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Aula 02 - constitucional - resumo - curso enfase

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Direito Eleitoral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Elegibilidade (continuação) ........................................................................................ 2 
1.1. Condições Próprias ou Explícitas .......................................................................... 2 
1.1.1. Nacionalidade Brasileira ................................................................................ 2 
1.1.2. Pleno exercício dos direitos políticos ............................................................ 2 
1.1.3. Alistamento Eleitoral ..................................................................................... 2 
1.1.4. Domicílio Eleitoral na circunscrição .............................................................. 3 
1.1.5. Filiação Partidária .......................................................................................... 3 
1.1.5.1. Pessoas proibidas de se filiarem a partidos políticos ............................ 5 
1.1.6. Idade Mínima ................................................................................................ 7 
2. Inelegibilidades ........................................................................................................... 7 
2.1. Diferenças entre as condições de elegibilidade e casos de inelegibilidade. ....... 7 
2.2. Esquematização ................................................................................................... 8 
2.3. Inelegibilidades Constitucionais ........................................................................... 8 
2.3.1. Absolutas ....................................................................................................... 8 
2.3.1.1. Inalistáveis ............................................................................................. 8 
2.3.1.2. Analfabetos ............................................................................................ 9 
2.3.2. Relativas ........................................................................................................ 9 
2.3.2.1. Por motivos funcionais .......................................................................... 9 
2.3.2.2. Reflexa ................................................................................................. 13 
 
 
 
Direito Eleitoral 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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1. Elegibilidade (continuação) 
A respeito das condições impróprias de elegibilidade, é importante destacar que 
inexiste reserva de lei complementar para que as mesmas sejam instituídas, podendo o ser 
por qualquer tipo de diploma normativo infraconstitucional. 
 
1.1. Condições Próprias ou Explícitas 
1.1.1. Nacionalidade Brasileira 
Existem cargos eletivos que exigem, como condição de elegibilidade, que o indivíduo 
seja brasileiro nato. 
Exemplo: Presidente e Vice-Presidente da República. 
Os demais cargos eletivos são acessíveis a brasileiros natos, naturalizados e 
portugueses equiparados. Sobre o tema, cabe mencionar que a Constituição Federal 
apresenta certa atecnia em seu art. 14, §3º, I, visto que os portugueses equiparados não 
possuem ou adquirem nacionalidade brasileira e, mesmo assim, são elegíveis. 
 
 1.1.2. Pleno exercício dos direitos políticos 
Somente estarão no pleno exercício dos seus direitos políticos aqueles que não 
sofreram qualquer das privações elencadas pelo art. 15 da Constituição Federal. 
Art. 15 (da CRFB). É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só 
se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
� Em que momento o sujeito adquire seus direitos políticos? 
A partir do momento em que se alista como eleitor, podendo ser eleito a partir dos 
18 anos para o cargo de vereador. 
 
1.1.3. Alistamento Eleitoral 
Referida hipótese está contida no item acima, conforme já exposto. 
 
Direito Eleitoral 
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1.1.4. Domicílio Eleitoral na circunscrição 
No Direito Civil, domicílio significa o local onde o sujeito de direitos reside com ânimo 
de definitividade; residência é o local em que o indivíduo se estabelece habitualmente e; 
moraria consiste no local em que alguém se estabelece de forma provisória ou temporária. 
Para o Direito Eleitoral, domicílio eleitoral é o local da residência ou moradia do 
indivíduo e, havendo mais de uma, o de qualquer delas. 
Art. 42, parágrafo único (do Código Eleitoral - Lei nº 4.737/65). Para o efeito da 
inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, 
verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas. 
O conceito de domicílio eleitoral é elástico, ou seja, é extremamente amplo. Nesse 
sentido, pode o indivíduo se alistar no seu domicílio civil, local de residência ou local de 
moradia. 
Não bastasse esse elasticidade, o TSE admite que a comprovação do domicílio 
eleitoral requer a demonstração de pelo menos um dos seguintes vínculos: (a) patrimonial; 
(b) laborativo e; (c) social. 
Por sua vez, a circunscrição varia a depender do tipo de eleição (municipal, estadual 
ou distrital e federal). Assim, caso eu queria concorrer a um cargo eletivo no estado de 
Minas Gerais, eu preciso possuir domicílio eleitoral no aludido estado. 
 A Lei nº 9.504/97 exige um tempo mínimo de domicílio eleitoral na circunscrição em 
que o candidato pretende concorrer ao cargo eletivo, a saber, 01 (um) ano. 
 Art. 9º. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na 
respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito e estar com a 
filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. 
 
