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PAPER ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COM ÊNFASE:
Na análise dos ativos financeiros, índices de liquidez e avaliação e rotatividade dos estoques
Daiana Lopes Xavier de Queiroz 
Gabriela Thais Alves
Geisiane Bressanelli Nichelle 
Lucas Mazarino
Tainara Cardozo Moreira Roseghini 
Tutor Externo Joldmar Duarte Bello
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Bacharelado em Ciências Contábeis (CTB 0262) – Prática do Módulo V
05/10/2017
RESUMO
A análise das Demonstrações Contábeis é uma ferramenta de extrema relevância para a identificação da situação econômica e financeira de uma entidade, e até mesmo para a eficiência e desempenho de sua administração. Este trabalho tem como objetivo considerar a importância dos indicadores financeiros na tomada de decisão dentro das empresas, relatar quais são os ativos financeiros e para que são utilizados, explanar sobre os os métodos de análise dos índices de liquidez, diferenciar os três métodos de avaliação de estoques utilizados no Brasil e enfatizar a importância da avaliação e rotatividade dos estoques no processo gerencial, bem como as fórmulas utilizadas para tal avaliação. Através da prática simulada e baseando-se na leitura e análise de vários livros e sites, concluímos que para uma tomada de decisão eficiente, o gestor não pode se basear em apenas um índice, isto é, ele deve estar por dentro de tudo o que acontece na sua empresa e saber como agir e lidar diante dos resultados negativos e como potencializar os positivos. 
Palavras-chave: Ativos. Liquidez. Estoques.
INTRODUÇÃO
Nas empresas, independentemente do ramo de atuação, a elaboração das demonstrações contábeis de forma correta servirão de base para a retirada de dados e, por consequência, a geração dos relatórios que serão analisados e auxiliarão na tomada de decisão, buscando focar na necessidade que a empresa apresenta em determinado período. A análise das demonstrações contábeis oferece, aos profissionais que a realizam, dados relevantes que indicam a situação contábil e financeira atual da entidade, sendo estes fundamentais para o processo de tomada de decisões em diversos níveis.
Um dos principais aspectos a serem analisados são os ativos financeiros, que é todo caixa ou similar a ser recebido, ou seja, aquilo que coloca dinheiro no bolso periodicamente, como um investimento, em ações, títulos públicos, ou até mesmo em imóveis. Podemos definí-lo em diferentes classes de ativos, mas existem 3 mais comuns: o ativo de reserva financeira, o ativo de geração de renda e os ativos de crescimento. Através do balanço patrimonial podemos extrair os dados necessários para elaborar o índice de liquidez, que é de suma importância e serve para analisar a capacidade de pagamento de uma empresa, de acordo com suas obrigações. 
A avaliação e rotatividade dos estoques também são essenciais para o controle gerencial da empresa. Ela fornece o tempo médio que uma empresa leva para realizar os recursos aplicados em sua atividade operacional. Também permite calcular o giro dos estoques de matérias-primas e do que já foi vendido. A rotatividade ou giro de estoque demonstra quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou. Para calcularmos o giro, é necessário possuirmos o valor do custo das vendas e dividirmos pelo valor do estoque. A rotatividade é expressa em “vezes” por dia, por mês ou por ano. Através dela também é possível calcular outros índices importantes para a gestão financeira da empresa. 
 Neste estudo será enfatizado, num primeiro momento, a importância dos ativos financeiros e detalhando cada tipo de ativo dentro das empresas, seguido pelos índices de liquidez que se subdivide em quatro maneiras de análises, finalizando com os métodos de avaliação dos estoques, da rotatividade dos mesmos seguido das vantagens e desvantagens de ter um giro de estoque alto e seu controle pelo método curva ABC.
