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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS IGUANAS NO BRASIL E NO MUNDO ANA CAROLINA SCHULTZE MENDES RIBEIRO JONATA RODRIGO CAVASSOLA DA SILVA JULIANA DA SILVEIRA MARTINA MARTINS PROFESSORA DENISE MONIQUE DUBET DA SILVA MOUGA Zoologia de Invertebrados - II Joinville – SC 2018 ANA CAROLINA SCHULTZE MENDES RIBEIRO JONATA RODRIGO CAVASSOLA DA SILVA JULIANA DA SILVEIRA MARTINA MARTINS IGUANAS NO BRASIL E NO MUNDO Trabalho da disciplina de Zoologia dos Invertebrados apresentado ao curso de Ciências Biológicas – Bacharelado em Biodiversidade e Meio Ambiente da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. Requisito parcial para a aprovação na disciplina, sob orientação da Profª Denise Monique Dubet da Silva Mouga. Joinville – SC 2018 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 1. OBJETIVOS 5 1.1 Objetivo geral 5 1.2 Objetivos específicos 5 2. CLASSIFICAÇÃO E NÚMERO DE ESPÉCIES 6 3. HISTÓRIA NATURAL 7 4. IMPORTÂNCIA EVOLUTIVA 8 5. IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA 9 6. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIAS 12 INTRODUÇÃO As iguanas pertencem à família Iguanidae, da classe Reptilia. São animais vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ocorrentes em regiões tropicais da América Central, América do Sul e Caribe. Existem cerca de 35 espécies, distribuídas em 8 gêneros, das quais apenas uma espécie - Iguana iguana, conhecida como iguana-verde - é ocorrente no Brasil, encontrada no norte, nordeste e pantanal. Comumente as iguanas são tidas como animais de estimação, gerando um crescimento no comércio de artefatos para pets. Além disso, em alguns lugares como Nicarágua, El Salvador e Colômbia, é realizado a reprodução deles em fazendas para a posterior comercialização e exportação. No Brasil, é proibida a criação em cativeiro por se tratar de um animal silvestre e, sem a devida legalização do animal, pode gerar uma pena de seis meses a um ano de detenção, além da multa de 500 a 5 mil reais, caso a espécie esteja ameaçada de extinção. 1. OBJETIVOS 1.1 Objetivo geral Trazer informações sobre as iguanas no Brasil e no mundo. 1.2 Objetivos específicos a) Citar a classificação e o número de espécies; b) Abordar a importância evolutiva, ecológica e econômica desses animais; c) apresentar a história natural desses animais. 2. CLASSIFICAÇÃO E NÚMERO DE ESPÉCIES As iguanas pertencem a classe Reptilia, família Iguanidae e são vertebrados tetrápodes e ectotérmicos. Os integrantes desta família incluem os lagartos mais familiares do Novo Mundo, reconhecidos por cores brilhantes, além das ornamentações como franjas, cristas e pregas gulares (HICKMAN, 2016). Ao longo dos anos, várias estruturas de classificação foram propostas para a família Iguanidae, inclusive a de que esta seria reconhecida como grupo informal e não como subfamília formal. Por outro lado, em 1989, Frost e Etheridge reconheceram esse agrupamento informal como família formal, apesar de não ter sido aceito. Assim, em 2003, Schulte e colaboradores fizeram análises moleculares e definiram Iguanidae como monofilética. Por fim, a partir de 2011, Iguanidae passou a ser aceita como família formal (TOWNSEND, et al., 2011; WIENS, et al., 2012; PYRON, et al., 2013). O nome popular “iguana” se aplica a uns 65 gêneros, subdivididos em mais de 700 espécies. A família Iguanidae possuí mais de 35 espécies distribuída nos gêneros Amblyrhynchus, Brachylophus, Conolophus, Ctenosaura, Cyclura, Dipsosaurus, Sauromalus e Iguana. Sendo que essa última possui apenas duas espécies viventes: Iguana delicatissima, ocorrente no Caribe; e Iguana iguana, popularmente conhecida como Iguana-verde, única espécie ocorrente no Brasil, encontrada no norte, nordeste e pantanal (ARAGUAIA, Mariana). Além