1.1.5. Filiação Partidária 
Na medida em que a Constituição Federal exige que, para concorrer às eleições, a 
pessoa deve estar filiada a determinado partido político, não são permitidas candidaturas 
avulsas, sendo que a escolha do candidato em convenção partidária materializa, também, 
uma condição de elegibilidade. 
Esse fato corrobora a ideia de que o cargo eletivo não pertence, por excelência, ao 
candidato eleito, mas sim ao partido político do qual o mesmo faz parte. 
Art. 16 (da Lei nº 9.096/95 - Lei dos Partidos Políticos). Só pode filiar-se a partido o 
eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos. 
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o 
atendimento das regras estatutárias do partido. 
Direito Eleitoral 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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Parágrafo único. Deferida a filiação do eleitor, será entregue comprovante aointeressado, no modelo adotado pelo partido. 
Art. 18. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo 
partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou 
proporcionais. 
Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de cada ano, o partido, por 
seus órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá remeter, aos juízes 
eleitorais, para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação 
partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os 
seus filiados, da qual constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das 
seções em que estão inscritos. 
§ 1º Se a relação não é remetida nos prazos mencionados neste artigo, permanece 
inalterada a filiação de todos os eleitores, constante da relação remetida anteriormente. 
§ 2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, diretamente à Justiça 
Eleitoral, a observância do que prescreve o caput deste artigo. 
§3o Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às 
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. 
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação 
partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. 
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com 
vistas a candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. 
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de 
direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. 
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo 
torna-se extinto, para todos os efeitos. 
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de: 
I - morte; 
II - perda dos direitos políticos; 
III - expulsão; 
IV - outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no 
prazo de quarenta e oito horas da decisão. 
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva 
Zona Eleitoral. 
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais 
recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais 
 
 Art. 9º (da Lei nº 9.504/97 - Lei das Eleições). Para concorrer às eleições, o candidato 
deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, 
um ano antes do pleito e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. 
A respeito da prova de filiação partidária, a lei estabelece que os partidos políticos 
devem remeter aos Juízes Eleitorais, 02 (duas) vezes por ano, a lista com os candidatos 
Direito Eleitoral 
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filiados, de modo que, se descumprida essa exigência, considerar-se-á como filiados aqueles 
constantes da última lista enviada. 
Diante da omissão dos partidos políticos em comunicar a filiação de determinados 
candidatos, a fim de que estes não sejam prejudicados com o indeferimento do registro de 
suas candidaturas, a jurisprudência admite ao prejudicado requerer diretamente à Justiça 
Eleitoral a inclusão do seu nome na lista e, para tanto, poderá se utilizar de outros meios 
para provar sua filiação. 
Súmula nº 20, do TSE. 
A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral, 
nos termos do art. 19 da Lei nº 9.096, de 19.9.95, pode ser suprida por outros elementos 
de prova de oportuna filiação. 
 Cumpre ressaltar que o termo final do prazo exigido para filiação partidária, assim 
como do prazo exigido de domicílio eleitoral, consiste na data das eleições. 
 
