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ORCAMENTO UMA FERRAMENTA DE CONTROLE INTERNO NO GERENCIAMENTO DAS EMPRESAS

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ 
FACUDADE CEARENSE – FAC 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO UMA FERRAMENTA DE CONTROLE INTERNO NO 
GERENCIAMENTO DAS EMPRESAS – ESTUDO DE CASO DA EMPRESA 
TINTAS HIDRACOR S/A 
 
 
 
 
 
DAYANE MOTA DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA – 2013 
 
 
 
 
 
 
 
DAYANE MOTA DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO UMA FERRAMENTA DE CONTROLE INTERNO NO 
GERENCIAMENTO DAS EMPRESAS – ESTUDO DE CASO DA EMPRESA 
TINTAS HIDRACOR S/A 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Faculdade 
Cearense como requisito parcial para 
obtenção do titulo de Bacharel em 
Ciências Contábeis 
 
 
Orientador (a): Liana Márcia Costa Vieira 
Marinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA – 2013 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO UMA FERRAMENTA DE CONTROLE INTERNO NO 
GERENCIAMENTO DAS EMPRESAS – ESTUDO DE CASO DA EMPRESA 
TINTAS HIDRACOR S/A 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Faculdade Cearense como requisito parcial para 
obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
 
 
 
__________________________ 
Dayane Mota do Nascimento 
 
 
 
 
 
Monografia aprovada em: 28 /11 /2013 
 
 
 
 
 
____________________________________________ 
Prof. Ms. Liana Márcia Costa Vieira Marinho 
Orientadora 
 
 
 
 
1º Examinador: Profª. Dra Marcia Maria Machado Freitas 
 
 
2º Examinador: Profª. Dra Liliana Farias Lacerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho 
 
A Deus, aos meus pais, Eduardo Plácido 
e Geane Mota, fontes de amor e carinho, 
cujas virtudes distinguem minha vida, 
ofereço este trabalho como uma pequena 
recompensa a todos os estímulos e 
orientações que sempre recebi para 
estudar e trabalhar, em busca de vitórias. 
E ao meu irmão Wescley Mota pelos 
nossos diálogos e nossos adoráveis 
momentos vividos na infância. 
 
Ao meu namorado Gilvan Filho, por 
todos os momentos que passamos 
juntos, e que ele seja sempre esta 
pessoa maravilhosa, porque dessa forma 
ele será sempre a pessoa que admiro 
amo e respeito, pelo ontem, por hoje, 
pelo amanhã e para sempre. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Quero agradecer primeiramente a Deus pela inteligência a mim concedida, e 
a força para transpor mais uma etapa de minha vida acadêmica, por sua prova 
existente em mim que me permite capacidade e sabedoria, e também pelas 
oportunidades que me foram dadas na vida, principalmente por ter concedido 
pessoas especiais que contribuíram no meu aprendizado. 
À minha família, minha mãe (Geane) e meu pai (Eduardo), por terem me 
dado à vida e me ensinado a vivê-la com dignidade, e que com muito carinho e 
apoio não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. 
Ao meu namorado Gilvan pelo amor, amizade, incentivo, compreensão nos 
meus momentos de ausência durante essa minha caminhada acadêmica. 
Aos mestres, obrigado por fazerem do aprendizado não um trabalho, mas um 
contentamento. Por fazerem com que nos sentíssemos pessoas de valor, obrigado 
por nos convencerem de que éramos melhores do que suspeitávamos. 
Particularmente a Professora Liana Marinho, profissional brilhante, objetiva e 
eficaz. Serei sempre grata à sua incomensurável colaboração nas discussões e 
revisões deste trabalho, obrigada pelo incentivo, simpatia e presteza no auxilio as 
atividades e discussões sobre o andamento e normatização desta Monografia de 
conclusão de curso. 
Aos colegas de classe pela espontaneidade e na alegria na troca de 
informações e de materiais numa rara demonstração de amizade e solidariedade. 
À FAC onde encontrei um ambiente acolhedor e com ótimos profissionais, 
onde tive a oportunidade de compartilhar tamanha experiência e, ao frequentar este 
curso, perceber e atentar para a relevância de temas que não faziam parte, em 
profundidade, das nossas vidas. 
A todos vocês meu muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A necessidade constante de um excelente desempenho empresarial induz à 
procura da qualidade e confiabilidade da informação para o subsídio à decisão. 
Neste contexto, o controle interno tem uma função importante na execução dos 
métodos adotados pelas entidades. O Objetivo geral desse trabalho é conhecer os 
principais fundamentos trazidos por alguns autores acerca do orçamento e do 
controle interno no processo de gestão, demonstrando que essa ferramenta é 
fundamental para uma boa gestão. Diante disso, este tem como objetivo específico 
discorrer sobre orçamento e controle interno, identificar características do 
orçamento e analisar uma projeção baseado no orçamento da empresa Tintas 
Hidracor S/A. Como procedimento metodológico é um estudo descritivo de 
investigação bibliográfica por meio de um estudo de caso em uma empresa, com 
abordagem de um método quantitativo e qualitativo dos dados e fontes fornecidos 
pela entidade. Assim, primeiramente demonstra-se a fundamentação teórica de 
orçamento e controle interno. Em seguida, apresenta-se a empresa objeto do 
estudo e por fim, destacam-se os resultados da pesquisa. Concluindo que elaborar 
e acompanhar orçamentos contribui para a proteção do patrimônio e segurança dos 
dados obtidos para a gestão em sua tomada de decisão, pois além de proteger o 
patrimônio, é uma ferramenta de planejamento que auxilia a detectar falhas e se 
precaver de resultados indesejados, baseado em dados previstos, através de 
organização e supervisionamento das informações no decorrer do exercício 
realizado. 
 
 
 
Palavras-chave: Orçamento, Controle Interno, Planejamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The constant need for an excellent business performance leads to the quest for 
quality and reliability information for the allowance decision . In this context , internal 
control plays an important role in the implementation of the methods adopted by the 
entities . The general objective of this work is to know the main reasons brought by 
some authors regarding the budget and internal control in the management process, 
demonstrating that this tool is essential to good management. Thus, this specifically 
aims discuss budget and internal control , to identify characteristics of the budget 
and analyze a projection based on the company's Tintas Hidracor S/A. Budget As a 
methodological procedure is a descriptive bibliographic research through a case 
study on a company with a quantitative and qualitative methods and data sources 
provided by the entity approach . So , first demonstrates the theoretical reasons of 
budget and internal control. Then we will introduce the company object of the study 
and finally we highlight search results . Concluding that develop and monitor 
budgets contributes to heritage protection and safety data to management in their 
decision making , as well as protecting the heritage, is a planning tool that helps 
detect faults and to anticipate undesired results based on data provided by the 
organization and supervision of information during the exercise performed. 
 
 
 
Keywords : Budget , Internal Control , Planning. 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Exemplo de Orçamento Global ............................................................... 14 
Figura 2 – Os Seis Objetivos Principais do Orçamento ........................................... 15 
Figura 3 – Planejamento e Controle Orçamentário .................................................. 18 
Figura 4 – Organograma da Empresa..................................................................... 34 
 
LISTA DE TABELAS 
TABELA 1 – Projeção do Balanço Patrimonial Ativo ............................................... 36 
TABELA 2 – Projeção do Balanço Patrimonial Passivo ........................................... 37 
TABELA 3 – Projeção do Balanço Patrimonial Patrimônio Liquido .......................... 38 
TABELA 5 – Projeção da DRE (Parte 1) ................................................................. 39 
TABELA 6 – Projeção da DRE (Parte 2) ................................................................. 40 
TABELA 7 – Projeção da DRE (Parte 3) ................................................................. 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 
2 ORÇAMENTO ....................................................................................................... 13 
2.1 Conceitos Gerais de Orçamento ......................................................................... 13 
2.1.1 Estrutura básica ......................................................................................... 13 
2.2 Objetivos do Orçamento ..................................................................................... 14 
2.3 Classificação de Orçamento ............................................................................... 16 
2.4 Processo Orçamentário ...................................................................................... 16 
2.5 Orçamento Empresarial ...................................................................................... 18 
2.5.1 Orçamento de Vendas................................................................................ 20 
2.5.2 Orçamento de Fabricação .......................................................................... 20 
2.5.3 Orçamento dos Custos de Fabricação ....................................................... 21 
2.5.4 Orçamento das depesas Administrativas ................................................... 21 
2.6 Projeções dos demonstrativos contábeis ........................................................... 21 
3 CONTROLE INTERNO: DEFINIÇÕES E OBJETIVOS ......................................... 23 
3.1 Tipos de controle Interno ................................................................................... 24 
3.2 Objetivos de controle Interno ............................................................................. 26 
3.2.1 Assavaguarda dos Interesses .................................................................... 27 
3.2.2 Precisão e Confiabilidade dos Informes e Relatórios Contábeis, 
Financeiros e Opercaionais ................................................................................. 27 
3.2.3 Estímulo à Eficiência .................................................................................. 28 
3.2.4 Aderência às Políticas Existentes .............................................................. 29 
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 31 
4.1 Conceito de Metodologia .................................................................................... 31 
4.2 Tipo de pesquisa ................................................................................................ 31 
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 33 
5.1 Historia da empresa pesquisada ........................................................................ 33 
5.2 Estrutira Organizacional ..................................................................................... 33 
5.3 Coleta de dados .................................................................................................. 34 
 