DESENVOLVIMENTO
ANÁLISE DOS ATIVOS FINANCEIROS 
2.1.1 Análise das Demonstrações Contábeis ou Financeiras
A técnica utilizada na interpretação das informações contidas nas demonstrações contábeis é a análise das demonstrações contábeis, também denominada análise de balanços, que consiste na decomposição, comparação e interpretação do conteúdo das demonstrações.
A técnica de análise contábil também é aplicável a elementos não evidenciados nas demonstrações, mas que possam ser decompostos, comparados e interpretados.
Por ser parte integrante da Contabilidade Gerencial, a análise contábil não é exigida por lei. Decorre da necessidade de informações mais adequadas sobre a situação do patrimônio e de suas variações.
A análise econômica é aquela que leva em consideração o processo de formação de resultados, ou seja, os lucros ou prejuízos. Já a análise financeira é baseada no fluxo de caixa. È o caso da análise da capacidade de pagamento das obrigações.
2.1.2 Tipos de Ativos Financeiros
De acordo com o art. 176 da lei nº 6.404, de 15-12 de 1976, conhecida também, como Lei das Sociedades por Ações, é obrigatório à publicação pelas companhias, ao final de cada exercício social com duração de um ano, as seguintes demonstrações financeiras:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do resultado do exercício;
Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados ou demonstração das mutações do patrimônio líquido; 
Demonstrações das origens e aplicações de recursos.
Relacionado ao tópico Balanço Patrimonial no qual significa a situação estática da empresa em determinado momento, encontra-se afins as seguintes categorias:
Ativo Circulante - envolve todos os bens e direitos que se convertem em dinheiro em curto prazo. O mesmo envolve os valores realizáveis (conversíveis em dinheiro) até o final do exercício social.
Ativo realizável em longo prazo - composto de direitos realizáveis após o término do exercício seguinte e com a mesma natureza dos direitos do ativo circulante, tais como depósitos judiciais, duplicatas a receber, títulos e valores mobiliários e impostos a recuperar. 
Ativo Permanente - composto de três subgrupos: Investimentos – composto de contas que não se destinam especificamente à manutenção das atividades operacionais das empresas. Imobilizado - compõe-se de bens e direitos que se destinam a manutenção das atividades normais da empresa. Salvo em determinação legal em cartório, as contas do subgrupo do ativo permanente são avaliadas pelo custo corrigido e se estiverem em uso são reduzidas pelas respectivas contas credoras de depreciação. Diferido – composto de despesas incorridas em determinados exercícios, mas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social. Diferente das despesas antecipadas (do artigo circulante), pois os gastos incorridos são corrigidos. 
Passivo Circulante – pelo grande número de contas existentes neste grupo para facilitar a análise, as contas podem ser agrupadas nos seguintes grupos: Empréstimos e Financiamentos: compostos principalmente por contas representativas de financiamentos bancários em curto prazo, títulos a pagar, adiantamentos de contratos de câmbio, encargos financeiros a pagar e parcelas de empréstimos. Fornecedores: representados pelas compras feitas no mercado nacional e no mercado externo. Obrigações fiscais: composto principalmente, pelas seguintes cotas: ICMS, IPI, IR-fonte, ISS, PIS e COFINS a recolher. Outras obrigações: Compõe de contas como: salário, ordenados a pagar, encargos sociais a recolher, adiantamento de clientes, arrendamento mercantil a pagar. Provisões: são encargos e riscos que não tem datas de pagamento fixadas ou seus valores não são conhecidos com exatidão, mas são calculáveis, mesmo que seja por estimativa. 
Exigível a Longo Prazo – classificadas todas as obrigações exigíveis após o término do exercício social seguinte, ou após o ciclo operacional da empresa.
Resultados de Exercícios Futuros – São lucros já auferidos, que serão incorporados ao Patrimônio Líquido pelo regime de competência. 
Patrimônio Líquido – Representa osrecursos próprios da empresa, que pertencem a seus acionistas ou sócios. Existe ainda uma conta devedora chamada ações em tesouraria.