1.1.5.1. Pessoas proibidas de se filiarem a partidos políticos 
• Membros da Magistratura; 
Art. 95, parágrafo único, III (da CRFB). Aos juízes é vedado dedicar-se à atividade 
político-partidária 
• Membros do Tribunal de Contas; 
Art. 73, §3º (da CRFB). Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas 
garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do 
Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as 
normas constantes do art. 40. 
• Membros do Ministério Público; 
Art. 128, §5º, II, “e” (da CRFB). Leis complementares da União e dos Estados, cuja 
iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, 
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus 
membros: (...) 
II - as seguintes vedações: 
(...) 
e) exercer atividade político-partidária; 
Até a E.C. 45/2004, o dispositivo em comento era assim redigido: “exercer atividade 
político-partidária, salvo os casos previstos em lei”. A Lei Orgânica Nacional do Ministério 
Público, assim, previa hipóteses de atividades político-partidárias que seus membros 
poderiam exercer, tais como, filiar-se a partido político (em acúmulo de funções) e concorrer 
às eleições (sendo licenciado do cargo público). Após a entrada em vigor da referida 
Direito Eleitoral 
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emenda, aos membros do MP é vedado, em regra, o exercício de qualquer atividade político-
partidária. Entretanto, a regra comporta 02 (duas) exceções jurisprudenciais (construídas 
pelo STF): (1) aqueles que na data da promulgação da E.C. 45/2004 possuíssem mandato 
eletivo, poderiam continuar a exercer o mandato e, mais, poderiam se candidatar à 
reeleição e; (2) a proibição absoluta trazida pela E.C 45/2004 alcança todos os membros do 
Ministério Público, com exceção daqueles que ingressaram na carreira antes da Constituição 
Federal de 1988 e que tenham feito a opção pelas regras do regime anterior na forma do art. 
29, §3º, do ADCT. 
Art. 29, §3º (do ADCT/CRFB). Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às 
garantias e vantagens, o membro do Ministério Público admitido antes da promulgação 
da Constituição, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta. 
� Caso um membro da Magistratura, do Tribunal de Contas ou do Ministério Públicos 
queriam se candidatar a um cargo eletivo, o que deverão fazer? 
R: A desincompatibilização ocorre mediante o pedido de exoneração do cargo 
público, que é definitiva. Nesse caso, entende-se que esses indivíduos não necessitam 
cumprir o prazo de 01 (um) ano de filiação partidária, sendo suficiente o prazo que a lei 
exige para sua desincompatibilização, que é de 06 (seis) meses antes da realização das 
eleições. 
Art. 1º, II, “a”, itens 8 e 14 (da Lei Complementar nº64/90). São inelegíveis: 
(...) 
II - Para Presidente e Vice-Presidente da República: 
até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções: 
(...) 
8. os Magistrados; 
14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos Estados e do Distrito Federal; 
 
Art. 1º, II, “j” (da Lei Complementar nº64/90). São inelegíveis: 
(...) 
II - Para Presidente e Vice-Presidente da República: 
(...) 
j) os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até 6 
(seis) meses anteriores ao pleito; 
• Militares na ativa; 
Art. 142, §3º, V (da CRFB). (...) o militar, enquanto em serviço ativo, não podeestar 
filiado a partidos políticos; 
Sobre esse último ponto, há um conflito de normas constitucionais, visto que, apesar 
de não poderem se filiar a partidos políticos, podem os militares alistáveis ser eleitos. 
 
Direito Eleitoral 
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1.1.6. Idade Mínima 
A Constituição exige uma idade mínima para cada cargo eletivo. 
(a) 35 (trinta e cinco) anos para Presidente, Vice-Presidente e Senador; 
(b) 30 (trinta) anos para Governador e Vice-Governador; 
(c) 21 (vinte e um) anos para Prefeito, Deputado Estadual, Deputado Federal e Juiz 
de Paz; 
(d) 18 (dezoito) anos para Vereador. 
Observação1: A idade mínima constitucionalmente exigida deve ser preenchida na 
data da posse do candidato, caso eleito seja. 
 Art. 11, §2º (da Lei nº 9.504/97). A idade mínima constitucionalmente estabelecida 
como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse. 
Observação2: Desde que na data da posse tenha completado 18 (dezoito) anos, o 
menor com 17 (dezessete) anos pode concorrer às eleições. Ressalte-se que o referido tema 
é controvertido na doutrina. 
Observação3: Em função do princípio da vedação à restrição infraconstitucional de 
direitos políticos, não existe idade máxima para o exercício de cargos eletivos. 
Observação4: Embora a CRFB exija uma idade mínima para o titular do cargo eletivo, 
aludida idade não é exigida para o seu eventual substituto. 
 
