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SIMULADO CHESF. Professor Tavares. SIMULADO CHESF. Área: Máquinas Elétricas Professor Tavares. 2012. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 1 NOÇÕES DE ELETROMAGNETISMO É o estudo dos campos magnéticos e suas interações com as correntes elétricas. Campos magnéticos: Os elétrons giram em torno do núcleo dos átomos, mas também em torno de símesmos (translação), isto é semelhante ao que ocorre com os planetas e o sol. Há diversas camadas de elétrons, e em cada uma, os elétrons se distribuem em orbitais, regiões onde executama rotação, distribuídos aos pares. Ao rodarem em torno de sí, os elétrons da camada mais externa produzem um campo magnético mínimo, mas dentro do orbital, o outro elétron do par gira também, em sentido oposto, cancelando este campo, na maioria dos materiais. Porém nos materiais imantados (ferromagnéticos) há regiões, chamadasdomínios, onde alguns dospares de elétrons giram no mesmo sentido, e um campo magnético resultante da soma de todos os pares e domínios é exercido em volta do material: são os imãs. O que é de fato um campo magnético ? A palavra campo significa, na Física, uma tendência de influenciar corpos ou partículas no espaço que rodeia uma fonte. Ex.: O campo gravitacional, próximo à superfície de um planeta, que atrai corpos, produzindo uma força proporcional à massa destes, o peso. Assim, o campo magnético é a tendência de atrair partículas carregadas, elétrons e prótons, e corpos metálicos magnetizáveis (materiais ferromagnéticos, como o ferro, o cobalto, o níquel e ligas como o alnico). O campo pode ser produzido pôr imãs e eletroimãs, que aproveitam o efeito magnético da corrente elétrica. Correntes e eletromagnetismo: Acorrente elétrica num condutor produz campo magnético em torno dele, com intensidade proporcional à correntee inversamente à distância. B = 4p10-7 I / r Nesta equação, válida para um condutor muito longo, I é a corrente, r a distância ao centro do condutor e B é a densidade de fluxo, ou indução magnética, que representa o campo magnético. É medida em Tesla, T. Se enrolarmos um condutor, formando um indutor ou bobina, em torno de uma forma, o campo magnético no interior deste será a soma dos produzidos em cada espira, e tanto maior quanto mais espiras e mais juntas estiverem B = 4p10-7NI / L Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 2 L é o comprimento do enrolamento, e N o número de espiras, válida para núcleo de ar. Permeabilidade Os materiais se comportam de várias maneiras, sob campos magnéticos. • Os diamagnéticos,como o alumínio e o cobre, os repelem, afastando as linhas de campo. • Os paramagnéticosse comportam quase como o ar. • Os ferromagnéticos concentram o campo, atuando como condutores magnéticos. • A permeabilidadeé a propriedade dos materiais de permitir a passagem do fluxo magnético,que é a quantidade de campo que atravessa o material. f = BA Aé a área transversal ao campo do material, em m2 . O fluxo é medido em Webers, Wb. Os materiais maispermeáveis são os ferromagnéticos. Eles tem permeabilidades centenas a vários milhares de vezes a do ar, e são usados como núcleos de indutores, transformadores, motores e geradores elétricos, sempreconcentrando o fluxo, possibilitando grandes campos (e indutâncias). Os diamagnéticos são usados como blindagem magnética (ou às ondas eletromagnéticas), pelapermeabilidade menor que a do ar, mo. mo= 4p10 -7Tm/A Indutância: Vimos que os indutores produzemcampo magnético ao conduzirem correntes. A indutância é a relação entre o fluxo magnético e a corrente que o produz. É medida em Henry, H. L = f / I Uma propriedade importante da indutância, e da qual deriva o nome, é o fato do campo resultante da corrente induzir uma tensão no indutor que se opõe à corrente, esta é chamada a Lei de Faraday. E = N df / dt N é o número de espiras do indutor, e df / dt é a velocidade de variação do fluxo, que no caso de CA é proporcional à freqüência. E é a tensão induzida, em V. É interessante observar como isto se relaciona ao conceito de reatância indutiva, a oposição à passagem de corrente pelo indutor. XL = 2 pfL Lé a indutância, e f a freqüência da corrente, em Hz. A corrente alternada produz no indutor um campo, induzindo uma tensão proporcional à freqüência, que se opõe à corrente, reduzindo-a, esta é a explicação da reatância. As bobinas nos circuitos elétricos são chamadas indutores. Quando usadas para produzir campos magnéticos, chamam-se eletroimãs ou solenóides. Já dentro de máquinas elétricas (motores e geradores), fala-se em enrolamentos. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 3 Campos e forças Um campo magnético produz uma força sobre cargas elétricas em movimento, que tende a fazê-las girar. Quando estas cargas deslocam-se em um condutor, este sofre a ação de uma força perpendicular ao plano que contém o condutor e o campo. F = B I L senq F é a força em Newtons, L o comprimento do condutor, em m, e q o ângulo entre o condutor e as linhas do campo. É esta força que permite a construção dos motores elétricos. Nestes o ângulo é de 90o, para máximo rendimento, B é produzido pelos enrolamentos, e há N espiras (nos casos em que o rotor, parte rotativa central, é bobinado), somando-se as forças produzidas em cada uma. O núcleo é de material ferromagnético, para que o campo seja mais intenso, e envolve o rotor, com mínima folga, o entreferro, formando um circuito magnético. Transformadores O campo magnético pode induzir uma tensão noutro indutor, se este for enrolado sobre uma mesma forma ou núcleo. Pela Lei de Faraday, a tensão induzida será proporcional à velocidade de variação do fluxo, e ao número de espiras deste indutor. E2 = N2 df/dt Aplicando aos dois enrolamentos, a lei permite deduzir a relação básica do transformador. E1/E2 = N1/N2 A relação de correntes é oposta à de tensões. I1/I2 = N2/N1 O índice um se refere ao indutor ao qual se aplica tensão, o primário, e dois, àquele que sofre indução, o secundário. O transformador é um conversor de energia elétrica, de alta eficiência (podendo ultrapassar 99%), quealteratensões e correntes, e isola circuitos. Transformador Real O circuito equivalente do transformador real é constituído de elementos de circuito: resistências e indutâncias. Onde: R1, R2: resistência das bobinas, [Ω] (representam as perdas Joule, cobre); X1, X2: indutância de dispersão, [Ω] (representam as perdas de fluxo); RC: resistência de perdas no ferro, [Ω]; Xm: reatância de magnetização, [Ω]. Perdas Além das perdas no cobre dos enrolamentos (devidas à resistência), os transformadores e Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 4 bobinas apresentam perdas magnéticas no núcleo. Histerese: Os materiais ferromagnéticos são passíveis de magnetização, através do realinhamento dos domínios, o que ocorre ao se aplicar um campo (como o gerado por um indutor ou o primário do transformador). Este processo consome energia, e ao se aplicar um campo variável, o material tenta acompanhar este, sofrendo sucessivas imantações num sentido e noutro, se aquecendo. Ao se interromper o campo, o material geralmente mantém uma magnetização, chamada campo remanente. Perdas por correntes parasitas ou de Foucault: São devidas à condutividade do núcleo,que forma, no caminho fechado do núcleo, uma espira em curto, que consome energia do campo. Para minimizá-las, usam-se materiais de baixa condutividade, como a ferrite e chapas de aço-silício, isoladas uma das outras por verniz. Em vários casos, onde não se requer grandes indutâncias, o núcleo contém um entreferro, uma separação ou abertura no caminho do núcleo, que elimina esta perda. Tipos de transformadores: • Transformador de alimentação: É usado em fontes, convertendo a tensão da rede na necessária aos circuitos eletrônicos. Seu núcleo é feito com chapas de açosilício, que tem baixas perdas, em baixas freqüências, por isto é muito eficiente. Às vezes possuem blindagens, invólucros metálicos. • Transformador de áudio: Usado em aparelhos de som a válvula e certas configurações a transistor, no acoplamento entre etapas amplificadoras e saídas ao autofalante. Geralmente é semelhante ao t. de alimentação em forma e no núcleo de aço-silício, embora também se use a ferrite. Sua resposta de freqüência dentro da faixa de áudio, 20 a 20000 Hz, não é perfeitamente plana, mesmo usando materiais de alta qualidade no núcleo, o que limita seu uso. • Transformador de distribuição: Encontrado nos postes e entradas de força em alta tensão (industriais), são de alta potência e projetados para ter alta eficiência (da ordem de 99%), de modo a minimizar o desperdício de energia e o calor gerado. Possui refrigeração a óleo, que circula pelo núcleo dentro de uma carapaça metálica com grande área de contato com o ar exterior. Seu núcleo também é com chapas de aço- silício, e pode ser monofásico ou trifásico (três pares de enrolamentos). • Transformadores de potencial: Encontra-se nas cabines de entrada de energia, fornecendo a tensão