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seminário tartarugas e lagartixas

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – 
UNIVILLE 
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
Tartarugas de água doce no Brasil e Lagartixas no Brasil e no mundo 
 
 
 
BRUNA GEOVANA REIS E GABRIELA FROEHNER 
 
 
 
ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS 
PROFESSORA DRA. DENISE MONIQUE DUBET DA 
SILVA MOUGA 
 
 
 
 
Joinville - SC 
2020 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO……………………………………………….…………………………........2 
OBJETIVOS……………………………………………………………………………….….4 
OBJETIVO GERAL……….…………………………....…………………...…………….......4 
OBJETIVO ESPECÍFICO……………………………………………………………………..4 
1.CLASSIFICAÇÃO..................................................................................................................5 
1.1 Tartarugas de Água Doce…………………………………………………………….…….5 
1.2 Lagartixas…………………………………………………………………………………..7 
2. NÚMERO DE ESPÉCIES………………..……...………………………………………….7 
2.1​ Tartarugas de Água Doce…………………………………………………………………..7 
2.2 Lagartixas………………………………………………………………………………….8 
3. HISTÓRIA NATURAL…………………….……………………………………………….9 
3.1 Tartarugas de Água Doce…………………………………………………………………..9 
3.2 Lagartixas………………………………………………………………………………...11 
4. IMPORTÂNCIA 
EVOLUTIVA………………………….………………………………...11 
4.1 Tartarugas de Água Doce…………………………………………………………………11 
4.2 Lagartixas………………………………………………………………………………...11 
5.IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA………………....…………………………………………12 
5.1 Tartarugas de Água Doce………………………………………………………………....12 
5.2 Lagartixas………………………………………………………………………………...12 
6. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA………………...…..…………………………………….13 
6.1 Tartarugas de Água Doce…………………………,……………………………………...13 
6.2 Lagartixas………………………………………………………………………………...13 
CONCLUSÃO………………………………...………………………………………..........14 
REFERÊNCIAS………………………………...……………...……………………...….....14 
 
