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BENS PÚBLICOS

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BENS PÚBLICOS 
Os bens têm importância pelo que representam em termos de riqueza pública, integrando o patrimônio do Estado, por serem meios de que dispõe a Administração para entendimento de seus fins e por serem elementos fundamentais na vida dos indivíduos em coletividade. Bens de Pessoa Jurídica de direito publico.
TERMINOLOGIA: 
COISA tudo aquilo que pode ser objeto de relações jurídicas; e bem seria sinônimo de coisa.
DOMÍNIO PÚBLICO é o conjunto de bens públicos, incluindo todos os tipos.
DOMÍNIO PRIVADO DO ESTADO bens destinados ao uso direto da própria Administração, que podem ser mais facilmente alienados.
 DOMÍNIO PÚBLICO = PATRIMÔNIO PÚBLICO. atribuiu a qualquer cidadão legitimidade para propor ação popular que vise a anular ato lesivo a patrimônio público, dentre outros fundamentos
 Noção 
BENS PÚBLICOS é expressão que designa os bens pertencentes a entes estatais, para que sirvam de meios ao atendimento imediato e mediato do interesse público e sobre os quais incidem normas especiais, diferentes das normas que regem os bens privativos.
DOMINIALIDADE PÚBLICA não é um regime equivalente ao da propriedade privada. Os bens públicos têm titulares, mas os direitos e deveres daí resultantes, exercidos pela Administração, não decorrem do direito de propriedade no sentido tradicional. Trata-se de um vínculo específico, de natureza administrativa, que permite e impõe ao poder público, titular do bem, assegurar a continuidade e regularidade da sua destinação, contra quaisquer ingerências.
5 – Tipologia
Critério da Natureza corpóreos e incorpóreos; imóveis, móveis e semoventes; fungíveis e infungíveis.
 Critério dos aspectos geográficos
Bens terrestres (ruas, edifícios, estradas); bens hídricos, divididos em marítimos (mar territorial), fluviais (rios), lacustres (lagos), bens que incluem terra e água (portos). No tocante ao modo de formação, há bens naturais (rios, mares) e bens artificiais (pontes, viadutos, edifícios).
Critério dos titulares: Bens públicos federais, bens públicos estaduais, bens públicos municipais e os bens da União.
As ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA todas são dotadas de patrimônio próprio, conforme incisos do art. 5º do Dec-Lei 200/67. Os bens das autarquias, pessoas jurídicas públicas, são bens públicos, informados pelos mesmos preceitos aplicáveis aos bens pertencentes à administração direta. O mesmo se pode dizer das fundações dotadas de personalidade jurídica pública.
Dúvidas surgem no tocante aos bens das empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas, dotadas de personalidade jurídica privada. Os bens de seu acervo não são públicos. É um dos entendimentos doutrinários. Outra linha afirma que somente têm regime público os bens das sociedades de economia mista e das empresas públicas que desenvolvem atividade em caráter de monopólio, por exemplo a Petrobras.
Para Hely Lopes Meirelles, são públicos os bens que originariamente integravam o patrimônio público e depois foram transferidos para as fundações públicas. Para ele os bens das sociedades de economia mista e das empresas públicas apresentam-se como “bens públicos com destinação especial e administração particular das instituições a que foram transferidos para a consecução dos fins estatutários”; tal patrimônio, “embora incorporado a uma instituição de personalidade privada, continua vinculado ao serviço público; (...) lato sensu, é patrimônio público.
O ordenamento brasileiro inclina-se à publicização do regime dos bens pertencentes a empresas públicas, sociedades de economia mistas entidades controladas pelo poder público.
A publicização se revela pelos seguintes pontos, principalmente: a) as normas de alienação de bens, contidas na Lei 8.666/93, aplicam-se a tais entidades (art. 17 c/c o inciso XI do art. 6º e parágrafo único do art. 1º); b) o Tribunal de Contas exerce fiscalização patrimonial sobre essas entidades (arts. 70 e 71 IV da CF); c) a lesão ao patrimônio dessas entidades pode ser prevenida ou corrigida pela ação popular (Lei 4.717/65, art. 1º ); d) a lei sobre sanções por improbidade administrativa – Lei 8.429/92 – abrange as condutas lesivas ao acervo patrimonial de todas as entidades da Administração indireta (inclusive fundações governamentais).
5.4 – CRITÉRIO DA DESTINAÇÃO quem se destina diretamente o bem, quem dele se utiliza.
BENS PÚBLICOS DE USO COMUM DO POVO utilização geral, pleno direito ao uso comum Ex: ruas, praças, estradas, praias. O uso é gratuito, mas pode ser remunerado ex: pedágio em estradas.
b) BENS PÚBLICOS DE USO ESPECIAL são os bens utilizados nos serviços prestados pela Administração. Ex: prédio de uma escola pública, edifício de uma repartição.