secundária de 220V, em geral, para alimentar os dispositivos de controle da cabine - reles de mínima emáxima tensão (que desarmam o disjuntor fora destes limites), iluminação e medição. A tensão de primário é alta, 13.8Kv ou maior. O núcleo é de chapas de aço- sílicio, envolvido por blindagem metálica, com terminais de alta tensão afastados por cones salientes, adaptados a ligação às cabines. Podem ser mono ou trifásicos. • Transformador de corrente: Usado na medição de corrente, em cabines e painéis de controle de máquinas e motores. Consiste num anel circular ou quadrado, com núcleo de chapas de aço-sílicio e Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 5 enrolamento com poucas espiras, que se instala passando o cabo dentro do furo, este atua como o primário. A corrente é medida por um amperímetro ligado ao secundário (terminais do TC). É especificado pela relação de transformação de corrente, com a do medidor sendo padronizada em 5A, variando apenas a escala de leitura e o número de espiras do TC. • Transformador de RF: Emprega-se em circuitos de rádio-frequência (RF, acima de 30kHz), no acoplamento entre etapas dos circuitos de rádio e TV. Sua potência em geral é baixa, e os enrolamentos têm poucas espiras. O núcleo é de ferrite, material sintético composto de óxido de ferro, níquel, zinco, cobalto e magnésio em pó, aglutinados por um plastificante. Esta se caracteriza por ter alta permeabilidade, que se mantém em altas freqüências (o que não acontece com chapas de aço-sílicio). Costumam ter blindagem de alumínio, para dispersar interferências, inclusive de outras partes do circuito. • Transformadores de pulso: São usados no acoplamento, isolando o circuito de controle, de baixa tensão e potência, dos tiristores, chaves semicondutores, além de isolarem um tiristor de outro (vários secundários). Têm núcleo de ferrite e invólucro plástico, em geral. Autotransformadores Se aplicarmos uma tensão a uma parte de um enrolamento (uma derivação), o campo induzirá uma tensão maior nos extremos do enrolamento. Este é o princípio do autotransformador. Uma característica importante dele é o menor tamanho, para certa potência, que um transformador. Isto não se deve apenas ao uso de uma só bobina, mas ao fato da corrente de saída ser parte fornecida pelo lado alimentada, parte induzida pelo campo, o que reduz este, permitindo um núcleo menor, mais leve e mais barato. A desvantagem é não ter isolação entre entrada e saída, limitando as aplicações. São muito usados em chaves de partida compensadoras, para motores (circuitos que alimentam motores com tensão reduzida fornecida pelo autotransformador, por alguns segundos, reduzindo o pico de corrente durante a aceleração) e em estabilizadores de tensão (autotransformador com várias derivações - taps - , acima e abaixo do ponto de entrada, o circuito de controle seleciona uma delas como saída, elevando ou reduzindo a tensão, conforme a entrada). Questões de concursos (01). 01. (FESP RJ – Eletricidade I/ 2008). Considere um transformador ideal de 5KVA, 60hz e relação de transformação 1000:115V. As correntes nominais para os enrolamentos do primário e do secundário valem, respectivamente: A) 5A; 43,47A B) 3,7; 32,15A C) 2,76A; 23,98A D) 1,25A; 10,86A 02. (FESP RJ – Eletricidade I/ 2008) Considere duas bobinas ligadas em paralelo, cujas impedâncias são R1 jX1 + e R2 jX2 ,submetidas a uma tensão constante de 200 V, aplicada em seus terminais. Se a corrente total solicitada é 25 A e a potência ativa Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 6 dissipada em uma das bobinas é de 1000 Watts, o valor de R1 +R2 é: A) 40 ohm B) 50 ohm C) 60 ohm D) 100 ohm E) 140 ohm 03. (CEFET/ AL-2007) Denominamos Autotransformador um transformador cujo enrolamento primário e secundário estão conectados em série. Dentro deste princípio, a ABNT define o autotransformador como sendo um transformador no qual parte de um enrolamento é comum a ambos os circuitos, primário e secundário, a ele ligado. Tendo como base esta definição, podemos dizer que: I. Como vantagem sobre o transformador convencional, o autotransformador tem corrente de excitação menor, melhor regulação e melhor rendimento. II. O autotransformador possui menor dimensão comparado com o transformador convencional, tendo ambos os mesmos potenciais e, conseqüentemente, menor custo. III. O autotransformador possui corrente de curto-circuito maior que o transformador convencional de mesma característica. IV. O autotransformador não deve ser usado para sistemas que necessitam de relações de tensões elevadas, em virtude do perigo de aparecimento de tensão elevada em caso de abertura da bobina de maior tensão. A) I II e III estão corretas. B) II III e IV estão corretas. C) I III e IV estão corretas. D) Todas estão corretas. E) Todas estão incorretas. 04. (UFSC – Eletrotécnico/ 2004) Uma tensão de 600 V é aplicada em um transformador ideal possuindo 1200 espiras no primário e 240 espiras no secundário. Qual é a tensão no secundário do transformador? Assinale a alternativa CORRETA. A ( ) 240 V. B () 120 V. C ( ) 60 V. D ( ) 480 V. 05. (UFSC – Eletrotécnico/ 2004) Assinale a alternativa CORRETA. O núcleo laminado do transformador é constituído de chapas isoladas entre si para: A ( ) reduzir o peso do transformador. B () ajudar no resfriamento do transformador. C () reduzir as perdas por corrente de Foucault. D ( ) reduzir as perdas por histerese. 06. (ELETROBRAS – Técnico em Eletrotécnica – / 2007) Um transformador monofásico de 11 kVA, 2400:220 Voltsapresentou os seguintes resultados nos ensaios de circuito aberto e curto-circuito: • Tensão V = 220 V, Corrente I = 2 A, Potência P = 160 W (lado de alta em aberto). Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 7 • Tensão V = 120 V, Corrente I = 4,6 A, Potência P = 800 W (baixa tensão em curto-circuito). Com base nesses resultados o rendimento do transformador quando uma carga de tensão e corrente nominais com fator de potência unitário é conectada ao lado de baixa tensão será aproximadamente: A) ŋ= 97,51 % B) ŋ = 96,25 % C) ŋ = 95,00 % D) ŋ = 93,22 % E) ŋ = 90,64 % 07. (ELETROBRAS – Técnico em Eletrotécnica – / 2007) Seja o transformador ideal mostrado abaixo, em que a relação de transformação é N1/N2 =10. O valor eficaz da tensão V1 aplicada é de 120 Volts e a resistência da carga R2 é de 4 Ω. A esse respeito, pode-se afirmar que: A) o valor eficaz da tensão V2 é de 1200 Volts; B) a potência consumida na carga é de 36 Watts; C) a potência consumida na carga é de 12 Watts; D) a corrente I1 é igual a 30 A; E) a corrente I1 é igual a 3 A. 08. (ELETROBRAS – Técnico em Eletrotécnica – / 2007) Uma carga de 1200 Watts é conectada à fonte através de um transformador monofásico de potência. O rendimento do transformador é de 96%. A potência solicitada da fonte é: A) 4800 Watts; B) 2400 Watts; C) 1500 Watts; D) 1250 Watts; E) 1152 Watts. 09.(ELETROBRAS – Técnico em Eletrotécnica – / 2007) Com relação aos transformadores, é INCORRETO afirmar que: A. ( ) As perdas por histerese independem da tensão de operação; B.( ) As perdas no circuito magnético, “perdas no ferro”, surgem sempre que um transformador é energizado e praticamente independem da carga que está sendo alimentada; C. ( ) As perdas no transformador devido ao efeito Joule, “perdas no cobre”, são diretamente proporcionais ao quadrado das correntes elétricas que circulam pelos enrolamentos e, portanto, dependem da carga que está sendo alimentada; D. ( ) As perdas por correntes parasitas no núcleo podem ser reduzidas, laminando-se o núcleo e isolando as lâminas com verniz isolante ou óxido; E. ( ) Uma das principais utilizações de um transformador de Potência é a compatibilização dos vários níveis de tensão e corrente de um sistema elétrico. 10. (FURNAS – Técnico em Eletrotécnica) Num transformador monofásico, ideal, de relação de espiras 1 para 10 (primário para secundário), a corrente no enrolamento primário é 20 A. A corrente, no enrolamento secundário, é A) 600 A. B) 400 A. C) 200 A. D) 20 A. E) 2 A. 11. (FURNAS – Técnico em Eletrotécnica) Um transformador monofásico, ideal, possui Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 8 500 espiras no lado primário. Um resistor de 10 Ω é conectado entre os terminais do lado secundário. O número de espiras, no lado secundário, de modo que o resistor visto do lado primário seja 1000 Ω, é A) 5. B) 25. C) 30. D) 40. E) 50. 