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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro • Questionário • Conteúdos programáticos • Contextualização da Disciplina • Serviços de Referência e Informação Questionário • Instrumento de coleta de dados utilizado no início da disciplina para realizar levantamento acerca dos conhecimentos gerais e específicos dos discentes sobre a área de Serviços de Referência e Informação. • Visa conhecer a utilização dos SRI, por parte dos discentes. Conteúdos * Concepções e paradigmas da referência e da informação. • Sociedade do Conhecimento e o novo modelo organizacional das unidades de informação • Conceito e evolução do serviço de referência e demais serviços de informação • Objetivos do serviço de referência em diversos tipos de bibliotecas • Relação dos serviços de referência na estrutura da unidade de informação. Conteúdos * Recursos humanos, informacionais e tecnológicos do serviço de referência e informação. * Comportamento de busca dos usuários. Instrução e orientação. * Competências e atitudes do bibliotecário de referência. A mediação. • Estruturação • Público-alvo: necessidades de informação • Canais de informação • Estudos de uso e de usuários • Profissionais de referência: atribuições, competências e aptidões. Conteúdos * Práticas de referência: disseminação e transferência da informação. • Consulta de referência e o processo de atendimento • A pergunta de referência • A entrevista de referência. Conteúdos * Práticas de referência: disseminação e transferência da informação. • Fontes de referência; • Avaliação de fontes de referência; • A busca de referência; • A recuperação da informação; • O resultado da busca. Conteúdos * A interação e a colaboração • Mediação • Serviços em rede Conteúdo * Avaliação dos serviços de referência e informação • Avaliação da oferta e demanda • Marketing de serviços. Métodos • A disciplina está organizada em sessões alternadas com os seguintes métodos de ensino-aprendizagem: • aulas expositivas, • trabalhos em grupo e individuais (orientados e extra-classe), • leituras, discussões e resumos, • visitas técnicas e relatórios, • treinamentos e exercícios, • videoconferências, • avaliações. Contextualização • Avanços das telecomunicações • Novas tecnologias • Processo de globalização • (fatores: tempo e espaço) • transformações no modo de produção (larga escala), surgimento de novos mercados, distribuição mundial, configurações diversas - empresas (fusões, por exemplo), mudanças quanto à organização do trabalho e ao perfil do profissional do século XXI, etc.) Contextualização • A informação passa a ser insumo, ativo, recurso essencial em todas as instâncias do meio produtivo; • A informação passa a ser a base para as novas ações operacionais e gerenciais exigidas pelo mercado; Contextualização • Produtos físicos e matérias incorporam serviços para ter valor agregado; • Fase atual da economia mundial. Economia de Serviços • Estudo do desenvolvimento das economias dos países se dirige, de forma ampla, para a economia de serviços, ou para a indústria de serviços; • Transformações na denominada “economia industrial”; • Representatividade dos custos de produção se refere a insumos de serviços (KON, 2004). Organizações do século XXI Ordem externa: Mudança no mercado: Âmbito local x global; Pressões competitivas; Insegurança. Organizações do século XXI Ordem interna: Mudança na empresa e nos negócios: Rigidez x flexibilização; Desenho organizacional (verticalidade x horizontalidade); Liderança participativa; Trabalho com equipes; Cultura e comportamento organizacionais compatíveis. Contextualização Sociedade da Informação e do Conhecimento e o modelo organizacional nesse contexto. Sociedade da Aprendizagem, Sociedade da Inovação .... Unidades de Informação Bibliotecas Cenário externo:EUA • ALA – American Library Association – maior associação • Associação de Serviços de Referência e Usuário, The Reference and User Services Association (RUSA) - uma das Divisões da ALA. RUSA • Responsável por estimular e apoiar a excelência: • na prestação de serviços geral e materiais de bibliotecas, • na prestação de serviços de referência e informação, • no desenvolvimento de coleção, • na assessoria aos leitores, e • no compartilhamento de recursos para usuários de todas as idades, em todos os tipos de bibliotecas (THE REFERENCE, 2012). RUSA • Guias de orientação da RUSA estão apresentados em seis macrotópicos, a saber: • desenvolvimento de coleções, • serviços eletrônicos, • núcleo histórico, • empréstimo entre bibliotecas, • serviços de referência e informação, e • usuários (THE REFERENCE, 2012). A área • Observa-se que a área de “Serviços de Referência e Usuários” engloba um universo rico e amplo de atuação, por vezes invisível aos olhos de muitos bibliotecários. • Notadamente, o século XXI vem descortinar os horizontes infinitos de atuação nessa área da biblioteconomia. As bibliotecas e o SRI • Tempo e espaço – fatores que mudaram o cenário das bibliotecas/unidades de informação nas organizações; • Pode-se constatar, uma preocupação em estabelecer mudanças conceituais e operacionais na área dos Serviços de Referência e Usuários frente ao novo paradigma informacional da sociedade contemporânea. Bibliotecas / Unidades de Informação • Realidades diversas – entre os países; • O que encontramos no Brasil? • Cases de fora podem ser adaptados, com bom senso; • Na atualidade, muitas bibliotecas, por vezes, precisam lidar com novos conceitos, novas técnicas, novas tecnologias, para adaptar-se ao modelo atual, usando de criatividade para empreender melhorias em suas atividades. Serviço de Referência Presencial Virtual Serviço de Referência • Serviço convencional e Serviço de referência virtual • Mudanças: • Planejamento e Desenvolvimento de serviços e produtos • Design, tipos de suportes, softwares funcionamento, acesso, etc.; • Política e normas; Serviço de Referência • Mudanças: • Gestão da biblioteca com novos serviços, produtos e usuários; considerando alterações na cultura e no comportamento organizacional, nos recursos, inclusive RH, na gestão da informação, etc.; • Treinamentos e capacitações (funcionários e usuários), competência informacional. Recursos Suportes Conteúdos Usuários/Clientes Profissionais Produtos e Serviços Atividade • Leituras: CUNHA, Murilo Bastos da. Das bibliotecas convencionais às digitais: diferenças e convergências. Perspectivas em Ciênc. Inf., Belo Horizonte, v. 13, n. 1, p.2-17, jan./abr. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pci/v13n1/v13n1a02.pdf SANTA ANNA, Jorge. Trajetória histórica das bibliotecas e o desenvolvimento dos serviços bibliotecários: da guarda informacional ao acesso. Rev. digit. bibliotecon. cienc. inf., Campinas, v.13, n.1, p. 138-156, jan/abr. 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/a rticle/view/1585 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro • Apresentação da ementa, objetivos, estratégia de ensino (métodos) e processo de avaliação. • Contextualizaçãoda área do Serviço de Referência e Informação. • Introdução ao Serviço de Referência, retrospectiva, conceitos, finalidades e componentes. • Atividade para próxima aula: leitura de textos Ementa • Abordagem histórico-conceitual de Referência. • A infraestrutura e a avaliação dos serviços de referência e informação. • Disseminação e transferência de informação. • A interação e a colaboração. • Atendimento e educação do usuário. • Aspectos éticos e profissionais do bibliotecário de referência. Objetivos • O discente ao término da disciplina deve ter obtido conhecimentos para atuação na área da Referência: • serviço de referência e informação e sua estrutura; • disseminação e transferência de informação. • atendimento ao usuário, interação e a colaboração • avaliação do serviço de referência • postura do bibliotecário de referência. Métodos • A disciplina está organizada em sessões alternadas com os seguintes métodos de ensino-aprendizagem: • aulas expositivas e dialogadas, • visitas, trabalhos em grupo e individuais (orientados e extra- classe), • leituras, resumos e discussões, • seminários. Avaliação * Duas avaliações com a seguinte composição: • N1: • Diagnóstico • Estudo de uso e/ou usuários • Proposta para desenvolvimento de produto/serviço • N2: • Desenvolvimento do produto/serviço • Trabalho