado de Bio-Psico-Social,
abriu espaço para os saberes psicológicos e sociais. Assim a equipe se
torna multiprofissional.
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AULA 3 - SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA 
SAÚDE é um direito humano fundamental, reconhecido por todos os foros
mundiais e em todas as sociedades. Como tal, saúde se encontra em pé de
igualdade com outros direitos garantidos pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos, de 1948: liberdade, alimentação, educação, segurança,
nacionalidade etc.
Saúde e qualidade de vida são dois temas estreitamente relacionados, fato
que podemos reconhecer no nosso. Isto é, a saúde contribui para melhorar
a qualidade de vida e esta é fundamental para que um indivíduo ou
comunidade tenha saúde.
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FUNDAMENTOS DA SAÚDE COLETIVA
A Carta de Ottawa - um dos documentos mais importantes que se
produziram no cenário mundial sobre o tema da saúde e qualidade de vida
- afirma que são recursos indispensáveis para se ter saúde:
•paz
•renda
•habitação
•educação
•alimentação adequada
•ambiente saudável
•recursos sustentáveis
•equidade
•justiça social
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Qualidade de vida => é uma noção eminentemente humana, que tem sido 
aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, 
social e ambiental e à própria estética existencial. 
PROMOÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL: BREVE CRONOLOGIA.
Década de 1970
•Críticas ao modelo assistencial vigente, centrado na assistência médico-
hospitalar. 
•Tese O Dilema Preventivista, de Sérgio Arouca
•Surgimento dos primeiros projetos de atenção primária/medicina 
comunitária (Montes Claros/MG, Papucaia/RJ e Niterói/RJ)
•Surgimento do “movimento sanitário”
•Conferência Internacional sobre Atenção Primária e Declaração de Alma-
Ata
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Década de 1980
•Movimento de redemocratização do país
•Protagonismo político do “movimento sanitário”
•Preparação da VIII Conferência Nacional de Saúde, com ampla
participação social (1985)
•VIII Conferência Nacional de Saúde, com afirmação de princípios da
promoção da saúde (sem este rótulo): determinação social e
intersetorialidade. No Canadá, aparece a Carta de Ottawa (1986)
•Processo constituinte, com grande participação do “movimento sanitário”
(1986-1988)
•Constituição Federal, com características de promoção da saúde (1988)
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Década de 1990
•Lei Orgânica da Saúde, reafirmando os princípios promocionais da
Constituição (1990);
•Organização dos Conselhosde Saúde em todos os níveis: participação
social, composição paritária, representação intersetorial (1991);
•RIO 92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (1992);
•Plano Nacional de Saúde e Ambiente: elaborado, não sai do papel (1995)
•(a partir de 1995) PACS e PSF; NOB 96 (Piso Assistencial Básico); Pesquisa
Nacional de Opinião sobre Saúde; Debates sobre Municípios Saudáveis
•Surgimento da revista Promoção da Saúde (Ministério da Saúde) e anúncio
do I Fórum Nacional sobre Promoção da Saúde (1999)
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AULA 4 - INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO
Para facilitar a compreensão, demonstramos no quadro abaixo como era o 
acesso à saúde pública antes e depois da Lei n° 8.080/90.
ANTES DO SUS DEPOIS DO SUS
Direito legal 
de acesso
Somente 
trabalhadores 
formais com carteira 
assinada
Todos os cidadãos (Universalidade)
Modelo 
assistêncial
Curativo, baseado no 
cuidado individual e 
hospitalocêntrico
Integralidade, Regionalização e 
Hierarquização
Gestão
Ministério da 
Previdência e 
Assistência Social 
(Federal)
Descentralização (Federal, 
Estadual e Municipal)
Natureza dos 
prestadores
Setor Privado
Setor Público e controle social
(popular)
Equidade
Só os que tinham 
acesso formal Igualdade com justiça
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O Sistema Único de Saúde é organizado de acordo com as diretrizes
previstas no art. 198 da Constituição Federal, que são:
❖a descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
❖o atendimento integral, abrangendo atividades assistenciais curativas e 
preventivas; e 
❖a participação da comunidade, ou seja, o exercício do controle social 
sobre as atividades e os serviços públicos de saúde. 