 
 
5.3.1 Projeção do Balanço Patrimonial Para o Exercicio 2013 ........................... 35 
5.3.2 Projeção da Demonstração do Resultado do Exercicio ............................. 39 
6 CONCLUSÃO........................................................................................................ 43 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 46 
11 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
No contexto de um mundo globalizado, em que a concorrência faz parte da 
vida diária das empresas, existe a necessidade de se tomar decisões bem 
sucedidas para que não se perca lugar no mercado. Neste âmbito entra o controle 
interno, com o objetivo de revisar, controlar as operações, estabelecendo um 
controle gerencial, funcionando por meio de procedimentos, análise e avaliações 
das atividades. Controle interno é uma atividade que contribui para eliminar 
desperdícios, simplificar tarefas, servir de ferramenta de apoio à gestão e transmitir 
informações aos administradores sobre o desenvolvimento das atividades 
executadas. 
A utilização dessa ferramenta evita casos como violação de autoridade, 
fraudes, erros, ou seja, é um instrumento imprescindível para que as organizações 
protejam os seus ativos, garantam à lealdade e integridade dos registros, tomam 
conhecimento da realidade da entidade, e estabeleçam os seus compromissos com 
a gestão. 
Dentro do sistema de controle interno das empresas, o orçamento se insere, 
com uma missão ainda maior, de assegurar a própria adequação do controle 
interno e sua contribuição efetiva para os resultados da empresa. Com o propósito 
de desenvolver adequadamente suas atribuições, gerando procedimentos e 
informações que asseguram o gestor no processo de tomada de decisão. 
A escolha desse assunto foi motivada, devido à grande seriedade do 
orçamento dentro dos sistemas de controle interno representa para as empresas, 
tendo em vista que, uma vez aplicado e monitorado de forma contínua, pode 
detectar qualquer caso de irregularidade dentro da entidade, tendo assim, um efeito 
preventivo sobre os procedimentos por ela adotados. 
O Objetivo geral desse trabalho é conhecer os principais fundamentos trazidos 
por alguns autores acerca do orçamento e do controle interno no processo de 
gestão, demonstrando que essa ferramenta é fundamental para uma boa gestão. 
Ressaltando que não haverá, neste estudo por parte do autor, a pretensão de 
explorar todas as possibilidades que envolvem esse tema. 
Como objetivo específico tem-se: 
� Discorrer sobre os principais esboços relacionados ao processo de 
orçamento e ao controle interno. 
12 
 
 
 
� Identificar as características e práticas de orçamento utilizado na 
elaboração do controle interno da empresa. 
� Analisar as projeções de demonstrativos contábeis elaborados pela 
empresa baseados em orçamentos, a importância dessas práticas para 
um melhor desempenho da empresa e avaliar os resultados apurados 
com a utilização dessa ferramenta. 
A importância deste estudo deve-se ao fato da relevância do orçamento como 
forma de auxilio na tomada de decisões nas empresas, pois um orçamento bem 
elaborado irá ajudar os gestores a detectar possíveis falhas, erros, previsões nos 
controles das empresas, fazendo com que possa atingir uma total eficiência. 
O tema dessa pesquisa é o orçamento uma ferramenta de controle interno no 
gerenciamento das empresas, com um estudo de caso. A escolha do referido tema 
prende-se ao fato do mesmo estar em linha direta com a área de atuação do autor, 
e com o bom relacionamento com os gestores da empresa, facilitando um estudo 
mais detalhado e eficaz. 
Este estudo foi dividido em cinco capítulos. O primeiro capítulo relata a 
introdução para esse projeto O segundo é a fundamentação teórica sobre 
Orçamento. O terceiro descreve controle interno, definições e objetivos. O quarto 
apresenta a metodologia aplicada, onde se fundamenta o estudo atravésde uma 
pesquisa descritiva, bibliográfica, documental e estudo de caso. O quinto capítulo 
aborda a apresentação da empresa com um pouco de sua historia e estrutura e o 
levantamento dos dados, através de projeções dos demonstrativos contábeis, DRE 
e Balanço patrimonial, evidenciando os resultados almejados para o exercício de 
2013, após a elaboração de todos os orçamentos de cada departamento, conforme 
etapas do orçamento empresarial citadas no desenvolvimento desse trabalho. E 
posteriormente é apresentada a conclusão e as referências do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
2 ORÇAMENTO 
2.1 Conceitos Gerais de Orçamento 
Para entender a função do orçamento deve-se primeiramente encontrar o 
significado, nos principais dicionários da língua portuguesa, encontramos que 
orçamento é o ato ou efeito de orçar. Orçar significa estimar, prognosticar, calcular, 
computar. Para as empresas o orçamento é um plano de ação futuro para 
determinado período onde nele são previstas as receitas e despesas. 
Orçamento é um planejamento financeiro para implementar a estratégia da 
empresa para determinado período do exercício. É mais que uma simples 
estimativa, pois deve está baseado no compromisso dos gestores em 
termos de metas a serem alcançadas. (FREZATTI 2010, p.46). 
Neste tocante constata-se que nos orçamentos existem as precedências e a 
direção da empresa por um período, sendo útil no momento da análise da avaliação 
de desempenho da empresa como um todo. Ou seja, ele é considerado um dos 
pilares da gestão e uma das ferramentas fundamentais possibilitando que os 
gestores possam prestar contas de suas atividades e resultados alcançados pelo 
período estimado. 
 Para Lunkes (2003, p.27) o orçamento aponta, através de um planejamento 
adequado, prever e projetar as receitas e despesas para um período determinado, 
na tentativa de reproduzir antecipadamente a operação da empresa dentro de uma 
visão legitimista. O processo orçamentário refere-se a todas as atividades de 
planejar, coordenar, preparar, controlar e reprogramar as operações da empresa, 
envolvendo desta forma, todos os centros de responsabilidade das empresas. 
2.1.1 Estrutura básica 
 É necessário conceituar sobre a estrutura básica de um orçamento 
A estrutura básica do orçamento é formada das projeções financeiras dos 
orçamentos individuais (peças) de cada unidade da empresa e de um 
conjunto de orçamentos para determinado período, abrangendo o impacto 
tanto das decisões operacionais quanto das decisões financeiras. LUNKES 
(2003, p.43) 
14 
 
 
 
 
Orçamento Operacional 
Orçamento Financeiro 
Orçamento de Vendas/Receitas 
Orçamento de Fabricação Orçamento do 
Estoque Final 
Orçamento dos 
Custos dos Materiais 
Diretos 
Orçamento dos Custos 
de Mão- de-Obra Direta 
Orçamento dos Custos 
Indiretos 
De Fabricação 
Orçamento do Custo dos Produtos Vendidos 
Orçamento das Despesas 
• Pesquisa de Desenvolvimento 
• Vendas de Marketing 
• Distribuição 
• Administração / Outros 
Demonstração de Resultado Orçada 
Orçamento 
de Capital 
Balanço 
Patrimonial 
Orçado 
Orçamento 
de Caixa 
 A figura 1 demonstra as peças que compõem o orçamento global, representa 
um exemplo dos passos na implementação do orçamento na indústria, porem pode 
ocorrer de outras formas de estruturação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1: Exemplo de Orçamento global 
 Fonte: Adaptado de HORNGREN, FOSTER E DATAR, 2000. 
 Conforme demonstrado na figura no primeiro plano do orçamento global 
aparece o orçamento operacional onde nesse está inserido os orçamentos de 
venda/receitas, fabricação, custos de materiais direto, mão de obra direta e custos 
indiretos de fabricação, o orçamento financeiro é composto pelo orçamento de 
capital, balanço patrimonial orçado e orçamento de caixa, é baseado nesse modelo 
que algumas empresas elaboram seus orçamentos e suas projeções dos 
demonstrativos contábeis para determinado período. 
2.2 Objetivo do orçamento 
Os orçamentos são eficazes para o planejamento e o controle da empresa, 
no processo de tomada de decisão, pois ele contribui satisfatoriamente para 
coordenar as ações, instituindo um compromisso com os objetivos da empresa 
como um todo, atribuindo autoridade ao gestor de cada área para efetuar as 
15 
 
 
 
despesas e fornecer metas abertas de receita. Segundo Brookson (2000, p.7) os 
objetivos principais do orçamento são: 
 
 
 
 
 
 
 Figura 2: Os seis objetivos principais do orçamento 
 Fonte: BROOKSON, 2000, p. 9 
 
� Planejamento, para auxiliar a programação de atividades de um modo lógico e 
sistemático que corresponda à estratégia de longo prazo da empresa; 
� Coordenação, para ajudar a coordenar as atividades das diversas partes da 
organização e garantir a consistência dessas ações; 
� Comunicação, para informar facilmente os objetivos, oportunidades e planos da 
empresa aos diversos gerentes de equipes; 
� Motivação, para fornecer estímulo aos diversos gerentes para que atinjam 
metas pessoais e da empresa; 
� Controle, para controlar as atividades da empresa por comparação com os 
planos originais, fazendo ajuste onde necessário; 
� Avaliação, para fornecer bases para a avaliação de cada gerente, tendo em 
vista suas metas pessoais e as de seu departamento. 
 Através da execução desses objetivos será possível mensurar as ações e 
estratégias formuladas, com o fim de atingir as metas determinada para aquele 
período, tendo assim um domínio das operações e resultados das diversas áreas, 
definindo responsabilidades e assim envolvendo todos para o alcance dos 
resultados desejados, estabelecendo uma gestão participativa tanto no 
planejamento quanto na execução das ações. 
 
