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Questões 6ª semana Seminário em educação

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Fabiane Aparecida Pereira – 8052221
Centro Universitário Claretiano
PORTFÓLIO – CICLO 2
Trabalho requerido pela disciplina de Seminário em Educação, do curso de Filosofia, Licenciatura, modalidade EAD, do Centro Universitário Claretiano.
Prof.: Me. Victor Hugo Junqueira
Polo de São Paulo
2018
Nome do aluno FABIANE APARECIDA PEREIRA
RA: 8052221
Disciplina: Seminário em Educação
Prof. Tutor: Victor Hugo Junqueira
Curso de Filosofia
Centro Universitário Claretiano – Polo de São Paulo.
	 
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA ESCOLARIZAÇÃO NO BRASIL
	
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
	Estado Novo
1930-1945
	Segunda república
1945 - 1964
	Regime militar
1964 - 1985
	Redemocratização
1985 – aos dias atuais
	- aproximação do Estado em relação à Igreja e a preocupação com a educação;
- com um governo centralizador, a escola permanecia como instituição em que orientações civilizatórias eram propagadas;
- para fortalecer o espírito nacional, algumas práticas e disciplinas apareceram nessa etapa: desfiles cívicos, educação física, educação moral e cívica, canto orfeônico;
- houve a criação da Associação Brasileira de Educação, em 1924, com a função de promover debates em torno da questão educacional; 
- apareceu a atuação dos pioneiros da Escola Nova, movimento que se empenhou em dar novos rumos à educação nacional e os embates da Igreja no seu confronto com o estabelecimento de novos modelos para a educação tornam evidente a diversidade de interesses que abrangia a educação escolarizada;
- ocorreu a criação do Ministério da Educação e Saúde, defendendo a necessidade de criação de um sistema de ensino único no país;
- através do Plano Nacional de Educação determinou-se ensino primário obrigatório gratuito;
- houve envolvimento de vários grupos e reformas educacionais que visavam abranger as necessidades do processo de modernização, sendo elas: organização e regulamentação do ensino comercial, curso superior de finanças, ensino secundário divido em fundamental e complementar voltado à profissionalização; criação do Conselho Nacional de Educação para assessorar o ministro da educação com representantes do ensino superior e secundário; criação do Inep e favorecendo a profissionalização, criação do SENAI;
- as escolas primárias ou cursos elementares públicos, frequentados por crianças de 7 a 11 anos, atraíram as camadas pobres da população;
	- acontece a reconstituição dos debates sobre o papel da escola pública e privada, contribuindo para a compreensão das estratégias utilizadas na privatização da educação;
- a educação passou a ser administrada pelo Ministério da Educação e da Saúde;
- foi criada a Lei Orgânica do Ensino Primário e muitas orientações que se voltavam para a formação dos docentes, aparece depois na Lei Orgânica do Ensino Normal;
- criou-se a LDB, que vigora até hoje com modificações, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana e exigindo a entrada no aluno na educação com 7 anos;
- surgiu o Conselho Federal de Educação que aprovou um Plano Nacional com metas quantitativas ousadas para o panorama educacional e populacional:
1. 100% de matrículas até a 4ª série e 70% de 5ª e 6ª séries.
2. 30% de matrículas na 1ª série do Ensino Médio e 50% nas duas demais séries.
3. Ensino Superior – expansão de matrículas, pelo menos 50% dos que terminaram o Ensino Médio.
- a escola idealizava a aprendizagem como um processo de aquisição conforme a personalidade do aluno preparando-o para o exercício do poder;
	- a doutrina da Escola Superior de Guerra exerceu forte influência orientadora;
- a Constituição de 1967 não estabeleceu recursos orçamentários para a educação, mas previu a gratuidade do ensino oficial para todos deveria ser estendida ao ensino secundário e gratuidade no Ensino Superior aos alunos com merecimentos, além de verbas para contratar professores de religião; 
- foi criada a Lei nº 5.540/1968 – reforma do Ensino Superior: que fixava normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com o ensino médio, além de dar outras providências como incentivar a pesquisa e as universidades terem autonomia didático-científica, administrativa e financeira;
- também surgiu a Lei nº 5.692/1971 – 1º e 2º graus: ela foi ao encontro de demandas sociais, mas numa alteração radical, o 2º grau passou a ter o objetivo da profissionalização. Em pouco tempo, todas as escolas públicas e privadas desse nível deveriam tornar-se profissionalizantes. O 1º grau se transformou em 8 séries. Diante disso, posterior a criação, surgiram críticas a esse novo formato.
- apesar de tantas reformas houve controversas de conquistas, pois infelizmente não houve acompanhamento de recursos orçamentários, humanos, materiais e pedagógicos necessários para a solução dos problemas;
	- período onde se encontra uma educação para a democracia e educação para a cidadania;
- no campo do ensino, o público foi confundido com o privado;
- a educação é considerada direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser motivada pela sociedade;
- diante de crises econômicas e do bem-estar social, há alguns anos, trouxe desafios para a educação;
- surge o Fundo de manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, para garantir uma subvinculação dos recursos da educação para o Ensino Fundamental, bem como para assegurar melhor distribuição desses recursos;
- surge a aprovação da LDBEN após anos de tramitação, com critérios mais flexíveis ao avaliar o aprendizado, criação de instrumentos para combater a defasagem, aumento de carga horária, mais autonomia pedagógica, criação dos PCNs e organização do sistema em: Educação Infantil, Ensino Fundamental (8 anos), Ensino Médio (3 anos) e Ensino Superior;
- posteriormente e em estudo até os dias atuais, aparece o Plano de Desenvolvimento da Educação que reflete o uso dos recursos do Fundeb, a democratização da gestão escolar, valorização dos educadores,
Inclusão educacional, planos de reestruturação das Universidades, entre outros;
	
OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL E A ESCOLARIZAÇÃO
	
 Os Movimentos Sociais são de grande relevância para que haja as transformações na sociedade e se expressam através dos conflitos existentes nas mesmas, com o intuito de promover ou resistir aos processos de mudança.
 No final dos anos 1970, quando se deu o combate à ditadura militar, foi o período em que se registrou um momento significativo de articulação entre a teoria e a prática da educação e os movimentos sociais em sua plena atividade. 
 Mas, foram nos anos 80, que os movimentos emergiram no contexto social e político no Brasil de forma criativa e mobilizadora, sendo encarregados de grandes conquistas para a melhoria na qualidade de vida de amplos setores sociais, intervenção políticas, contribuições para alterações no poder local e na política. Essas conquistas são transpassadas por processos educativos, tanto dos participantes diretos, quanto das pessoas atingidas por sua prática, assim como toda a sociedade envolvida. A forte ação política e dos educadores e estudantes engajados, fortaleceu e integrou o processo de reconstrução do regime democrático, interpretado pelos sindicatos, partidos, trabalhadores do campo, como o MST (Movimento dos Sem Terra), entidades classistas, científicas e culturais, Movimento Eclesial de Base e articulações diversificadas como a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), UNE (União Nacional dos Estudantes), ANDES (Associação Nacional de Docentes de Ensino Superior), FASUBRA (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras). Os bons resultados dessas estratégias foram sendo realizados de diferentes formas e variantes político-ideológicas no funcionamento da Assembleia Constituinte, na luta pela promulgação da Constituição de 1988, da LDB e do primeiro Plano Nacionalde Educação. 
 No decorrer dos anos 90, o contexto sociopolítico transformou-se de maneira radical. Surgiram formas de organização institucionalizadas, como os Fóruns Nacionais de Luta pela Moradia, pela Reforma Urbana, o Fórum Nacional de Participação Popular. Esses, manifestaram vários projetos da sociedade civil em parceria com o poder público. 
 Na atualidade há uma nova visão, aparecem novos movimentos, demandas, identidades, necessidades e assim, surgem os movimentos multi e pluriclassistas. Ampliam-se as questões do campo como a questão ambiental. Diante da nova condição econômica e política, há um ambiente propício para o surgimento de um público organizado em ONGs, associações e organizações do terceiro setor. Por um ponto de vista, pode-se dizer que é bom devido ao reconhecimento dos direito, mas por outro lado, a maneira como têm sido efetivadas as novas políticas, resultam na maioria dos projetos sociais passando a ter caráter fiscalizatório e não de controle social, como deveria ser. Acontece a diminuição das oportunidades de trabalho formal, situações precárias de trabalho e constrangimento de direitos.
 Enfim, os Movimentos sociais pela educação envolvem questões diversas, sendo elas gênero, etnia, nacionalidade, religiões, portadores de necessidades especiais, meio ambiente, qualidade de vida, paz, direitos humanos, direitos culturais e são significativos e produtores de saberes, conforme GOHN apresenta as fontes promotoras: 
1) a aprendizagem gerada com a experiência de contato com fontes de exercício do poder; 2) - a aprendizagem gerada pelo exercício repetido de ações rotineiras que a burocracia estatal impõe; 3) - a aprendizagem das diferenças existentes na realidade social a partir da percepção das distinções nos tratamentos que os diferentes grupos sociais recebem de suas demandas; 4) - a aprendizagem gerada pelo contato com as assessorias contratadas ou que apoiam o movimento; 5) - a aprendizagem da desmistificação da autoridade como sinônimo de competência, a qual seria sinônimo de conhecimento. (GOHN, 1994, p. 50)
 Sendo assim, a escola é um excelente espaço de participação que gera aprendizado político para ação social, através dos Movimentos sociais.
Referências 
GOHN, M. G. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, v. 16, n. 47, p. 333-361, maio/ago. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n47/v16n47a05.pdf>. Acesso em 03 Mar. 2018.
____________. Movimentos Sociais e Educação. Editora Cortez, São Paulo, 1994.p. 50
GONÇALVES, N. G. Constituição histórica da educação no Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 123-169. Disponível em: <http://claretiano.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/search?utf8=%E2%9C%93&amp;q=Constitui%C3%A7%C3%A3o%20hist%C3%B3rica%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20no%20Brasil>. Acesso em 02 Mar. 2018.

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