2.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
Os índices de liquidez servem para analisar a capacidade de pagamento de uma empresa perante suas dívidas e obrigações. Esses indicadores são de suma importância para avaliar a vida financeira de uma empresa. Devem ser levados em consideração para os estudos dos gestores da empresa e podem ser obtidos através da análise de relatórios gerenciais, como por exemplo, a DRE, o balanço patrimonial e o fluxo de caixa.
Diversas pessoas confundem os índices como uma espécie de segurança ou a capacidade da empresa de quitar suas contas. Mas não é exatamente isso. Segundo Matarazzo (2010, p. 61): 
Que os índices de liquidez não são índices do fluxo de caixa que tem por objetivo comparar as entradas com as saídas de dinheiro, mas, sim, são índices que, a partir do confronto entre os ativos circulantes com as dívidas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa. Uma empresa que apresenta bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não garante que ela estará, obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia, porque existem outras variáveis como prazo de pagamento, renovação de dívidas, etc.
	
Contudo, podemos dizer que o capital circulante CCL, nada mais é que a diferença entre ativo e passivo circulante. E se o resultado for positivo nos dirá que existe uma folga financeira no que se refere à capacidade de pagamento de suas obrigações.
 
2.2.1 Liquidez Corrente
Calculamos a liquidez corrente a partir da razão entre os direitos, ou seja, ativo circulante: caixa, bancos, estoque e cliente. E passivo circulante: empréstimos, financiamentos, impostos e fornecedores. 
LIQUIDEZ CORRENTE: ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE
2.2.2 Liquidez Seca
Segundo Padoveze e Benedicto (2007), nos mostram que, para podermos analisar esse tipo de liquidez, devemos considerar primeiramente o tipo de empresa a calcular, tendo em vista que algumas empresas possuem estoque que se tornam em dinheiro mais facilmente. E outras, possuem um ciclo comercial maior, com maiores tipos de estoques. 
O cálculo da liquidez seca é parecido com o a dá liquidez corrente, porém, devemos deduzir o estoque, já que os valores que a empresa dispõe para quitar suas obrigações em um curto período de tempo, ainda que não consiga vender nada do que está em estoque.
Para Gitman e Madura (2003, p.195):
O índice seco, (quociente ácido) é parecido com o índice de liquidez de curto prazo, exceto por excluir o estoque, em geral é o ativo circulante de menor liquidez. Entende-se que o índice de liquidez seca serve para verificar a tendência financeira da empresa em cumprir, ou não, com suas obrigações a curto prazo, mas desconsiderando seus estoques, pois eles podem ser obsoletos e não representar a realidade nos saldos apresentados no Balanço contábil. É importante também observar que a empresa possui um estoque muito elevado, os analistas ou investidores vão considerar que não existem políticas adequadas de compra e venda.
 
LIQUIDEZ SECA: (ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUE) / PASSIVO CIRCULANTE
Vale ressaltar, que esse resultado será sempre menor do que o da liquidez corrente, todavia é mais cauteloso em relação ao estoque para a liquidação das suas obrigações. Ou seja, esse cálculo de liquidez nos mostra qual a real situação da empresa cumprir com suas obrigações, caso ocorra uma paralisação de vendas, sem poder contar com o estoque, tornando o mesmo obsoleto.
2.2.3 Liquidez Imediata 
É conhecida como o mais conservador de todos pois são considerados apenas a conta caixa, saldos bancários e aplicações financeiras para realizar o cálculo. Desta maneira é considerado apenas contas que são de liquidez imediata para efetuar o pagamento das obrigações.
LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONÍVEL / PASSIVO CIRCULANTE
Este indicador é de extrema importância para realizar a análise a curto prazo da empresa uma vez que são retiradas as contas ou valores a receber e a conta estoques.