12. (FURNAS – Técnico em Eletrotécnica) Um transformador monofásico, ideal, 5 KVA, 5000/1000 V é conectado a uma linha de 5000 V. Para que o transformador opere a plena carga, o módulo da impedância a ser conectada, nos terminais do secundário, é A) 200Ω. B) 100 Ω. C) 50 Ω. D) 25 Ω. E) 15 Ω. Torque ou Conjugado O torque, também chamados de momento ou binário, é a medida do esforço necessário para girar um eixo qualquer. Por definição, torque é o produto da força aplicada (em newton) pela distância perpendicular entre o eixo de rotação e o ponto de aplicação desta força. A figura ajuda a entender melhor esta definição. Exemplo. Um motor desenvolve um torque inicial de 150 Nm. Se a polia que está engastada no seu eixo tem um diâmetro 1,0 m, calcule a força de frenagem necessária para evitar a rotação do motor. Trabalho Mecânico O trabalho mecânico existe sempre que uma força ´F´ aplicada sobre um corpo provoca um deslocamento ´d´ na mesma direção de F. Este trabalho é dado por: Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 9 Potência Mecânica A potência mecânica é o trabalho mecânico realizado numa determinada quantidade de tempo. A unidade da potência mecânica, no sistema internacional (SI), é o watt (W). Onde: W= Trabalho mecânico, em joule t = tempo, em segundos. No uso corrente, a potência mecânica pode ser expressa em cavalo-vapor (cv) ou em horse-power (HP). Desta forma, a relação com a potência em watt é: A parcela(d/∆t) na verdade é a velocidade com que o deslocamento do corpo ocorre. Se supormos que no exemplo anterior o eixo do motor contivesse uma polia de raio ´r´, girando a ´n´ RPM, teríamos uma velocidade tangencial (v) na polia definida como: Rendimento dos Motores– η .η .η .η . Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em energia mecânica disponível no eixo. O rendimento desta máquina define a eficiência com que é feita esta transformação. Seu cálculo é dada pela relação entre a potência útil entregue ao eixo (potência mecânica) e a potência ativa retirada da rede (potência elétrica): Relação entre Torque (Conjugado) e Potência Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 10 Quando a energia mecânica é aplicada sob a forma de movimento rotativo, a potência desenvolvida depende do Torque (T) e da velocidade de rotação (n). As relações entre si são: .Questões de concursos. (02). 1. (FUVEST) Uma empilhadeira elétrica transporta do chão até uma prateleira, a uma altura de 6,0m do chão, um pacote de 120kg. O gráfico ilustra a altura do pacote em função do tempo. A potência aplicada ao corpo pela empilhadeira é: Dado: g = 10m/s2 a) 120W. b) 360W. c) 720W. d) 1,20kW. e) 2,40kW . 2. Considere o mecanismo indicado na figura onde as roldanas e os fios são ideais. Despreze o efeito do ar. Um operário aplicou ao fio uma força constante, de intensidade 1,6 . 102N para levantar uma carga a uma altura de 5,0m, sem acréscimo de energia cinética, em um intervalo de tempo de 20s. A potência útil desenvolvida pelo operário, nesta tarefa, foi de: a) 40W b) 80W c) 160W d) 320W e) 1,6kW 3. (UNITAU) Um exaustor, ao descarregar grãos do porão de um navio, ergue-os até uma altura de 10,0m e depois lança-os com uma velocidade de módulo igual a 4,00m/s. Se os grãos são descarregados à razão de 2,00kg por segundo, conclui- se que, para realizar esta tarefa, o motor do exaustor deve ter uma potência útil de (considere g = 10m/s2): a) 16,0W b) 1,00 . 102W c) 1,96 . 102W d) 2,00 . 102W e) 2,16 . 102W 4. Um atleta de massa 80kg com 2,0m de altura, consegue ultrapassar um obstáculo horizontal a 6,0m do chão com salto de vara. Adote g = 10m/s2. A variação de energia potencial gravitacional do atleta, neste salto, é um valor próximo de: Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 11 a) 2,4kJ b) 3,2kJ c) 4,0kJ d) 4,8kJ e) 5,0kJ 5. Um corpo de massa 3,0kg está posicionado 2,0m acima do solo horizontal e tem energia potencial gravitacional de 90J. A aceleração de gravidade no local tem módulo igual a 10m/s2. Quando esse corpo estiver posicionado no solo, sua energia potencial gravitacional valerá: a) zerob) 20J c) 30J d) 60J e) 90J. 6. (IFAL/ ELETROTECNICA 2008) Um motor de indução trifásico, rotor em gaiola, possui os seguintes dados: 9,2 kW; 220 V; 60 Hz; 4 Polos; estator ligado em estrela (Y). Opera em regime permanente, à tensão e freqüência nominais, com um escorregamento igual a 2%. O conjugado útil deste motor é: A) 39 Nm B) 35,5 Nm C) 45 Nm D) 37,2 E) 36,8 7. (CEFET-SC- 2008) Determinar o rendimento de um transformador monofásico de 25kVA, 2400/240V, 60Hz, quando uma carga 0,8 indutiva é ligada ao lado de baixa tensão. Considerar perdas no cobre de 400W e perdas no núcleo de 100W. A). 98%. B). 97,5%. C). 78,4%. D). 80%. Máquinas Elétricas Rotativas São máquinas destinadas a transformar a energia elétrica em energia Segundo sua transformação da energia: Geradora, Motora ou Transformadora. Máquinas Elétricas transformadora: “Máquinas elétricas estáticas”. Máquinas Elétricas Geradora e Motora: “Máquinas elétricas Girantes ou Rotativas”, pela própria característica de conversão eletromecânica. Operações das Máquinas Elétricas Girantes ou Rotativas: Operação MOTORA e Operação GERADORA. Principais partes constituintes de uma Máquina elétrica Rotativa. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 12 • Estator: parte Fixa. • Rotor: Parte móvel. Oestator é a parte estática de uma máquina elétrica. É composta pela carcaça, pelo núcleo magnético e pelos enrolamentos do estator. O Rotor: É igualmente composto de um núcleo de chapas magnéticas, também dotadas de ranhuras axiais, onde o enrolamento do rotor é alojado. Os enrolamentos são de dois tipos: • Enrolamento em curto-circuito (rotor em gaiola de esquilo, rotor em curto- circuito), formado de barras de alumínio conectadas por anel em ambas as extremidades do pacote de chapas. Este enrolamento não é acessível, ou seja não existe nenhum terminal acessível que permita acessá-lo. A gaiola é injetada sob alta pressão e temperatura não havendo isolação entre as barras e o pacote de chapas. Os anéis nas extremidades axiais tem também a função de garantir uma rigidez mecânica ao pacote de chapas. A forma das ranhuras do rotor influencia o desempenho do motor, especialmente a curva de torque. • Enrolamento de bobinas (rotor bobinado) feitas em geral de cobre. Trata-se de um enrolamento semelhante ao enrolamento do estator, em geral trifásico. Os seus terminais são conectados a anéis coletores e escovas, os quais podem ser acessados externamente. Este tipo de enrolamento é usado quando se deseja um controle das características de torque e velocidade da máquina. É menos frequente que o enrolamento em gaiola, uma vez que é mais caro e menos robusto. A escolha de um motor com rotor bobinado também pode ser requerida devida ao processo de partida do motor, uma vez que este tipo de motor pode fornecer um torque mais elevado na partida. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 13 O ROTOREm algumas máquinas, o rotor pode abrigar suas bobinas de duas maneiras diferentes.Se expusermos os pólos magnéticos ao enrolamento do estator chamaremos isto de rotor de "pólos salientes". Quando o núcleo do rotor tem polos salientes, núcleo polar, as bobinas do rotor são enroladas em volta desta peça. O conjunto final do polos é chamado de "sapata polar", nome muito utilizado no meio industrial. Sua função é providenciar uma correta distribuição da densidade de fluxo através do entreferro.Os pólos salientes são usados principalmente em máquinas síncronas de geração de energia e também na parte estatórica das máquinas de corrente contínua Estas máquinas geralmente trabalham com rotações baixas, devido à resistência do ar elevado, ao conjunto mecânico não muito sólido e ao elevado número de polos. A outra maneira de se abrigar as bobinas do rotor e produzir pólos magnéticos é chamado de "pólos lisos". Neste caso, o bobinado do rotor está embutido nas ranhuras, slots, da mesma. Como vimos anteriormente, os turbogeradores são geradores que possuem este tipo de rotor. Sua energia mecânica, de rotação advém de turbinas à vapor que trabalham em altíssimas rotações MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS. Relação entre tensão e corrente de fase e de linha em ligações em estrela ou Y e Triangulo ∆ Antes de começarmos a estudar a ligação em si, definiremos: • Tensão de fase: Tensão medida em cada uma das bobinas do gerador ou impedância da carga. • Tensão de linha: É a tensão medida entre dois terminais (com exceção do centro da estrela) do gerador ou da carga. • Corrente de fase: corrente que percorre cada uma das bobinas do gerador ou impedância da carga. • Corrente de linha: Corrente que percorre os condutores entre o gerador e a carga (com exceção do neutro) Ligação em delta ou triângulo (∆). Antes de começarmos a estudar a ligação em si, definiremos: • Tensão de fase: Tensão medida em cada uma das bobinas do gerador ou impedância da carga. • Tensão de linha: É a tensão medida entre dois terminais do gerador ou da carga. • Corrente de fase: corrente que percorre cada uma das bobinas do gerador ou impedânci ada carga. • Corrente de linha: Corrente que percorre os condutores entre o gerador e a carga Resumindo Motores Trifásicos Assíncronos Motores trifásicos são motores próprios para serem ligados aos sistemas elétricos de três Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 14 fases e são os motores de emprego mais amplo na indústria. Oferecem melhores condições de operação do que os motores monofásicos porque não necessitam de auxílio na partida, dão rendimento mais elevado e são