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Relatorio 5 (1)

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ESTÁGIO BÁSICO DO NÚCLEO COMUM
Disciplina: Práticas Sociais e Subjetividade
RELATÓRIO SEMANAL Nº 05
I) Identificação
Tema: Lazer
Fenômeno observado: Crianças e adolescentes brincando.
Local: Lençóis Paulista Shopping e Parque do Povo
Supervisor (a): Maria de Fatima
Estagiário: Gabriela Pires 
II) Quadro síntese / Carga horária semanal
	Datas
	Horário de início
	Horário de término
	Hora/min. dia
	03/09/2016
	13h00min
	14h00min
	60 Min.
	 04/09/2016
	15h00min
	16h00min
	60 Min.
	Total de horas
	 2 horas semanais
III) Caracterização do contexto ambiental (ambiente físico e social)
A primeira observação foi realizada em Lençóis Paulista Shopping, situado no centro da cidade de Lençóis Paulista. O shopping é muito amplo, constituído por várias lojas, cinema e durante alguns eventos, área de playground (ao lado da praça de alimentação). A observação foi realizada na área do playground, constituído por piscina de bolinhas, escorregadores, cama elástica e um tobogã inflável. Estavam presentes 10 crianças, 5 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com faixa etária de aproximadamente 4 a 13 anos, e 7 adultos de ambos os sexos. 
O LENÇÓIS PAULISTA SHOPPING teve sua construção iniciada em 1993 através de um projeto arquitetônico arrojado e inaugurado em Dezembro de 2004. Está projetado para receber 90 lojas distribuídas em 04 pisos, dentro de uma área construída de 14.357,98 m2 e área bruta locável (ABL) de 8.561,70 m2, e estacionamento com capacidade para 150 veículos. 
Somado a este magnífico Empreendimento temos um hotel com 52 apartamentos de alto nível, com total conforto.
Contamos com uma ampla e moderna praça de alimentação projetada nos moldes dos atuais shoppings do Brasil.
(http://www.paulistashopping.com.br/index.php?pag=oshopping)
A segunda observação foi realizada no Parque do Povo. O ambiente é composto por áreas de convivência, pista de cooper, ciclovia, áreas de preservação ecológica, árvores, bancos, bebedouro, área reservada para exercícios físicos e aparelhos de recreação infantil. O ambiente está composto por aproximadamente 7 adultos de ambos os sexos e 6 crianças, 4 do sexo feminino e 2 do sexo masculino.
IV) Registro da observação
O sujeito observado está no escorregador em conjunto com uma piscina de bolinha. Veste calça, camiseta amarela e tênis. Possui os cabelos castanhos e aparenta ter 8 anos de idade. Com membros superiores esticados verbaliza: “ sou o tarzan” (sic. sujeito 1), bate na região peitoral e escorrega dentro da piscina de bolinha. Ao concluir a descida tem comportamento de sorrir emitindo tons sonoros e direciona olhar para uma mulher que aparenta ser a mãe, pula dentro da piscina de bolinha, cessa comportamento, e caminha novamente até escorregador, sobe no brinquedo e conclui a descida. 
*** Imita Tarzan e modifica seu comportamento quando esta no papel de Tarzan, busca estímulos que represente tal personagem que irá gerar uma resposta social, ou seja, as crianças irão o reconhecer como tal. 