2.2.4 Liquidez Geral
Este indicador é utilizado para analisar a situação da empresa tanto a curto quanto a médio e longo prazo, pois junto ao cálculo são incluídos todos os direitos e obrigações que a empresa possui como vendas parcelas, investimentos a longo prazo e empréstimos a pagar ou seja que serão quitados a frente de 12 meses 
LIQUIDEZ GERAL = (ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL EM LONGO PRAZO) / (PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL EM LONGO PRAZO)
Como base para realizar o cálculo obtemos os dados através do Balanço patrimonial da empresa.
Para analisar o resultado obtido através da fórmula e dos dados presentes nos relatórios gerenciais utilizamos como base a seguinte referência: 
Índice de liquidez maior do que 1: a empresa possui alguma folga para cumprir com suas obrigações.
Índice de liquidez igual a 1: os valores à disposição da empresa empatam com as contas que ela tem para pagar.
Índice de liquidez menor do que 1: se a empresa precisasse quitar todas as suas obrigações no curto prazo, ela não teria recursos suficientes.
De maneira simplificada podemos dizer que quanto maior for o índice obtido melhor será a saúde financeira da empresa. 
AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 
	O Estoque é um dos itens que deve ter maior atenção, pois ele tem uma importante participação não só no Ativo circulante, mas no total do Ativo também.
	Além disso, representa o custo das mercadorias em posse de uma empresa, em uma data específica. Para saber o tipo de estoque que possui a empresa, devemos saber o ramo e o objetivo social da mesma, como por exemplo: se a empresa possui um comércio de produtos ela compra e vende os mesmos produtos, portanto, seu estoque é composto por mercadoria.
	Por outro lado, por exemplo: uma indústria que fabrica os produtos que vende, o estoque é composto pela sua matéria prima, que não foram dispostas para a produção, produtos em fase de elaboração, inacabados e por fim os produtos acabados e prontos para a venda.
	Por isso, para se ter um controle rígido e obter informações precisas e também o lucro esperado, existem 3 métodos que podemos nos basear para o cálculo de custos que são: PEPS, UEPS e Custo Médio.
	
2.3.1 Método PEPS
PEPS significa Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair. Pode ser conhecido também como FIFO que em inglês significa First In, First Out.
Ele funciona da seguinte forma: os produtos que chegam primeiro ao depósito devem ser vendidos primeiros. Sendo assim, os primeiros produtos que chegarem ao depósito vão definir o valor total do estoque.
Uma das vantagens deste método é que o cálculo dos valores não será baseado em estimativas, passando a ter o custo real e lucro real da operação. Além disso os produtos a serem vendidos seguirão uma ordem lógica ou sistêmica, ou seja, evitando que os produtos novos sejam vendidos antes dos que já estão no estoque faz tempo.
	
FIGURA 1 – O QUE É FIFO
 FONTE: Disponível em: <www.logisticadofuturorfid.blogspot.com>. Acesso em: 02 out. 2017.
2.3.2 Método UEPS
UEPS significa Último a Entrar, Primeiro a Sair. Funciona da seguinte maneira: o cálculo do custo será feito pelos últimos produtos adicionados ao estoque, ou seja, o valor total do estoque será extraído a partir do custo do último produto adicionado ao estoque.
O UEPS causa uma supervalorização do preço do produto, pois geralmente esse valor é mais alto e no fim gerará um crédito positivo do material. Por outro lado, existe um problema no método em função da redução do valor tributável depois do exercício de cálculo. Por este motivo a legislação fiscal brasileira não permite que o sistema seja utilizado pelas empresas. No entanto, em compensação, é um método com estimativa mais próxima da realidade.
2.3.3 Custo Médio
O Custo médio ponderado também é chamado de preço médio, obtido através de uma média de custos de aquisição.
Desse modo, conforme Oliveira (2002, p. 196):Embora haja muitas variações no método pelo qual um custo pode ser determinado o procedimento mais comum é calcular a unidade de custo médio através da ponderação em relação às diferentes quantidades de mercadorias adquiridas a custos variáveis. O custo médio ponderado das unidades é determinado pela divisão do valor total do custo pelo total das unidades.