 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
De acordo com BENEDITO (2017), os quelônios existem na Terra antes mesmo do 
surgimento dos dinossauros, datado no Triássico Superior e, desde então, pouco se 
modificaram. O primeiro fóssil de tartaruga com afinidades mais claras é da espécie 
Odontochelys semitestacea​. Estima-se que tenha surgido há 220 milhões de anos, sendo um 
pouco mais velho que os primeiros fósseis de tartarugas com casco completo do gênero 
Proganochelys​, datados do Triássico. Os quelônios são caracterizados por um plano corporal 
altamente derivado, tornando difícil a análise de suas relações com outros grupos de Reptilia. 
Considerando os grupos recentes de répteis, os Testudines são classificados tradicionalmente 
na base da árvore filogenética, como grupo-irmão do grupo Lepidosauria + Archosauria. A 
característica mais distintiva do grupo é o corpo de uma tartaruga, que é uma armadura 
dérmica composta de uma carapaça dorsal e um plastrão ventral. O desenvolvimento do casco 
de tartaruga está correlacionado com mudanças proeminentes, que afetam mais o esqueleto 
axial e a cintura peitoral. A carapaça da tartaruga é uma estrutura corpórea única que combina 
endoesqueleto, formado pela parte dérmica ossificada (costelas e vértebras neurais). 
O fóssil mais antigo conhecido foi encontrado no Brasil, em Santana do Cariri, Chapada do 
Araripe, no interior do Ceará; batizado de ​Santanachelys gaffney​, é de uma tartaruga marinha 
que apresentava membros semelhantes aos das atuais tartarugas de água doce. 
Atualmente, o grupo é representado por 460 táxons (espécies e subespécies), 
encontrados em todas as regiões temperadas e tropicais do mundo,​16 com duas linhagens 
principais, Cryptodira (​crypto = “escondido”; ​dire = “pescoço”; retraem a cabeça para dentro 
do casco, curvando o pescoço em formato de S vertical) e Pleurodyra (​pleuro = “lado”; 
retraem a cabeça curvando o pescoço horizontalmente). Atualmente, os quelônios estão 
representados por 14 famílias, 100 gêneros pertencentes a duas subordens: Cryptodira e 
Pleurodyra. Os criptodiras representam em torno de 80% das espécies de quelônios e 11 
famílias (Trionychidae, Dermatemydae, Carettochelydae, Cheloniidae, Dermochelydae, 
Emydidae, Testudinidae, Kinosternidae, Bataguridae, Chelydridae, Platystermidae), enquanto 
os pleurodiras apresentam apenas três famílias (Chelidae, Pelomedusidae, Podocnemidae). 
No Brasil, há 36 espécies, com representantes de todas as famílias sul-americanas, 
sendo a fauna brasileira composta principalmente de espécimes pertencentes à subordem 
Pleurodira, Família Chelidae. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2698-6/epub/OEBPS/Text/ch07.html?create=true#ch07_ref16
2 
Os pleurodiras, popularmente conhecidos como cágados, são de água doce, 
semiaquáticos e de casco achatado, com patas palmadas e dedos providos de garras. Os 
criptodiras representam a maior diversidade dos quelônios, sendo encontrados em todos os 
continentes, com exceção da Antártida. Esse grupo inclui os indivíduos popularmente 
conhecidos como jabutis, tartarugas de água doce e tartarugas marinhas. 
As lagartixas, como BENEDITO (2017) descreve, pertencem ao grupo dos 
Squamatas, os quais incluem lagartos (dos quais a lagartixa deriva), serpentes e Amphisbaenia 
e, junto com duas espécies de tuataras da Nova Zelândia, formam os Lepidosauria. A 
monofilia dos Squamata é sustentada por diversas sinapomorfias, das quais as mais evidentes 
são: fenda clocal transversal, existência de hemipênis, fusão dos ossos pré-maxilares durante 
o desenvolvimento embrionário e extensa cinese craniana. 
Os lagartos mais antigos são conhecidos desde o Jurássico e início do Cretáceo, com 
muitos fósseis sendo classificados como grupos externos aos grupos atuais (Scleroglossa e 
Iguania). Algumas famílias atuais de lagartos parecem ter tido origem na Gondwana, 
enquanto outras se originaram no hemisfério norte para depois se espalharem pelos 
continentes do sul. Os lagartos atuais, em geral, são extremamente cosmopolitas, ocorrendo 
em todos os continentes e ambientes, com exceção dos lugares de mais altas latitudes. Podem 
alcançar os mais variados tamanhos, desde uma pequena lagartixa de 16 mm 
(​Sphaerodactylus ariasae​), encontrada em uma ilha do Caribe, até o grande dragão de 
Komodo (​Varanus komodoensis​), endêmicos da região das Pequenas Ilhas de Sonda na 
Indonésia, que pode alcançar até 3 m de comprimento. 
A maioria dos lagartos é insetívora, mas algumas espécies apresentam dieta 
especializada, desde aqueles que sobrevivem apenas com folhas e flores até os que se 
alimentam apenas de formigas até predadores ativos que caçam uma variedade de 
invertebrados e vertebrados, incluindo aves e mamíferos de grande porte, tais como veados e 
búfalos. 
Alguns lagartos apresentam uma membrana de voo (patágio), a qual, estendida pela 
ação de músculos intercostais e iliocostalis, auxilia no momento do planeio do animal. 
Algumas espécies apresentam fortes garras para ajudar na escavação, enquanto outras 
dispõem de lamelas nos dedos, que ajudam a escalar paredes. 
O sistema social dos lagartos varia consideravelmente, com algumas espécies cujos 
machos e fêmeas somente se encontram durante o período de cópula, outros que permanecem 
em grupos familiares durante muito tempo e alguns pares que são monógamos para toda vida; 
3 
em algumas espécies, na ausência de machos, as fêmeas podem se reproduzir 
assexuadamente. 
Por ser um grupo parafilético, os lagartos não apresentam sinapomorfias que oscaracterizem como um todo, o que faz com que sua identificação não se torne tão óbvia como 
a de um Testudine. Além disso, sua grande diversidade em morfologia e história de vida faz 
com que existam espécies terrestres, aquáticas, arbóreas, especialistas em planeio e até mesmo 
espécies ápodas. 
Conforme a espécie, o corpo de um lagarto pode ser longo e cilíndrico ou achatado 
dorsoventralmente. Na maioria dos casos, a cabeça é bem diferenciada do corpo, apresenta 
pálpebras móveis, abertura do ouvido externo, quatro membros musculosos, cinco dedos com 
garras nos membros anteriores e posteriores e uma longa cauda. Lagartixas da família 
Gekkonidae (com exceção dos Eublepharinae) não apresentam pálpebras móveis, mas uma 
membrana transparente cobrindo os olho 
Lagartixas apresentam escamas tão pequenas que parecem grânulos, mas com linhas 
de escamas cônicas intermitentes, chamadas tubérculos. 
Algumas espécies de lagartos apresentam uma série de poros secretores, na parte 
ventral da coxa e do púbis. Cada poro surge no centro de uma escama mais larga e produz 
uma substância cerosa com fragmentos de células. Esses poros só aparecem quando os 
lagartos chegam à maturidade sexual e, em muitas espécies, somente nos machos, servindo 
como um modo de identificação do sexo do espécime. 
 