disso, a família Iguanidae possuía outros três gêneros (Armandisaurus, Lapitiguana, Pumila ), atualmente extintos Um desses gêneros - o Lapitiguana -, era constituído por iguanas gigantes e foi extinto há mais de 3000 anos na Ilha de Fiji, quando os humanos lá chegaram. As espécies são muito diversificadas e é difícil de caracterizá-la com base somente na aparência. Um caráter constante no gênero Iguana é a ausência de um padrão regular de escamas no topo da cabeça, especialmente no focinho. As pálpebras são formadas por grânulos, espessas nas bordas e fecham-se completamente. 3. HISTÓRIA NATURAL Quando jovens, as iguanas possuem uma dieta constituída, basicamente, de insetos, ecologicamente é visto como importante para o controle de insetos, principalmente os que são vetores de doenças. No entanto, ao chegar à fase adulta, as iguanas passam a ser estritamente herbívoras, alimentando-se de folhas, flores e frutos das árvores em que vivem, apresentando comportamento arborícola e atuando também como dispersores de sementes dessas plantas. Quando jovens, apresentam uma coloração verde intensa, por outro lado, quando adultos podem acrescentar listras escuras ao longo do corpo. Possuem uma fileira de espinhos na região das costas. As iguanas possuem um excelente sistema de visão, podendo enxergar objetos a grandes distâncias. Assim, costumam se comunicar com outras iguanas através de sinais visuais. As iguanas podem viver de 10 a 13 anos, chegando a maturidade sexual no segundo ou terceiro ano de vida. Desse modo, em época reprodutiva, os machos só conseguem copular uma vez ao dia, gerando, entre as fêmeas, a competição pelo macho dominante. Por sua vez, os machos competem entre si para ter acesso às fêmeas. Estas, conseguem depositar entre 9 a 71 ovos por vez, sendo que a desova é sazonal e ocorre, na maioria dos lugares em que a iguana está distribuída, no início da época seca. 4. IMPORTÂNCIA EVOLUTIVA A primeira atribuição de importância é amplamente divulgada para qualquer grupo biológico e diz respeito às funções desempenhadas pelas iguanas em seus ambientes. Esta diversidade de espécies também se traduz na variedade de dimensões e formas corpóreas, padrões no uso dos habitats, repertórios comportamentais, entre outros aspectos biológicos. O fato é que, em geral, as iguanas constituem elementos essenciais para a dinâmica ecológica dos sistemas naturais, visto que ocupam posições-chave específicas dentro da organização trófica dos ecossistemas, seja como predadores ou presas. Portanto, elas influenciam, direta ou indiretamente, inúmeras outras populações de seres vivos, como as de aracnídeos, miriápodes, insetos, aves, répteis, mamíferos, entre muitas outras. A segunda importância está relacionadacom a contribuição das iguanas para nossa compreensão do mundo natural, através do conhecimento científico. Nas últimas décadas, o número de estudos biológicos com esses animais tem aumentado enormemente. Além disso e em especial, as iguanas têm sido amplamente utilizados como organismos modelo de estudos ecológicos. Enfim, é indubitável a herança teórica que estes organismos têm nos fornecido, indiretamente, ampliando nossa capacidade de conhecer e entender o planeta em que vivemos. 5. IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Iguanas constituem elementos essenciais para a dinâmica ecológica dos sistemas naturais, visto que ocupam posições-chave específicas dentro da organização trófica dos ecossistemas. Quando jovens podem se alimentar de insetos, fazendo o controle de populações de insetos que podem ser vetores de doenças. E, quando adultos, são totalmente herbívoros, geralmente se alimentam de folhas, flores e frutos das árvores em que habitam e consomem frutos e podem atuar como dispersores para várias espécies de plantas além de realizar Hepertofilia. 6. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA O Iguana iguana, ou Iguana Verde, como é popularmente conhecido, possuem grande importância e é bastante querida nos Estados Unidos sendo consideradas "the first reptile pet", o primeiro e mais popular bicho de estimação no segmento de répteis, chamado de herps (referente à herpetofauna). Em torno dele desenvolveu-se uma verdadeira indústria, com pet shops, publicações dirigidas e um grande número de acessórios e alimentos exclusivos. Há também fazendas e ranchos especializados na criação de répteis. Instalados em países onde a legislação permite a produção, comercialização e exportação desses animais - entre eles Nicarágua, El Salvador, Colômbia, o maior produtor, e alguns estados americanos -, a ênfase desses criadores é, justamente, o Iguana Verde. Só uma dessas fazendas - sediada na Colômbia - exporta para os EUA 80 mil dos cerca de 120 mil exemplares de Iguanas que produz anualmente. Além de manter outros répteis, como crocodilos e serpentes - o governo colombiano, através do Ministério do Meio Ambiente, faz um controle rigoroso sobre os cerca de 40 estabelecimentos similares que funcionam hoje naquele País. "Os animais são criados soltos, em áreas separadas por espécie, que procuram reproduzir seu ambiente natural", conta a proprietária da importadora Tropical Reptiles, de Miami, Sílvia Rodrigues. No Brasil a criação em cativeiro é proibida, por se tratar de um animal silvestre. Houve a liberação da importação, mas foi logo vetada. Neste curto espaço de tempo muitas pessoas adquiriram uma iguana, e se viram em apuros com o passar dos anos ao notar que elas não paravam de crescer. A solução precipitada foi soltá-la em um lugar com densa vegetação, o que ocasionou o desequilíbrio na fauna e até a morte do animal, já que por ter vivido em cativeiro, se tornou presa fácil dos predadores nativos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Devido ao seu duplo hábito de vida, o jovem possui uma alimentação diferente do adulto, estes animais desempenham um papel no equilíbrio do ambiente. As iguanas possuem uma grande importância econômica devido ao fato de ser considerado um pet, por muitos. Dessa forma, é de extrema importância que haja fiscalização adequado quanto ao comércio da herpetofauna, visto que existe ainda a captura e exportação de animais em ambientes naturais. REFERÊNCIAS ARAGUAIA, Mariana. Iguana (Família Iguanidae); Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/animais/iguana.htm>. Acesso em 08 de outubro de 2018. HICKMAN, Jr. et al. Peixes. In: HICKMAN, Junior et al. Princípios Integraos de Zoologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan Ltda., 2016. Cap. 24. p. 536-563. tda., 2016. Cap. 24. p. 536-56 IGUANAS - As aparências enganam. A natureza em forma. 2012. Disponível em: <http://anaturezaemforma.blogspot.com/2012/05/iguana-as-aparencias-enganam.ht ml#.W7fkhHtKjIU> Acesso em: 5 Out 2018 MARTINS, Marcio; MOLINA, F. de B. Panorama geral dos répteis ameaçados do Brasil. Livro vermelho da Fauna Brasileira ameaçada de extinção (ABM Machado, GM Drummond, AP Paglia, ed.). MMA, Brasília, Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte, p. 327-334, 2008. PYRON; BURBRINK; WIENS (2013). Uma filogenia e classificação revista de Squamata, incluindo 4161 espécies de lagartos e cobras. Biologia Evolutiva BMC. SANTANA, Gindomar Gomes et al. Herpetofauna em um fragmento de Floresta Atlântica no estado da Paraíba, Região Nordeste do Brasil. Biotemas, v. 21, n. 1, p. 75-84, 2008. WIENS; HUTTER; MULCAHY; NOONAN; TOWNSEND; SITES Jr .; REEDER (2012). Resolvendo a filogenia de lagartos e cobras (Squamata) com extensa amostragem de genes e espécies . Cartas de Biologia . 8 (6): 1043-1046.
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