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Ao estabelecer que "A saúde é direito de todos(...)", a Constituição
Federal, destaca o PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE, significando que o
sistema deve garantir a atenção à saúde a todo e qualquer cidadão
independentemente do nível socioeconômico ou outras características
pessoais. Todo cidadão tem direito ao acesso a todos os tipos de serviços
públicos de saúde, conveniados ou contratados pelo SUS, em todos os
níveis de complexidade do sistema.
A Lei n. 8.080/90, em seu art. 7º (que dispõe sobre os princípios e
diretrizes do SUS), define a integralidade da assistência como "o conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos,
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema".
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A integralidade da assistência exige que os serviços de saúde sejam
organizados de forma a garantir ao indivíduo e à coletividade a proteção,
a promoção e a recuperação da saúde, de acordo com as necessidades de
cada um em todos os níveis de complexidade do sistema.
DA INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA
A assistência terapêutica integral compreende o conjunto de ações e
serviços que visam ao tratamento das doenças e agravos à saúde,
subseqüentes ao procedimento diagnóstico, destinadas a garantir ao
indivíduo a proteção do seu potencial biológico e psicossocial e a
recuperação de sua saúde.
AÇÕES E SERVIÇOS PARA:
❖Promoção
❖Proteção
❖Recuperação da saúde.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE
As ações e serviços de saúde nessa dimensão devem voltar-se para elevar a
qualidade de vida do individuo. Ex.: Alimentação Saudável, Práticas
Corporais/Atividades Físicas, Programas Antitabagismo, antialcoolismo e
outras drogas, Prevenção de acidentes de trânsito, Cultura de Paz,
Desenvolvimento Sustentável.
PROTEÇÃO DA SAÚDE
Pressupõe ações e serviços do poder público que previnam o risco do
agravo à saúde. São exemplos: uso de imunizações, atenção à higiene
pessoal, saneamento básico, proteção contra riscos ocupacionais e
acidentes, uso de alimentos específicos e proteção contra substâncias
carcinogênicas.
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RECUPERAÇÃO DA SAUDE
Conjunto de ações e serviços que visem ao tratamento das doenças e
agravos à saúde compreendendo o procedimento diagnóstico. Como
exemplos, temos o atendimento médico ambulatorial básico e
especializado; atendimento às urgências e emergências; atendimento
odontológico; exames diagnósticos e internações hospitalares.
AULA 5- PLANEJAMENTO E INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO
Art. 6.º Estão incluídas ainda no campo do Sistema Único de Saúde (SUS):
I – a execução de ações:
de Vigilância Sanitária:
busca garantir a qualidade de serviços, meio ambiente de trabalho e de
produtos (alimentos, medicamentos, cosméticos, agrotóxicos e outros),
mediante a identificação, controle ou a eliminação de fatores de risco à
saúde neles eventualmente presentes.
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São exemplos de serviços sujeitos à vigilância sanitária: 
unidades de saúde, restaurantes, academias de ginástica, institutos de 
beleza, piscinas públicas etc.
de Vigilância Epidemiológica:
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual
ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos;
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de Saúde do Trabalhador:
Entende-se por saúde do trabalhador, um conjunto de atividades que se
destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como
visa à recuperação e reabilitação das saúdes dos trabalhadores submetidos
aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
de assistência terapêutica integral inclusive farmacêutica:
abrange todas as etapas do abastecimento de medicamentos, do
atendimento ambulatorial/hospitalar ao fornecimento dos remédios para
tratamento prescrito por médico responsável. A compra dos medicamentos
básicos é descentralizada para as secretarias estaduais e municipais de
saúde.
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QUAIS RECURSOS?
EC 29/2000 – Vincula receitas públicas para a saúde:
❖União: o valor anterior, acrescido da variação do PIB;
❖Estados: 12% de suas receitas;
❖Municípios: 15% de suas receitas.
QUAL ASSISTENCIA?
A assistência deve ser aquela definida em normas técnicas, científicas,
protocolos de condutas, regulamentos técnicos (padrão técnico - cientifico
de integralidade) Arts. 15, V, VIII, XVI da Lei 8.080/90.
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Nesta aula, você:
Fez a revisão das aulas 1, 2, 3, 4 e 5.

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