2. Inelegibilidades 
* Tema muito cobrado nas provas de concurso público, especialmente no da DPU. 
Consiste no impedimento ou vedação ao exercício da capacidade eleitoral passiva. 
Trata-se de um fator negativo que subtrai do individuo o direito de concorrer a cargos 
eletivos. 
 
2.1. Diferenças entre as condições de elegibilidade e casos de inelegibilidade. 
1) As condições de elegibilidade devem estar previstas na Constituição Federal ou Lei 
Ordinária. As inelegibilidades devem estar previstas na Constituição Federal ou Lei 
Complementar (há, portanto, reserva de lei complementar para o tema). 
Art. 14, §9º (da CRFB). Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e 
os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade 
para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e 
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício 
de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
Direito Eleitoral 
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2) As condições de elegibilidade decorrem de situações lícitas e as inelegibilidades 
decorrem de atos ilícitos ou incompatibilidades. 
3) As condições de elegibilidade são condições para o acesso aos cargos. As 
inelegibilidades, por sua vez, correspondem a vedações ao acesso. 
4) As condições de elegibilidade materializam requisitos positivos, ao passo que as 
inelegibilidades consistem em requisitos negativos. 
 
2.2. Esquematização 
 Inalistáveis 
 Absolutas Analfabetos 
 Constituição Federal Motivos Funcionais 
Inelegibilidades Relativas Reflexa 
 Lei Complementar (LC 64/90) Servidor Militar 
 
As inelegibilidades constitucionais não precluem nunca, podendo ser alegadas na 
fase do registro de candidatura ou posteriormente, inclusive após as eleições. 
As inelegibilidades legais precluem se não forem alegadas na fase do registro das 
candidaturas, através de ação de impugnação ao registro de candidatura (AIRC), salvo se 
supervenientes forem. 
Art. 223 (Lei nº 4.737/6195). A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício pela 
Junta, só poderá ser arguida quando de sua prática, não mais podendo ser alegada, 
salvo se a arguição se basear em motivo superveniente ou de ordem constitucional. 
Ainda, cabe registrar que as inelegibilidades absolutas alcançam todos os cargos 
eletivos, ao passo que as relativas alcançam apenas alguns cargos. 
 
2.3. Inelegibilidades Constitucionais 
2.3.1. Absolutas 
2.3.1.1. Inalistáveis 
A CRFB/88 prevê, de forma expressa, como inalistáveis os estrangeiros – exceto os 
portugueses equiparados – e os conscritos (aqueles que estão cumprindo serviço militar 
obrigatório). 
Direito Eleitoral 
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A Constituição também prevê, implicitamente, que os menores de 16 (dezesseis) 
anos são inalistáveis, cabendo ser ressaltado que o individuo com 15 (quinze) anos poderá se 
alistar caso complete 16 (dezesseis) anos até a data das eleições, nos termos da Resolução 
nº 21.538/2003/TSE. 
De forma também implícita, a Constituição estabelece que os indivíduos privados de 
seus direitos políticos são inalistáveis. Referida hipótese é elencada, de modo expresso, no 
Código Eleitoral. 
Art. 5º (da Lei nº 4.737/65). Não podem alistar-se eleitores: 
(...) 
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. 
Nessa hipótese, considerando que os direitos políticos são originados com o 
alistamento eleitoral, deve-se compreender que, caso alguém já tenha se alistado e venha a 
ser privado de seus direitos políticos, proceder-se-á ao cancelamento do alistamento; caso 
alguém não tenha se alistado e venha a sofrer com a imposição de alguma causa que 
suspende ou faz perder os direitos políticos, não poderá ser realizado o alistamento. 
 
2.3.1.2. Analfabetos 
A prova de alfabetização se faz pela apresentação de comprovante de escolaridade. 
Inexistindo aludido documento, entende-se que a pessoa pode fazer uma declaração 
de próprio punho. 
A jurisprudência do TSE entende que, nessa hipótese, poderá o juiz eleitoral 
determinar a aferição por outros meios, inclusive por teste de alfabetismo, o qual deve ser 
realizado reservadamente, a fim de se evitarem constrangimentos. 
O STJ também já se posicionou no sentido de que os analfabetos são elegíveis desde 
que submetidos a teste de alfabetismo que tenha constatado pela capacidade mínima de 
confecção e compreensão de textos. 
 