encontrados em potências maiores. No estator do motor assíncrono de CA estão alojados três enrolamentos referentes ás três fases. Esses três enrolamentos estão montados com uma defasagem de 120º. Do enrolamento do estator saem os fios para ligação do motor á rede elétrica que podem ser em número de 3, 6, 9 ou 12 pontas. Padronização da Tensão dos Motores Trifásicos Assíncronos. Os motores trifásicos são fabricados com diferentes potências e velocidades para as tensões padronizadas da rede, ou seja, 220 V, 380 V, 440 V e 760 V, na frequência de 50 e 60 Hz. Ligação dos motores trifásicos. Como já foi estudado, o motor trifásico tem as bobinas distribuídas no estator e ligadas de modo a formar três circuitos simétricos distintos, chamados de fase de enrolamento. Essas fases são interligadas, formando ligações em estrela[ = 380 V]ou em triangulo [∆= 220 V] para o acoplamento á uma rede trifásica. Para isso, deve-se levar em conta a tensão na qual irá operar. Ligação em estrela: A ligação em estrela é realizada ao ligar os terminais 4, 5 e 6 entre si. Este ponto não deve ser ligado a nenhum outro dispositivo ou condutor da rede alimentadora. Assim, as três bobinas formam uma estrela cujas pontas são ligadas às três fases da rede alimentadora. A Figura 2 mostra as duas formas de apresentar o esquema da ligação em estrela. Note que entre duas fases há sempre duas bobinas ligadas em série. A tensão entre fases divide-se então entre duas bobinas. Por isso, o valor da tensão nominal entre fases para ligação em estrela é maior do que a tensão admissível para cada bobina. Quando a ligação é feita em estrela, cada bobina fica submetida a uma tensão 3 vezes menor do que a tensão de alimentação, tendoa corrente circulante valor igual à corrente de linha. 4 5 6 1 2 3 L1L2L3 L1 L2L3 4 5 6 1 23 Motor trifásico com ligação em estrela. Ligação em delta ou triângulo (∆). A ligação em triângulo é realizada ao ligar os terminais 1 com 6, 2 com 4 e 3 com 5. Assim, as três bobinas formam um triângulo cujas pontas são ligadas às três fases da rede alimentadora. Consequentemente, cada uma das bobinas será ligada diretamente entre duas fases da rede. Por isso, a tensão admissível das bobinas deve ser igual à tensão entre fases da rede. Quando a ligação é feita em triângulo, cada bobina fica submetida à tensão da rede, tendo a corrente circulante valor de 3 vezes menor do que a corrente de linha. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 15 4 5 6 1 2 3 L1 L2 L3 L1 L2L3 45 61 23 Os motores trifásicos de uma só velocidade podem dispor de 3, 6, 9 ou 12 terminais para a ligação á rede elétrica. A ligação de motores trifásicos com três terminais á rede é feita conectando-se os teminais 1, 2, e 3 aos terminais de rede RST em qualquer ordem. OBS: Para inverter o sentido de rotação do motor trifásico, basta inverter duas fases R com S, por exemplo: Os motores trifásicos com seisterminais só tem condição de ligações tensões: 220/380V, 380/660 ou 440/760V. Esses motores são ligados em triângulo na menor tensão e em estrela, na maior tensão. A figura a seguir mostra uma placa de ligação desse tipo de motor. OBS: Nos motores de seis terminais, é comum encontrarmos as marcações U, V W, X, Y, e Z, ao invés de 1, 2, 3, 4, 5, e 6, respectivamente. Os motores com nove terminais tem possibilidade deligação em três tensões: 220/380/440V. Os motores com doze terminais tem possibilidade de ligação em quatro tensões: 220/380/440/760V. ão O motor de indução é o tipo de motor ca mais comumente usado pela sua construção simples e resistente e boas características de funcionamento. Ele consiste em duas partes: o estator (parte estacionária) e o rotor (parte rotativa). O estator está ligado à fonte de alimentação ca .O rotor não está ligado eletricamente à alimentação. O tipo mais importante de motor de indução polifásico é o motor trifásico. (As máquinas trifásicas possuem três enrolamentos e fornecem uma saída entre os vários pares de enrolamentos.) Quando o enrolamento do estator é energizado através de uma alimentação trifásica, cria-se um campo magnético rotativo. À medida que o campo varre os condutores do rotor, é induzida uma fem nesses condutores ocasionando o aparecimento de um fluxo de corrente nos condutores. Os condutores do rotor transportando corrente no campo do estator possuem um torque exercido sobres eles que fazem o rotor girar. Velocidade e Escorregamento A velocidade do campo magnético rotativo é chamada de velocidade síncrona do motor: n = p f120 Onde: Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 16 n = velocidade de rotação do campo magnético (RPM). f = frequência da corrente do rotor, Hz p = número total de polos. A velocidade do rotor deve ser ligeiramente menor do que a velocidade de sincronismo, a fim de que seja induzida uma corrente no rotor para permitir a rotação do rotor. A diferença entre a velocidade do rotor e a velocidade de sincronismo é chamada de escorregamento e é expressa como uma porcentagem da velocidade de sincronismo. S porcentual = 100 N N - N S rS x Onde: S = escorregamento NS = velocidade de sincronismo, RPM. NR = velocidade do rotor, RPM. Frequência do Rotor Para qualquer valor do escorregamento, a frequência do rotor é igual à frequência do estator multiplicada pela porcentagem de escorregamento, ou fR = SfS Onde: fR = frequência do rotor, Hz S = escorregamento porcentual (escrito na forma decimal) fS = frequência do estator, Hz Questões de concursos. (03). 01. (ELETROBRAS – Técnico em Eletrotécnica – / 2007) Um motor de indução trifásico, 4 pólos, 60 Hz, tem um escorregamento de 2% quando operando em condições nominais. Nessas condições, sua velocidade de operação será: A) 1836 RPM; B) 1800 RPM; C) 1764 RPM; D) 1200 RPM; E) 900 RPM. 02. (Infraero – Técnico em Eletrotécnica – 2009) O valor aproximado da velocidade de um motor de indução trifásico de gaiola de 6 polos, girando em vazio e conectado em uma rede de 440V e 60 Hz, é: A) 3.600 rpm; B) 2.400 rpm; C) 1.800 rpm; D) 1.500 rpm; E) 1.200 rpm. 03. (UFSC – Eletrotécnico/ 2004). Um motor de indução trifásico com 6 polos é alimentado por uma fonte de tensão trifásica com uma frequência de 60 Hz. Se o rotor gira no mesmo sentido do campo girante em uma velocidade de 500 rpm, é CORRETO afirmar que a frequência da corrente induzida no rotor é de: A) 35 Hz. B) 120 Hz. C) 60 Hz. D) 50 Hz. 04. (UFSC – Eletrotécnico/ 2004)Assinale a alternativa CORRETA. Sobre o método para inverter o sentido de rotação do motor de indução trifásico deve-se: A) Utilizar uma chave estrela – triângulo. B) Aumentar a amplitude da tensão de alimentação. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 17 C) Alterar a frequência de alimentação. D) Inverter duas fases de alimentação. 05. (CEFET-SC- 2008) Considerando um motor de indução trifásico, cujos dados de placa são: 10CV, 220/380V, 60Hz,1760rpm. Calcular para este motor o número de pólos e o escorregamento em carga nominal. A). 4 pólos e 2,27%, respectivamente. B). 4 pólos e 2,22%, respectivamente. C). 2 pólos e 2,22%, respectivamente. D). 2 pólos e 2,27%, respectivamente. 06. (UFC – Tec. Lab. Eletrotécnico/ 2008) Um motor trifásico de indução de 2 pólos é ligado a uma rede de 60 Hz. Sua velocidade nominal é igual a: A) 720 RPM. B) 900 RPM. C) 1.200 RPM. D) 1.800 RPM. E) 3.600 RPM. 07. (FESP RJ – Eletricidade I/ 2008).Um motor de indução trifásico, 4 pólos, 60 Hz e do tipo gaiola de esquilo, possui corrente no rotor na frequência de 3 Hz. A velocidade do rotor é: A) 1650 RPM B) 2100 RPM C) 1800 RPM D) 2000 RPM E) 1710 RPM 08. (UFC – Tec. Lab. Eletrotécnico/ 2008) Um motor trifásico de potência nominal de 20 kW, tensão de linha de 380 V, fator de potência de 0,75 (atrasado) e rendimento de 81% têm corrente nominal de: A) 20 A. B) 30 A. C) 40 A. D) 50 A. E) 60 A 09. (INFRAERO – Técnico em Eletrotécnica – / 2008) A figura abaixo mostra um sistema trifásico equilibrado. Se o valor eficaz da corrente I A (corrente de linha) é de 10,39A, o valor eficaz da corrente Iab será aproximadamente de: A) 12 A; B) 10,39 A; C) 6 A; D) 5,20 A E) 3,46 A 10. (ELETROBRAS – Técnico em Eletrotécnica – / 2007) Três impedâncias idênticas, inicialmente conectadas em estrela, são alimentadas por um circuito trifásico balanceado. Se as mesmas impedâncias forem conectadas em triângulo e alimentadas pelo mesmo circuito, a corrente de linha (I*A) será igual a: A) IA / √3 ; B) IA; C) √3IA; D) 3 √3 IA; E) 3 IA. 11. (FURNAS – Técnico em Eletrotécnica) Rotor gaiola de esquilo, rotor bobinado e escorregamento são termos utilizados em máquina do tipo A) assíncrona. B) síncrona. C) corrente contínua. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 18 D) inversão. E) repulsão. MOTOR DE INDUÇÃO MONOFÁSICO. O motor de indução monofásico não tempartida própria. O campo magnético criado no estator pela fonte de alimentação ca permanece alinhado num sentido . Este campo magnético, embora estacionário, pulsa com a onda seno da tensão. Este campo pulsante induz uma tensão nos enrolamentos do rotor, mas o campo do rotor só pode se alinhar com o campo do estator. Com este dois campos em linha reta, anão aparece nenhum torque. É necessário então fazer o rotor girar através de algum dispositivo auxiliar. Uma vez atingida a rotação do rotor com velocidade suficiente, a interação entre os campos do rotor e do estator manterão a rotação. O rotor continuará a aumentar a velocidade, tentando engatar na velocidade de sincronismo. Finalmente, ele atingirá uma velocidade de equilíbrio igual à velocidade de sincronismo menos o escorregamento. • Motor de Fase Dividida Se dois enrolamentos do estator de impedância diferentes estiverem separados de 90 graus elétricos, mas ligados em paralelo a uma fonte monofásica, o campo produzido parece girar. Este é o princípio da divisão de fase No motor de fase dividida o enrolamento da partida ou auxiliar tem uma resistência mais lata e uma reatância mais baixa do que a do enrolamento principal Fig. abaixo. quando a mesma tensão Vt é aplicada aos dois enrolamentos, a corrente no enrolamento principal Im segue atrás da corrente no enrolamento da partida Is. O ângulo φ entre os enrolamentos principal e da partida constitui uma diferença de fase suficiente para fornecer um campo magnético rotativo fraco que dá para produzir o torque de partida. Quando o motor atinge uma velocidade predeterminada, geralmente 70 a 80 por cento da velocidade de sincronismo, uma chave centrífuga montada sobre o eixo do motor se abre, desligando assim o enrolamento da partida. Fig. Motor de fase dividida Pelo fato de ter um baixo torque de partida, esse tipo de motor é amplamente usado para cargas com partida relativamente fácil. Frequentemente ele é usado em dimensões maiores do que 1/3 hp. As aplicações mais comuns incluem as máquinas de lavar e ferramentas de marcenaria. • Motor com Capacitor de Partida: Colocando-se um capacitor em série com o enrolamento de partida de um motor de fase dividida , pode-se melhorar as características da partida. Pode-se fazer a corrente do enrolamento da partida seguir adiante da tensão. Pode-se fazer φ aproximadamente 90°, o que resulta num torque de partida mais alto. Este motor também emprega uma chave centrífuga para desligar o enrolamento de partida. Portanto, o capacitor fica no circuito somente durante o período de partida. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 19 • Motor com Capacitor: O motor capacitor funciona com um enrolamento auxiliar e um capacitor em série permanentemente ligado à linha. A capacitância em série pode ser de um valor para a partida e outro valor para rotação. À medida que o motor gira aproximando-se da velocidade de sincronismo, a chave centrífuga desliga uma secção do capacitor. • Motor de Polo Sombreado ou Polo Fendido Produz-se um polo sombreado através de uma bobina de curto-circuito enrolada em torno de uma parte de cada polo do motor. A bobina é formada geralmente por uma cinta ou faixa de cobre. O efeito dessa bobina é o de produzir um pequeno movimento de varredura do fluxo do campo de um lado ao outro da peça polar à medida que o campo pulsa . a) O polo sombreado enfraquece o campo principal b) b) O polo sombreado sufoca o campo principal Esse ligeiro desvio do campo magnético produz um pequeno torque de partida. Portanto, os motores de polo sombreado possuem partida própria. À medida que o campo aumenta na peça polar é induzida uma corrente na bobina de sombreamento. Esta corrente produz um campo magnético que se opõe ao campo principal. O campo principal se concentra, portanto, do lado oposto das peças polares (Fig. 1-18 a). À medida que o campo começa a diminuir o campo da bobina de sombreamento se somará ao campo principal. Essa concentração de fluxo desloca-se então para outra borda da peça polar (Fig. 1-18b). Este método de partida de motores é usado em motores muito pequenos, até cerca de 1/125 hp, para girar pequenos ventiladores, aparelhos domésticos e relógios. MOTORES SÍNCRONOS Como os motores de indução, os motores síncronos tem enrolamentos no estator que Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 20 produzem um campo magnético rotativo. Mas, ao contrário do motor de indução, o circuito do rotor de um motor síncrono é excitado por uma fonte cc. O rotor “engata” na mesma rotação do campo magnético rotativo e acompanha com a mesma velocidade. Se o rotor sair do sincronismo com o campo rotativo do estator, não se desenvolve nenhum torque e o motor para. Como um motor síncrono desenvolve um torque somente quando gira na velocidade de sincronismo, ele não tem partida própria e consequentemente precisa de algum dispositivo que faça o rotor girar na velocidade de sincronismo. Exemplo: Qual o escorregamento de um motor síncrono? Com a velocidade de sincronismo é igual à velocidade do rotor, NS= NR S= %0100 0 100 N - N RS == SS NN Partida de Motores Síncronos Pode-se dar a partida num motor síncrono fazendo-o girar com um motor cc com eixo comum. Depois do motor chegar na velocidade de sincronismo, á aplicada uma corrente alternada aos enrolamentos do estator. O motor cc de partida funciona agora como um gerador cc, que fornece excitação de campo cc para o rotor. A carga pode então ser acoplada ao motor. Muitas vezes, dá-se a partida no motor síncrono através de um enrolamento em gaiola embutido na face dos pólos do rotor. Dá-se então a partida no motor como se fosse um motor de indução e faz-se com que ele atinja de 95 por cento da velocidade de sincronismo. No momento certo, aplica-se uma corrente contínua e o motor entra em sincronismo. A quantidade de torque necessária para colocar o motor em sincronismo é chamada de torque de sincronismo. Efeito de Carga sobre Motores Síncronos. No motor síncrono o rotor engata-se magneticamente para acompanhar o campo magnético giratório e deve continuar a girar em sincronismo qualquer que seja a carga. Sem carga, as linhas centrais de um pólo do campo magnético rotativo de um pólo do campo cc coincidem. Quando se aplica uma carga ao motor, há um desvio para trás do polo do rotor relativamente ao pólo do Não há variação na velocidade. O deslocamento angular entre os pólos do rotor e do estator é chamado de ângulo de torque ou de potência α Os motores síncronos necessitam de uma fonte decorrente contínua para alimentar o enrolamento decampo (enrolamento do rotor), que usualmente ésuprido através de anéis coletores e escovas(excitatriz estática) ou através de uma excitatrizgirante sem escovas (brushless). • Excitatriz estática (com escovas) Motores Síncronos com excitatriz do tipo estática sãoconstituídos de anéis coletores e escovas que possibilitama alimentação de corrente dos pólos do rotor através decontato deslizante.A Corrente Contínua para alimentação dos pólos deve serproveniente de umconversor econtrolador estáticoCA/CC. A excitatriz estáticaatualmente estásendo muito utilizadaem aplicações comvariação Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 21 develocidade através de Inversores de Freqüência. Excitatriz brushless (sem escovas) Motores Síncronos com sistema de excitação brushless possuemuma excitatriz girante,normalmente localizada em umcompartimento na parte traseira do motor. A excitatriz funciona como um gerador de corrente alternadaonde o rotor que fica localizado no eixo do motor, possui umenrolamento trifásico e o estator é formado por pólos alternadosnorte e sul alimentados por uma fonte de corrente contínuaexterna. O enrolamento trifásico do rotor é conectado a uma ponte dediodos retificadores. A tensão gerada no rotor é retificada eutilizada para a alimentação do enrolamento de campo do motor.A amplitude desta corrente de campo pode ser controlada atravésdo retificador que alimenta o campo do estator da excitatriz. Osmotores síncronos com excitação brushless possuem um custode manutenção reduzidodevido ao fato de nãopossuirem escovas.Por não possuirem contatoselétricos deslizantes,eliminando a possibilidadede faiscamento, os motoressíncronos com excitação dobrushless sãorecomendados paraaplicações em áreasespeciais com atmosferaexplosiva. Se a carga mecânica for muito alta, o rotor sai de sincronismo e causa uma parada. O valor máximo do torque que um motor pode desenvolver sem perder seu sincronismo é chamado de torque de perda de sincronismo. Se o motor síncrono tiver um enrolamento em gaiola, ele continuará a funcionar como um motor de indução. Sem carga Com carga. Com carga aumentada. Especificações e Eficiência Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 22 Os dados da plaqueta de identificação de um motor síncrono incluem os mesmos itens encontrados na plaqueta de identificação de geradores ca sendo a especificação de quilovoltampere substituída pela especificação de cavalo-vapor. A eficiência de um motor síncrono é geralmente mais alta do que a dos motores de indução de mesma especificação de potência (cavalo-vapor) e velocidade. As perdas são as mesmas dos geradores síncronos. Os motores síncronos são usados em aplicações de potência com velocidade constante em tamanhos acima de 20 hp. Uma aplicação comum é em compressores a gás ou a ar. Correção de Fator de Potência com Motores Síncronos. Uma vantagem incrível do motor é que ele funciona com um fator de potência (FP) igual a um. Variando-se a intensidade do campo cc, o fator de potência total de um motor síncrono pode ser ajustado ao longo de uma faixa considerável. Assim, o motor simula uma carga capacitiva através da linha. Se um sistema elétrico estiver funcionando com um fator de potência indutivo, os motores síncronos ligados através da linha e ajustados par um FP capacitivo podem melhorar (i.