 
 
 
Planejamento Coordenação Comunicação Motivação Controle Avaliação 
ORÇAMENTO 
OBJETIVOS 
16 
 
 
 
2.3 Classificação de Orçamento 
Marion e Ribeiro (2012, p.198) menciona que os tipos de orçamentos podem 
ser classificados quanto à natureza como financeiros ou operacionais, quanto à 
abrangência como globais ou parciais, quanto ao período de abrangência podem 
ser curto ou longo prazo, quanto à operacionalização podem ser fixos ou flexíveis 
(variáveis). Em seguida será descritos essa classificação conforme seus aspectos 
descritos por esses autores. 
Financeiros: representados por demonstrações como o balanço patrimonial à 
demonstração dos fluxos de caixa e a demonstração do resultado do exercício, eles 
refletem o resultado financeiro esperado das atividades integrado nos orçamentos 
operacionais. 
Operacionais: envolvem atividades como compras de materiais, produção, 
vendas, gastos de capital, (investimento em bens de uso). 
Orçamento global: consiste em um resumo quantitativo de todos os itens 
operacionais e financeiros da organização. Possibilita a elaboração do balanço 
patrimonial e da demonstração do resultado do exercício antes de iniciado o 
período a que se refere. 
Orçamentos parciais ou derivados: são desdobramentos do orçamento 
global. Trata-se de operações especificas, sejam elas financeiras ou operacionais. 
Orçamento de curto prazo: são aqueles que se destinam a cobrir períodos de 
até um ano. Podem ser mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais ou anuais. 
Orçamento de longo prazo ou plurianuais são orçamentos que cobrem 
períodos superiores há um ano. 
2.4 Processo Orçamentário 
Para Marion & Ribeiro (2012, p. 198) processo orçamentário engloba três 
elementos fundamentais, que são: a previsão das despesas, onde nessa etapa 
ocorre o estudo antecipado das opções de ações mediante as metas e objetivos 
desejados; em seguida, ocorre a preparação de planos e objetivos detalhados 
através do orçamento, onde é definido e formalizado o planode ação com 
particularizações dos objetivos e os métodos para alcança-los; e o terceiro 
elemento, é o controle através de padrões definidos para a supervisão, onde 
17 
 
 
 
acontece a comparação do desempenho real verso orçado, com o objetivo de 
levantar e analisar as variações, visando o aperfeiçoamento das atividades para 
melhores resultados. 
 
O processo orçamentário pressupõe a existência de um Plano de Contas 
Contábil que contemple a missão e o negócio das organizações, fazendo-
se necessário uma reanálise em todas as contas do plano contábil, uma 
vez que os centros de responsabilidades devem avaliar se todas as suas 
operações estão ali representadas, pois não existe orçamento dissociado 
da contabilidade, uma vez que o seu controle se dá através da 
comparação do orçado e do realizado. Desta forma, para o sucesso do 
programa orçamentário é necessário um sistema contábil adequado, com 
um plano de contas que reflita fielmente as operações da empresa. 
(FERNANDES, 2005, p.18) 
 
Admitindo a importância do processo orçamentário dentro do controle interno 
para a tomada de decisão, Fernandes (2005, p.20) afirma que os processos de 
planejamento, estabelecimento de metas, alinhamento entre alocação de recursos, 
iniciativas estratégicas e orçamentárias são fundamentais para que os objetivos 
sejam traduzidos em ações e realidades. 
Em síntese, o orçamento é um plano de ação no processo orçamentário, 
desenvolvido como um guia para as operações e como base para avaliação do 
desempenho. Os vários tipos de orçamentos serão descritos no tópico de 
orçamento empresarial. 
Alem do planejamento, dentro do processo orçamentário existe o controle 
orçamentário essa é a fase de acompanhamento apos a elaboração dos 
orçamentos, para Frezati (2009, p.84) controle orçamentário é um instrumento da 
contabilidade gerencial que deve permitir-se a organização identificar quão 
próximos estão seus resultados em relação ao que planejou para dado período. Ou 
seja, a utilização dessa ferramenta possibilita o gestor a acompanhar suas metas, 
analisar as variações encontradas entre orçado e realizado, descobrir as causas 
dessas variações e proceder com ações que assentam com as próximas previsões 
dos resultados futuros ou dependendo da situação manter as que foram decididas, 
fazendo sempre um acompanhamento das variáveis sejam elas monetárias ou não. 
 
 
 
18 
 
 
 
O controle orçamentário pode ser definido como uma função do processo 
de gestão que, mediante a comparação com as medidas previamente 
estabelecidas, procura avaliar a atuação e o desempenho dos centros de 
responsabilidade, com a finalidade de identificar as causas dos desvios, de 
forma que possam corrigir ou reforçar este desempenho ou retroalimentar 
as demais funções do processo de gestão, para assegurar que os 
resultados esperados sejam atingidos (LUNKES, 2007). 
 
Nessa abordagem entende-se que é de fundamental importância definir e 
acompanhar a empresa como um todo e entre as partes, pois com esse 
acompanhamento será possível descobrir o motivo que determinada meta não foi 
atingida, baseado nos indicadores especifico de cada área da organização. O 
entendimento das variações permite aprimorar o processo de planejamento já que 
essa é uma etapa muito importante dentro do controle interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 3: Planejamento e Controle Orçamentário 
 Fonte: Orçamento empresarial – Frezatti (2009, p. 84). 
 
Como foi ressaltado por Frezati (2009, p. 84), e conforme demonstrado na figura 
3 se por um lado existem vários tipos de planejamento (estratégico, operacional e 
administrativo), o controle orçamentário é um instrumento único que monitora as 
demais fases dentro do processo orçamentário. 
2.5 Orçamento Empresarial 
A história do orçamento de empresarial confunde-se com a própria história 
do orçamento. O orçamento empresarial teve sua origem na administração pública 
e foi utilizado, desde a sua origem, como instrumento de planejamento e controle 
das operações empresariais. (LUNKES, 2003, p.53). 
Grandes companhias desenvolvem suas atividades sempre amparadas em 
planos previamente orçados. O sucesso das empresas depende da forma que a 
mesma será administrada, com isso no atual cenário dos negócios as técnicas 
gerenciais ficam cada vez mais complexas. Neste cenário competitivo destacam-se 
as organizações que conseguem se antecipar dos fatos, encontrando recursos para 
problemas que possam vir ocorrer, com isso o orçamento empresarial se torna uma 
Planejamento 
Estratégico 
 
Orçamento 
Controle 
Orçamentário 
19 
 
 
 
das ferramentas mais utilizadas por essas empresas, com a função de uma 
previsão detalhada das receitas e despesas, por um determinado período. 
 
O orçamento empresarial, portanto, é o documento no qual são 
discriminadas os objetivos desejados, bem como os meios necessários 
para atingir esses objetivos. Pode envolver todos os tipos de atividades 
desenvolvidas pela organização, sejam elas operacionais ou financeiras, 
como a previsão do fluxo de receitas e despesas, do fluxo de caixa, das 
receitas de vendas, o planejamento das ampliações da produção etc. 
MARION & RIBEIRO (2012, p. 197). 
 
 De acordo com o Frezatti (2010, p. 47) o orçamento de uma empresa 
industrial deve ser elaborado levando-se em conta a seguinte sequencia de etapas: 
� Lição de casa preparatória para o orçamento: Princípios gerais de 
planejamento, diretrizes dos cenários, premissas e pré-planejamento; 
� Plano de Marketing; 
� Plano de suprimentos, produção e estocagens (PSPE); 
� Plano de investimento no ativo permanente; 
� Plano de recursos humanos 
� Plano financeiro. 
 O orçamento passa a existir como continuação a instalação do plano 
estratégico, admitindo focalizar e identificar, num âmbito menor de um exercício as 
suas atuações mais formidáveis, e serve para programar as decisões do plano 
estratégico, assim poderá causar algum impacto no gerenciamento interno da 
entidade quando as decisões não forem tomadas no plano estratégico, em virtude 
disso conclui-se que um plano estratégico bem elaborado possibilita a elaboração 
de um orçamento consistente e coerente. 
 O nível de detalhes do orçamento empresarial pode variar de empresa para 
empresa, com muitos detalhes e complexidades. As empresas que em seu controle 
optam por esses métodos mais complexos para elaboração de seus orçamentos 
seguem as seguintes etapas descritas abaixo para elaborar cada orçamento, onde 
uma esta ligada ao outro com as informações necessárias para o resultado final. 
 