ÍNDICE DE ROTATIVIDADE DOS ESTOQUES 
Os estoques fazem parte do patrimônio de uma entidade como um ativo da empresa, pois podem ser considerados bens ou investimentos. Sua rotatividade, ou índice de giro, como é comumente chamado, é um excelente indicador para a gestão da empresa pelo fato de medir sua liquidez, isto é, a velocidade em que o inventário foi renovado em um determinado período ou qual é o tempo médio de permanência de um produto em estoque antes da venda. No entanto, deve ser aliado com o prazo de atendimento dos pedidos e recebimento das vendas, pois não adianta ter um giro tão alto que não suporte a demanda de atendimentos ou que não gerem retorno financeiro.
O cálculo do índice de giro de estoques (IGE), que ajuda a avaliar quantas vezes o estoque de um produto, ou o estoque total, foi renovado devido sua venda ou utilização, durante um período, geralmente de um ano, pode ser feito a partir dos custos ou itens, considerando o volume total de vendas e a média de estoque. 
TABELA 1 - EXEMPLO 1 – CÁLCULO DO GIRO DOS ESTOQUES
	LOJA DE MATERIAIS ELÉTRICOS / PRODUTO: LÂMPADA LED 10W
	Estoque médio: 600un
	IGE= 3.600/600 - IGE= 6
O estoque deste produto foi renovado 6x durante o ano
	Total de vendas: 3.600un vendidas no ano
	
FONTE: Os autores 
IGE= Custo dos Produtos Vendidos / Estoque Médio (Est. Inicial + Est. Final / 2)
TABELA 2 - EXEMPLO 2 - CÁLCULO DO GIRO DOS ESTOQUES
	LOJA DE MATERIAIS ELETRICOS / PRODUTO: LÂMPADA LED 10W
	Custo unitário: R$ 5,00 (CMV)
	IGE= 18.000/3.000 
IGE= 6
O estoque deste produto foi renovado 6x durante o ano
	Valor Est. médio: 600x5,00= R$ 3.000,00
	
	Valor total vendas no ano: 3.600x5,00= R$ 18.000,00
	
FONTE: Os autores 
IGE= Vendas / Valor Médio do Estoque (Estoque com grande variedade de materiais/itens)
Nesses exemplos, se o resultado fosse menor que 1, teríamos uma indicação de que alguns dos produtos que iniciaram o ano na prateleira, ainda não foram vendidos. 
Índice de Prazo Médio de Rotação dos Estoques
 O PMRE demonstra, em média, quantos dias a empresa leva para vender e renovar seu estoque. Quanto maior for este índice, maior será o prazo que os produtos permanecerão estocados.
Somando o PMRE com o Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV), é possível calcular o ciclo operacional da empresa. 
A fórmula utilizada para o cálculo da PMRE é:
PMRE= 365x Estoque médio	
		CMV
Utilizando o exemplo da loja de materiais elétricos, teríamos:
PMRE = 365 x 3.000 = 60,8
18.000
Desse modo, a loja de materiais elétricos “girou” seu estoque de controles em média 6 vezes ao ano e o fez a cada 60,8 dias.
Curva ABC
Muitos gestores não têm nenhuma metodologia para o seu estoque e acabam decidindo tudo na base do feeling. Apesar de saberem o que vende bem, não possuem nenhuma ferramenta que identifique seus campeões de vendas e os produtos que trazem melhores resultados para a empresa. Com esse intuito, a Curva ABC, que se baseia no princípio de que uma pequena parte dos seus produtos é responsável pela maior parte do seu faturamento, categoriza os produtos em estoque mostrando ao empreendedor qual nível de atenção deve ser dado para cada tipo de produto, de acordo com diversos quesitos, como vendas, faturamento, margem de lucro e espaço.