Caminha até sujeito 2 que está com lanche nas mãos, sujeito 1 morde lanche e caminha com velocidade na direção da piscina de bolinhas, sobe no escorregador pela frente, sujeito 3 que está ao lado o adverte “assim não pode” (sic. sujeito 3), sujeito 1 tem comportamento de sorrir e consentir com a cabeça, sobe no escorregador pela escada, porém aguarda pois tem uma fila no brinquedo. Coloca as mãos na cintura direciona olhar para sujeito 2, cessa comportamento, olha para a fila, desce do brinquedo, sobe novamente, desce do brinquedo, e caminha até a frente do escorregador. Retorna a fila do brinquedo e espera sua vez chegar. Em seguida desce, corre com velocidade até a fila e tenta passar na frente de uma criança que verbaliza “você é um furão, fura fila” (sic. criança) “não sou furão não só queria descer logo” (sic. sujeito 1), cessa comportamento. Sobe no escorregador segurando as mãos na lateral com o tronco inclinado, escorrega, mas levanta rápido e prossegue. Estica membros superiores para cima e verbaliza “sou o Tarzan aaaa” (sujeito 1) escorrega novamente, pega uma bolinha com a mão esquerda e joga na direção de uma criança depois “disfarça”, criança olha para trás e tenta ver quem jogou, sujeito 1 se esconde atrás do escorregador, emite comportamento de sorrir e permanece escondido. Cessa comportamento, sobe até o topo do escorregador e verbaliza “Tarzan” (sic. sujeito 1) pega 2 bolinhas e joga contra criança, tem comportamento de sorrir e disfarça, criança procura quem jogou passa ao seu lado porém sujeito 1 verbaliza com outra criança, logo após tem comportamento de sorrir. 
*** É evidente a presença de um jogo comportamental entre sujeito 1 e 4 e estabelecem uma interação por meio de um comportamento obscuro de não reconhecer quem joga bolinha um no outro. 
Sujeito 1 pula na piscina de bolinha sobe no escorregador inclinado, se desequilibra, cai na piscina de bolinha tem comportamento de sorrir, pega uma bolinha e joga na cabeça da criança novamente, pula e se arremessa no meio das bolinhas, criança direciona olhar para trás caminha tentando identificar quem esta jogando bolinha nele porém sujeito 1 disfarça novamente tem comportamento de sorrir. 
*** Sujeito 1 demonstra estar gostando da brincadeira e permanece disfarçando seu comportamento mantendo o jogo comportamental. 
Criança olha fixamente para sujeito 1 pega uma bolinha e joga em sua cabeça, sujeito 1 franze o cenho e fecha mão direita bate sobre a mão esquerda aberta, olha para criança e em seguida para bolinhas, criança disfarça também e tem comportamento de sorrir, ambos disfarçam mas sorriem discretamente, sujeito 1 caminha até sujeito 2 e verbaliza “queria churros” (sic. sujeito 1) sujeito 2 diz “pode ir na barraquinha e pedir os churros depois eu pago” (sic. sujeito 2) sujeito 1 caminha até a barraquinha faz seu pedido e aguarda, após 5 minutos pega o churros senta-se e experimenta alimento bate os pés sobre o chão e mastiga, após comer o churros caminha até sujeito 2 toma água e verbaliza “vamos aonde depois? Eu não quero ir na casa da tia Lu porque o Maike é chato eu prefiro ir para casa” (sic. sujeito 1) “não sei vamos ver e o aniversario dele você não quer ir lá vai ter um monte de coisa” (sic. sujeito 2) “sujeito 1 parece pensativo cessa comportamento e retorna para piscina de bolinha permanece sentado, criança se aproxima e joga bolinha na sua face e diz “eu sei que você estava jogando bolinha em mim né eu já descobri Tarzan’ (sic. criança) sujeito 1 tem comportamento de sorrir “era brincadeira eu estava brincando de Tarzan mas agora não quero mais brincar disso”, criança demonstra estar irritada mas em seguida convida sujeito 4 para brincar de marinheiro. 
*** O jogo comportamental de jogar bolinha cessa quando sujeito 1 não mantem o papel de Tarzan, com isso acredito que durante a brincadeira cada personagem requer um modelo comportamental como um jogo de faz de conta. 
Sujeito 1 e a criança sentam-se sobre a piscina de bolinha e se movimentam para direita e esquerda demonstrando estarem navegando, as outras crianças que estão a volta ficam olhando e sentam-se uma atrás da outra, sujeito 1 diz “vamos brincar, vamos brincando o mar esta bravo mas vamos ser marinheiro” (sic. Sujeito 1) todas se movimentam para o lado direito e esquerdo movimentando membros superiores, sujeito 1 tem comportamento de sorrir e direciona olhar para sujeito 2 que consenti com a cabeça e sinaliza com a mão direita sinal de joia. Sujeito 1 movimenta membros superiores com mais velocidade e direciona olhar para sujeito 2 com sorriso, sujeito 2 sorri e verbaliza “esta brincando filho isso mesmo” (sic. sujeito 2) sujeito 1 prossegue comportamento. 