 
20 
 
 
 
2.5.1 Orçamento de vendas 
A previsão de vendas constitui o ponto de partida do orçamento empresarial. 
Nesse orçamento é necessário observar seus fatores internos (produção, vendas e 
marketing, P&D e engenharia, gestão e finanças e outros) e seus fatores externos 
(Mercado competitivo, econômicos e governamentais, tecnológicos sociais e 
culturais). Estima as quantidades de cada produto que a empresa planeja vender e 
o preço praticado. TUNG (1994, p.101) citado por LUNKES (2013, p.54) as 
previsões de vendas podem ser feitas por produto, território, canal de distribuição, 
método de venda, unidades e vendedor. 
2.5.2 Orçamento de Fabricação 
Quando o orçamento de vendas for completado, a próxima fase entra em 
ação, ou seja, o orçamento de fabricação, o objetivo é assegurar nível de 
fabricação suficiente para atender a demanda de vendas. 
Wood e Sangster (1196, p.445), mencionam que, nas estimativas de 
fabricação, deve-se levar em consideração fatores como: espaço de 
armazenamento, disponibilidade de mão de obra, prazo de entrega, de materiais, 
capacidade dos equipamentos, entre outros. Complementando, Zdanowicz (1983, 
p. 71-79) menciona que são necessários os totaistermos de volumes, política de 
estoques, capacidade de produção, adequação de instalações, disponibilidade de 
matérias primas e mão de obra e determinação de escalas ou lotes de produção. 
Sobanski (2000, p.32) descreve que, para elaborar o orçamento de 
fabricação, são necessários alguns requisitos: 
� Plano de vendas; 
� Características relativas a armazenagem dos materiais; 
� Escala econômica de fabricação; 
� Capacidade máxima de fabricação; 
� Duração e etapas do processo industrial; 
� Lotes econômicos de fabricação; 
� Utilização de mão de obra direta, em face da variação da fabricação; 
� Arranjos entre programas de fabricação de produtos diferentes 
sazonalidades. 
21 
 
 
 
2.5.3 Orçamento dos custos de fabricação 
Primeiramente, os gestores preparam as estimativas de materiais que são 
exigidos para atender ao nível de fabricação orçado. Em seguida, definem os 
custos relacionados à fabricação: Matéria-prima, mão-de-obra direta e custos 
indiretos de fabricação. LUNKES (2013 p.55) 
� Orçamento de matéria-prima (MP): A área de fabricação elabora as 
necessidades de materiais e o setor de compras providencia a aquisição das 
quantidades estimadas. O objetivo é comprar esses materiais no momento 
certo e ao preço planejado. 
� Orçamento de mão-de-obra direta (MOD): É de responsabilidade dos gerentes 
dos respectivos departamentos que compõem a fase de fabricação 
� Custos indiretos de fabricação (CIF): Também é de responsabilidade dos 
gerentes dos respectivos departamentos de fabricação. O total do orçamento 
de custos indiretos depende do comportamento individual dos demais custos e 
do nível de fabricação. 
2.5.4 Orçamento das despesas de vendas e administrativas 
 As despesas administrativas, de vendas, financeiras e de pessoal incluem 
todos os gastos necessários para a gestão das operações de uma empresa e 
também os itens relativos à pessoal, viagens, telefone, correio, fax, material de 
escritório, depreciação dos bens de escritório, seguros, taxas, energia elétrica, 
entre outros. 
2.6 PROJEÇÕES DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
 Após a preparação de todos os orçamentos, é possível elaborar o orçamento 
geral, definindo o lucro do período. Todas as receitas e despesas geradas em cada 
peça orçamentária são agrupadas para projetar o resultado. Essa projeção admite 
a analise e a avaliação dos resultados que foram alcançados mediante o 
planejamento e em seguida é possível projetar demonstrações contábeis. 
 A Projeção da demonstração de resultado do exercício é elaborada com 
base nos orçamentos operacionais auxiliares, como: orçamento de vendas, 
orçamento de fabricação e orçamento de despesas operacionais. O balanço 
22 
 
 
 
patrimonial projetado poderá ser apresentado na forma de comparabilidade entre 
exercício encerrado no ano anterior e o orçado. 
 No capitulo cinco deste trabalho será apresentado o estudo de caso, e nesse 
irá demonstrar a projeção da demonstração do resultado do exercício e o balanço 
patrimonial da empresa Tintas Hidracor, conforme referências citadas 
anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
3. CONTROLE INTERNO: DEFINIÇÕES E OBJETIVOS 
Existe uma infinidade de definições de controles internos. Destacam-se as 
algumas de grande importância para o presente trabalho. Para Araújo (1998, p.05), 
defini para Controle Interno como: 
 
O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto 
coordenado dos métodos e medidas adotados pela empresa, para 
salvaguardar seu patrimônio, conferir exatidão e fidedignidade dos dados 
contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a obediência às 
diretrizes traçadas pela administração da companhia. 
 
Para Franco e Marra (2001, p.267), Controle Interno é: 
 
[...] todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, 
fiscalização e verificação administrativa, que permitem prever, observar, 
dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa 
e que produzem reflexos em seu patrimônio. 
 
Pode-se observar que os autores tendem a considerar o controle com ampla 
utilidade para efetivar-se avaliações do processo de gestão. Nos conceitos 
expostos, é evidente a presença de aspectos diretivos e econômico-financeiros. 
Logo, existe, pelas citações, um forte vínculo entre controle interno e administração 
empresarial. 
O Controle Interno vem despertando duas importantes visões para o 
crescimento de uma organização (a auditoria externa e interna). Tal método 
procura identificar eventual linha de interesse em informações financeiras. Segundo 
esse entendimento é de se esperar que a fonte de auditoria externa priorize 
informações financeiras para relatórios e a fonte de auditoria interna proporcione 
uma direção claramente gerencial. 
Almeida (1996, p.50) comenta o controle interno e sua relação com o processo 
de geração de informações contábeis e gerenciais como: 
 
O controle interno representa em uma organização o conjunto de 
procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, 
produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução 
ordenada dos negócios da empresa. 
 
O Instituto de Auditores Internos - Audibra (1992, p.48) foca a eficácia 
empresarial em seu conceito de controle: 
24 
 
 
 
[...] controles internos devem ser entendidos como qualquer ação tomada 
pela administração (assim compreendida tanto a Alta Administração como 
os níveis gerenciais apropriados) para aumentar a probabilidade de que os 
objetivos e metas estabelecidos sejam atingidos. A Alta Administração e a 
gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de 
maneira a possibilitar uma razoável certeza de realização. 
 
Perante essas considerações, é importante ressaltar que o controle interno 
não é essencialmente um complexo sistema de hábitos e procedimentos 
burocráticos que necessite ser implementado exatamente como indicado nos livros 
e normas, para que funcione de modo satisfatório. A filosofia do administrador irá 
determinar a capacidade de implantar sistemas de controle que apresentem 
condições favoráveis para a empresa, atendendo suas particularidades. 
Esses controles, uma vez implementados, devem ser constantemente 
avaliados, observando-se o feedback resultante, para conferir se os resultados 
obtidos estão sendo auto-suficiente com o fim para o qual foram desenvolvidos. 
Conforme (Jaques Filho, 2005) o ciclo do controle engloba cinco passos na sua 
estruturação, que abrange: 
Planejar: consiste no desenvolvimento dos objetivos primários e secundários 
da empresa e na identificação dos processos que os completam; 
Executar: consiste em implementar o plano; 
Monitorar: consiste em mensurar o nível atual de desempenho do sistema; 
Avaliar: consiste na comparação do nível atual de desempenho do sistema 
para identificar qualquer variância entre os objetivos do sistema e o desempenho 
efetivo e decidir sobre as ações corretivas; 
Corrigir: consiste na realização de qualquer ação corretiva necessária para 
trazer o sistema sob controle. 
 Seguindo esses passos é possível obter retornos satisfatórios, tornado os 
controles mais eficazes, proporcionando melhores resultados para a entidade como 
um todo. 
3.1 Tipos de controle interno 
Os mecanismos de controle interno se dividem em contábeis e 
administrativos, sendo eles, conforme Attie (2010): 
 Controles contábeis: compreendem o plano de organização e todos os 
métodos e procedimentos diretamente relacionados, principalmente com a 
25 
 
 
 
salvaguarda do patrimônio e a fidedignidade dos registros contábeis. Geralmente 
incluem aos seguintes controles, sistemas de autorização e aprovação; separação 
das funções de escrituração e elaboraçãodos relatórios contábeis daquelas ligadas 
às operações ou custodia dos valores; e controles físicos sobre esses valores; 
 Controles administrativos: compreendem o plano de organização e todos os 
métodos e procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e à decisão 
política traçada pela administração. Normalmente, se relacionam de forma indireta 
aos registros financeiros. Com frequência abrangem analises estratégicas, estudos, 
de tempos e movimentos, relatórios de desempenho, programas de treinamento e 
controles de qualidade. 
Segundo o IBRACON (1996), os controles internos contábeis devem atender 
a cinco requisitos básicos. A totalidade, onde todas as transações devem ser 
registradas nos livros contábeis no período em ocorreram; validade, todas as 
transações registradas representam eventos econômicos realmente ocorridos e são 
executadas de acordo com os procedimentos determinados, obedecendo à 
legislação vigente; exatidão, as transações são registradas no montante correto, 
adequadamente classificada e em tempo hábil; manutenção, os registros contábeis 
são adequadamente controlados e utilizados de forma que eles continuem a refletir 
as operações da entidade, e; segurança física, os acessos aos ativos e aos 
documentos que controlam o registro de suas movimentações são apropriadamente 
restritos ao pessoal autorizado. 
Os controles internos administrativos, por sua vez, devem atender aos 
seguintes fatores: estrutura organizacional, identificando as áreas responsáveis na 
hierarquia organizacional e a descrição de suas funções; racionalização de 
processos, simplificar os processos e operações, permitindo à administração 
concentrar seus esforços nos aspectos realmente pertinentes à sua gestão; 
integração dos processos de planejamento e orçamentos que pressupõe duas 
facetas, de um lado, uma função de planejamento, capaz de conciliar os interesses 
das áreas com objetivos e as metas da organização como um todo, de outro lado, a 
integração dos processos de planejamento e do plano orçamentário. 
Nesse contexto, percebe-se que o controle interno contábil se encarrega dos 
princípios que tratam do patrimônio e dos registros da organização. Já o controle 
26 
 