 
OBJETIVOS 
 
OBJETIVO GERAL 
Descrever e reconhecer Tartarugas de água doce no Brasil e Lagartixas no Brasil e no mundo. 
 
OBJETIVO ESPECÍFICO 
Classificar espécies reconhecidas de Tartaruga e Lagartixas. 
Destacar o número de espécies classificadas de Tartaruga e Lagartixas. 
Conhecer a História Natural de espécimes de Tartaruga e Lagartixas. 
Reconhecer a Importância evolutiva de representantes de Tartaruga e Lagartixas. 
Aprender sobre a Importância Ecológica das Tartaruga e Lagartixas. 
4 
Experienciar a Importância Econîomica que as Tartaruga e Lagartixas estão envolvidas. 
 
1. CLASSIFICAÇÃO 
 
1.1 Tartarugas de Água Doce 
As tartarugas de água doce são classificadas de acordo com: 
Reino:​ Animalia 
Filo:​ Chordata 
Classe:​ Reptilia 
Ordem:​ Testudines 
Subordem:​ Cryptodira 
Famílias: 
FAMÍLIA EMYDIDAE 
Trachemys adiutrix​ Vanzolini, 1995 
Trachemys dorbigni ​(Duméril & Bibron, 1835) 
FAMÍLIA GEOEMYDIDAE 
Rhinoclemmys punctularia​ (Daudin, 1801) 
FAMÍLIA KINOSTERNIDAE 
Kinosternon scorpioides ​(Linnaeus, 1766) 
FAMÍLIA TESTUDINIDAE 
Chelonoidis carbonaria​ (Spix, 1824) 
Chelonoidis denticulata​ (Linnaeus, 1766) 
5 
FAMÍLIA PODOCNEMIDIDAE 
Peltocephalus dumerilianus ​(Schweigger, 1812) 
Podocnemis erythrocephala​ (Spix, 1824) 
Podocnemis expansa​ (Schweigger, 1812) 
Podocnemis sextuberculata ​Cornalia, 1849 
Podocnemis unifilis​ Troschel, 1848 
FAMÍLIA CHELIDAE 
Acanthochelys macrocephala ​Rhodin, Mittermeier & McMorris, 1984 
Acanthochelys radiolata​ (Mikan, 1820) 
Acanthochelys spixii​ (Duméril & Bibron, 1835) 
Chelus fimbriatus​ (Schneider, 1783) 
Hydromedusa maximiliani ​(Mikan, 1820) 
Hydromedusa tectifera​ Cope, 1869 
Mesoclemmys gibba​ (Schweigger, 1812) 
Mesoclemmys heliostemma​ (McCord, Joseph-Ouni & Lamar, 2000) 
Mesoclemmys hogei​ (Mertens, 1967) 
Mesoclemmys nasuta​ (Schweigger, 1812) 
Mesoclemmys perplexa​ Bour & Zaher, 2005 
Mesoclemmys raniceps​ (Gray, 1855) 
6 
Mesoclemmys tuberculata​ (Lüderwaldt, 1926) 
Mesoclemmys vanderhaegei ​(Bour, 1973) 
Phrynops geoffroanus​ (Schweigger, 1812) 
Phrynops hilarii​ (Duméril & Bibron, 1835) 
Phrynops tuberosus​ (Peters, 1870) 
Phrynops williamsi​ Rhodin & Mittermeier, 1983 
Platemys platycephala​ (Schneider, 1792) 
Rhinemys rufipes​ (Spix, 1824) 
Dentre as mais conhecidas tartarugas de água que ocorrem no Brasil estão: a tracajá 
(​Podocnemis unifilis​), conhecida em inglês com Yellow Spotted Sidenecked, e a 
tracajá-do-rio-negro (​Podocnemis erythrocephala​), em inglês chamada Red-headed Amazon 
Sidenecked Turtle, Cágado-de-barbela (​Phrynops hilarii​), a tigre-d’água (​Trachemys 
dorbignyi​) em inglês Orbigny’s Brazilian Slides. 
1.2 Lagartixas 
As lagartixas fazem parte dos Lacertílios, que ​pertencem à subordem Sauria​. Os 
Lacertílios também compreendem os lagartos, camaleões e outros répteis de corpo alongado, 
com a cabeça curta e unida ao corpo por um pequeno pescoço. Possuem quatro membros, 
sendo os anteriores mais curtos que os posteriores. 
Esses organismos pertencem ao Reino Animalia, Ordem Squamata, Subordem Sauria 
Família ​Gekkonidae, Subfamília Gekkoninae e Gênero ​Hemidactylus. 
 