final (escrito e oral) • Atividades individuais Introdução Retrospectiva • Grécia Clássica • Biblioteca de Atenas – referência de biblioteca pública • Bibliotecas nos templos • A questão da oralidade – dos encontros, das discussões Retrospectiva • Séc III a.C. – Biblioteca de Alexandria (700 mil volumes – rolos) – incêndios • Sala de leitura (cenário erudito – homens de letras) • Oficina para copistas • Arquivo documental (prateleiras para os conjuntos dos rolos) • Biblioteca de Pérgamo - 241 a 197 a.C. - pergaminho Retrospectiva • Império Romano - Séc IV d.C – Constantino - 28 bibliotecas (templos e banhos) • Multiplicam-se as bibliotecas particulares (prestígio) • Primeiras livrarias • Ofício dos copistas (escravos) • Final do séc – surgimento do códex – revolução do livro Retrospectiva • Idade Média (queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) até o ano 1453) - período de formação e estruturação da produção feudal) - já era impossível abarcar o saber. • Época de Instabilidade e guerras • O que escapa da destruição – conventos, mosteiros, castelos e palácios • RESTRIÇÃO DE USO DAS BIBLIOTECAS – MINORIAS - Eruditos (PINHEIRO, 2007) Retrospectiva • Séc X – chegada do papel à Europa • Séc XII – escolas saem do campo para as cidades • Séc XIII – surgem as universidades: Paris, Bolonha, Oxford Retrospectiva • Período de (1453 até 1789) • Revolução Francesa, • Invenção da imprensa, • Descobrimentos marítimos, • Renascimento (Leonardo da Vinci), • Modo de produção capitalista. Retrospectiva • Séc XV – invenção da imprensa (caracteres móveis) • 1456 – primeiro livro – Bíblia de Gutenberg (mais divulgado) • Séc XIV a XVI – bibliotecas reais (poder) – surge a ideia de espaço para desenvolvimento de atividades intelectuais • Séc XVI – livros não mais guardados, mas acorrentados para consulta local Literatura • Até o século XVIII • as bibliotecas = como depósitos de livros • os bibliotecários = guardas e conservadores de seus acervos. • Biblioteca Joanina, Universidade de Coimbra (construção:1716- inauguração:1723) Video: http://www.uc.pt/informacaopara/visit/paco/biblioteca Retrospectiva • A partir do Séc XVIII • Século XVII - bibliotecas reais começam a se tornar públicas • Século XVIII - surgem as grandes bibliotecas públicas (Espanha) O conhecimento • 1775: Samuel Johnson: “o conhecimento é de duas espécies. Podemos conhecer nós mesmos um assunto ou saber onde podemos encontrar informações a respeito”. • O quê? • Onde? Retrospectiva • Idade Contemporânea • avanço da técnica • os conflitos armados de grandes proporções • a Nova Ordem Mundial (queda da URSS e rearranjo geopolítico) • Globalização (fortes mudanças comunicação/tecnologia) Retrospectiva • Século XIX – Biblioteca do Congresso (EUA) • Surgem “atores” (autor, impressor, livreiro, editor, leitor, bibliotecário, etc) e seus conceitos novos • 1876 – Dewey – Sistema de Classificação do Conhecimento • Final do Século – preocupação com a educação – escolas – combate ao analfabetismo – Estados criam bibliotecas • Desenvolvimento científico e tecnológico Referência - concepção • Desde que se estabeleceu o 1º contato entre bibliotecário e consulente, para prover material (um obra ou uma informação nela contida) para o cliente = houve serviço de referência; • 1852: Inauguração da Reference Library (Grã-Bretanha); • 1871: a palavra referente foi usada pela 1ª vez no folheto “FREE Public libraries: suggestions on their foundation and administration”, Boston American Social Science Association; (GROGAN, 1995) Referência • 1873: Handbook of Library Economy, por Edward Edwards (Grã- Bretanha) • “a assistência aos leitores em suas pesquisas é uma das funções que tem de ser desempenhada diariamente pelas bibliotecas públicas” • 1875: Ranganathan: “já não era mais possível para o estudioso ser seu próprio bibliotecário de referência”; (GROGAN, 1995) Referência • 1876: “Centennial Conference of Librarians” (Filadélfia, EUA) – fundação da ALA • 1ª proposta de um programa de assistência pessoal aos leitores – primeira alusão aos serviços de referências ou auxílio ao leitor = 1º artigo sobre SR, de Samuel Swett Green: • “The desirableness of establishing personal intercourse between librarians and readers in popular libraries”. • “A conveniência de promover um relacionamento pessoal entre bibliotecários e leitores em bibliotecas populares”. • Green – nova função da btca e o papel de guia do bibliotecário. (GROGAN, 1995) Referência • 1888: Melvil Dewey – empregou a denominação “bibliotecário de referência”; • 1891: – William B. Child (bibliotecário do Columbia College, EUA): importância da experiência; • Acabouço teórico do processo de referência é imprescindível (GROGAN, 1995) Referência • 1897: No Library Journal: • 7 artigos sobre serviço de referência (editados depois de 1891) x 206 artigos sobre catalogação; • Os cabeçalhos: “sala de referência” e “bibliotecário de referência” não aparecem no Library Journal, mas aparecem no Library Work (1905-1911); (GROGAN, 1995) Referência • 1910: (no Brasil) - Biblioteca Nacional do RJ inaugurou o SR - porém, a SEÇÃO de referência somente foi organizada em 1944; • 1924: Ranganathan verificou que na Inglaterra o SR estava em estágio inicial nas btcas públicas e quase incipiente nas btcas universitárias; • 1931: matéria Referência passa a constituir-se em cadeira independente no Mackezie, SP.; (MACEDO, 1990) (GROGAN, 1995) Referência • 1940: livro de G. Woledge e B.S. Page: “A manual of university and college library practice” Foi publicado pela Library Association – utilizado por muitos anos, mas só continha 7 linhas sobre o tópico “informação e orientação aos leitores na sala de leitura”; (GROGAN, 1995) Referência • 1944: foi organizada a SR da BN no RJ (sua inauguração ocorreu em 1910); • 1952: obra “Assistance to readers in lending libraries” de D. J. Foskett – btca circulante; (GROGAN, 1995) Referência • 1960: Bibliografia Brasileira de Documentação, editada pelo IBBD – com obras de 1811-1960 = 44entradas para catalogação e 7 sobre serviço de referência; • 1977: Susan Klement “ é hora de separar o conceito de bibliotecário do conceito de biblioteca”; (GROGAN, 1995) Origens do SR • Após o incremento da indústria editorial e da alfabetização; • Estudos especializados se expandiram + livros publicados bibliotecas >, + catálogos de assuntos, + sistemas de classificação; Origens do SR • Ampliação do ensino público e o avanço da alfabetização > público leitor bibliotecas públicas (Grã-Bretanha e EUA) SR. Terminologia • Reference work; • No Brasil: serviço de referência ou referência; • Serviço de informação = serviço de segurança nacional; • Auxílio aos leitores = assistencialismo. Etimologia do termo referência • Origem latina; • Referentia = que serve para designar a ação de referir, contar, relatar; • Verbo referir (latim = referre) significa: responder, repetir, indicar, informar. (MARTINS; RIBEIRO, 1979) Serviço de Referência Arte - dom profissional do bibliotecário; Ciência; Razão: os usuários; Objetivo: compartilhamento e uso dos registros em benefício da sociedade como um todo e dos indivíduos que a compõem. 