é, aumentar) o FP do sistema. Qualquer melhora no FP aumenta a capacidade de fornecimento para a carga, aumenta a eficiência e, em geral melhora as características de funcionamento do sistema. Excitação de Campo usada para alterar o Fator de Potência do Motor. Para uma carga mecânica constante, pode-se variar o FP de um motor síncrono de um valor capacitivo par a um valor indutivo ajustando- se a sua excitação de campo cc. A excitação de campo é ajustada de modo que FP= 1 Para a mesma carga, quando se aumenta a excitação de campo, a força contra- eletromotriz Vg aumenta. Isto provoca uma variação na fase entre a corrente I no estator e a tensão do terminal Vt de modo que o motor funciona com um FP capacitivo. Se a excitação de campo for reduzida abaixo do valor representado, o motor funciona com /fp indutivo. Exemplo:A carga de uma instalação é de 400 kVA para um fator de potência de 75 por cento indutivo. Qual deve ser o FP da carga adicional de 100 KW de um motor síncrono se ele aumentar o FP da instalação toda para 100 por cento? Para FP = 1, a potência reativa efetiva da instalação deve ser igual a zero. 1º. Passo:Calcule a potência inicial da instalação FP = cosθ = 0,75 Dado θ = arccos 0,75 = 41,4º Q = S senθ = 400 sen 41,4° 264,5 kVAR indutivo 2º Passo: Calcule o FP da carga do motor síncrono (Fig. 1-13c). para um FP efetivo igual a 1, a potência reativa do motor deve ser igual à potência reativa inicial da instalação no sentido oposto. O Q da instalação (1º Passo) é de 264,5 kVAR indutivo. Logo, o QL da carga adicionada deve ser de 264,5 kVA capacitivo. Resp. θ L= arctg °== 3,6964,2 100 5,264 arctg FP = cos θ L = cos 69,3 = 0,353 = 35,3% adiantado. O triângulo de potência resultante mostra a carga da instalação de 400 KW (300 KW + 100 KW) para um FP igual à unidade. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 23 Questões de concursos.(04). 01. (IFRN-2009) A utilização do sistema com excitatriz estática (com escovas) e do sistema brushless(sem escovas) são duas soluções bastante utilizadas na excitação do enrolamento de campo dosgeradores síncronos CA, de armadura estacionária e campo rotativo. A principal vantagem do sistemacom excitatriz estática é a) o menor custo de manutenção. b) a indicação para ambientes com atmosfera explosiva. c) a indicação para alimentação de cargas sensíveis. d) o menor tempo de resposta na regulação de tensão. 02. (UFSC – Eletrotécnico/ 2004) Assinale a alternativa CORRETA. Com relação ao gerador síncrono, quando se acrescenta uma carga RL nos seus terminais: A) A frequência e a tensão permanecem constantes. B) A frequência aumenta e a tensão diminui. C) A frequência diminui e a tensão aumenta. D) A frequência e a tensão diminuem. 03. (UFSC – Eletrotécnico/ 2004)Assinale a alternativa CORRETA. Sobre o motor síncrono, quando está sub- excitado, ele se comporta como: A) um capacitor. B) um indutor. C) um transformador. D) um resistor. 04. (INFRAERO – Eletrotécnico/ 2008)Para se inverter o sentido de rotação de um motor de indução monofásico, deve-se inverter: A) as ligações dos seus terminais na rede; B) somente a ligação do seu capacitor de partida; C) a ligação entre os seus enrolamentos auxiliar e principal; D) somente a ligação da chave centrífuga; E) simultaneamente as ligações do capacitor de partida e da chave centrífuga. 05. (ELETROBRAS – Técnico em Eletrotécnica – / 2007) Um motor síncrono trifásico é ligado a uma rede equilibrada, de tensão constante e frequência 60 Hz. Em relação a esse motor, é INCORRETO afirmar que: A) poderá funcionar como um gerador trifásico se for aplicada uma potência mecânica adequada em seu eixo; B) sua velocidade de operação é a mesma para qualquer carga que se aplique ao seu eixo, desde zero até a sua potência nominal; C) se invertermos o sentido da corrente do seu campo de excitação esse motor passará a operar como gerador; D) seu fator de potência de operação, indutivo ou capacitivo, pode ser controlado a partir do controle da corrente do seu campo de excitação; Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 24 E) sua velocidade nominal de operação é função inversa do seu número de pólos. 06. (CEFET SC - 2008) Sobre os motores síncronos é CORRETO afirmar: I) Necessitam de dispositivos auxiliares para dar partida ao motor. II) Se a corrente de campo é menor que a suficiente (motor subexcitado), o motor funciona com fator de potência adiantado. III) Ao aplicar carga no motor, o rotor se atrasa de um determinado ângulo em relação ao campo girante. IV) O enrolamento amortecedor, após a partida, é responsável por levar o rotor à velocidade síncrona. Sobre as afirmações acima, pode-se dizer que: A). Somente as afirmações II, III e IV estão corretas. B). Somente a afirmação II está incorreta. C). Somente as afirmações I e III estãocorretas. D). Somente as informações I e II estão corretas. 07. (IFPE-2010) Sobre as máquinas elétricas rotativas, assinale a alternativa CORRETA. A) O motor de indução com rotor em gaiola não pode funcionar como gerador de indução, uma vez que não seria possível extrair corrente do enrolamento em curto-circuito. B) Normalmente, os geradores síncronos operam no início da faixa de saturação, a fim de facilitar a regulação do alternador. C) Um alternador deve operar em regime com tensão entre 90 e 110% de sua tensão nominal sob velocidade de rotação, potência e fator de potência nominais, conforme NBR5117. D) As máquinas síncronas e de CC possuem perdas no ferro restritas ao enrolamento do induzido situado no rotor, pois neste o fluxo é variável. E) Fenômeno do escovamento está presente exclusivamente nas máquinas de CC e depende apenas do magnetismo residual dos pólos do campo. 08. (IFfluminense-2010)Com relação aos motores elétricos, assinale a alternativa ERRADA: a) Os motores de corrente contínua são os que podem apresentar os mais variados comportamentos de torque. b) Num motor de CC, um enrolamento de campo projetado para trabalhar em paralelo com o rotor pode ser ligado em série com o mesmo, da mesma maneira que um enrolamento de campo projetado para ser ligado em série, pode ser ligado em paralelo com o rotor, não faz a menor diferença. c) Os motores de indução trifásicos exigem alimentação somente no enrolamento situado na carcaça. d) Os motores síncronos apresentam bom rendimento mesmo trabalhando com carga parcial. e) Os motores síncronos apresentam, em geral, um enrolamento trifásico na carcaça, e seu enrolamento de rotor trabalha com corrente contínua. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 25 GERADORES E MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA Componentes As partes principais dos motores e geradores de corrente contínua são basicamente as mesmas. Armadura Num motor, a armadura recebe a corrente proveniente de uma fonte elétrica externa. Isto faz a armadura girar. Num gerador, a armadura gira por efeito de uma força mecânica externa. A tensão gerada na armadura é então ligada a um circuito externo. Em resumo, a armadura do motor recebe a corrente de um circuito externo (a fonte de alimentação), e a armadura do gerador libera corrente para um circuito externo (a carga). Como a armadura gira, ela é também chamada de rotor. Comutador Uma máquina cc tem um comutador para converte a corrente alternada que passa pela sua armadura em corrente contínua liberada através de seus terminais (no caso do gerador). O comutador é constituído por segmentos de cobre com um par de segmentos para cada enrolamento da armadura. Cada segmento do comutador é isolado dos demais por meio de lâminas de mica. Os segmentos são montados em torno do eixo da armadura e são isolados do eixo e do ferro da armadura. No chassi da maquina são montadas duas escovas fixas, que permitem contatos com segmentos opostos do comutador. Escovas São conectores de grafita fixos, montados sobre molas que permitem que eles deslizem (ou “escovem”) sobre o comutador no eixo da armadura. Assim, as escovas servem de contato entre os enrolamentos da armadura e a carga externa. Enrolamento de Campo Este eletroímã produz o fluxo interceptado pela armadura. num motor, a corrente para o campo é fornecida pela mesma fonte que alimenta a armadura. Num gerador, a fonte de corrente de campo pode ser uma fonte separada, chamada de excitador, ou proveniente da própria armadura. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 26 GERADOR CC SIMPLES O gerador cc mais simples é formado por um enrolamento de armadura contendo uma única espira de fio. Este enrolamento de uma espira intercepta o campo magnético para produzir a tensão. Se houver um circuito fechado, passará uma corrente no sentido indicado pelas setas . Nessa posição da espira, o segmento 1 do comutador está em contato com a escova 1, enquanto o segmento 2 do comutador está em contato com a escova 2. À media que a armadura gira meia volta no sentido horário, cos contatos entre os segmentos do comutador e as escovas são invertidos. Agora, o segmento 1 está em contato com a escova, 2 e o segmento 2 em contato com a escova 1. Em virtude dessa ação está sempre interceptando o campo magnético no mesmo sentido. Portanto, as escovas 1 e 2 têm polaridade constante, e é liberada uma corrente contínua pulsante para o circuito de carga externo. ENROLAMENTOS DA ARMADURA As bobinas da armadura usadas em grandes máquinas cc são geralmente enroladas na sua forma antes de serem colocadas na armadura. As bobinas pré-fabricadas são colocadas entre as fendas do núcleo laminado da armadura. EXITAÇÃO DO CAMPO Os geradores cc recebem seus nomes de acordo com o tipo de excitação de campo utilizado. Quando o campo do gerador é fornecido ou “excitado” por uma fonte cc separada, como por exemplo, uma bateria, ele é chamado de gerador de excitação separada Quando o gerador fornece a sua própria excitação, ele é chamado de gerador auto-excitado. Se o seu campo estiver ligado em paralelo com o circuito da armadura, ele é chamado de gerador em derivação (Shunt). Fig.Em derivação Quando o campo está em série com a armadura, o gerador é chamado de gerador série. Se forem usados os dois campos, derivação e série, o gerador é chamado de gerador composto. Os geradores compostos podem ser ligados em derivação curta com o campo de derivação em paralelo somente com a armadura, ou formando uma derivação longa, com o campo de derivação em paralelo com a armadura com o campo série. Quando o campo em série está ligado dessa forma, de modo que seus ampères-espira ajam no Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 27 mesmo sentido que os do campo em derivação, diz-se que o gerador é composto- acumulativo. Os reostatos de campo são resistências ajustáveis colocadas nos circuitos de campo para variar o fluxo do campo e portanto a fem gerada pelo gerador. Fig. Máquina CC Série. O gerador composto é muito mais usado do que os outros tipos de geradores, porque ele pode ser projetado de modo a oferecer uma ampla variedade de características. Fig. Máquina CC Composto. CIRCUITO EQUIVALENTE DO GERADOR CC As relações entre tensão e corrente num circuito equivalente de um gerador cc (Fig. 1-10) são de acordo com a lei de Ohm. Vta = Vg – Iara Vt = Vg – Ia(ra + rs) IL= Ia – Id Onde: Vta = tensão no terminal da armadura, V Vg = tensão gerada na armadura, V Ia = corrente da armadura, A Vt = tensão no terminal do gerador, V ra = resistência do circuito da armadura, Ω . rs = resistência do campo em série, Ω . rd= resistência do campo em derivação, Ω . IL = corrente na linha, A Id = corrente do campo em derivação, A Exemplo Um gerador cc de 100 KW e 250 V tem uma corrente na armadura de 400 A, uma resistência da armadura (incluindo as escova) de 0,025 Ω , e uma resistência de campo em série de 0,005 Ω . Ele é mantido em 1.200 rotações por minuto (rpm) através de um motor de velocidade constante. Calcule a tensão gerada na armadura. Da Eq.(1-2). Resp. Vg = Vt + Ia (ra + rs) = 250+400 (0,025 + 0,005) = 250 + 12 = 262V Equações da Tensão no Gerador e Regulação de Tensão A tensão média Vg gerada por um gerador pode ser calculada através da fórmula. Vg = 810 x 60b n pZφ Onde: Vg= tensão média gerada por um gerador cc, V p = número de pólos Z = número total de condutores da armadura (também chamado de indutores) φ = fluxo por pólo n = velocidade da armadura, rpm b = número de percursos paralelos através da armadura, dependendo do tipo de enrolamento da armadura. Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 28 Podemos simplificar por: Vg = k φ n onde k = 810 x 60b pZ A Eq. revela que o valor de uma fem induzida em qualquer circuito é proporcional à razão com que o fluxo está sendo interceptado. Assim, se φ duplicar e n permanecer o mesmo, Vg tambémé duplicado. Analogamente, se n dobrar de valor, permanecendo φ constante, Vgdobra. Exemplo - Quando um gerador é mantido em 1.200 rpm, a tensão gerada é de 120 V. Qual será a tensão gerada (a) se o fluxo do campo diminuir de 10 por cento, permanecendo constante a velocidade e (b) se a velocidade cair para 1.000 rpm permanecendo invariável o fluxo do campo? Resp. (a) Vg1 = Kφ 1n1 ou k = 11 g1 n V φ Vg2 = k φ 2n1 = n V 1 g1 φ φ 2n1 = Vg1 1 2 φ φ = 120 0,10 - 00,1 00,1 = 120 (0,90) = 108V Resp. (b) Vg2 = k φ 1n2 = 11 g1 n V φ φ 1n2 = Vg1 1 2 n n = 120 200,1 000,1 = 100V A regulação de tensão de um gerador é a diferença entre a tensão do terminal sem carga (SC) e com carga máxima (CM) e é expressa como uma porcentagem do valor de carga máxima. Regulação de tensão = CM com tensão CM com tensão- SC tensão Uma regulação com baixa porcentagem, característica de circuitos de iluminação, significa que a tensão do terminal do gerador é praticamente a mesma com carga máxima ou quando está sem carga. Exemplo- Um gerador em derivação tem uma tensão de terminal com carga máxima de 120 V. Quando a carga é retirada, a tensão aumenta para 150 V. Qual o porcentual de regulação de tensão? Resp.Regulação de tensão = CM com tensão CM com tensão- SC tensão = 120 120150 − = 120 30 = 0,25 = 25% PERDAS E EFICIÊNCIA DE UMA MÁQUINA CC As perdas nos geradores e motores consiste nas perdas no cobre dos circuitos elétricos e nas perdas mecânicas devidas à rotação da máquina. As perdas incluem: 1. Perdas no cobre (a) Perdas I2R na armadura (b) Perdas de campo (1) I2R do campo em derivação (2) I2R do campo em série 2. Perda mecânicas ou rotativas (a) Perdas no fero (1) perdas por correntes parasitas (2) perdas por histerese (b) Perdas por atrito (1) Atrito no mancal (rolamento) (2) Atrito nas escovas (3) Perdas por vento ou atrito com o ar Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 29 As perda no cobre estão presentes, porque é consumida uma certa potência quando se faz passar uma corrente através de uma resistência. À medida que a armadura gira no campo magnético, a fem induzida nas partes de ferro permite a passagem de correntes parasitas ou de Foucault, que aquecem o ferro representando assim um desperdício de energia. As perdas por histerese ocorrem quando um material magnético é magnetizado inicialmente num sentido e em seguida no sentido oposto. Outras perdas rotacionais são produzidas pelo atrito de rolamento no mancal, pelo atrito das escovas apoiadas sobre o comutador e pelo atrito com o ar. A eficiência é a razão entre a potência útil na saída e a potência total na entrada. Eficiência = entrada saída ou, Eficiência = entrada perdas - entrada = perdas saída saída + A eficiência é geralmente expressa na forma de porcentagem. Eficiência (%) = 100 x entrada saída Exemplo - Um gerador em derivação tem uma resistência no circuito da armadura de 0,4 Ω , uma resistência no circuito de campo de 60 Ω e uma tensão no terminal de 120 V quando está fornecendo uma corrente de carga de 30 A Calcule (a) a corrente de campo, (b) a corrente na armadura, (c) as perdas no cobre com a carga acima, (d) se as perda rotacionais forem de 350W, qual a eficiência com a carga acima? Resp. (a) Id = d t r V = 60 120 = 2 A Resp. (b) Ia = It + Id = 30 + 2 = 32 A Resp. (c) Perda na armadura = I2ara = 322(0,4) = 410W Perda do campo em derivação = I2drd = 2 2(60) = 240 W Perda no cobre = perda na armadura + perda do campo em derivação = 410+240 = 650W Resp. (d) Eficiência = perda saída saída + Saída = P = VtIL = 120(30) = 3.600W Perda total = perdas no cobre + perda rotacional = 650 + 350 = 1.000 Eficiência (%) = 1.000 3.600 3.600 + 100 = 600.4 600.3 100 = 0,783(100) = 78,3% MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA Princípio do Motor Embora a construção mecânica de motores e geradores cc seja muito parecida, as suas funções são diferentes. A função de um gerador é de gerar uma tensão quando os condutores se deslocam através de um campo, enquanto um motor serve para produzir um esforço para a rotação, ou torque ,para produzir rotação mecânica. Sentido de Rotação da Armadura Usa-se a regra da mão esquerda para determinar o sentido de rotação dos condutores da armadura. A regra da mão Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 30 esquerda para os motores é a seguinte: com o polegar, o indicador e o médio da mão esquerda perpendiculares entre si, aponte o indicador no sentido do campo e o dedo médio no sentido da corrente que passa pelo condutor; o polegar indicará o sentido em que o condutor tende a se deslocar. Numa bobina retangular formada por uma única espira paralela a um campo magnético , o sentido da corrente no condutor da esquerda é para fora do papel, enquanto no