2. NÚMERO DE ESPÉCIES 
 
2.1 Tartarugas de Água Doce 
 
7 
O grupo das tartarugas é representado por 460 táxons (espécies e subespécies), 
encontrados em todas as regiões temperadas e tropicais do mundo, ​16 com duas linhagens 
principais, Cryptodira (​crypto = “escondido”; ​dire = “pescoço”; retraem a cabeça para dentro 
do casco, curvando o pescoço em formato de S vertical) e Pleurodyra (​pleuro = “lado”; 
retraem a cabeça curvando o pescoço horizontalmente). Atualmente, os quelônios estão 
representados por 14 famílias, 100 gêneros pertencentes a duas subordens: Cryptodira e 
Pleurodyra. Os criptodiras representam em torno de 80% das espécies de quelônios e 11 
famílias (Trionychidae, Dermatemydae, Carettochelydae, Cheloniidae, Dermochelydae, 
Emydidae, Testudinidae, Kinosternidae, Bataguridae, Chelydridae, Platystermidae), enquanto 
os pleurodiras apresentam apenas três famílias (Chelidae, Pelomedusidae, Podocnemidae) 
(BENEDITO, 2017). 
No Brasil ocorrem 36 espécies de tartarugas, sendo 5 marinhas e 31 terrestres e de 
água doce). 
As tartarugas de água doce são popularmente conhecidas como Cágados, sendo que 
muitas espécie têm o formato da cabeça de maneira que se recolhe lateralmente como 
“canivete”. 
Dentre as mais conhecidas tartarugas de água doce que ocorrem no Brasil estão: a 
tracajá (​Podocnemis unifilis​), conhecida em inglês com Yellow Spotted Sidenecked, e a 
tracajá-do-rio-negro (​Podocnemis erythrocephala​), em inglês chamada Red-headed Amazon 
Sidenecked Turtle, Cágado-de-barbela (​Phrynops hilarii​), a tigre-d’água (​Trachemys 
dorbignyi​) em inglês Orbigny’s Brazilian Slides. 
2.2 Lagartixas 
O gênero destes animais, ​Hemidactylus​, abriga em seu interior mais de 90 espécies 
que são passíveis de serem encontradas nas mais variadas regiões tropicais do mundo. Dentre 
as espécies mais comuns, se pode citar a lagartixa ou osga-doméstica (​Hemidactylus 
frenatus​), a lagartixa-doméstica-tropical (​Hemidactylus mabouia​) e as osgas-turcas 
(​Hemidactylus turcicus​). 
 
 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2698-6/epub/OEBPS/Text/ch07.html?create=true#ch07_ref16
8 
3. HISTÓRIA NATURAL 
3.1 Tartarugas de Água Doce 
 