*** Quando sujeito 1 reconhece que esta sendo observado por sujeito 2 intensifica comportamento buscando manter o reforço que sujeito 2 o proporciona. 
Observação 2 - 04/09/2016
A criança observada é do sexo masculino e aparenta ter 6 anos. Está vestindo short detactel, camiseta branca com estampa de animais e tênis. Possui a pele clara, olhos azuis e cabelo loiro. Está sentado no chão, apoia seus membros superiores sobre o banco, organiza uma fileira de folhas e verbaliza “as folhas vão sair voando igual o vento, mãe porque as folhas voam?” (sic. sujeito 1), “uai porque as folhas voam porque é leve e ela gosta de voar” (sic. sujeito 2), sujeito 1 organiza as folhas novamente porém o vento as leva “voou de novo desse jeito não da para brincar” (sic. sujeito 1) “ah brinca com outra coisa a folha vai voar com o vento mesmo” (sic. sujeito 2) sujeito 1 abre bolsa, retira de dentro carrinhos e faz uma fileira verbaliza “agora eu consigo fazer a fileira” (sic. sujeito 1) coloca um carrinho atrás do outro um a um e em seguida arruma a fileira para que não fique torta, um carrinho cai no chão sujeito 1 o pega e o coloca na fileira novamente, porém outro carrinho cai no chão, sujeito 1 cruza os braços e pisa no carrinho sujeito 2 verbaliza “não faz isso vai quebrar o carrinho” (sic. sujeito 2). 
*** Sujeito 1 expressa sentimento de raiva quando pisa no carrinho, por meio do seu comportamento busca aliviar a sensação fisiológica que a raiva desperta em si, porém e advertido o que faz com que modifique seu comportamento. 
Sujeito 1 pega do chão e acrescenta novamente na fileira tem comportamento de sorrir e bate palma cessa comportamento, verbaliza para sujeito 2 “preciso ir ao banheiro” (sic. sujeito 1) sujeito 1 e 2 caminham em direção ao banheiro, sujeito 1 olha para trás e verbaliza “os carrinhos tem que pegar o carrinhos”, “nós já vamos voltar filho” (sic. sujeito 2). Sujeito 1 chora e verbaliza “os carrinhos meus carrinhos”, sujeito 1 e 2 estão de mãos dadas, sujeito 1 se impulsiona para trás e chora, sujeito 2 bate em sujeito 1 com as mãos espalmadas sobre a região traseira, sujeito 1 senta no chão cruza os braços e chora, sujeito 2 diz “levanta e vamos no banheiro logo se não vou deixar você sozinho ai que coisa menino”, sujeito 1 permanece sentado, sujeito 2 puxa sua mão porém ele permanece imóvel, sujeito 2 puxa a orelha de sujeito 1 que intensifica seu choro e caminha com velocidade até o banheiro, sujeito 1 caminha, entram no banheiro ao lado de um comércio de açaí, e após 15 minutos saem do banheiro. 
*** Sujeito 2 modifica comportamento de sujeito 1 primeiramente com o estimulo de repreensão verbal em seguida intensifica por meio da repreensão física, sujeito 1 cessa comportamento mas aparenta não compreender o porque de não levar seus carrinhos. 