Ela é realizada através de uma planilha que lista os itens por valor unitário, quantidade vendida e valor total por produto. É uma conta extremamente básica, mas que possibilita colocar outras variáveis que vão ajudar a entender melhor o mix de produtos, como os custos e a margem por item. A partir daí basta calcular qual é o percentual de participação de cada um deles em suas vendas, dividindo o valor total por produto pelo total de vendas da loja.
Além de permitir que a empresa melhore seu mix de produtos, a análise da curva ABC evita erros comuns, como um estoque com poucas unidades dos produtos mais vendidos e lotado com os itens que vendem pouco, afinal se o produto que mais vende faltar, isso certamente vai acarretar uma série de problemas, tanto para a empresa quanto para seus clientes.
Os produtos A nunca podem faltar. O ideal é monitorar constantemente como está a saída deles e planejar a reposição com bastante antecedência, reservando a verba necessária para isso. Já os produtos B e C aumentam a estabilidade da empresa. Desse modo, além de padronizar a rotatividade dos estoques e manter uma boa logística, pode-se aproveitar melhor o cliente e agregar as vendas, utilizando o preço cativo, que é a estratégia de oferecer ao cliente que está a procura do produto A os produtos associados e os menos vendidos que fazem parte dos segmentos B e C. FONTE: Disponível em: <http://blog.hospedin.com/estoque-hoteleiro/>. Acesso em: 04 dez. 2017.
FIGURA 2 – EXEMPLO CURVA ABC
2.4.3 Vantagens e desvantagens de um giro de estoque alto
Ter um giro de estoque alto possui algumas vantagens, como:
Menor risco de vencimento e avarias;
Em caso de sinistros, como incêndios ou roubos, o prejuízo é menor.
Redução do investimento em estoque e liberação de caixa;
Exige menor espaço de armazenamento.
	Conforme o site B3 gestão e tecnologia (2014):
Várias outras vantagens podem ser observadas, entretanto não se deve confundir o giro de estoque alto como fator para indicar o estoque mínimo do produto. O estoque mínimo ou de segurança contempla outros fatores, como sazonalidade, desvio padrão de consumo de estoque, custos de aquisição, lotes de compra, entre outros fatores.
Mas também possui algumas desvantagens, como, nas palavras de Müller e Antonik (2008, p. 142), “Giro de estoque alto não significa eficiência, pois estoque muito pequeno (giro alto) pode indicar: dificuldades para entregar o pedido e falta de caixa. Devem-se utilizar comparativos com outras empresas e sobretudo séries temporais da própria empresa. ”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo tivemos o intuito de mostrar e explicar os índices de liquidez e para que e quando podemos utilizar cada tipo. Através dos mesmos podemos medir a capacidade imediata das obrigações de uma determinada empresa. Tentamos mostrar de forma simplificada e de fácil compreensão, através de exemplos e fórmulas, cada tipo de índice. 
Verificamos que o giro de estoque mensura a liquidez do estoque de uma empresa. Para calcular o giro, primeiramente é preciso definir o período calculado, que geralmente é anual, mas se estiver lidando com produtos perecíveis, por exemplo, precisa considerar intervalos menores. A seguir, é preciso levantar dois dados: o total de produtos vendidos no período e o volume médio no inventário, seja em itens, seja em preços. A conta, em si, é simples: total de vendas dividido pelo estoque médio armazenado. Através da obtenção do IGE é possível calcular outros índices importantes. Se o resultado for menor do que 1, significa que sobraram produtos em estoque. Se for maior do que 1, quer dizer que todos os itens foram renovados pelo menos uma vez no período avaliado. O giro alto também pode apresentar vantagens e desvantagens.