1ª Lei de Ranganathan: “Os livros são para usar” Definições • 1930: E. C. Richardson - “a parte da atividade da biblioteca que diz respeito ao uso dos livros no recinto do edifício, e que difere do uso do livro em casa; • 1930: M. E. Hazaltine – “a ajuda do bibliotecário a alguém empenhado na pesquisa ou qualquer espécie de consulta”; (GROGAN, 1995) Definições • 1930: W. W. Bishop – “é o esforço organizado, por parte da biblioteca, no sentido mais rápido e frutífero uso dos seus livros”; • 1930: A B. Kroeger – “a parte administrativa da btca, que diz respeito à assistência dada aos leitores no uso das fontes da btca; (GROGAN, 1995) Definições • 1930: A M. Hostetter – “o aspecto do trabalho de btca, diretamente relacionado com a informação suplementar, bem como ao ajudar os leitores das coleções destinadas a estudo e pesquisa”; • 1930: J. I. Wyer – “auxílio pessoal, cheio de simpatia e bem informado na interpretação das coleções destinadas ao estudo e à pesquisa”; (GROGAN, 1995) Definições • 1936: I. G. Mudge – “é a parte do sistema que se encarrega especialmente de auxiliar os leitores no uso da btca, particularmente, no uso dos recursos e livros dentro do recinto , diferente dos empréstimos para leitura a domicílio”. • 1944: M. Hutchins - “inclui o auxílio pessoal e direto dentro da btca, para pessoa em busca de info; (GROGAN, 1995) Definições • 1961: S. R. Ranganathan – “é o processo de estabelecer contato entre o leitor e seus documentos de uma maneira pessoal; • 1964: Mukherjee - SR é “[...] assistência pessoal oferecida pelo bibliotecário para leitores específicos que estão a procura de conhecimento e informação”. (GROGAN, 1995) Definições • 1966: Shera - “O SR abrange todo o espectro que inclui desde uma vaga noção de auxílio aos leitores até um serviço de informação muito esotérico, muito abstrato e altamente especializado”. Definições/Finalidade • 1973: Hutchins - [...] “assistência direta e pessoal dentro da biblioteca às pessoas que buscam informações para qualquer finalidade, e também às diversas atividades biblioteconômicas destinadas a tornar a informação tão acessível quanto seja possível”. Definições/Finalidade • 1969: Para Foskett: o SR é a unidade responsável por: “[...] ministrar respostas a consultas específicas”, além de fornecer os serviços de informação que servem para “disseminar informações que manterão os leitores bem informados e atualizados em suas especialidades e campos afins”. (FOSKETT, 1969). Finalidade • 1977: Para Whittaker: [...] “a finalidade do SRI é permitir que as informações fluam eficientemente entre as fontes de informação e quem precisa de informações. Sem que o bibliotecário aproxime a fonte do usuário, esse fluxo jamais existirá ou só existirá de forma ineficiente”. Definições • 1992: Katz definiu o SR como: “O processo de responder questões”. • 2007: Pessoa e Cunha: o SR “representa o espaço de interação entre o bibliotecário de referência e o leitor, atualmente designado usuário/cliente e [...] essa interação constitui o foco central do serviço de referência”. (KATZ, 1992) (PESSOA; CUNHA, 2007) Definições • Biblioteconomia alternativa: • Bibliotecário autônomo/exercício fora das btcas: • Especialistas em responder questões, • localizar informações, e • auxiliar no processo de elaboração de sínteses de conhecimentos, etc. Século XX: Btcas especializadas para o governo e/ou às empresas, com SR para prestar serviços (economia de tempo) 4ª Lei de Ranganathan: “Poupe o tempo do leitor” Ambiente híbrido/digital • Final do Séc XX e início do Séc XXI • Sociedade da Informação • Multiplicação das fontes, dos suportes e dos acessos • Documentos eletrônicos • Bibliotecas digitais • Cooperação, flexibilização do trabalho, adaptabilidade às novas tecnologias • 2002 – Nova Biblioteca de Alexandria • Bibliotecas com novos conceitos (automação/ambiente interativo/multimidiático, recursos digitais, etc) Referência, informação e pesquisa • Informação • ação de informar; • 1951: Webster dictionary – “é o conhecimento adquirido de qualquer forma” • Dado contextualizado; • Informação científica • Ligada à ciência pura e aplicada; • Explosão bibliográfica; • Pesquisa Conceito • Macedo (1990): • Restrito: necessidade da orientação e do atendimento pessoal do bibliotecário ao usuário que necessita de informação; • Amplo: • SR – interface bibliotecário e usuário para a resposta de questões; • SRI – esforço organizado da btca toda (recursos: pessoal, equipamento, metodologia, etc) para o seu fim: informar o usuário. Conceito e Objetivo • Para Grogan (2001, p.29): • “a substância do serviço de referência é a informação e não determinado artefato físico”. • Logo: “o objetivo do SR é dar assistência ao usuários na busca de informações, independente do suporte em que ela se encontra e não se atendo a uma coleção específica de materiais” (PEREIRA, 2012, p.4) Conceitos • Atualmente: qualquer suporte físico ou virtual; mudanças nos formatos de preservação e recuperação; • Atendimento à questão de referência • Prevê comunicação entre bibliotecário e usuário/cliente; interface (presencial e online); • Não há conceito universal; Conceito em (re)evolução. • Imagens da Biblioteca Openbare (Amsterdam) por usuária: http://www.proximatrip.com.br/holanda/amsterdam/visitando-a- openbare-bibliotheek-em-amsterdam/ (Website oficial: http://www.oba.nl/) Leitura GROGAN, D. O serviço de referência. In: __ . A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 1995. cap. 1. Referências • BARBOSA, Emanuella; SOUZA, Fabiana; BELO, Grace; SOARES, Marcos; PARISI, Noé. Processo evolutivo do serviço de referência. 2005. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/45998 • FOSKETT, D. J. Serviço de informação em bibliotecas. São Paulo: Polígono, 1969. • GROGAN, D. O serviço de referência. In: __ . A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 1995. cap. 1. • HUTCHINS, M. Introdução ao trabalho de referência em bibliotecas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1973. • KATZ, William A. Introduction to reference work. 6. ed. Bakersville: Waldman, 1992. 485p. v. 1 • MACEDO, Neusa Dias de. Princípios e reflexões sobre o serviço de referência e informação (continua). RevistaBrasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 23, n. 1/4, 1990. Referências • MARTINS, Myriam Gusmão de; RIBEIRO, Maria de Lourdes Guimarães. Serviço de referência e assistência aos leitores. Porto Alegre: UFRGS, 1979. 264 p. • PESSOA, Patrícia; CUNHA, Murilo Bastos da. Perspectivas dos serviços de referência digital. Informação & Sociedade, v. 17, n. 3, p. 69-82, set./dez. 2007. Disponível em: http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/viewFile/836/1587 • PINHEIRO, Carlos. História das bibliotecas. Disponível em: http://pt.slideshare.net/ladonordeste/histria- das-bibliotecas • WEBSTER Dictionary. Disponível em: http://www.webster-dictionary.org/definition/information • Estudos na área de Serviços de Referência (doutorado); imagens da internet sob domínio público, vídeo do website oficial da Biblioteca Joanina, da Universidade de Coimbra, Portugal, websites da biblioteca Openbare, Amsterdam - (para fins didáticos). UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro Discussão dos textos • Origens do serviço de referência – teoria e prática • Componentes, Finalidade, Natureza • Necessidade de conhecer • Funções e cerne da prática • Paradigmas • Experiência e teoria • Espaços presenciais e virtuais Componentes do Serviço de Referência • Bibliografia sistemática (recursos bibliográficos); • Elemento Humano (bibliotecário e cliente) – relação interpessoal • Elemento tecnológico* (não existente em todas as Unidades de Informação) Finalidade do Serviço de Referência “permitir que as informações fluam eficientemente entre as fontes de informação e quem precisa de informações”. (Kenneth Whitaker) Natureza do Serviço de Referência • Atender à necessidade fundamental: “o anseio de conhecer”. Aristóteles: “Todos os homens possuem por natureza o anseio do conhecimento”. A Necessidade de Conhecer • Questões surgem nas mentes das pessoas porque pode existir: • uma lacuna em seus conhecimentos, ou • uma impossibilidade de compreender o mundo a seu redor, ou • uma incoerência, ou • um conflito conceitual naquilo que já conhecem... A Necessidade de Conhecer • Willian e Sandra Rouse: “as pessoas raramente procuram informação com um fim em si mesmo”, mas necessitam delas para ajudar: • na solução de problemas; • na tomada de decisões; • na alocação de recursos financeiros, etc. • Terry Weech e Herbert Goldhor: curiosidade; • Bertrand Russell: afirmou que o que as pessoas realmente querem não é conhecimento, mas a certeza. A Necessidade de Conhecer • Abraham H. Maslow: pirâmide - necessidades cognitivas; • Bibliotecário do SR: • Reduzir incertezas; • Propiciar assistência individualizada; • lembrar que atendem necessidades cognitivas (+ atenção à consulta). 