 
 
interno administrativo trata dos interesses direcionados para a realização das 
atividades da empresa. 
3.2 Objetivos do Controle Interno 
O controle interno tem como objetivos proteger os ativos, produzir os dados 
contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios 
da empresa. 
Para Fayol (1981, p.139), o controle tem por objetivo “assinalar as faltas e os 
erros a fim de que se possa repará-los e evitar sua repetição”. O mesmo autor 
afirma que o controle é aplicável a tudo: às coisas, às pessoas, aos atos, ou seja: 
a) Do ponto de vista administrativo: é necessário assegurar-se de que o 
programa existe, é aplicado e está em dia, e de que o organismo social 
está completo, o comando exercido segundo os princípios adotados, as 
conferências de coordenação se realiza; 
 
b) Do ponto de vista comercial: é preciso assegurar-se de que os 
materiais que entraram e saíram são exatamente considerados no que 
toca à quantidade, à qualidade e ao preço, se os inventários estão 
corretos, os contratos são perfeitamente cumpridos; 
 
c) Do ponto de vista técnico: é preciso observar a marcha das operações, 
seus resultados, suas desigualdades, o funcionamento do pessoal; 
d) Do ponto de vista financeiro: o controle se estende aos livros, ao caixa, 
aos recursos e às necessidades, ao emprego de fundos; 
 
e) Do ponto de vista de segurança: é necessário assegurar-se de que os 
meios adotados para proteger os bens e as pessoas estão em bom estado 
de funcionamento; 
 
f) Do ponto de vista contábil: é preciso verificar se os documentos 
necessários cheguem rapidamente, se eles proporcionam visão clara da 
situação da empresa, se o controle encontra nos livros, nas estatísticas e 
nos diagramas bons elementos de verificação e se não existe nenhum 
documento ou estatística inútil. 
 
Podem ser analisados os controles com a segregação em quatro objetivos 
básicos, baseado em procedimento e pratica que em conjunto tem uma única 
finalidade, controlar os métodos adotados. para Attie (1998, p117), o controle 
interno tem quatro objetivos básicos: 
� A salvaguarda dos interesses da empresa; 
� A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e 
operacionais; 
� O estímulo à eficiência operacional; 
� A aderência às políticas existentes. 
27 
 
 
 
3.2.1 Salvaguarda dos Interesses 
O objetivo do controle interno relativo à salvaguarda dos interesses remete-se 
à proteção do patrimônio contra quaisquer perdas e riscos devidos a erros ou 
irregularidades (ATTIE, 2000, p.117). 
As principais práticas que podem dar suporte à salvaguarda dos interesses 
são as seguintes, conforme Attie (2000): 
Segregação de Funções: estabelece a independência para as funções de 
execução operacional, custódia física e contabilização; 
Sistema de autorização e aprovação: compreende o controle das operações 
através de métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e os 
riscos envolvidos; 
Determinação de funções e responsabilidades: a existência de organogramas 
claros determinam linhas de responsabilidades e autoridades definidas por toda a 
linha hierárquica; 
Rotação de funcionários: corresponde ao rodízio dos funcionários designados 
para cada trabalho. Dessa forma, é possível reduzir a ocorrência de fraudes e 
contribuir para o surgimento de novas ideias; 
Legislação: corresponde à atualização permanente sobre a legislação vigente, 
visando diminuir riscos e não expor a empresa às contingências fiscais e legais 
pela não obediência aos preceitos atuais vigentes; 
Contagens físicas independentes: corresponde à realização de contagens 
físicas de bens e valores, de forma periódica, por intermédio de pessoa 
independente ao custo diante, visando maximizar o controle físico e resguardar os 
interesses da empresa. 
Fica visível a preocupação que tem o controle interno com relação à proteção 
de seu patrimônio, munindo-se de várias práticas que contribuem ao sucesso deste 
objetivo. 
3.2.2 Precisão e Confiabilidade dos Informes e Relatórios Contábeis, 
Financeiros e Operacionais. 
Com relação a este objetivo, tem-se que esta precisão e confiabilidade dos 
informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais compreendem a geração 
28 
 
 
 
de informações adequadas e oportunas, fundamentais no campo gerencial e 
administrativo, para compreensão dos fatos e eventos realizados na organização. 
 Attie (2000, p.119) enfatiza muito bem esta confiabilidade e precisão quando 
explica que: 
 
Uma empresa necessita constituir, para si, sistemas que lhe garantam 
conhecer os atos e eventos ocorridos em cada um dos seus segmentos. 
Os efeitos ocorridos através da realização de cada ato devem ser 
escriturados e levados, em tempo hábil, ao conhecimento dos 
administradores. 
 
O mesmo autor, quando expõe sobre este objetivo de controle, enumera 
alguns meios que possibilitam sua realização: 
Documentação confiável: corresponde à utilização de documentação hábil 
para o registro das transações; 
Conciliação: indica a precisão ou diferenças existentes entre diversas fontes 
de informação, visando à manutenção equilibrada entre estas e à eliminação 
tempestiva de possíveis pendências; 
Análise: compreende a identificação da composição analítica dos itens em 
exame; 
Plano de contas: estabelece a classificação da empresa perante uma estrutura 
formal de contas. A existência de um manual de contabilidade que proceda ao uso 
destas contas fomenta a classificação e a utilização adequada de cada conta; 
Tempo hábil: determina o registro das transações dentrodo período da 
competência e no menor espaço de tempo possível; 
Equipamento mecânico: a utilização de equipamento mecânico visa facilitar e 
agilizar o registro das transações, fomentando a divisão de trabalho. 
A organização precisa munir-se de relatórios e sistemas que sejam confiáveis 
e eficientes, garantindo-lhes, assim, um espelho da situação econômico financeira 
da instituição. 
3.2.3 Estímulo à Eficiência Operacional 
Neste objetivo, cabe salientar que seu intuito é o de promover a eficiência 
operacional, provendo-se de todos os meios necessários à condução de tarefas, de 
forma a obter entendimento, aplicação e ação tempestiva e uniforme. 
29 
 
 
 
Segundo Attie (2000, p.120) reforça que os principais meios que promovem a 
obtenção de pessoal qualificado são: 
a) Seleção: possibilita a obtenção de pessoal qualificado para exercer com 
eficiência as funções específicas; 
 
b) Treinamento: possibilita a capacitação do pessoal para a atividade 
proposta; 
 
c) Plano de carreira: estabelece a política da empresa ao pessoal quanto 
às possibilidades de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo 
e a satisfação do pessoal; 
 
d) Relatórios de desempenho: compreendem a identificação individual de 
cada funcionário. Apontam suas virtudes e deficiências, sugerindo 
alternativas necessárias ao aperfeiçoamento pessoal e profissional; 
 
e) Relatório de horas trabalhadas: possibilita a administração mais 
eficiente do tempo despendido pelo pessoal e indica mudanças 
necessárias ou correção das metas de trabalho; 
 
f) Tempos e métodos: possibilitam o acompanhamento mais eficiente de 
execução das atividades e regulam possíveis ineficiências do pessoal. 
 
g) Custo-padrão: permite acompanhar permanentemente o custo de 
produção dos bens e serviços produzidos, identificando benefícios e 
ineficiências do processo de produção; 
 
h) Manuais Internos: sugerem clara exposição dos procedimentos 
internos, possibilitando práticas uniformes, normatização e eficiência dos 
atos que previnem a ocorrência de erros e desperdícios; 
 
i) Instruções Formais: apontam formalmente as instruções a serem 
seguidas pelo pessoal, evitando interpretações duvidosas, mal entendidas 
e a possibilidade de cobranças. 
 
De nada adianta a administração munir-se de sistemas e relatórios 
sofisticados, se o seu material humano não estiver corretamente selecionado e 
treinado para trabalhar de acordo com as políticas determinadas. 
3.2.4 Aderência às Políticas Existentes 
Este objetivo de controle tem por finalidade assegurar que as políticas e 
procedimentos definidos pela administração sejam adequadamente seguidos e 
respeitados pelo pessoal. 
Embasado nestas políticas, Attie (2000, p.121) define alguns meios: 
Supervisão: a supervisão permanente possibilita melhor rendimento pessoal, 
reparando-se rapidamente possíveis desvios e dúvidas decorrentes da execução 
das atividades; 
30 
 
 
 
Sistema de revisão e aprovação: aponta se as políticas e procedimentos estão 
sendo seguidas, através de método de revisão e aprovação; 
Auditoria interna: permite a identificação de transações realizadas pela 
empresa que estejam em consonância com as políticas determinadas pela 
administração. 
A alta administração deve trabalhar continuamente para que as políticas e 
procedimentos definidos sejam verdadeiramente seguidos e respeitados por todo o 
conjunto da administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
4.1 Conceito de metodologia 
A metodologia trata do esclarecimento minucioso, detalhado, e exato de todos 
os procedimentos desenvolvidos para a realização de trabalho de científico. Nesse 
sentido, Oliveira (2005) afirma que a metodologia engloba todos os passos 
realizados para a construção do trabalho cientifico, que vai desde a escolha do 
procedimento para a obtenção de dados, perpassa a identificação dos métodos, 
técnicas, materiais, instrumentos de pesquisa e definição de amostra/universo, até 
a categorização e análise dos dados. 
4.2 Tipos de pesquisa 
Como meio de investigação será feito um estudo de caso que, segundo Silva 
(2008, p. 57), 
 
É um estudo que analisa um ou poucos fatos com profundidade. O estudo 
de caso pode ser utilizado para desenvolver entrevistas estruturadas ou 
não, observações dos fatos, análise documental. O objeto a ser 
pesquisado neste tipo de pesquisa pode ser o indivíduo, a empresa, uma 
atividade, uma organização ou até mesmo uma situação. 
 