2.3.2. Relativas 
2.3.2.1. Por motivos funcionais 
Art. 14, §5º (da CRFB). O Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
Aludido dispositivo veda um terceiro mandato consecutivo no mesmo cargo eletivo, 
alcançando os (1) Chefes do Executivo (e seus vices); (2) quem os tenha substituído 
Direito Eleitoral 
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(assunção temporária do mandato/decorre de impedimentos) e; (3) quem os tenha sucedido 
(assunção definitiva do mandato/decorre de vacância). 
Observação1: Para a reeleição, não é necessária a desincompatibilização (tanto para 
o titular quantopara o seu vice). Sobre o assunto, existem diversas críticas, visto que os 
ocupantes de cargo eletivo eventualmente podem se utilizar do mandato para se promover 
e se reeleger. Entretanto, para os chefes do executivo concorrerem a outros cargos, deverão 
renunciar aos respectivos mandatos até 06 (seis) meses antes das eleições. Por outro lado, 
os vices poderão concorrer a outros cargos preservando os seus respectivos mandatos 
desde que, nos 06 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído 
seu titular. 
Art. 1º, §2º (da LC 64/90). § 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito 
poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, 
desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou 
substituído o titular. 
Observação2: Os vices poderão concorrer ao cargo eletivo do titular mesmo tendo 
substituído este no curso do primeiro e/ou segundo mandato (hipóteses “1” e “2”, abaixo). 
Contudo, caso o vice venha a suceder o titular, passará a ser titular do cargo, assumindo, 
portanto, seu 1º mandato. Poderá exercer o cargo eletivo de chefe do executivo na próxima 
eleição, mas não poderá concorrer à reeleição (hipótese “3”, abaixo). 
 
1º Período 2º Período 3º Período 4 Período (reeleição) 
Vice Vice Titular PODE Titular PODE 
Vice (com substituição) Vice (com substituição) Titular PODE Titular PODE 
Vice (com substituição) Vice (com sucessão) Titular PODE Titular NÃO PODE 
 
 Observação3: Regra geral, a substituição não importa na assunção de mandato 
(como chefe) pelo vice, porquanto, conforme já mencionado, é a mesma temporária. 
Entretanto, caso a substituição tenha ocorrido nos 06 (seis) meses anteriores às eleições, 
ficará configurado um mandato eletivo, de modo que o candidato não poderá ser reeleito 
em um 3º período, tal como ocorre nos casos de sucessão (Resolução 21.456/2003-TSE). 
 
1º Período 2º Período 3º Período 
Vice (com substituição) Titular PODE Titular NÃO PODE 
 nos 06 meses anteriores 
 às eleições 
 
Observação4: É vedado àquele que foi titular de 02 (dois) mandatos consecutivos na 
chefia do executivo se candidatar no período subsequente ao cargo de vice. 
 