Ao longo de sua evolução várias modificações permitiram a sobrevivência e adaptação 
das tartarugas a novos ambientes: o número de vértebras foi reduzido, fusionaram se as 
costelas e formou-se uma carapaça de revestimento coriáceo ou córneo. Enquanto algumas 
permaneceram vivendo em terra, outras buscaram água doce ou migraram para o mar. No 
caso das tartarugas marinhas, em particular, a carapaça tornou-se mais achatada, ficando mais 
leve e hidrodinâmica, e as patas transformaram-se em nadadeiras para moverem-se com mais 
eficiência debaixo d’água. Outra importante adaptação foi o surgimento de glândulas de sal, 
localizadas próximo aos olhos. As lágrimas observadas em fêmeas em reprodução são, naverdade, secreção de sal expelida por meio dessas glândulas especiais. São seres pulmonados 
com grande capacidade de permanência debaixo d’água, quer em repouso, quer em busca de 
alimento. Tal capacidade resulta da eficiente distribuição do oxigênio pelo corpo, somada ao 
baixo nível metabólico e um pequeno auxílio da respiração acessória, possibilitada pela troca 
de gases em órgãos como a cloaca e a faringe. Possuem visão, olfato e audição desenvolvidos, 
além de uma excelente capacidade de orientação. São animais altamente migratórios, de ciclo 
de vida longo e complexo. 
Habita áreas neríticas associadas a bancos de fanerógamas submersas e algas, durante 
a fase imatura pós-fase pelágica e também na fase adulta. Nos primeiros anos de vida 
apresentam uma dieta onívora, com tendência a carnivoria. Após a fase pelágica, entre 30 e 40 
cm de comprimento da carapaça, torna-se herbívora, com uma dieta principalmente de 
macroalgas e fanerógamas. Juvenis e adultos alimentam-se principalmente em locais com 
substratos duros, como recifes, sendo suas presas: crustáceos, moluscos, briozoários, 
celenterados, ouriços, esponjas, algas, zooplâncton gelatinoso, como celenterados, pirossomos 
e salpas. ​Lepidochelys olivacea ​aparentemente alimenta-se em uma variedade ampla de 
hábitats, de ambientes pelágicos a zonas costeiras relativamente rasas, principalmente de 
salpas, peixes, moluscos, crustáceos e algas. 
Quanto à reprodução, ​possuem reprodução sexuada, desenvolvimento direto, já que não 
possuem fase larval. Todos os quelônios são ovíparos e depositam os ovos em terra. O 
tamanho das posturas varia, pode ser de apenas 1 ovo para espécies menores à mais de 100 
ovos para as espécies maiores. O ​período de postura varia de acordo com a região e a espécie. 
9 
No Brasil, a temporada de desovas, de forma geral, vai de setembro a abril nas praias 
do continente e de dezembro a junho nas ilhas oceânicas. Uma única fêmea pode fazer mais 
de uma desova em uma mesma temporada e normalmente não se reproduz em anos 
consecutivos, podendo ser anuais, bienais, trienais ou irregulares. Esses ciclos variam entre 
espécies e entre populações da mesma espécie e podem aumentar ou diminuir ao longo do 
tempo, sendo regulados pela disponibilidade de alimento, condições ambientais e distância 
entre áreas de alimentação e reprodução. Apresentam maturação tardia e ciclo de vida longo, 
podendo, a depender da espécie, demorar de 10 a 50 anos para atingirem a maturidade sexual 
e voltarem à mesma praia de nascimento para reproduzir pela primeira vez. A temperatura 
ambiente é um fator muito importante no ciclo de vida das tartarugas marinhas, influenciando 
diretamente a determinação do sexo, nascimento e crescimento dos filhotes, a atividade no 
interior do ninho, o tempo de incubação dos ovos, a hibernação e a distribuição geográfica, 
entre outros fatores. O que determina o sexo dos filhotes é o calor da areia, quanto maior a 
temperatura, maior a produção de fêmeas. Para os ninhos, a faixa de tolerância termal para o 
desenvolvimento do embrião está situada entre 25 a 27°C e 33 a 35°C. Ovos incubados a 
temperaturas menores que 22°C e aqueles expostos a temperaturas maiores que 33°C, por 
períodos extensos, raramente eclodem. Estes répteis procriam nas areias de praias desertas de 
rios ou mares (dependendo da espécie), onde colocam seus ovos, que podem chegar a uma 
centena. O “ninho” é constituído de uma cova que as própria fêmea faz com as patas traseiras, 
onde coloca os ovos que são cobertos logo em seguida com a areia. Feita a postura as fêmeas 
abandonam o ninho, ficando os filhotes à sua própria sorte, de forma que muitos ninhos são 
predados antes da eclosão dos ovos. Ao nascerem, entretanto, os filhotes de tartarugas 
aquática (cágados) e marinhas (tartarugas marinhas), principalmente, têm uma odisséia muito 
perigosa: chegar a água, o que tentam fazer caminhando duramente sobre a areia da praia por 
algumas dezenas de metros, os quais parecem infindáveis. Neste trajeto encontram predadores 
que estão a espreita e que acabam fazendo um “banquete”. Na maioria das vezes apenas 
alguns exemplares conseguem chegar às águas. Aí também a predação continua. Calcula-se 
que de uma ninhada apenas um ou dois filhotes chegam a vida adulta. 
Quanto a alimentação, as espécies de água doce são onívoras, alimentam-se de peixes, 
vegetais, frutos, etc., sendo que seus predadores são jacarés, grandes peixes, alguns 
mamíferos e algumas aves, variando conforme tamanho e espécie. 
 
