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Operações Urbanas Consorciadas CEPAC É um dos instrumentos de política urbana previsto no Estatuto da Cidade. Estatuto da Cidade (lei federal 10.257/01) regulamentou os artigos 182 e 183, da CF; estabelece as diretrizes gerais da política urbana que deve ser executada por todos os municípios. O art. 32, estipula que lei municipal específica, baseada no Plano Diretor, pode delimitar área para aplicação de Operações Urbanas. Essas operações constituem instrumentos para intervenção em áreas que necessitam de urbanização/revitalização, quer porque estejam deterioradas, quer porque sejam promissoras. Cada Operação Urbana é criada por meio de lei específica, que descreve o perímetro da operação, confere direitos e responsabilidades às partes envolvidas, define os critérios de financiamento e estabelece um programa de intervenções que serão custeados com as contrapartidas. Os recursos são considerados extra-orçamentários, depositados em conta bancária vinculada a cada Operação Urbana, não se confundindo com o caixa geral da Prefeitura, e devem, obrigatoriamente, ser aplicados nas intervenções. Operação Urbana Consorciada Os empreendedores privados financiam investimento público pelo pagamento de contrapartidas, em troca da permissão de construir área adicional à definida pela lei, garantindo-se recursos para custear intervenções de estruturação, qualificação e melhoria de determinada parte da cidade, objeto da operação. Operação Urbana Instrumento urbanístico Forma de parceria Setor Privado Poder Público Financia o investimento público, mediante pagamento de contrapartidas Operação Urbana Consorciada Operação Urbana Consorciada - Definição Área da Operação Urbana Operação Urbana Consorciada - Definição Setor 5Setor 4 Setor 3 Setor 1 Setor 2 Divisão em Setores Tratar de forma diferenciada as desigualdades existentes na região necessidade de criação por meio de Lei Municipal específica, com definição da área atingida; especificação contendo o programa básico de ocupação da área; programa de atendimento econômico e social da população diretamente afetada; estudo técnico do impacto de vizinhança (impacto nos sistemas de infra-estrutura); contrapartida a ser exigida do proprietário que se beneficiar da Operação Urbana; forma de controle da operação compartilhado com representantes da sociedade civil. Operação Urbana Consorciada - Aspectos Aspectos principais de uma Operação Urbana: A Operação Urbana constitui-se num plano de renovação, promovido em porções do território municipal com potencialidade de desenvolvimento. A viabilidade econômica da intervenção depende do interesse de investidores privados em adquirir à Prefeitura direitos adicionais à legislação municipal. Certificado de Potencial Adicional de Construção CEPAC Certificados de Potencial Adicional de Construção CEPAC São valores mobiliários, conforme Instrução CVM 401/03, de emissão de Municípios. É uma forma de contrapartida financeira de outorga onerosa do potencial construtivo adicional, alteração de uso e parâmetros urbanísticos, para uso específico nas Operações Urbanas Consorciadas. Por meio de lei, o Município cria uma Operação Urbana Consorciada, que deve prever a emissão de quantidade determinada de CEPAC, que podem ser alienados em leilão ou utilizados no pagamento das obras e desapropriações necessárias à própria operação. Cada CEPAC equivale a determinado valor de m² para utilização em área adicional de construção ou em modificação de usos O mecanismo do CEPAC é a conversão de potencial construtivo em títulos, para depois serem negociáveis no mercado e em seguida convertidos em área construída adicional por quem deseja aprovar um projeto na âmbito da operação urbana. Certificado de emissão facultativa dos municípios, desde que prevista em lei, que confere um direito de construir apenas na área objeto da Operação Urbana Consorciada; Alienação onerosa, realizada em leilão, ou privadamente (para pagamentos de obras ou desapropriações); Títulos livremente negociáveis no mercado de balcão organizado da BM&FBovespa; Pode ser vinculado ao lote (terreno) sem a necessidade de projeto construtivo; Esgotado o estoque de CEPAC em determinado setor da Operação, os remanescentes ou em circulação somente poderão ser utilizados nos outros setores da mesma Operação; Certificados de Potencial Adicional de Construção Características Para adquirir CEPAC não é preciso ser proprietário de terreno, nem adquirir imóvel na área da Operação Urbana Consorciada. Público Investidor Empreendedores do setor imobiliário Empresas de construção civil Proprietário de terreno na área da operação Investidores privados Investidores Institucionais (Fundos de Pensão) Sumário das Operações Urbanas em Andamento Operação Urbana Consorciada Água Espraiada Área da Operação Urbana: Valor total das Intervenções = R$1,125 bilhão (3.750.000 CEPAC). Está dividida em seis setores, além de uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). Primeiras Intervenções: Implantação da ponte estaiada sobre o rio Pinheiros, e prolongamento da av. Jornalista Roberto Marinho. Realizados dez leilões: - valor arrecadado: R$685.349.000,00 - CEPAC emitidos: 1.257.039 Operação Urbana Consorciada Faria Lima Área da Operação Urbana: Valor total das Intervenções = R$715 milhões (650.000 CEPAC). Está dividida em quatro setores. Primeiras Intervenções: Implantação/duplicação de eixos rodoviários. Implantação de habitações de interesse social - HIS, para atendimento às famílias atingidas pelas obras. Realizados seis leilões: - valor arrecadado: R$ 433.364.000,00 - CEPAC emitidos: 382.413 SETOR 1 PINHEIROS SETOR 2 FARIA LIMA SETOR 3 HÉLIO PELLEGRINO SETOR 4 OLIMPÍADAS
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