Os beneficiários diretos são, em princípio, os usuários do serviço e os servidores de trabalham nessa atividade. O público em geral poderá ter acesso para tratar de seus assuntos. Exemplos: numa escola pública, os beneficiários diretos são os alunos matriculados, os professores, os dirigentes, demais servidores.
c) BENS PÚBLICOS DOMINICAIS: São os bens públicos não destinados à utilização imediata do povo, nem aos usuários de serviços ou aos beneficiários diretos de atividades. Exemplos: dinheiro dos cofres públicos, títulos de créditos pertencentes ao poder público, terras devolutas, terrenos de marinha.
O beneficiário de tais bens é a própria Administração; inexiste consumo imediato dos particulares.
Também podem ser utilizados com finalidades sociais, como é o caso de áreas públicas, objeto de concessão de direito real de uso para fins habitacionais.
Os bens dominicais integram os bens públicos. Seu regime jurídico é essencialmente público; só podem ser alienados observadas as exigências da lei, pois assim determina o art. 101 do Código Civil.
A Constituição Federal veda o usucapião de imóveis públicos urbanos e rurais, sem distinção de tipo (arts. 183, parágrafo 3º e art. 191, parágrafo único); o artigo 225, parágrafo 5º, da CF tornou indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO 
AFETAÇÃO: colocar o bem público em utilização Ex: uma casa doada onde foi instalada uma biblioteca infantil. 
DESAFETAÇÃO: bem púbico que esta fora da utilização a que se destina.
Regime jurídico geral 
INALIENABILIDADE – não podem ser vendidos. bens públicos dominicais podem ser alienados.
IMPRESCRITIBILIDADE – transcurso do tempo não pode resultar em apropriação por terceiros. Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião.
IMPENHORABILIDADE
IMPOSSIBILIDADE DE ONERAÇÃO – Não podem ser dados em garantia, como hipoteca, penhor, 
POLÍCIA DOS BENS PÚBLICOS –fiscalização, vigilância, adoção de medidas fortes para preservar tais bens.
IMUNIDADE DE IMPOSTO 
Uso de bens públicos por particulares
 Regime Jurídico
a) compatibilidade com o interesse público b) consentimento da Administração c) observância de condições fixadas pela Administração d) pagamento de preço e) precariedade
8.2 - Instrumentos 
AUTORIZAÇÃO DE USO – ato adm. discricionário e precário, que a Administração consente que um particular utilize privativamente um bem público. Pode incidir sobre qualquer tipo de bem. O prazo de uso é curto. Independe de autorização legislativa e licitação. Ex: uso de área municipal p/ instalação de circo.
 PERMISSÃO DE USO – ato adm. discricionário e precário pelo qual se atribui ao particular o uso privativo de bem público. Independe de autorização legislativa e é necessária a licitação, Ex: bancas de jornais em ruas. 
CONCESSÃO DE USO – se efetua para uso conforme à própria destinação do bem. Depende de autorização legislativa Ex: boxes em mercados municipais. 
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO Passou a ser invocada no tema moradia da população de baixa renda.
CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA – Estabelecida pela Medida Provisória 2.220 de 04.09.2001.Parágrafo 1º do art. 183 da CF. É destinada aqueles que, até 30.06.2001, segundo referida medida provisória, tinham a posse, por cinco anos ininterruptos e sem oposição, de imóvel público situado em área urbana, de até 250 metros quadrados, utilizando-o como sua moradia, desde que não sejam proprietários ou concessionários de outro imóvel urbano ou rural. 
O USO PRIVATIVO DE BENS PÚBLICOS 
LOCAÇÃO Se destina a residência de autoridade e a quaisquer interessados, depende de concorrência.
ARREDAMENTO A locação é considerada arrendamento, quando visa à exploração de frutos ou prestação de serviços.
AFORAMENTO OU ENFITEUSE O Código Civil de 2002, no art. 2.038, veda a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existências, até a extinção, ao CC de 1916. União atribui a outrem o uso completo de terreno, inclusive transmissão a terceiro, recebendo, em troca, um foro anual, certo e invariável; nas transmissões onerosas, de regra é cobrado o laudêmio. O aforamento é muito utilizado quanto aos edifícios de apartamentos situados em terrenos de marinha.
CESSÃO DE USO pode ocorrer quando interessar à União prestar colaboração ou auxílio mediante o uso gratuito de imóvel seu.
Aquisição de bens públicos
a) compra e venda
b) doação
c) dação em pagamento 
d) Permuta
e) usucapião
f) sucessão
g) desapropriação 
h) apossamento administrativo
i) obra pública
j) registro de projeto de loteamento
l) lei instituidora de entidade da administração indireta
m) perda ou confisco de bens de criminosos
10 – Alienação de bens públicos
Art 100 e 101 CC – desafetação para alienar o bem público – deve ser incluído entre os dominicais.
Regra art. 17 Lei 8666/93
Alienação de bens imóveis: dependerá de autorização do legislativo – art. 23 da Lei 9.636/98 – alienação de bens públicos da união.

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