condutor do lado direito é para dentro do papel. Portanto, o condutor da esquerda tende a se deslocar para cima com uma força F1, e o condutor do lado direito tende a se deslocar para baixo com uma força igual F2. As duas forças agem de modo a produzir um torque que faz a bobina girar no sentido horário. Um motor constituído por uma única bobina é impraticável, porque ele tem centros mortos e o torque produzido é pulsante. Obtém-se bons resultados quando se usa um grande número de bobinas com no caso de um motor de quatro pólos. Á medida que a armadura gira e os condutores se afastam de um pólo passando pelo plano neutro, a corrente muda de sentido nos condutores em virtude da ação do comutador. Assim, os condutores sob um dado pólo conduzem a corrente no mesmo sentido em todos os instantes. Torque O torque T produzido por um motor é proporcional à intensidade do campo magnético e à corrente da armadura. T = ktφ Ia Onde: T = torque, m KG kt = constante que depende das dimensões físicas do motor Ia = corrente da armadura , A φ = número total de linha de fluxo que entra na armadura por um pólo N Fig.Aplicações da regra da mão esquerda aos motores CIRCUITO EQUIVALENTE DO MOTOR CC As relações entre a tensão e a corrente num circuito equivalente de um motor cc (Fig. 1- 14) são as seguinte: Vta = Vg + Iara Vt = Vg + Ia (ra + rs) IL = Ia + Id Onde: Vta = tensão no terminal da armadura, V Vg = força contra-eletromotriz, fcem,V Ia = corrente da armadura, A Vt = tensão no terminal do motor, V Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 31 e ra, rs, rd, IL e Id representam as mesmas grandezas definidas no circuito equivalente de um gerador cc. Uma comparação entre o circuito equivalente de um gerador(Fig. 1-10) e o circuito equivalente de um motor mostra que a única diferença está no sentido da corrente na linha e na armadura. Fig. Sentidos das correntes de armadura num motor de quatro pólos que gira no sentido anti-horário A fcem de um motor, Vg, é gerada pela ação dos condutores da armadura ao interceptar as linhas de força. Se num motor em derivação for multiplicada por Ia (rs = 0), VtIa = VgIa + Ia 2ra VtIa é a potência fornecida à armadura do motor; Ia 2ra é a potência dissipada na forma de calor pela corrente de armadura; e VtIa é a potência produzida pela armadura. Mas esta potência da armadura não representa uma potência útil de saída, pois uma parte dela precisa ser gasta para suprir as perdas mecânicas ou rotacionais do motor. A especificação de saída do motor é igual à entrada (VtIL) menos as perdas por aquecimento (I2R) e as perdas rotacionais. A unidade mais usual para a saída de um motor é o cavalo-vapor (hp, diretamente do inglês "horse-power"), onde hp = cavalo-vapor = 746 watts Exemplo 8-:(a) Calcule a fcem de um motor quando a tensão no terminal é de 240 V e a corrente na armadura de 50 A. A resistência da pela armadura do motor? (c) Qual a armadura é de 0,08Ω . A corrente de campo pode ser desprezada. (b) Qual a potência produzida potência liberada para o motor em quilowatts? (a) Vt = Vg + Iara rs = 0 Vg = Vt – Iara = 240 – 50.(0,08) = 240 – 4 = 236 V (b) Potência produzida VgIa = 236.(50) = 11800 W hp = hp watts 8,15 746 11800 746 == (c) Potência Liberada = VtIL = 240.(50) = 12000 W = 12kW VELOCIDADE DE UM MOTOR A velocidade é dada pelo número de rotações do eixo com relação ao tempo e é expressa em unidades de rotações por minuto (rpm). Uma redução no fluxo do campo do motor provoca um acréscimo na sua velocidade. Ou, ao contrário, um aumento no fluxo do campo provoca uma diminuição na velocidade do motor. Pelo fato de a velocidade do motor variar com a excitação do campo, costuma-se empregar uma forma conveniente de se controlar a velocidade variando o fluxo do campo através do ajuste da resistência no circuito de campo. Se um motor puder manter uma velocidade praticamente constante para diferentes cargas, diz-se que o motor apresenta uma boa regulação de velocidade. A regulação de velocidade é geralmente expressa na forma de porcentagem da seguinte forma: Regulação de velocidade = máxima carga com vel. máx carga com vel.carga sem vel. − Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 32 Exemplo -Um motor em derivação de 220 V tem uma resistência da armadura de 0,2 Ω . Para uma dada carga aplicada ao motor, a corrente na armadura é de 25 A. Qual o efeito imediato sobre o torque produzido pelo motor se o fluxo do campo for reduzido de 2 por cento? O torque produzido quando Ia = 25A é T1 = ktφ Ia = 25ktφ e a força contra-eletromotriz é Vg1 = Vt – Iara = 220 – 25.(0,2) = 215 V Se φ for reduzido de 2 por cento, o valor de Vg também fica reduzido de 2 por cento, pois Vg = kφ ne a velocidade n não pode variar instantaneamente. Portanto, a nova fcem é Vg2 = 0,98.(215) = 210,7V A nova corrente da armadura fica Ia2 = 46,5A 0,2 210,7220 r VV g2t = − = − a e o novo torque produzido é dado por T2 = kt.( 0,98 )φ .(46,5) = 45,6.ktφ o acréscimo no torque é Resp. vezes1,82 φk 25 φk 45,6 t .t 1 2 == T T Exemplo-A velocidade sem carga de um motor cc em derivação é de 1.200 rpm. Quando se aplica ao motor a sua carga especificada, a velocidade cai para 1.140 rpm. Qual a sua regulação de velocidade? Regulação de velocidade = CM Vel. CM Vel. - SC Vel. Resp.= 140.1 140.1200.1 − = 0,053 = 5,3% TIPOS DE MOTORES Motor em Derivação Este é o tipo mais comum de motor cc. Ele é ligado da mesma forma que o gerador em derivação .Suas curvas características de velocidade x carga e torque x carga (Fig. 1- 15b)mostram que o torque aumenta linearmente com o aumento na corrente da armadura, enquanto a velocidade cai ligeiramente à medida que a corrente da armadura aumenta. A velocidade básica é a velocidade com carga máxima. O ajuste de velocidade é feito inserindo-se uma resistência no campo usando um reostato de campo. Numa posição do reostato, a velocidade do motor, permanece praticamente constante para todas as cargas. Os acionadores ou dispositivos de partida usados com os motores cc limitam a corrente de partida da armadura em 125 a 200 por cento da corrente de carga máxima. Deve-se tomar muito cuidado para não se abrir o circuito do campo de um motor em derivação que está rodando sem carga, porque a velocidade do motor aumenta descontroladamente até o motor se queimar. Motor Série O campo deste tipo de motor é ligado em série com a armadura ). A velocidade varia de um valor muito alto com uma pequena carga até um valor bem baixo com a carga máxima . O motor em sede é conveniente quando parte com cargas pesadas ligadas a ele (guindastes e guinchos), porque com altas correntes na armadura ele produz um torque elevado e funciona em baixa rotação. Sem Simulado Chesf 2012. Máquinas Elétricas (Professor Tavares). Página 33 nenhuma carga, a velocidade de um motor em sede aumentará ilimitadamente até o motor se destruir. Entretanto, os grandes motores em série são geralmente ligados diretamente à carga e não através de correias ou polias.Corrente da armadura Motor Composto Este tipo associa as características operacionais dos motores em derivação e dos motores em série O motor composto funciona com segurança sem carga. À medida que se adicionam as cargas, a sua velocidade diminui, e o torque é maior se comparado com o do motor em derivação REQUISITOS DE PARTIDA DOS MOTORES Há duas exigências durante a partida dos motores: 1. Tanto o motor quanto as linhas de alimentação devem estar protegidos contra um fluxo excessivo de corrente durante o período da partida, colocando-se uma resisténcia externa em série com o circuito da armadura. 2. O torque de partida no motor deve ser o maior possível para fazer o motor atingir a sua velocidade máxima no menor tempo possível. O valor da resistência de partida necessária para limitar a corrente de partida da armadura até o valor desejado é Rs = S I Vt - ra Onde Rs= resistência de partida, Ω Vt = tensão do motor, V Is = corrente de partida desejada na armadura, A ra = resistência da armadura, Ω Exemplo. -Um motor em derivação numa linha de 240 V tem uma corrente na armadura de 75 A. Se a resistência do circuito de campo for de 100 Ω , qual será a corrente do campo, a corrente na linha e a potência de entrada no motor ? Resp. Id = A 2,4 100 240 r V f t == Resp. IL = If + Ia = 2,4+75 = 77,4 A Resp. P1N = VtIL = 240(77,4) = 18.576 W = 18,6W Exemplo -Um motor em derivação de 10 hp com uma resisténcia de armadura de 0,5 Ω está ligado diretamente a uma linha de alimentação de 220 V. Qual a corrente resultante se a armadura for mantida fixa? Despreze a corrente de campo. Se a corrente da armadura com carga máxima for de 40 A e se desejarmos limitar a corrente de partida a 150 por cento desse valor, qual será a resisténcia de partida que deve ser colocada em série com a armadura? No instante da partida, quando a armadura do motor está parada, não está sendo gerada nenhuma fcem. Portanto, o único fator que limita a corrente que está sendo retirada da alimentação é a resistência do
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