2ª Lei de Ranganathan: “Para cada leitor o seu livro” Em geral, a substância do SR é a informação e não determinado artefato. Cerne do conceito de biblioteca • Grogan: “O compartilhamento e uso coletivo dos ‘registros gráficos’ em benefício da sociedade como um todo e dos indivíduos que a constituem”. Funções do Serviço de Referência • Informacionais; • Instrucionais; • A política da American Library Association é que: “todas as bibliotecas devem incluir a instrução sobre o uso de bibliotecas como uma das metas prioritárias do SR”. • Educacionais. Papel do Bibliotecário no SR • 1980: Donald Davinson “compreender as estruturas dos conhecimentos registrados onde elas existam, e auxiliar no processo de estruturação onde não existam”. Cerne da prática bibliotecária • 1904: Mary Eileen - SR confere à instituição seu principal sentido e pode-se chamá-lo de “o coração da profissão”; • 1908: John Ballinger – “a forma mais elevada dos serviços da bibliotecas públicas”; • 1957: Ranganathan – “é razão e a culminância de todas as atividades bibliotecárias”; • 1980: Davidson – “é o ápice da atividade bibliotecária”. Paradigma custodial, patrimonialista, historicista e tecnicista • Paradigma custodial, patrimonialista, historicista e tecnicista se projetou não apenas no “desempenho profissional” dos arquivistas, bibliotecários e documentalistas, mas também “no ensino das disciplinas” de Arquivística, de Biblioteconomia e de Documentação. Paradigma • Os traços essenciais desse paradigma são: • valorização maior da CUSTÓDIA ou guarda, CONSERVAÇÃO e RESTAURO do suporte, como função principal da atividade profissional de arquivistas e bibliotecários; (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010, p. 35) Paradigma • identificação do serviço e do público, com a PRESERVAÇÃO DA CULTURA "ERUDITA", "letrada" ou "intelectualizada" (as artes, as letras e as ciências), em contradição explícita, com a cultura "de massas" e de entretenimento; (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010, p. 35) Paradigma • ENFATIZAÇÃO DA “MEMÓRIA” como fonte de legitimação do Estado-Nação e DA “CULTURA” como reforço de identificação do mesmo Estado e respectivo Povo, (ideologias de viés nacionalista); (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010, p. 35) Paradigma • IMPORTÂNCIA DO ACESSO AO "CONTEÚDO", através de instrumentos de pesquisa (guias, inventários, catálogos e índices) e do aprofundamento DOS MODELOS DE CLASSIFICAÇÃO E INDEXAÇÃO, • Modelos estes provenientes dos trabalhos normativos dos belgas Paul Otlet e Henri La Fontaine, • impacto na área da documentação científica e técnica, • possibilitou a multiplicação de Centros e Serviços de Documentação/Informação – (menos voltados para a custódia e mais para a disseminação informacional); (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010, p. 35,36) Paradigma • Prevalece a DIVISÃO PROFISSIONAL decorrente da criação e desenvolvimento dos serviços/instituições Arquivo e Biblioteca, • confusão entre profissão e ciência - (ideia de que as profissões de arquivista, de bibliotecário e de documentalista são DISCIPLINAS CIENTÍFICAS AUTÔNOMAS como a Arquivística, a Biblioteconomia e a Documentação) (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010, p. 36) Informação científica • Década de 70, nos EUA afirma-se em documento a deficitária circulação de informação científica, indicando que o governo e a comunidade científica seriam responsáveis pela sua transferência (o Relatório Weinberg, 1963). • Esse documento influenciou em vários países, a forma de lidar com a área da informação científica (programas, redes, etc) (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010, p. 36) Serviços de informação • Anos 70 - UNESCO impulsionou os serviços de informação através do lançamento dos programas UNISIST (World Science Information System), NATIS (National Information System) e PGI (Programme Général d’Information) • Conferências intergovernamentais:UNISIST I (1971), a NATIS (1874) e a UNISIST II (1979). (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010) Serviços de informação • Publicação de boletins, manuais, guias, atas e normas destinados à impulsionar a dimensão científica e técnica dos países em vias de desenvolvimento. Programa UNISIST • 1971 - UNISIST (United Nations International Scientific Information System; criado pelas Nações Unidas para ser um sistema social de comunicação (institutos de pesquisa, editores, profissionais da informação, etc). • Criado para implementar uma rede mundial de serviços de informação e fundado na cooperação voluntária dos "sistemas nacionais de informação" existentes e os que seriam criados. (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010) Programa UNISIST • Objetivo maior: implantar e gerir bibliotecas especializadas e centrosde documentação, e disponibilizar respectivos sistemas ou redes institucionais. • Tudo isto no período denominado Revolução informacional (Jean Lojkine), em que já estava em andamento a microinformática e a Internet. (MALHEIRO; RIBEIRO, 2010) Programa UNISIST • Em suma, evidencia-se a crise do paradigma custodial e tecnicista: a guarda dos documentos e a vertente patrimonialista cedendo lugar à coleta, seleção e acesso às fontes necessárias. Paradigma Pós-custodial, informacional e científico • Já sendo desenvolvido partir dos anos 60, com intensificação de POLÍTICAS CENTRADAS NA DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, instituiu o novo paradigma pós- custodial, informacional e científico. Paradigma • VALORIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO ENQUANTO FENÔMENO HUMANO E SOCIAL, sendo a materialização em qualquer suporte; • constatação do DINAMISMO INFORMACIONAL, oposto ao "imobilismo" documental; • PRIORIDADE AO ACESSO à informação, por todos em condições bem definidas e transparentes, pois só o acesso público justifica e legitima a custódia e a preservação; Paradigma • compreensão da INFORMAÇÃO SOCIAL, através de modelos teóricos; • alteração do quadro teórico da ATIVIDADE PROFISSIONAL SINTONIZADA COM AS CIÊNCIAS SOCIAIS (compreensão do social e do cultural); Paradigma • substituição da lógica instrumental (expressões "gestão de documentos" e "gestão da informação”) pela pela lógica científico-compreensiva da (INFORMAÇÃO NA GESTÃO), • a informação social implicada no processo de gestão; • as práticas informacionais decorrem de concepções e práticas dos gestores e atores com a estrutura e cultura organizacionais, • o cientista da informação – ao invés de estabelecer regras operativas, compreende o sentido das práticas e apresenta dentro de certos modelos teóricos as soluções adequadas. Paradigma • Este paradigm institui uma mudança de postura da ênfase nas abordagens instrumentais, práticas e normativas dos documentos para a compreensão e a explicação do FENÔMENO INFO- COMUNICACIONAL. • CIENTIFICIDADE para os desafios da Era da Informação: origem, coleta, organização, armazenamento, recuperação, interpretação, transmissão, transformação e utilização da informação • A INTERNET • A CI que brota deste novo paradigma Considerações - Biblioteconomia • O ponto focal do paradigma da “biblioteca em si mesma”, com suas funções: • Materiais: incluem coleções de objetos representando o conhecimento (documentos) e equipamentos; • Organizacionais: referem-se ao conjunto de estruturas administrativas e de pessoal; • Intelectuais: englobam a ideia de sistema, ex: sistema de classificação, estrutura de catalogação, política de seleção. • Finalidade da biblioteca dar acesso à informação (de sua coleção de documentos e(ou) outras, em quaisquer suportes). Considerações - Biblioteconomia • Paradigma consiste em um grupo de ideias relacionadas com a biblioteca, então considerada como uma instituição social; • Esse paradigma abarca a instituição em um contexto amplo que envolve um processo de mudança social nos indivíduos; • Apenas com a leitura – processo de transformação pessoal – e social geral, mas não pode se resumir a isso,(trata-se de um processo complexo). Pontos que fragilizam Paradigma - Biblioteconomia 1) preocupação “excessiva” das bibliotecas em armazenar e manter acervos para possível utilização – considera-se aqui o documento mais importante do que as informações nele contidas; 2) preocupação “menor” com o usuário – apesar de muitas pesquisas sobre usuários, a metodologia sempre se direcionou para a avaliação dos serviços e não para os problemas dos usuários. Esses pontos dificultam a função social da biblioteca! Experiência e Teoria • Por mais que se tente citar todas as atividades realizadas pelo Serviço de Referência e Informação, não há como estabelecer um único padrão ou manual, visto que cada biblioteca tem sua finalidade e missão, assim como cada público possui características, peculiaridades e necessidades informacionais específicas. • No entanto, o “processo” de atendimento às necessidades específicas de informação pode, em boa parte das unidades de informação, ser em essência o mesmo. Experiência e Teoria • A experiência favorece a atuação nessa área desde que se tenha um lastro teórico para integrar os conhecimentos formais e empíricos. • Faz-se necessário: teoria/estudo, observação e prática. Referências • GROGAN, D. A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 2001. • MALHEIRO, A.; RIBEIRO, F. Paradigmas serviços e mediações em Ciência da Informação. Recife: Marcos Galindo (Ed.), 2010. Atividade • Resumo do capítulo do Livro do GROGAN, D. A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 2001. cap.1 • Resumo do tipo informativo, seguindo as indicações da ABNT. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro • A Arte do Serviço de Referência • O Serviço de Referência • Fontes de Informação • Seção de Referência • Atribuições • Formas de atendimento • A Mensagem • Consulta de referência • A questão de referência • Atividade A Arte do Serviço de Referência • Ofício x arte • Experiência tentativa/erro – casual • Experiência + teoria – análise “A experiência é boa mestra, mas nos manda faturas assustadoras” (ANTRIM apud GROGAN, 2001) Strictu Sensu: “Assistência pessoal prestada pelo bibliotecário aos leitores em busca de informações”. (ROTHSTEIN apud GROGAN, 2001) Serviço de referência • “Parte dos serviços da biblioteca prestados diretamente ao usuário. Trata-se do processo essencial ao contato entre o usuário e a informação”. (CUNHA, 2008) • “O elo entre o usuário e o documento, no tempo exato, como estabelece as leis da biblioteconomia”. (RANGANATHAN apud CUNHA, 2008) Serviço de referência • “A capacidade do bibliotecário de traduzir a pergunta formulada pelo usuário em termos que possam ser encontrados em determinadas fontes de referência”. (KATZ apud CUNHA, 2008) Fonte de informação como ramo do saber “Metade do conhecimento consiste em saber onde encontrá-lo”. (JOHNSON apud GROGAN, 2001) “O conhecimento é de 2 espécies. Podemos conhecer nós mesmos um assunto ou saber onde podemos encontrar informações a respeito”. Reconhecimento das fontes de informação como um ramo do saber Onde? Quê? Seção de referência • Planejamento; • Orçamento; • Equipamento e instalações; • Recursos Humanos; • Localização na organização; • Normalização das atividades; • Avaliações, etc. Seção de referência • Atribuições: • providenciar envio/entrega de material; • programar e/ou dirigir horas do conto, exposições, etc.; • elaborar boletins informativos (impressos e/ou on- line); • manter as coleções organizadas e em bom estado de conservação (âmbito físico e digital); Seção de referência • Atribuições: • indicar material para ser adquirido; • apresentar proposta orçamentária para as atividades da seção; • dar cumprimento ao regulamento da biblioteca; • realizar estudos de uso e de usuários; • instituir avaliações dos serviços e produtos; Seção de referência • Atribuições: • elaborar relatórios administrativos referentes à seção de referência e colaborar na compilação; • Apresentar relatórios gerais da biblioteca; etc. Seção de referência • Formas de atendimento: • Quanto ao público-alvo • ex: tratamento, tom de voz, etc.;• Quanto ao tipo de serviço • ex: encontrar um dado, localizar artigo, etc.; Seção de referência • Formas de atendimento: • Quanto ao prazo • depende da existência ou não da obra e das ações necessárias para consegui-la – fator tempo; • Quanto à extensão da informação • maior ou menor quantidade de material com a informação; Seção de referência • Formas de atendimento: • Quanto ao suporte da informação • livro, folheto, mapa, filme, e-book, etc.; • Quanto à localização da informação • informação em uma obra ou em várias, no espaço físico da UI ou fora dela, online, etc.; Seção de referência • Formas de atendimento: • Quanto à localização do material a ser utilizado • catálogos usuais – dentro da própria biblioteca; • catálogos coletivos (regionais ou nacionais, etc.); • Outras fontes físicas ou digitais. Seleção da mensagem • Falhas devido à falta de treinamento do bibliotecário: 1. Falta de conhecimento do assunto 2. Falta de cuidado na análise da questão • O bibliotecário pode não ter entendido a questão: • porque houve omissão de dados por parte da mensagem, ou • por incorreta seleção da mensagem, ou • por falta de atenção/interesse do bibliotecário. Seleção da mensagem Ações: • o bibliotecário deve delegar questões que versem sobre assunto que não entenda para outro profissional que tenha conhecimento; • a biblioteca deve propiciar treinamentos. Seleção da mensagem • Falhas devido ao sistema da biblioteca; • Falhas de feed-back do usuário • Omissão por parte do usuário, de uma mensagem incompleta ou ambígua. (ex: formulário, mensagem, etc.) • Ação: negociação da questão, a ser iniciada e conduzida pelo bibliotecário. A questão de referência • Consultas de caráter administrativo • não atendem ao propósito da questão e referência; • definição da UI em atender ou não! • Ex: reserva de equipamentos ou salas da biblioteca. • Não exigem conhecimentos bibliográficos!!! A questão de referência • Consultas sobre autor/título: • ex: quando o usuário está buscando determinada obra; . (Obra: Inha Bastos) A questão de referência • Consultas de localização de fatos: • material informacional específico; • geralmente, uma única resposta fatual; • ex: qual a freqüência da rádio xis? A questão de referência • Consultas de localização de material: • questão aberta; • são consultas de assuntos/temáticas; • apresenta-se uma série de informações ao usuário; • ex: você tem algo sobre a confecção de vestes eclesiásticas? A questão de referência • Consultas mutáveis: • uma questão de autor/título pode evoluir para uma consulta de localização de fatos. • ex: usuário solicita o livro Latin readings de Michael Grant • ... mas ele não existe. • O bibliotecário amplia a pesquisa e descobre que Latin literature é do mesmo autor ... • ... e há ainda a reedição do Roman readings. A questão de referência • Consultas de pesquisa: • Questões do tipo de localização de fatos ou de localização de material acabam se transformando durante a busca em verdadeiras consultas de pesquisa (avanço na pesquisa com utilização de hipóteses, análise estatística, etc.) A questão de referência • Consultas residuais: • questão com “alguma incoerência” – tentar chegar perto: • ex: algo pertinente a Jesus (O Cristo) – sem comprovação. • Questões polêmicas! • Existem informações sobre como eram os judeus, hábitos, vestes, etc. A questão de referência • Questões irrespondíveis: • Questões para as quais não há resposta, ou teoricamente não seria possível responder: • Ex: dados sobre expectativa de vida para todas as profissões em todos o planeta. A questão de referência • Características da questão de referência: • Simples: uma única faceta = questão breve e contém uma única parte: • Ex: você tem algo sobre malabarismo com bastão? • Complexa: multifacetada = questão longa e contém muitas partes: • Ex: detalhamento sobre a prática de duelos entre estudantes na Alemanha nos dias atuais? Taxonomia e Análise das perguntas • Saber examinar analiticamente as consultas formuladas; • Métodos para categorização das questões: • Por grau de dificuldade; • Por nível acadêmico; • Pelo tempo tomado para sua solução; • Pelo tipo e quantidade de fontes usadas para respondê-las; ou, • Pelo assunto, etc. Finalidades • CADA METODO TEM SUA UTILIDADE para finalidades específicas !!! • Finalidades: • Desenvolvimento de coleções; • Avaliação do pessoal; • Avaliação do uso, etc. Negociação da questão • Falhas devido aos fatores humanos • Problemas envolvendo a interação usuário-bibliotecário • Falhas devido à falta de treinamento do bibliotecário • Falta do bibliotecário em não realizar a negociação da questão • Falta de habilidade na condução da negociação • Falta de preocupação com a imagem que projeta • Falta de percepção para com as comunicações não-verbais Negociação da questão • Falhas devido à falta de treinamento do bibliotecário • Falha do bibliotecário em descobrir ou compreender o que foi perguntado ou é desejado • Dificuldade em traduzir questões vagas em termos significativos • Falta de interesse ou motivação para auxiliar o usuário • Tradução arbitrária da linguagem da questão na linguagem lógica do sistema Negociação da questão • Falhas devido à falta de treinamento do bibliotecário • Falha de dar tempo suficiente