O presente estudo se fundamentará quanto aos fins, descritivo e, quanto ao 
meio de investigação, bibliográfica e estudo de caso. Para Vergara (2007, p.47), 
 
A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou 
de um determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações 
entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os 
fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. 
Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação. 
 
Quanto ao meio de investigação bibliográfica, Gil afirma (1996, p.48): 
 
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, 
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase 
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há 
pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. 
 
O presente estudo leva em consideração, sobretudo a importância do 
orçamento dentro das empresas, os sujeitos da pesquisa são projeções de dois 
32 
 
 
 
demonstrativos contábeis (Demonstração do resultado do exercício e Balanço 
Patrimonial) elaborados baseados em orçamento adotado pela empresa, na gestão 
de controle organizacional para obtenção de melhores resultados. 
Será evidenciado, analisado e apontado às variações nas projeções e alguns 
dos motivos que ocasionaram tais fatos. A avaliação dessa ferramenta de controle 
interno irá demonstrar o quanto é importante às empresas utilizarem esse 
instrumento, pois com ele é possível ter conhecimento de falhas nos resultados 
futuros, e desenvolver ações corretivas que possam melhorar ou aprimorar 
situações indesejadas no decorrer do exercício. 
Os dados das projeções foram fornecidos pela empresa, portanto são dados 
primários, bem como seus resultados. 
Na realização do trabalho foram realizados os seguintes passos: 
1º passo: Revisão bibliográfica em orçamento e controle interno; 
2º passo: Coleta de dados; 
Diálogo com gestor de orçamento, levantando os principais processos e 
procedimentos no modelo de orçamento adotado pela empresa até se chegar as 
projeções contábeis para determinado período do exercício. 
3º passo: Análise dos dados coletados; 
4º passo: Concluir que o orçamento bem gerenciado e monitorado pode 
melhorar a gestão da empresa em sua tomada de decisão. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
5. ESTUDO DE CASO: DEMONSTRAÇÃO DA PROJEÇÃO DE 
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DA EMPRESA TINTAS HIDRACOR S/A 
5.1 Historia da empresa pesquisada 
A empresa estudada, Tintas Hidracor S/A fundada em 1963, funcionava nas 
instalações localizadas na Esplanada do Mucuripe, até o ano de 1977, quando foi 
transferida para o 1º Distrito Industrial do Ceará. Iniciou suas atividades com a 
produção de tinta em pó hidrossolúvel e supercal, sendo líder nacional nessa 
categoria desde a fundação. 
Em 1980 foi lançado o corante líquido, em 1985, o solvente, em 1995 o 
esmalte e em 1998 com a construção da nova fábrica foi lançada a linha de látex e 
massa pva; tais produtos se aplicam em pintura automotiva, pintura imobiliária e em 
indústrias diversas. 
A empresa faz parte do Grupo J.Macêdo um dos maiores grupos do Norte-
Nordeste do Brasil e de ação nacional na áreade alimentos, sendo proprietário de 
marcas como Dona Benta, Petybon, Sol, Fama, Branca de Neve, Brandini, Águia, 
entre outras. 
Na linha pó, alcançou grande destaque, sendo agraciadas inúmeras vezes 
com o prêmio de Melhor Produto do Ano pela revista Revenda Construção. Este 
reconhecimento é fruto de um trabalho feito com profissionalismo e rigoroso 
controle de qualidade que vai desde o início do processo, com a extração do 
calcário dolomítico em suas minas, ao produto final nos lares brasileiros. 
A Hidracor possui uma das maiores redes de pontos de vendas no ramo de 
tintas na região onde atua. São mais de 20.000 pontos de venda, presentes em 
1.200 municípios de 19 estados brasileiros, indo desde Minas Gerais até Roraima, 
totalizando mais de 8.000 clientes diretos. 
5.2 Estrutura Organizacional 
Matriz - (administração e a fábrica Tinta Pó e Tinta Líquida) - Maracanaú/CE 
Filial – Acarape (Redenção) onde é produzida a cal hidratada, matéria-prima da 
Tinta em Pó e do Supercal. 
 
 
34 
 
 
 
Organograma - TINTAS HIDRACOR S A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Organograma Tintas Hidracor S/A 
Fonte: Hidracor (2013) 
5.3 Coleta de dados 
 Através de um diálogo com o gestor de orçamento e custos da empresa 
pesquisada foi possível levantar de maneira sintética alguns dos principais 
procedimentos na geração dos orçamentos e quais tipos são utilizados pela 
empresa, onde foi demonstrado a complexidades para a elaboração dos mesmos. 
Até chegar às projeções dos demonstrativos contábeis se percorre um longo 
caminho de planilhas com os valores orçados para determinado período. 
35 
 
 
 
 Todo processo se inicia com o orçamento de vendas, onde se definem as 
diretrizes básicas das estratégias de mercado, entre eles esta as áreas geográficas 
de atuação, os produtos a serem vendido, lançamento de novos produtos conforme 
pesquisas realizadas, ou eliminação de produtos que não oferecem o nível de 
retorno desejado pela empresa, às metas de crescimento para as regiões, os 
esforços promocionais para se alcançar os objetivos de venda. 
 Com base nesse planejamento estipula-se o MIX de venda de acordo com 
as linhas de produtos. Ou seja, no orçamento de vendas já é definido o mercado, o 
produto, os volumes, o preço e os impostos incidentes sobre tal comercialização. 
 Após a elaboração do orçamento de vendas, a empresa já tem informações 
para elaborar seu orçamento de produção, com o objetivo de prever o que irá 
precisar comprar para fabricar os produtos que foram orçados. Esse orçamento 
esta ligado com orçamento de compras e custo de produção, (Matéria prima, mão 
de obra, materiais e gastos gerais de fabricação). Em seguida é elaborado o 
orçamento de estoque conforme política de estoque, depois orçamento de 
despesas comerciais ou com vendas, orçamento de despesas administrativas e 
financeiras. 
 Após a elaboração e unificação de todos esses orçamentos a empresa já 
esta com base de dados fundamentais para elaborar suas projeções de 
demonstrativos contábeis e assim poder prever seus resultados futuros, porem é 
importante ressaltar que são apenas projeções e podem acontecer variações entre 
orçado e realizado no decorrer das atividades por diversos fatores, mais com um 
acompanhamento rotineiro e contínuo pelos seus gestores é possível identificar 
com mais facilidade o motivo dessas variações conforme será exposto abaixo. 
 
5.3.1 Projeção do Balanço Patrimonial para o exercício de 2013 
 
 O Balanço Projetado envolve estimar os níveis desejados de certas contas 
do Balanço e calcular o valor de outras contas buscando descobrir o necessário 
que poderá auxiliar em decisões importantes de estudo de viabilidade de 
Investimentos. A projeção desse demonstrativo permite a aplicação dos indicadores 
de gestão que irão, não somente, nortear e registrar a eficácia dos planos adotados 
para alcance dos objetivos estratégicos como também dar suporte as eventuais 
36 
 
 
 
correções a serem feitas nas atividades operacionais e mesmo nas ações 
estratégicas. A tabela 1 demonstra as projeções do ativo no balanço patrimonial. 
 