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1º Período 2º Período 3º Período 
 Titular Titular Vice NÃO PODE 
Observação5: Suponhamos que o titular, no curso do seu 2º mandato, renuncie ao 
cargo até 06 (seis) meses antes das eleições. Nessa hipótese, considerando que o mesmo 
não mais é titular do cargo, caso tenha interesse em concorrer, concorreria pelas eleições (e 
não reeleição). Contudo, trata-se isso de uma manobra, que não é permitida, de modo que a 
inelegibilidade permanece presente. 
Observação6: Prefeito itinerante ou prefeito de carreira: é o indivíduo que exerce 02 
(dois) mandatos consecutivos no mesmo município e, 06 (seis) meses antes das eleições, 
renuncia ao cargo e transfere seu domicílio eleitoral para o município vizinho objetivando 
concorrer às eleições. Isso poderia ocorrer de forma infinita, vindo o referido indivíduo a 
ocupar os cargos de prefeito em diversas municipalidades vizinhas. 
Até 2008, o TSE não vedava essa situação, porquanto a CRFB/88 proíbe que seja 
exercido por 03 (três) vezes consecutivas o mesmo cargo (não é o mesmo cargo porque se 
tratam de municípios diferentes). Entretanto, em 2008, o TSE realizou uma virada 
jurisprudencial, havendo por indeferir os registros de candidaturas de “prefeitos 
itinerantes”. Provocado, o STF se posicionou no sentido de que a mudança de domicílio 
eleitoral por alguém que já exercera 02 (dois) mandatos consecutivos na chefia do Poder 
Executivo em município diverso configura fraude à regra constitucional proibitiva de uma 2ª 
reeleição, atentando contra o princípio republicano. 
Nesse diapasão, o STF identificou 02 (duas) hipóteses de presunção relativa de fraude 
eleitoral: (1) quando os municípios tiverem territórios limítrofes ou muito próximos, de 
modo a pressupor uma microrregião eleitoral formada por eleitores com características 
comuns igualmente influenciados pelos grupos políticos atuantes da região e; (2) quando os 
municípios tiverem origem comum resultante de fusão, incorporação ou desmembramento. 
Nesse mesmo julgado, lado outro, o STF consignou que as viradas jurisprudenciais do 
TSE não têm efeito imediato, tendo eficácia apenas nas eleições que ocorrerem no próximo 
ano. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. REELEIÇÃO. PREFEITO. 
INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA 
EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. I. REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. 
INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE 
TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO 
DIVERSO. O instituto da reeleição tem fundamento não somente no postulado da 
continuidade administrativa, mas também no princípio republicano, que impede a 
perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio republicano 
condiciona a interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, 
de modo que a reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a 
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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terceira eleição não apenas no mesmo município, mas em relação a qualquer outro 
município da federação. Entendimento contrário tornaria possível a figura do 
denominado prefeito itinerante ou do prefeito profissional , o que claramente é 
incompatível com esse princípio, que também traduz um postulado de 
temporariedade/alternância do exercício do poder. Portanto, ambos os princípios 
continuidade administrativa e republicanismo condicionam a interpretação e a 
aplicação teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois 
mandatos consecutivos como prefeito de determinado município fica inelegível para o 
cargo da mesma natureza em qualquer outro município da federação. II. MUDANÇA DA 
JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. ANTERIORIDADE 
ELEITORAL. NECESSIDADE DE AJUSTE DOS EFEITOS DA DECISÃO. Mudanças radicais na 
interpretação da Constituição devem ser acompanhadas da devida e cuidadosa reflexão 
sobre suas consequências, tendo em vista o postulado da segurança jurídica. Não só a 
Corte Constitucional, mas também o Tribunal que exerce o papel de órgão de cúpula da 
Justiça Eleitoral devem adotar tais cautelas por ocasião das chamadas viragens 
jurisprudenciais na interpretação dos preceitos constitucionais que dizem respeito aos 
direitos políticos e ao processo eleitoral. Não se pode deixar de considerar o peculiar 
caráter normativo dos atos judiciais emanados do Tribunal Superior Eleitoral, que regem 
todo o processo eleitoral. Mudanças na jurisprudência eleitoral, portanto, têm efeitos 
normativos diretos sobre os pleitos eleitorais, com sérias repercussões sobre os direitos 
fundamentais dos cidadãos (eleitores e candidatos) e partidos políticos. No âmbito 
eleitoral, a segurança jurídica assume a sua face de princípio da confiança para proteger 
a estabilização das expectativas de todos aqueles que de algumaforma participam dos 
prélios eleitorais. A importância fundamental do princípio da segurança jurídica para o 
regular transcurso dos processos eleitorais está plasmada no princípio da anterioridade 
eleitoral positivado no art. 16 da Constituição. O Supremo Tribunal Federal fixou a 
interpretação desse artigo 16, entendendo-o como uma garantia constitucional (1) do 
devido processo legal eleitoral, (2) da igualdade de chances e (3) das minorias (RE 
633.703). Em razão do caráter especialmente peculiar dos atos judiciais emanados do 
Tribunal Superior Eleitoral, os quais regem normativamente todo o processo eleitoral, é 
razoável concluir que a Constituição também alberga uma norma, ainda que implícita, 
que traduz o postulado da segurança jurídica como princípio da anterioridade ou 
anualidade em relação à alteração da jurisprudência do TSE. Assim, as decisões do 
Tribunal Superior Eleitoral que, no curso do pleito eleitoral (ou logo após o seu 
encerramento), impliquem mudança de jurisprudência (e dessa forma repercutam sobre 
a segurança jurídica), não têm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente terão 
eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior. III. REPERCUSSÃO GERAL. 
Reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais atinentes à (1) 
elegibilidade para o cargo de Prefeito de cidadão que já exerceu dois mandatos 
consecutivos em cargo da mesma natureza em Município diverso (interpretação do art. 
14, § 5º, da Constituição) e (2) retroatividade ou aplicabilidade imediata no curso do 
período eleitoral da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que implica mudança de sua 
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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jurisprudência, de modo a permitir aos Tribunais a adoção dos procedimentos 
relacionados ao exercício de retratação ou declaração de inadmissibilidade dos recursos 
repetitivos, sempre que as decisões recorridas contrariarem ou se pautarem pela 
orientação ora firmada. IV. EFEITOS DO PROVIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
Recurso extraordinário provido para: (1) resolver o caso concreto no sentido de que a 
decisão do TSE no RESPE 41.980-06, apesar de ter entendido corretamente que é 
inelegível para o cargo de Prefeito o cidadão que exerceu por dois mandatos 
consecutivos cargo de mesma natureza em Município diverso, não pode incidir sobre o 
diploma regularmente concedido ao recorrente, vencedor das eleições de 2008 para 
Prefeito do Município de Valença-RJ; (2) deixar assentados, sob o regime da repercussão 
geral, os seguintes entendimentos: (2.1) o art. 14, § 5º, da Constituição, deve ser 
interpretado no sentido de que a proibição da segunda reeleição é absoluta e torna 
inelegível para determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o cidadão que já exerceu 
dois mandatos consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da mesma natureza, 
ainda que em ente da federação diverso; (2.2) as decisões do Tribunal Superior Eleitoral 
que, no curso do pleito eleitoral ou logo após o seu encerramento, impliquem mudança 
de jurisprudência, não têm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente terão 
eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior. (STF - RE 637485-RJ, Relator Min. 
GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 01/08/2012, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-095 DIVULG 20-05-2013 PUBLIC 21-05-2013) 
 
MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. REQUERIMENTO DE LIMINAR PARA ATRIBUIÇÃO DE 
EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO. “PREFEITO ITINERANTE”. 
CANDIDATURA EM MUNICÍPIO DIVERSO, APÓS EXERCÍCIO DE DOIS MANDATOS EM 
MUNICÍPIO CONTÍGUO. IMPOSSIBILIDADE. NOVA INTERPRETAÇÃO DO ART. 14º, § 5º, DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. PRINCÍPIO 
REPUBLICANO. MANIPULAÇÃO DA MÁQUINA PÚBLICA EM MICRORREGIÕES. 
ALTERAÇÃO DO DOMICÍLIO ELEITORAL COM FINALIDADE DE BURLA À PREVISÃO 
CONSTITUCIONAL DE UMA ÚNICA REELEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE RELEVÂNCIA NA 
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA. PRESENÇA DE PERICULUM IN MORA INVERSO EM RAZÃO 
DA POSSE DE NOVA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL APÓS REALIZAÇÃO DE PLEITO 
SUPLEMENTAR. LIMINAR INDEFERIDA. (AC 2821 MC, Relator Min. LUIZ FUX, julgado em 
14/03/2011, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-053 DIVULG 21/03/2011 PUBLIC 
22/03/2011 RT v. 100, n. 907, 2011, p. 463-469) 
 