para a negociação • Falta de conhecimento das maneiras diferentes pelas quais uma questão pode ser apresentada • Condicionamento inconsciente do usuário pelo bibliotecário para fazer questões gerais em vez de específicas. Negociação da questão • Falhas devido à falta de políticas da biblioteca • Mobiliário e/ou equipamento como um barreira física/digital à interação usuário-bibliotecário • Falta de políticas que digam respeito ao tempo para busca, incluindo o suporte de pessoal auxiliar • Falta de políticas ditando os deveres do bibliotecário • Falta de treinamento em serviço • Falta de supervisão. Negociação da questão • Falhas devido ao usuário • Controle direto do bibliotecário • Falha da maioria dos usuários em não perguntar exatamente o que deseja • Falha do usuário em não saber decidir exatamente o que deseja • Tendência dos usuários em formalizar suas questões em termos do que sabem mais do que em termos do que não sabem • Falta de percepção dos usuários quanto à extensão da informação que pode ser levantada para responder à sua questão Negociação da questão • Falhas devido ao usuário • Controle direto do bibliotecário • Falta de conhecimento do usuário do vocabulário das obras de referência • Tendência dos usuários para apresentar questões muito gerais ou muito específicas • Tendência dos usuários de começar com uma questão geral quando desejam uma resposta específica • Tendência dos usuários em pensar que conhecem os instrumentos que responderão à questão e propor uma questão mais específica Negociação da questão • Falhas devido ao usuário • Controle direto do bibliotecário • Tendência dos usuários em abordar questões em termos de assunto • Tendência dos usuários em fazer pedidos que não expressem de por maneira exata as suas necessidades de informação • Tendência dos usuários em apresentar suas questões em termos dos seus pontos de vista particulares • Falta de percepção por parte dos usuários, mesmo os mais inteligentes, para saber quais os materiais mais adequados às suas necessidades de informação Negociação da questão • Falhas devido ao usuário • Controle direto do bibliotecário •Falha do usuário por não admitir sua falta de conhecimento sobre o assunto da questão • Falta de percepção do bibliotecário com relação aos hábitos mentais do usuário. Negociação da questão • Os problemas causados que envolvem interação usuário-bibliotecário são inúmeros e podem ser explicados: • a negociação das questões de referência é considerada como um dos atos mais complexos da comunicação humana, pois existe um alto nível de ruído na comunicação de pessoa para pessoa. • Os usuários não tem noção da ambiguidade e imprecisão das questões que propõem. Negociação da questão • Os problemas causados que envolvem interação usuário- bibliotecário são inúmeros e podem ser explicados: • A negociação da questão = comunicação • Objetivos: • Definir que informação o usuário deseja • Esclarecer a questão • Definir a quantidade, nível de material que responderá a questão. Negociação da questão • Negociação = conversa formal • Conhecer os interesses do usuário • Associar a questão com a solução de problemas • Para tanto deve: • Identificar os objetivos • Estabelecer metas • Esquematizar um plano • Perguntar: • O que, quem, onde, quando? Negociação da questão • Dificuldades: • Cuidados com a falhas de audição, visão e grafia • Barreiras linguísticas • Caráter pessoal – (decisões subjetivas/avaliações pessoais/timidez/vacilações/dúvidas/ inseguranças) • Atmosfera amigável e propicia para a interação com o usuário. • Psicologia, comunicação interpessoal, motivação, auto- reconhecimento, técnica de entrevista e relações públicas. Constatação • Cada enunciado de pergunta consiste em pelo menos 2 categorias de termos veiculadores de mensagem: • Os que identificam o assunto da necessidade de info (= conhecidos), e • Os que identificam a informação desejada sobre o assunto (= desejados). • Ex: Que é a doença de Paget? • O Conhecido = é a doença • O Desejado = é uma definição da doença Análise das perguntas • Para Richard e Derr: • As questões possuem uma estrutura própria. • As questões consistem em 2 partes: • Assunto: termo ou termos que se referem a um objeto; • Pergunta: uma expressão que identifica a orientação específica a ser dada em relação ao assunto da questão; Análise das perguntas • Para Belkin e Vickery: • Uma questão elementar possui 2 partes: • 1 Assunto: conjunto de alternativas; e • 1 Pedido: identifica quantas das alternativas verdadeiras se deseja na resposta e que espécie de exigência deve ser feita quanto à completeza e precisão. Análise das perguntas • Para Gerald Jahoda: na maioria das questões: • o Conhecido é um assunto, e • o Desejado é a informação textual • Ex: desenho do esqueleto do cavalo? • Conhecido = assunto • Desejado = ilustração Assuntos • Parece não haver limites para a diversidade de assuntos sobre os quais surgirão perguntas. • Pode-se dizer que é possível surgir qualquer tipo de questão em qualquer tipo de biblioteca. • Mas, isso não significa que todas essas consultas sejam atendidas. • Na política da biblioteca deve constar as orientações. • No entanto, o bibliotecário de referência pode (e deve) indicar fontes para o usuário. Assuntos • A mesma questão de referência nem sempre pode ser respondida de modo adequado com a mesma resposta ... • ... As respostas são diferentes ... • ... E não apenas porque os assuntos sofram mudanças ... • ... É preciso conciliar uma resposta apurada à consulta com a satisfação da necessidade individual do usuário ... • ... Para cada pessoa que formula uma questão existe uma resposta diferente: a sua resposta à sua questão. Atividade • Leitura e resumo capítulo: • GROGAN, D. A prática do sérvio de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 2001. cap. 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro • O Processo de referência • Passos do Processo de referência • Atividade Processo de Referência • Serviço de Referência (assistência prestada ao usuário que necessita de informação) x • Processo de Referência (expressão que passou a ser empregada há 40 anos) = a atividade que envolve o usuário e durante a qual se executa o serviço de referência, em sua totalidade. Remonta ao momento em que o usuário reconheceu a existência do problema, e se estende até o ponto em que se chega mutuamente ao entendimento de que o problema original foi solucionado. Processo de Referência • Não inclui somente o que se executa para localizar as respostas às questões formuladas ... • Mas, inclui, também, a etapa anterior, durante a qual o bibliotecário analisa, junto com o usuário, a natureza do problema. • O processo envolve não somente a identificação e utilização do instrumental bibliográfico, mas também a intervenção de variáveis psicológicas, sociológicas e ambientais que ainda não foram perfeitamente compreendidas. • Retornos à consulta, vaivéns durante a ... Ou seja, não é linear. 8 passos do processo de referência 1. O problema 2. A necessidade de informação 3. A questão inicial 4. A questão formulada 5. A estratégia de busca 6. O processo de busca 7. A resposta 8. A solução O Problema • Todo ser humano é um iniciador potencial do processo de referência pois o processo se inicia com um problema que atrai a atenção de um usuário da biblioteca. • A fonte do problema pode ser: • externa (contexto social ou situacional do indivíduo) ou • interna (ordem psicológica ou cognitiva). Existem problemas suscetíveis de não encontrarmos soluções !!! A Necessidade de Informação • Avanço no caminho: para aqueles que reconhecem que precisam conhecer algo mais para lidar com o problema ... passam para a 2ª etapa rumo a uma solução. • A necessidade de informação pode ser vaga e imprecisa (visceral) ainda, ou não!! • Pode-se não ter um problema concreto, mas apenas uma motivação com o desejo de conhecer e compreender algo, ou mesmo mera curiosidade. “A curiosidade é característica permanente de um intelecto vivaz” A Necessidade de Informação • Pode variar: “seria bom saber” ou “ não posso ir adiante enquanto não descobrir” ... • As raízes do comportamento de quem busca informação ainda são bastante desconhecidas ... • Psicologia do conhecimento – na área (década de 60): • uso de observação, ensaio e erro, experimento; • perguntar a alguém; • procurar por si mesmo. A Questão