ATIVO 
CONTÁBIL H-2013 
BALANCO PATRIMONIAL - R$ 1.000 
 
dez/13 
 
ATIVO 128.361 
 
CIRCULANTE 76.569 
 
 
Caixa e bancos Contábil 3.864 
Contas a receber de clientes 42.890 
Estoques 19.419 
Impostos a recuperar 6.232 
Empresas associadas e acionistas - 
Outras contas a receber 4.055 
Despesas pagas antecipadas 109 
 
NÃO CIRCULANTE - ARLP 6.518 
 
 
Empresas associadas e acionistas - 
Valores Mutuados 1.410 
Outras contas a receber 5.108 
 
NÃO CIRCULANTE - AP 45.274 
 
 
Não Circulante -Investimentos - 
Não Circulante -Imobilizado 65.698 
Não Circulante -Diferido - 
Não Circulante -Intangível 1.554 
(-) Depreciação / Amortização (21.978) 
 
Tabela 1 – Projeção do Ativo - Balanço Patrimonial H2013 
Fonte: Tintas Hidracor S/A 2013 
 
 As premissas da Simulação do Balanço Patrimonial no ativo circulante 
ocorreu baseado nas seguintes informações. Na conta Caixa / Bancos, a 
movimentação do caixa e dos bancos foi realizada de acordo com o fluxo de caixa. 
Consideramos aplicações financeiras dos saldos positivos de caixa, remunerados a 
100% cdi de acordo com o fluxo de caixa. (não há aplicações finceiras) 
37 
 
 
 
 Na conta Clientes as entradas foram consideradas conforme previsão do 
faturamento realizada pela área comercial. Os recebimentos foram projetados 
baseados nos seguintes percentuais: Tintas líquidas - 42% 30d, 38,0% 60d, 20% 
90d e linha Pó/Cal/Corante/Solvente - 42% 30d, 38,0% 45d, 20% 60d. Considerado 
inadimplência mensal sobre o saldo do contas a receber / cliente, de: jan-9%, fev-
8%, mar-7%, abri-6% e de maio até dez-5%. (inadimplência no caixa menor que a 
programada no fluxo de caixa. Conciliar ambos). 
 Na conta de estoques foi considerada uma política de estoques médio entre 
o máximo e o mínimo, informados pela área de suprimentos. (usar planilhas de 
cálculo do estoque médio do coordenador de orçamento e custos) 
 Na conta de dmobilizado foi considerado acréscimo de imobilizações 
conforme projetos (vide movimentação do imobilizado). 
 A tabela 2 demonstra projeções do passivo no balanço patrimonial. 
PASSIVO 
CONTÁBIL H-2013 
BALANCO PATRIMONIAL - R$ 1.000 
 
dez/13 
PASSIVO 128.361 
 
CIRCULANTE 49.207 
 
 
Fornecedores 9.283 
Empréstimos e financiamentos 25.370 
Salários e encargos sociais 3.921 
Impostos, taxas e contribuições 9.085 
Comissões 922 
Adiantamento de clientes 344 
Empresas associadas e acionistas - 
Outras contas a pagar 280 
 
NÃO CIRCULANTE - ELP 32.659 
 
 
Empréstimos e financiamentos 11.048 
Valores Mutuados - 
Outras contas a pagar 19.887 
Prov.p/Risc.Fisc.e Out.Pas.Com 1.724 
 
Tabela 2 – Projeção do Passivo - Balanço Patrimonial H 2013 
Fonte: Tintas Hidracor S/A 2013 
 
38 
 
 
 
 No passivo circulantes as premissas na conta de fornecedores é baseado 
nos preços de compras e seus respectivos aumentos previstos, foram informados 
pela área de Suprimentos. Os prazos de pagamentos por itens de insumos foram 
fornecidos pela área de Suprimentos, conformefornecedores. 
 Na conta de empréstimos no Curto e Longo Prazos foi consideradas 
utilização e amortização da conta garantida de acordo com o fluxo de caixa 
previsto. Foi considerado amortização da parcela do curto prazo do 
provin/empréstimo. Foi considerado o financiamento para geração do provin de 
2006. 
 Na conta de salários e Encargos a recolher o total de salários foi calculado 
de acordo com o nº de funcionários projetados pelos coordenadores e gerentes de 
áreas e os encargos de acordo com a legislação vigente, sendo os salários pagos 
no mês e os encargos no mês seguinte. 
 Na conta de Impostos a recolher Foi considerado o pagamento no mês 
posterior a sua apuração. Foram considerados os créditos provenientes do provin e 
entrada de insumos, energia, fretes e devoluções. 
 Na conta de Comissões foi considerado pagamento no mês do recebimento. 
PATRIMÔNIO LIQUIDO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 46.495 
 
 
Capital social 19.209 
Reserva legal 527 
Reserva Capital (FDI / PROVIN / L.E.) - 
Reserva Lucro (FDI / PROVIN / L.E.) 10.992 
Lucos (prejuízos) acumulados - 
Ajuste Exercícios Anteriores - 
Resultado do Período 5.434 
Ajuste Avaliação Patrimonial 10.333 
 
 
Validador 0,00 
Tabela 3 – Projeção do Passivo - Balanço Patrimonial H2013 
Fonte: Tintas Hidracor S/A 2013 
 
 E para concluir com as premissas no Patrimônio Líquido o beneficio do FDI 
/Provin está sendo acumulado na conta de reserva de capital (subvenções do 
governo estadual). 
39 
 
 
 
5.3.2 Projeção da Demonstração do Resultado do exercício de Jan a Mar de 
2013 versos Realizado de Jan a Mar 2013. 
 A projeção da DRE busca evidenciar os valores que irão refletir na atividade 
normal da empresa no exercício orçado e que terá reflexo nas áreas financeiras, 
operacionais e patrimonial , a projeção desse demonstrativo comprova todo o 
desenvolvimento operacional da mesma. Na Tabela 4 irá demonstrar a projeção da 
DRE nos itens que compõem o Faturamento, Receita Bruta de Vendas, Receita 
líquida de vendas, Custo Variável. 
D R E Contábil Comp. Acum. Jan/Mar-H2013 JanMar-13-Real 
Var.-13 x 
H13 
FATURAMENTO 42.163 42.556 393 
(+/-) Deduções da Receita Bruta de Vendas (3.529) (3.529) 0 
(-) IPI (441) (404) 36 
(-) ICMS Substituto (3.088) (3.124) (36) 
RECEITA BRUTA DE VENDAS 38.634 39.028 393 
(+/-) Adições/Deduções da Receita de Vendas (6.830) (6.848) (18) 
(-) ICMS (4.852) (4.903) (51) 
(+) FDI/PROVIN (56,25%) 1.827 1.862 34 
(-) PIS (597) (596) 1 
(-) COFINS (2.751) (2.745) 6 
(-) CONTRIB. PREVIDENC. PATRONAL (289) (292) (4) 
(-) DEVOLUÇÕES (169) (173) (4) 
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 31.804 32.180 376 
(-) DESPESAS VARIÁVEIS DE VENDA (3.257) (3.146) 111 
Fretes (1.893) (1.955) (62) 
Comissões (577) (578) (0) 
Prêmio Atingimento de Metas (708) (515) 193 
Outras Verbas Comerciais - Bonificações (79) (98) (19) 
CUSTO VARIÁVEL (16.969) (16.667) 303 
Tabela 4 – Projeção da DRE 2012 x 2013 
Fonte: Tintas Hidracor S/A 2013 
 
 Ao analisar a projeção da DRE no 1º trimestre de 2013 foram constatados 
algumas variações significativas. Em primeiro lugar entendeu-se tais variações e 
em seguida investigou-se as causas, que serão demonstradas posteriormente. Na 
receita liquida de vendas teve uma aumento significativo. Na conta de prêmios e 
atingimento de metas teve uma redução de 2,2% para 1,6% melhorando os valores 
dos resultados nessa conta. O custo variavel comparado ao que foi projetado 
obteve uma queda em consequencia de um menor reajuste de embalagens 
40 
 
 
 
plasticas e outros previstos e não realizados ou realizados a menor e ainda em mês 
posterior. 
 A tabela 5 demonstra os itens que se refere a Margem de contribuição. 
D R E Contábil Comp. Acum. Jan/Mar-H2013 JanMar-13-Real Var.-13 x H13 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 11.577 12.367 789 
CUSTO FIXO (3.870) (3.882) (11) 
MARGEM BRUTA 7.707 8.485 778 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (5.870) (5.492) 378 
DESPESAS COM VENDAS (933) (735) 199 
Estrutura de Vendas (637) (527) 110 
Outras Despesas com Vendas (297) (208) 89 
DESPESAS COM LOGÍSTICA (1.529) (1.491) 38 
Estrutura de Logística / Suprimentos (350) (375) (25) 
Almoxarifado Insumos (233) (248) (15) 
Almoxarifado Produtos/Expedição (946) (868) 78 
DESPESAS COM MARKETING (1.322) (1.187) 135 
Estrutura de Marketing (376) (352) 24 
Propaganda (273) (256) 17 
Promoção, Eventos e PDV (674) (579) 94 
DESPESAS GERAIS E ADM (1.855) (1.897) (42) 
Estrutura Administrativa (1.225) (1.293) (68) 
Serviços Prestados (646) (627) 19 
Depreciação/Amortização (72) (66) 6 
Outras Despesas/Receitas Operacionais 88 89 1 
DESPESA/RECEITA FINANCEIRA-
OPERACIONAL (231) (183) 48 
CPMF / IOF / IOC (123) (39) 84 
Tarifas de Cobrança (102) (91) 12 
Outras Tarifas Bancárias (121) (141) (20) 
Juros Recebidos de Clientes 186 185 (0) 
Juros Pagos à Fornecedores - (66) (66) 
Outros Resultados Financeiros Operacionais (71) (31) 39 
Tabela 5 – Continuação da Projeção da DRE 2012 x 2013 
Fonte: Tintas Hidracor S/A 
 
 Continuando com análise nas variações constatou-se que o custo fixo 
permanceu em linha com o orçado. Na conta de despesas operacionais ocorreu 
uma melhora por conta das despesas com vendas e marketing menores. Na conta 
de estrutura de vendas teve uma redução Estrutura (Salário + Encargos + 
Benefícios). Outras depesas com vendas teve uma redução por conta da PDD 
 
 
41 
 
 
 