2.3.2.2. Reflexa 
Art. 14, §7º (da CRFB). São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e 
os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da 
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de 
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de 
mandato eletivo e candidato à reeleição. 
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• Cônjuge e parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau, do Prefeito: 
Inelegibilidade para os cargos de prefeito, vice e vereador no mesmo município. 
• Cônjuge e parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau, do Governador: 
Inelegibilidade para os cargos de prefeito, vice, vereador, deputado federal, 
deputado estadual, senador, governador e vice-governador no mesmo estado. 
• Cônjuge e parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau, do Presidente: 
Inelegibilidade para qualquer cargo eletivo no país. 
Observação1: Apenas o vínculo de parentesco com os chefes do executivo é que gera 
a inelegibilidade reflexa. 
Observação2: Resolução nº 21.608/04-TSE: as mesmas vedações aplicam-se aos 
parentes dos vices que tenham sucedido os chefes do executivo ou que os tenha substituído 
nos 06 (seis) meses anteriores às eleições. 
Observação3: A inelegibilidade reflexa alcança, ainda, os companheiros do chefe do 
executivo. 
Observação4: Não há inelegibilidade na hipótese de o cônjuge, companheiro ou afim 
já ser titular de mandato eletivo e desejar se candidatar à reeleição. 
Observação5: Se o chefe do executivo se afastar do cargo (renúncia, morte ou 
vacância) até 06 (seis) meses antes das eleições, seu cônjuge, companheiro ou parente 
passam a ser elegíveis na respectiva circunscrição eleitoral. Assim, a Súmula nº 06 do TSE 
está cancelada. 
Súmula nº 6 (do TSE) 
É inelegível, para o cargo de prefeito, o cônjuge e os parentes indicados no par. 7º do art. 
14 da Constituição, do titular do mandato, ainda que este haja renunciado ao cargo há 
mais de seis meses do pleito. 
Entretanto, o referido cônjuge, companheiro ou parente não poderão tentar (são 
impedidos) a reeleição (2º mandato), pois se configuraria um 3º mandato na mesma família. 
Do mesmo modo, caso o chefe do executivo renuncie ao cargo eletivo durante seu 2º 
mandato, seu cônjuge, companheiro ou parente não poderá concorrer às próximas eleições. 
ELEIÇÕES 2012. REGISTRO DE CANDIDATURA. PREFEITO. INELEGIBILIDADE POR 
PARENTESCO. COMPANHEIRA DE PREFEITO REELEITO FALECIDO NO SEGUNDO 
MANDATO. VEDAÇÃO AO EXERCÍCIO DE TERCEIRO MANDATO PELO MESMO GRUPO 
FAMILIAR. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO. INDEFERIMENTO DO REGISTRO. 1. O 
companheiro da recorrida foi prefeito do mesmo município no qual ela pretende 
concorrer de 2005 a 2008 e, em segundo mandato, até 4.11.2009 (data de seu óbito). 2. 
Nos termos do disposto no art. 14, §§ 5º e 7º, da Constituição e da jurisprudência desta 
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Corte, a recorrida está inelegível para o pleito deste ano, em decorrência da vedação ao 
exercício de terceiro mandato pelo mesmo grupo familiar. 3. Não aplicável ao caso o 
entendimento exposto pelo TSE na resposta à Consulta nº 54-40/DF. 4. Recurso provido 
para indeferir o registro de candidatura. (TSE – Resp. 20680 PR, Relator Min. LUCIANA 
CHRISTINA GUIMARÃES LÓSSIO, Data de Julgamento: 27/11/2012, Data de Publicação: 
PSESS - Publicado em Sessão, Data 27/11/2012) 
Observação6: 
Súmula Vinculante nº 18 (do STF). 
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
De forma ainda mais gravosa, a Lei da Ficha Limpa (LC nº 135/10), por seu turno, 
dispôs que aquele que for condenado, em decisão transitada em julgado ou por órgão 
colegiado, por simular a dissolução da sociedade ou do vincula conjugal, fica inelegível por 
08 (oito) anos para todos e quaisquer cargos eletivos. 
Art. 1º, I, “n” (da LC nº 64/90). (...) os que forem condenados, em decisão transitada em 
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou 
simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de 
inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude; 
(Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010). 
Observação7: São inelegíveis no município desmembrado e ainda não instalado o 
cônjuge, companheiro, parentes e afins do prefeito do município-mãe.

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