Inicial • Até o ponto anterior, comunicação intrapessoal (ensaio mental) ... Agora a questão é apresentada a outrém via comunicação interpessoal. • Inúmeros estudos: poucas pessoas procuram a biblioteca quando precisam de informação... E menos ainda recorrem ao bibliotecário !! • Mas, quem busca, executa esta fase em conjunto com o bibliotecário. A Questão Negociada • A questão inicial feita pelo usuário pode requerer esclarecimentos e ajustes para se ter certeza de que corresponde (de forma precisa) àquela necessidade de informação de fato. • Em seguida, a questão é comparada com a maneira como as informação são organizadas na biblioteca e, nas fontes específicas existentes (no seu acervo ou em outro). • Essa comparação revela com certa frequência que a questão exige redefinição ou reformulação. A Estratégia de Busca • Antes de a questão negociada ser levada ao acervo de info, impõem-se 2 decisões técnicas: • Como o acervo (local ou remoto) será consultado? • Análise do tema – conceitos e relações • Tradução para um enunciadode busca apropriado na linguagem de acesso do acervo de info. • E quais de suas partes serão consultadas e em que ordem? • Escolha de um dos possíveis caminhos. • O êxito depende do conhecimento das fontes, experiência no seu uso e a intuição. A Estratégia de Busca • Etapas da escolha: • Seleciona-se a categoria da fonte • Depois a fonte específica • Finalmente, os pontos de acesso específicos dentro dessa fonte. Se não der resultado, faz-se outra escolha (esfera de ação do bibliotecário: estratégias alternativas) O Processo de busca • Maleabilidade para alterações de rumo; • Caso precise de estratégia alternativa, verificar necessidade de ter a presença/participação do usuário para facilitar essa mudança de rumo. A Resposta • = resultado da busca • Se executada corretamente – o resultado coincidirá com o que foi enunciado na busca. • Busca infrutífera – pode ser uma resposta (mas, não é agradável apresentá-la de forma nua e crua, ao usuário) A Solução • Uma resposta é apenas uma solução potencial (mas, pode ser suficiente) • Frequentemente, porém, torna-se necessário uma explicação para que se tenha uma visão completa. • Bom tom: o bibliotecário avaliar junto com o usuário o produto da pesquisa, antes de aprovarem a solução e concordarem com a conclusão do processo de referência. Impressão falsa • Não existe um roteiro para todos os casos. • Infinita variação. • Logo, esse é o encanto e desafio. Computador no processo de referência • Anos 60 e 70 – era um intruso que ameaçava • Hoje, a interação e as buscas informatizadas fazem parte da rotina dos serviços de referência “na maioria das bibliotecas” • Bases de dados e ferramentas novas (variedade de formas) – progresso do serviço de referência • Buscas informatizadas interativas – participação do usuário • Maior impacto direto na busca de referências O êxito de uma busca não se mede pelas fontes ou meio empregado, mas pela resposta/solução obtida. Bibliotecário e Usuário • Discussão polêmica quanto informação x capacitação • Bibliotecários voltados para o papel de educador e consultor • Intermediação homem x máquina • Tempo dos usuários • Bibliotecário de Referência – requisito saber usar as bases de dados • Contudo, há uso de ferramentas manuais. Atributos • Intimidade com as fontes de referência • Domínio das técnicas de buscas informatizadas • Cultura geral • Experiência em lidar com usuários • Facilidade de comunicação • Atributos pessoais desejáveis (Library Congress): simpatia,criatividade, confiança, entusiamo, persistência, humildade, devoção ao serviço, etc. Atividade • Leitura e resumo capítulo: • GROGAN, D. A prática do sérvio de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 2001. cap. 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro • O Processo de referência • Passos do Processo de referência • Atividades Processo de Referência • Serviço de Referência (assistência prestada ao usuário que necessita de informação) x • Processo de Referência (expressão que passou a ser empregada há 40 anos) = a atividade que envolve o usuário e durante a qual se executa o serviço de referência, em sua totalidade. Remonta ao momento em que o usuário reconheceu a existência do problema, e se estende até o ponto em que se chega mutuamente ao entendimento de que o problema original foi solucionado. Processo de Referência • Não inclui somente o que se executa para localizar as respostas às questões formuladas ... • Mas, inclui, também, a etapa anterior, durante a qual o bibliotecário analisa, junto com o usuário, a natureza do problema. • O processo envolve não somente a identificação e utilização do instrumental bibliográfico, mas também a intervenção de variáveis psicológicas, sociológicas e ambientais que ainda não foram perfeitamente compreendidas. • Retornos à consulta, vaivéns durante a ... Ou seja, não é linear. 8 passos do processo de referência 1. O problema 2. A necessidade de informação 3. A questão inicial 4. A questão formulada 5. A estratégia de busca 6. O processo de busca 7. A resposta 8. A solução O Problema • Todo ser humano é um iniciador potencial do processo de referência pois o processo se inicia com um problema que atrai a atenção de um usuário da biblioteca. • A fonte do problema pode ser: • externa (contexto social ou situacional do indivíduo) ou • interna (ordem psicológica ou cognitiva). Existem problemas suscetíveis de não encontrarmos soluções !!! A Necessidade de Informação • Avanço no caminho: para aqueles que reconhecem que precisam conhecer algo mais para lidar com o problema ... passam para a 2ª etapa rumo a uma solução. • A necessidade de informação pode ser vaga e imprecisa (visceral) ainda, ou não!! • Pode-se não ter um problema concreto, mas apenas uma motivação com o desejo de conhecer e compreender algo, ou mesmo mera curiosidade. “A curiosidade é característica permanente de um intelecto vivaz” A Necessidade de Informação • Pode variar: “seria bom saber” ou “ não posso ir adiante enquanto não descobrir” ... • As raízes do comportamento de quem busca informação ainda são bastante desconhecidas ... • Psicologia do conhecimento – na área (década de 60): • uso de observação, ensaio e erro, experimento; • perguntar a alguém; • procurar por si mesmo. A Questão Inicial • Até o ponto anterior, comunicação intrapessoal (ensaio mental) ... Agora a questão é apresentada a outrém via comunicação interpessoal. • Inúmeros estudos: poucas pessoas procuram a biblioteca quando precisam de informação... E menos ainda recorrem ao bibliotecário !! • Mas, quem busca, executa esta fase em conjunto com o bibliotecário. A Questão Negociada • A questão inicial feita pelo usuário pode requerer esclarecimentos e ajustes para se ter certeza de que corresponde (de forma precisa) àquela necessidade de informação de fato. • Em seguida, a questão é comparada com a maneira como as informação são organizadas na biblioteca e, nas fontes específicas existentes (no seu acervo ou em outro). • Essa comparação revela com certa frequência que a questão exige redefinição ou reformulação. A Estratégia de Busca • Antes de a questão negociada ser levada ao acervo de info, impõem-se 2 decisões técnicas: • Como o acervo (local ou remoto) será consultado? • Análise do tema – conceitos e relações • Tradução para um enunciado de busca apropriado na linguagem de acesso do acervo de info. • E quais de suas partes serão consultadas e em que ordem? • Escolha de um dos possíveis caminhos. • O êxito depende do conhecimento das fontes, experiência no seu uso e a intuição. A Estratégia de Busca • Etapas da escolha: • Seleciona-se a categoria da fonte • Depois a fonte específica • Finalmente, os pontos de acesso específicos dentro dessa fonte. Se não der resultado, faz-se outra escolha (esfera de ação do bibliotecário: estratégias alternativas) O Processo de busca • Maleabilidade para alterações de rumo; • Caso precise de estratégia alternativa, verificar necessidade de ter a presença/participação do usuário para facilitar essa mudança de rumo. A Resposta • = resultado da busca • Se executada corretamente – o resultado coincidirá com o que foi enunciado na busca. • Busca infrutífera – pode ser uma resposta (mas, não é agradável apresentá-la de forma nua e crua, ao usuário)A Solução • Uma resposta é apenas uma solução potencial (mas, pode ser