Ao término deste estudo, podemos perceber também que o estoque, apesar de termos a impressão de ser fácil ou talvez menos importante, é uma peça chave para a saúde financeira da empresa. E para que ele desenvolva e gere o lucro esperado, o gestor deve saber qual o objetivo social e ramo da sua empresa para ver o método que mais se encaixa para a mesma, pois, cada método tem sua vantagem e desvantagem e se a escolha não for correta a empresa poderá ser prejudicada.
Portanto, o ideal é que cada gestor conheça bem sua empresa, o campo de mercado em que está inserido, seus clientes, fornecedores, concorrentes,saiba identificar os períodos de sazonalidade e analisar os diversos indicadores existentes na análise financeira para que não se precipite na hora de renovar seu estoque. Assim, saberá o quanto sua empresa tem de ativos, se ela apresenta um bom grau de liquidez, fluxo de vendas e recebimento dessas vendas, como é seu fluxo de caixa, se comporta um volume alto de mercadorias em estoque, se aquele determinado período exige uma quantidade excepcional de produtos/matéria-prima e o mais importante, se o seu ciclo operacional consegue se auto sustentar e gerar o tão esperado lucro.
REFERÊNCIAS
B3 GESTÃO E TECNOLOGIA. WMS - A importância do giro de estoque na gestão empresarial. Disponível em: <http://b3consultoria.com.br/wms-importancia-giro-de-estoque-na-gestao-empresarial/>. Acesso em: 23 set. 2017.
BLATT, Adriano. Análise de balanços: estruturação e avaliação das demonstrações financeiras e contábeis. São Paulo: MAKRON Books, 2001. Disponível em: <https://uniasselvi.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788534612227/pages/_1>. Acesso em: 09 set. 2017. 
BRUNI, Adriano Leal. A análise contábil financeira. 3 ed. vol. 4. São Paulo: Atlas, 2014.
CHING, Hong Yuh; MARQUES, Fernando; PRADO, Lucilene. Contabilidade e finanças para não especialistas. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. Disponível em: <https://uniasselvi.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576058083/pages/_1>. Acesso em: 08 set. 2017.
DE PAULA, GILLES B. Indicadores de Liquidez – Corrente, Seca, Imediata e Geral. Disponível em: <https://www.treasy.com.br/blog/indicadores-de-liquidez-corrente-seca-imediata-e-geral>. Acesso em: 26. ago. 2017.
DICIONÁRIO FINANCEIRO. O que são índices de liquidez? Disponível em: <https://www.dicionariofinanceiro.com/indices-de-liquidez/>. Acesso em: 28. ago. 2017.
EGESTOR. O que são PEPS, UEPS e Custo Médio? Disponível em: <https://blog.egestor.com.br/o-que-sao-peps-ueps-e-custo-medio/>. Acesso em: 23 set. 2017.
FLORIANI, Arlete Regina. Análise das Demonstrações Contábeis. Indaial: Uniasselvi, 2013.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanço, Abordagem Básica e Gerencial. São Paulo:Atlas,1998.
MÜLLER, Aderbal Nicolas; ANTONIK, Luis Roberto. Análise financeira: uma visão gerencial: guia prático com sugestões e indicações da análise financeira das organizações. São Paulo: Atlas, 2008. 
PRADO, Nadir. Método de avaliação de estoques. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/nadirsp/4-mtodos-de-avaliao-de-estoques/>. Acesso em 23 set. 2017.
SILVA. Lanna Golenhesky Luz da. Análise dos demonstrativos financeiros: capacidade de pagamento. Disponível em: <http://www.peritocontador.com.br/artigos/colaboradores/Capacidade_de_Pagamento.pdf>. Acesso em: 28. ago. 2017.
UOL E-COMMERCE. Curva ABC. Disponível em: <http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html#rmcl>. Acesso em: 04 dez. 2017.
ZANLUCA, Jonathan de Souza. Cálculo e Análise dos Índices de Liquidez. Disponível em: <https://www.portaldecontabilidade.com.br/>. Acesso em 23 set. 2017.
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