 Procedendo com a projeção da demonstração da DRE a tabela 6 evidencia 
os itens que se referem ao EBIT – Resultado Operacional, Resultado Liquido 
Contábil antes e após o IRPJ/CSLL. 
D R E Contábil Comp. Acum. Jan/Mar-H2013 JanMar-13-Real 
Var.-13 x 
H13 
EBIT - RESULTADO OPERACIONAL 1.838 2.993 1.156 
(+/-) RESULTADO NÃO-OPERACIONAL (231) (129) 102 
Compensação de Impostos (231) (128) 103 
Outras Rec e Desp Não-Operacionais - (1) (1) 
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO NÃO-
OPERACIONAL (1.479) (1.144) 336 
(-) Juros s/ Empréstimos e Financiamentos (1.384) (1.069) 315 
(-) Juros s/ Empréstimos e Financ. - Swap Cambial - - - 
(-) Apropriação FDI/Provin (TJLP) (87) (84) 3 
(+) Rendimento de Aplicações - 19 19 
(-) PIS e COFINS s/ Receitas Financeiras (8) (9) (1) 
(+/-) Outros Resultados Financeiros Não-Operacionais - - - 
RESULTADO LÍQUIDO CONTÁBIL ANTES IRPJ / CSLL 127 1.721 1.593 
(-) PREVISAO PARA I.R.P.J - - - 
(-) PREVISAO PARA CSLL - - - 
RESULTADO LÍQUIDO CONTÁBIL APÓS IRPJ/CSLL 127 1.721 1.593 
DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO 709 645 (64) 
EBITDA (Res.Oper. + Deprec./Amort.) 2.547 3.638 1.092 
GERAÇÃO DE CAIXA (Res.líq.Ger. + Deprec./Amort.) 836 2.365 1.529,30 
EBITDA-% (S/ Receita Líquida) 8,01% 11,31% 290,54% 
GERAÇÃO DE CAIXA-%(S/ Receita Líquida) 2,63% 7,35% 407,02% 
EBIT-% (S/ Receita Líquida) 5,78% 9,30% 307,55% 
(+) Acionista (Operacional) 477 477 - 
(+) Assessoria (Operacional) 156 125 (31) 
(+) Parcelamento Fiscal (REFIS+PAES 
Cemec)(Ñ.Operac.) 231 128 (103) 
(+) Outros Ajustes (Operacional) - 38 38 
(+) Outros Ajustes (Ñ.Operacional) - 39 39 
RESULTADO LÍQUIDO AJUSTADO APÓS IRPJ/CSLL 
 
991 2.526 
 
1.535 
EBITDA AJUSTADO(Res.Oper.Ajust.+ Deprec./Amort.) 
 
3.180 4.277 
 
1.097 
Tabela 6 – Continuação da Projeção da DRE 2012 x 2013 
Fonte: Tintas Hidracor S/A 
 
 Concluindo análise dessa projeção na conta de juros sobre emprestimos e 
financimentos tambem teve uma redução comparando orçado verso realizado (por 
conta do CDI/spread ter ficado abaixo do orçado (H-3,03% trim x real 2,36% trim). 
O resultado liquido contabil após o IRPJ H2013 x 2013 realizado no primeiro 
treimestreteve aumento por conta do faturamento a maior, por redução na 
despesa com prêmio por atingimento de metas de dez/12 e fev/13, da redução do 
42 
 
 
 
custo variável, da redução das despesas operacionais (vendas e MKT) e da queda 
no juros s/empréstimos. O EBTDA (Res. Operacionais + Deprec / Amort.) o 
realizado foi maior que o projetado por conta do faturamento a maior, por redução 
na despesa com prêmio por atingimento de metas de dez/12 e fev/13, da redução 
do custo variável e da redução das despesas operacionais (vendas e MKT). 
 Após analise da projeção desses dois demonstrativos (Balanço patrimonial e 
Demonstração do Resultado do Exercício) é possivel constatar o quanto a 
alaboração de ambos são importantes para a empresa, pois podem tambem atuar 
de maneira preventiva sobre sobre os procedimento adotados pela entidade, 
contrbuindo para os melhores resultados, no processo de tomada de decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 O presente trabalho realizou um estudo sobre o orçamento dentro do 
controle interno das organizações, considerando inúmeras vantagens do orçamento 
para o processo gerencial, concluí-se que uma vez o orçamento bem planejado, 
elaborado, executado e acompanhado de forma continua pode proporcionar para 
as empresas a realização de análise antecipada nas projeções dos demonstrativos 
contábeis. 
 Essas projeções são baseadas no orçamento global onde esse possui 
informações obtidas pela integração de diversos orçamentos elaborado em cada 
departamento pelos seus respectivos gestores de acordo com as necessidades 
para determinado período, apontado pela alta administração da organização. 
 As empresas que em seus controles interno optam por um modelo de 
orçamento mais complexo, força os membros da administração a participar dos 
processos de estabelecimento das metas e preparação dos planos, por meio de 
delegação de poderes e autoridades que se refletem nos orçamentos das 
diferentes etapas. 
 Através dos orçamentos é possível identificar antecipadamente os pontos de 
eficiência ou ineficiência no desempenho das unidades da empresa, nesse aspecto 
é possível que os gestores consigam planejar a redução de custos, destacando as 
áreas que podem demonstrar melhores ou piores resultados. Com isso é possível 
considerar que os orçamentos tendem a melhorar a utilização dos recursos 
disponíveis, ajustando-os as atividades prioritárias para que sejam alcançados os 
objetivos. 
 Com base no exposto, no desenvolver desse trabalho foi possível detectar o 
quanto é importante o uso dessa ferramenta dentro do processo gerencial em seu 
controle interno baseado na execução e rotina das atividades desenvolvidas. Com 
tudo, percebe-se que o orçamento é um grande instrumento de planejamento e 
controle, auxiliando as tomadas de decisões à cerca da gestão empresarial, 
possibilitando o estabelecimento de metas e objetivos que a empresa necessita 
para desenvolver suas atividades com sucesso, de forma a alcançar os resultados 
desejados. 
 Através da pesquisa realizada foi possível verificar a atuação do orçamento 
no controle interno na empresa Tintas Hidracor, bem como sua estrutura 
44 
 
 
 
organizacional, a sua relevância para auxiliar os gestores nas tomada de decisões. 
 Durante a realização do estudo observou-se o quanto a Hidracor da 
importância a aplicação e acompanhamento de um orçamento complexo e bem 
elaborado para se chegar as suas projeções dos demonstrativos contábeis, e que 
esses são devidamente aplicados no trabalho de auxilio da eficácia dos objetivos 
na realização das tarefas. 
 Ao analisar as projeções da demonstração do resultado do exercício e do 
balanço patrimonial foi possível notar de imediato o quanto o gestor responsável 
pelo setor de orçamentos na empresa citada possui conhecimento, pois elaborou 
um eficiente sistema de procedimentos e planejamentos adequado para demonstrar 
os objetivos propostos no decorrer do exercício financeiro. 
 Conforme proposto no inicio desta pesquisa, foram demonstradas as 
premissas da projeção do balanço e em seguida feito análise nas variações da 
projeção da demonstração do resultado do exercício. Esse estudo proporcionou a 
visualizar o quanto a Hidracor possui um controle interno adequado as suas 
necessidades, sabendo utiliza-lo como ferramenta de apoio a gestão, evidenciando 
que sua atuação é bem elaborada e acompanhada para desenvolver o que lhe é 
destinado. 
 Após análise da DRE foi possível detectar algumas variações significativas 
na DRE do primeiro trimestre de 2013, realizado verso orçado, logo foi possível 
identificar os motivos, pois o planejamento gerencial da empresa citada é 
elaborado, facilitando a revisão em suas atividades de modo a garantir que o 
controle interno atue na reformulação dos procedimentos e rotinas capazes de 
reavalia-los proporcionando facilitações na busca pelas causas de possíveis 
variações. 
O resultado da pesquisa demonstrou que a empresa possui um eficiente 
sistema de controle interno. A mesma possui orçamentos elaborados por etapas de 
departamentos onde tudo se inicia no orçamento de vendas. Em seguida é 
elaborado o orçamento de fabricação, onde se assegura o nível de fabricação 
suficiente para atender a demanda de vendas, depois, é feito orçamento das 
despesas de vendas e administrativas. Quando todos os orçamentos estiverem 
preparados é elaborado o orçamento geral e determinado o lucro do período, todas 
as receitas e despesas geradas em cada componente orçamentário são reunidos 
45 
 
 
 
para a projeção do resultado, com base nessa projeção é possível à avaliação dos 
resultados almejados mediante os orçamentos. 
Pode-se concluir, portanto que os orçamentos podem auxiliar a gestão da 
empresa, garantindo que o sistema de controle interno funcione e que as 
informações contidas nessa ferramenta auxiliam no processo de tomada de 
decisão, proporcionando melhores resultados para a organização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
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São Paulo: Atlas, 1996 
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FERNANDES, Rogério Mário. Orçamento Empresarial: uma abordagem 
conceitual e metodológica com prática através de simulador. Belo Horizonte: 
Editora UFMG, 2005. 102p. 
FREZATTI, Fabio. Orçamento empresarial (Planejamento e controle gerencial) 5. 
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GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar projetos de Pesquisa. 3. Ed. São Paulo: 
Atlas, 1996. 
IBRACOM Instituto Brasileiro de Contadores 1996 
LUNKES, Rogério João. Manual de orçamento. São Paulo: Atlas, 2003. 2007. 
JACQUES, Elizeu de Albuquerque; FILHO, AntonioReske;

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