Sujeito 1 caminha com velocidade até o banco onde esta seus carrinhos organiza as fileiras em seguida conta um por um, tem comportamento de sorrir, pega um carrinho vermelho e passa sobre o banco emitindo tons sonoros, em seguida pega outro carrinho e bate um de frente para o outro “pusch” (sic. sujeito 1). Organiza as fileiras e pega os dois carrinhos que estava usando e guarda na bolsa, preenche com outros carrinhos espaço que ficou vago e verbaliza “pusch” os outros foram para o conserto” (sic. sujeito 1) em seguida desfaz fileira no banco, e faz fileira no chão organiza um por um em seguida conta os carrinhos um por um sujeito 3 se aproxima e observa sujeito 1 diz “ você tem carrinho?” (sic. sujeito 1) “eu só tenho na minha casa eu não trouxe” (sic. sujeito 3) sujeito 1 prossegue organiza as fileiras e convida sujeito 3 para o ajudar “você coloca tudo do lado do outro e em fileira se não esta errado ai não vai ficar certo” (sic. sujeito 3) sujeito 3 coloca os carrinhos em ordem porém e advertido por sujeito 1 que diz “esta errado não e assim que faz” organiza em cores se não fica errado mesmo tem que estar reto” (sic. sujeito 1) sujeito 3 segue orientação e sujeito 1 verbaliza “muito bem e assim que e certo fazer” (sic. sujeito 1) sujeito 3 tem comportamento de sorrir e prossegue organizando fileira, sujeito 4 passa correndo e chuta as fileiras sujeito 1 franze o cenho e verbaliza “que menino besta deixa ele para lá” (sic. sujeito 1). 
*** Sujeito 1 estabelece regra, e reforça comportamento de sujeito 3 quando age de acordo com o que espera, e o repreende quando não. 
Sujeito 3 arruma os espaços vagos na fileira, sujeito 1 levanta e verbaliza ”precisamos pegar as placas dos pares o que poderia ser?” (sic. sujeito 1) “usa folhas” (sic. sujeito 3) “as folhas e ruim porque o vento sempre estraga tudo” (sic. sujeito 1) “ai então vamos usar os pauzinhos” (sic. sujeito 3) sujeito 1 concorda, ambos levantam e caminha pela praça procurando pauzinhos, sujeito 1 encontra uma galho de folha e verbaliza “vamos usar este ai e só cortar e fica bom” (sic. sujeito 1) sujeito 3 concorda e os dois segue na direção do carrinho. 
*** Após interação e observar que sujeito 3 conseguiu fazer do “seu jeito” proporciona a ele maiores possibilidades de estabelecer as regras durante a brincadeira. 
V) Compreensão do fenômeno
Na primeira observação, fica evidente que a criança observada busca interação social. Primeiro a criança “faz de conta” que é o Tarzan e após essa brincadeira, interagi com outra criança jogando bolinhas de plástico na mesma. Após um período jogando as bolinhas na criança, o sujeito para com este comportamento e o convida para brincar de marinheiro. Durante a observação, a criança por diversas vezes olhava para a sua mãe que consentia e reforçava a brincadeira do garoto. 
De acordo com Borba (2006, p.38): “É importante enfatizar que o modo próprio de comunicar do brincar não se refere a um pensamento ilógico, mas a um discurso organizado com lógica e características próprias, o qual permite que as crianças transponham espaços e tempos e transitem entre os planos da imaginação e da fantasia explorando suas contradições e possibilidades. Assim, o plano informal das brincadeiras possibilita a construção e a ampliação de competências e conhecimentos nos planos da cognição e das interações sociais, o que certamente tem consequências
na aquisição de conhecimentos nos planos da aprendizagem formal”.
Na segunda observação, a criança observada apresenta comportamentos de birra. Começa a chorar e tenta se jogar no chão quando a mãe não faz o que ela espera. Ao ver esse comportamento à mãe reage com agressão física a criança, tentando “puni-la” de alguma forma.
Ao voltar ao local da brincadeira, a criança interage com outra que está no mesmo recinto, porém impõe “regras” para a brincadeira. Segundo Vygotsky: “Em resumo, o brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos. Ensina-a a desejar, relacionando seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo,
aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade”. 
VI) Discurso da mídia sobre o fenômeno
Fonte: Revista escola abril 
Tema: Regras para brincadeira
Exibido em: 28/03/2016 
Entrevista por: Janaina Castro 
O desenvolvimento infantil requer limites comportamentais que são estabelecidos por meio das regras, por meio do mundo adulto as crianças aprendem regras e repetem modelações nas brincadeiras que são frutos de um processo de amadurecimento. 
 
 Maria de Fatima Gabriela Pires 
 Docente Discente

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