10 
3.2 Lagartixas 
Os lagartos do gênero ​Hemidactylus ​pertencem à família Gekkonidae, grupo exótico 
de ampla distribuição no Brasil, originário da África. Foram introduzidos possivelmente por 
volta do século XVIII, por meio dos ​navios negreiros e hoje ocorre em todas as regiões do 
país. 
As lagartixas estão geralmente associada a habitats antrópicos ou rurais, sendo 
bastante comum em habitações humanas. É uma espécie de hábitos noturnos que pode ser 
facilmente encontrada perto de fontes luz devido a serem lagartos generalistas e oportunistas. 
Alimentam-se de vários ​artrópodes como aranhas, ​gafanhotos​, ​cupins​, baratas, grilos, 
gafanhotos, mariposas, mosquitos e formigas. Passa boa parte do tempo imóvel à espreita de 
suas presas, podendo se aproximar das mesmas lentamente para depois capturá-las com uma 
rápida mordida. 
 
4. IMPORTÂNCIA EVOLUTIVA 
 
4.1 Tartarugas de Água Doce 
 
As tartarugas são um importante registro fóssil para a história da Terra. Os quelônios 
existem na Terra antes mesmo do surgimento dos dinossauros, datado no Triássico Superior e, 
desde então, pouco se modificaram. O primeiro fóssil de tartaruga com afinidades mais claras 
é da espécie ​Odontochelys semitestacea​. Estima-se que tenha surgido há 220 milhões de anos, 
13 sendo um pouco mais velho que os primeiros fósseis de tartarugas com casco completo do 
gênero ​Proganochelys​, datados do Triássico. 
O fóssil mais antigo conhecido foi encontrado no Brasil, em Santana do Cariri, Chapada do 
Araripe, no interior do Ceará: ​Santanachelys gaffney (uma tartaruga marinha que apresentava 
membros semelhantes aos das atuais tartarugas de água doce). 
No entanto, a existência de uma grande cavidade orbital (espaço do crânio ocupado pelos 
olhos), semelhante à das tartarugas marinhas atuais, leva a crer que essa espécie já 
apresentava, logo atrás dos olhos, as glândulas de sal responsáveis pela excreção do excesso 
de sal ingerido durante a alimentação. O surgimento dessas glândulas possivelmente 
aconteceu antes da adaptação dos membros — pulso e dedos se alongaram, transformando-se 
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/navios-negreiros/
https://www.infoescola.com/biologia/artropodes-arthropoda/
https://www.infoescola.com/insetos/gafanhoto/
https://www.infoescola.com/insetos/cupim/
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2698-6/epub/OEBPS/Text/ch07.html?create=true#ch07_ref13
11 
em eficientes nadadeiras. Além de possibilitarem locomoção mais eficiente, na praia, as 
tartarugas usamas nadadeiras para cavar a areia e fazer o ninho. A tartaruga é um plano de 
corpo único e bem-sucedido, sendo a carapaça a chave do sucesso do grupo, mas que também 
limitou sua diversidade. Possibilitou persistir mais de 200 milhões de anos de mudanças de 
climas, apesar da evolução de um conjunto diversificado de predadores vertebrados e de ter 
limitado a sua diversidade, restringindo os tipos de ambientes possíveis que poderiam ocupar. 
 
4.2 Lagartixas 
 
As lagartixas caracterizam-se por apresentarem “almofadas” nas patas, estruturas 
adesivas nas partes ventrais dos dígitos, que permitem se fixar e escalar superfícies lisas. 
Essas almofadas consistem em escamas modificadas contendo longas projeções, chamadas de 
setas, que se amoldam às superfícies dos substratos. Um módulo responsável pelo 
desenvolvimento de tais almofadas é expresso em uma estranha espécie de ​lagartixa​, não 
apenas nos dedos, mas também no lado ventral da ponta da cauda. Assim, essa espécie 
adquiriu um membro adesivo adicional através da expressão ectópica de um módulo de 
desenvolvimento padrão. 
 
5. IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA 
 
5.1 Tartarugas de Água Doce 
 
Todo ser vivo tem seu papel no meio ambiente, com os quelônios não é diferente. São 
responsáveis pela interação ecológica, como consomem alimentos variados participam da 
complexa teia alimentar, sendo importantes na ciclagem de nutrientes, dispersão de sementes 
ou enquanto predadores ou presas. 
 
5.2 Lagartixas 
 
Pesquisas demonstraram que espécie de lagartixa H. mabouia se alimenta da 
aranha-marrom (​Loxosceles intermedia​), podendo ser usada como agente biológico para 
controle populacional dessa aranha, que representa uma preocupação médica devido ao 
12 
grande número e gravidade dos acidentes que provoca, assim como importantes agentes de 
controle biológico e predadores potenciais do mosquito ​Aedes aegypti, vetor da dengue e da 
febre amarela. 
Por outro lado, as lagartixas são hospedeiras de vários parasitos, podendo representar 
um risco à saúde de outros animais ou mesmo do homem. Estudos parasitológicos têm 
demonstrado a presença de parasitas em várias espécies de lagartixas, podendo ser encontrado 
Salmonella, Plasmodium (causadora de malária sauriana), protozoários coccídeos e helmintos 
gastrointestinais. 
A camuflagem é uma estratégia de caça e de defesa utilizada por vários animais em 
seus ambientes. Ao assumir a coloração do local, podem não ser vistos por seus predadores, 
como cobras, aves e mamíferos. O processo de mudança na coloração também tem grande 
importância no comportamento social de algumas espécies de répteis. 
 
6. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
6.1 Tartarugas de Água Doce 
 
As tartarugas de água doce são importantes economicamente, uma vez que são 
comercializadas, pois muitas pessoas as têm como pet. Além disso, são atrativos turísticos e 
muitas vezes são utilizadas na alimentação. Uma importante atividade econômica que abrange 
todos os quelônios e é importante economicamente, são as unidades de conservação e 
reprodução destes animais, uma vez que oferecem oportunidades de emprego e são 
considerados atrativos turísticos. 
 
6.2 Lagartixas 
 
Aparentemente as Lagartixas não possuem importância econômica, pode se considerar 
que sua presença seria garantia de redução de gastos com inseticidas pois são muito eficientes 
na redução de população destes animais. 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
As Tartarugas de Água Doce animais com diversos representantes conhecidos, sendo 
estes muito diversos com vários hábitos diferentes e distribuição cosmopolita. Estes animais 
são considerados símbolos para a proteção dos oceanos, visto que são altamente importantes 
para o equilíbrio biológico de espécies marinhas. 
As lagartixas por mais que sejam um grupo pequeno de répteis tem presença intensa 
em todo o globo. São animais altamente importantes ecologicamente pois predam 
principalmente insetos e aranhas, ou seja, podem ser usados como agentes biológicos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CLASSIFICAÇÃO. Disponível em: ​https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=86​. Acesso 
em: 08/11/2020. 
 
BENEDITO, E. Biologia e Ecologia dos Vertebrados. - 1. ed. - [Reimpr.] - Rio de Janeiro: 
Roca, 2017. 
 
HICKMAN Jr. et al. ​Princípios Integrados de Zoologia​.16° edição - Rio de Janeiro: 
Guanabara Koorgan, 2019. 
Quelônios. ​Disponível em: ​https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/quelonios​. 
Acesso em: 07/11/2020. 
 
SUMÁRIO EXECUTIVO DO PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A 
CONSERVAÇÃO DAS TARTARUGAS MARINHAS. ​Disponível em: 
https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-pan/pan-tartarugas/1-ciclo/pan-tartarug
as-sumario.pdf​. Acesso em: 07/11/2020. 
 
Tartarugas, jabutis e cágados do Brasil. ​Disponível em: 
http://www.aultimaarcadenoe.com.br/tartarugas/. Acesso em: 09/11/2020. 
 
https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=86
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/quelonios
https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-pan/pan-tartarugas/1-ciclo/pan-tartarugas-sumario.pdf
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