suficiente) • Frequentemente, porém, torna-se necessário uma explicação para que se tenha uma visão completa. • Bom tom: o bibliotecário avaliar junto com o usuário o produto da pesquisa, antes de aprovarem a solução e concordarem com a conclusão do processo de referência. Impressão falsa • Não existe um roteiro para todos os casos. • Infinita variação. • Logo, esse é o encanto e desafio. Computador no processo de referência • Anos 60 e 70 – era um intruso que ameaçava • Hoje, a interação e as buscas informatizadas fazem parte da rotina dos serviços de referência “na maioria das bibliotecas” • Bases de dados e ferramentas novas (variedade de formas) – progresso do serviço de referência • Buscas informatizadas interativas – participação do usuário • Maior impacto direto na busca de referências O êxito de uma busca não se mede pelas fontes ou meio empregado, mas pela resposta/solução obtida. Bibliotecário e Usuário • Discussão polêmica quanto informação x capacitação • Bibliotecários voltados para o papel de educador e consultor • Intermediação homem x máquina • Tempo dos usuários • Bibliotecário de Referência – requisito saber usar as bases de dados • Contudo, há uso de ferramentas manuais. Atributos • Intimidade com as fontes de referência • Domínio das técnicas de buscas informatizadas • Cultura geral • Experiência em lidar com usuários • Facilidade de comunicação • Atributos pessoais desejáveis (Library Congress): simpatia,criatividade, confiança, entusiamo, persistência, humildade, devoção ao serviço, etc. Atividade em sala Atividade • Leitura e resumo capítulo: • GROGAN, D. A prática do sérvio de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 2001. cap. 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro • Cronograma das atividades • Orientações iniciais para o Trabalho 1 • Processo de referência – PRT e PRV • Atividade em aula Cronograma Cronograma • 11/09 – Aula / Orientação para trabalho • 13/09 – Aula com apresentação • 15/09 – Leituras dirigidas • 18/09 – Metodologia • 20/09 – Visita • 25/09 – Orientação • 27/09 – Coleta • 02/10 – Elaboração da proposta • 04/10 - Avaliação Trabalho 1 Grupos e Unidades de Informação • Divisão dos grupos • Escolha das Unidades de Informação Trabalho 1 • Diagnóstico • Estudo (de usuários, da comunidade ou de uso) • Proposta Diagnóstico • Conhecimento indispensável da realidade da instituição e(ou) da unidade de informação onde irá desenvolver seu projeto. • O conhecimento do ambiente interno da biblioteca / unidade de informação (incluindo sua instituição mantenedora) permitirá a proposição de objetivos e metas compatíveis com a realidade local a qual se deseja intervir. Diagnóstico • Não se restringir a uma mera coleta de dados. • Busca-se um exercício de reflexão e análise sobre o ambiente onde se vai atuar. • Decidir o(s) objetivo(s) e o conjunto de ações requeridas para alcançá-los. Diagnóstico - Instituição • Para facilitar essa fase de coleta de dados, análises e reflexões, sugere-se o roteiro: (MACIEL, 1997) ELABORAÇÃO DO DIAGNÓSTICO • A INSTITUIÇÃO MANTENEDORA • Nome • Endereço • Entidade a qual é subordinada • Missão / objetivos • Breve histórico • Estrutura administrativa (anexar organograma) Diagnóstico – Unidade de Informação • A BIBLIOTECA / UNIDADE DE INFORMAÇÃO • Informações gerais • Nome da biblioteca • Tipo da biblioteca (pública, escolar, universitária, especializada, etc.) • Missão e objetivos • Data de abertura, períodos em que deixou de funcionar, etc. (breve histórico) • Estrutura administrativa (anexar organograma da biblioteca) • Tipo de acesso às coleções (livre ou fechado) • Publicações da biblioteca (boletim informativo, catálogos, etc.) Diagnóstico – Unidade de Informação • Recursos Disponíveis • Recursos humanos • Recursos materiais • Recursos financeiros (verba, orçamento) • Fontes de recursos externos (se houverem) • Instalações físicas e armazenamento das coleções e Gestão de risco • Acervo • Serviços relacionados à organização das coleções • Público alvo • Serviços e produtos ao público • Serviços administrativos Fontes de dados para o Diagnóstico • SOBRE A BIBLIOTECA: Regulamentos, manuais de serviço, organograma, fluxogramas, formulários utilizados, relatórios (fornecem dados sobre acervo, serviços, desempenho), plantas baixa, inventários, etc. • SOBRE A INSTITUIÇÃO MANTENEDORA: Estatuto, regimento interno, organograma, etc. • ESTUDO DE USUÁRIOS / DA COMUNIDADE / DO USO Atividade em aula Biblioteca do Século XXI: desafios e perspectivas Organizadores: Anna Carolina Mendonça Lemos Ribeiro e Pedro Cavalcanti Gonçalves Ferreira. Brasília, IPEA, 2017. Atividade em aula • Leitura do CAPÍTULO 10 para debate: OS SERVIÇOS DE REFERÊNCIA: MUDANÇAS, DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Atividade Leitura de um capítulo, resumo e apresentação em aula: • CAPÍTULO 1 O PERFIL DAS BIBLIOTECAS CONTEMPORÂNEAS • CAPÍTULO 2 INOVAÇÃO EM BIBLIOTECAS • CAPÍTULO 3 AS NOVAS COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO BIBLIOTECÁRIO: REFLEXÕES E PRÁTICAS • CAPÍTULO 4 BIBLIOTECAS DE CENTROS DE PESQUISA NO SÉCULO XXI:DESAFIOS E PERSPECTIVAS Atividade • CAPÍTULO 5 A PARTICIPAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO NA GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO INSTITUCIONAL • CAPÍTULO 6 BIBLIOTECAS E MÍDIAS SOCIAIS • CAPÍTULO 7 REDES DE BIBLIOTECAS: CONSIDERAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 8 BIBLIOTECA, MEMÓRIA INSTITUCIONAL E ACESSO ABERTO À INFORMAÇÃO: APONTAMENTOS TEÓRICOS E EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIDAS PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Atividade em aula • CAPÍTULO 9 BIBLIOTECAS E LIVROS DIGITAIS: BREVE HISTÓRIA E NOVOS DESAFIOS • CAPÍTULO 10 OS SERVIÇOS DE REFERÊNCIA: MUDANÇAS, DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • CAPÍTULO 11 O USO DE TECNOLOGIAS MÓVEIS EM BIBLIOTECAS • CAPÍTULO 12 TIC E BIBLIOTECAS: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS Atividade da disciplina Leituras e resumos dos capítulos do livro: GROGAN, D. A prática do sérvio de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 2001. Referências FACULDADE DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÂO. Roteiro para elaboração do diagnóstico da biblioteca/ unidade de informação. Goiânia, UFG, s.d. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO Profa. Sonia Cruz-Riascos2º/ 2018 Roteiro • Atividade em aula com temas pertinentes ao Serviço de Referência e Informação e à Biblioteconomia • Atividade extra-classe Atividade em aula Biblioteca do Século XXI: desafios e perspectivas Organizadores: Anna Carolina Mendonça Lemos Ribeiro e Pedro Cavalcanti Gonçalves Ferreira. Brasília, IPEA, 2017. Atividade em aula • Apresentação dos temas pelos grupos de trabalho e discussão em aula Atividade em aula Leitura de um capítulo, resumo e apresentação em aula: • CAPÍTULO 1 O PERFIL DAS BIBLIOTECAS CONTEMPORÂNEAS • CAPÍTULO 2 INOVAÇÃO EM BIBLIOTECAS • CAPÍTULO 3 AS NOVAS COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO BIBLIOTECÁRIO: REFLEXÕES E PRÁTICAS • CAPÍTULO 4 BIBLIOTECAS DE CENTROS DE PESQUISA NO SÉCULO XXI:DESAFIOS E PERSPECTIVAS Atividade em aula • CAPÍTULO 5 A PARTICIPAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO NA GESTÃO DA INFORMAÇÃOE DO CONHECIMENTO INSTITUCIONAL • CAPÍTULO 6 BIBLIOTECAS E MÍDIAS SOCIAIS • CAPÍTULO 7 REDES DE BIBLIOTECAS: CONSIDERAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 8 BIBLIOTECA, MEMÓRIA INSTITUCIONAL E ACESSO ABERTO À INFORMAÇÃO: APONTAMENTOS TEÓRICOS E EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIDAS PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Atividade em aula • CAPÍTULO 9 BIBLIOTECAS E LIVROS DIGITAIS: BREVE HISTÓRIA E NOVOS DESAFIOS • CAPÍTULO 11 O USO DE TECNOLOGIAS MÓVEIS EM BIBLIOTECAS • CAPÍTULO 12 TIC E BIBLIOTECAS: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS Trabalho 1 • Atendimento aos estudantes sobre o trabalho N1 para dúvidas e orientações Atividades extra-classe • Leitura e resumo do CAPÍTULO 10 OS SERVIÇOS DE REFERÊNCIA: MUDANÇAS, DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • Leituras e resumos dos capítulos do livro: GROGAN, D. A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos, 2001. Atividade avaliativa Desenvolvimento do trabalho para N1
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