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Teoria das Nulidades Casamento Anulável (1550): continuação A legitimidade ativa para a propositura da ação anulatória é resguardada às partes interessadas (1552, 1555 e 1559); Casos de Casamento Anulável: 1. Defeito de idade: Menores de 16 anos (1552); Prazo de 180 (cento e oitenta dias) para Ação anulatória, a contar da data da celebração (representantes legais ou ascendentes) e para o menor a partir da data que atingir a idade mínima (1560, §1º). Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez (1551). Teoria das Nulidades 2. Falta de autorização do representante legal (1555, §§ 1º e 2º): Prazo de 180 (cento e oitenta dias) para a Ação anulatória a contar: Da data em que cessou a incapacidade (para o próprio incapaz); A partir da celebração do casamento (para os representantes legais) A partir da morte do incapaz (para os herdeiros necessários) Teoria das Nulidades 3. Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge (1557, rol taxativo): a) Erro sobre a identidade do outro cônjuge, sua honra boa fama: Identidade: Casamento com pessoa diversa; Honra: É a pessoa digna, que pauta sua vida pelos ditames da moral; Boa fama: Estima social de que a pessoa goza por proceder; Ex: Homem se casa (sem ter conhecimento) com uma prostituta; Mulher descobre após o casamento que o marido se entrega a práticas homossexuais. Requisitos: Defeito preexista ao casamento; A descoberta torne insuportável a vida em comum; Teoria das Nulidades 3. Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge (1557, rol taxativo): b) Ignorância de crime ultrajante: Crime cometido pelo cônjuge antes do casamento; A descoberta torne insuportável a vida em comum; Código de 1916 fazia exigência de crime inafiançável; O Código atual não faz essa exigência; c) Defeito físico irremediável e moléstia grave: Em geral, apresenta-se como deformação dos órgãos genitais que obsta a prática sexual; Impotência – somente a coeundi ou instrumental; A impotência generandi do homem para gerar filhos e concipiendi da mulher para conceber não constituem causas para a anulação. Moléstia Grave: Aquela transmissível por contágio ou herança. (Ex: HIV) Teoria das Nulidades O CC/1916 considerava motivo para anulação do casamento o defloramento da mulher ignorado pelo marido. A Ação anulatória devia ser proposta em 10 dias a partir da celebração. O CC/2002 não considera motivo para anulação do casamento. Teoria das Nulidades 3. Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge (1557, rol taxativo): d) Doença Mental grave: Esquizofrenia, Paranóia, Epilepsia, etc... Não se exige que a doença seja incurável; Requisitos: Doença preexista ao casamento; A descoberta torne insuportável a vida em comum; Teoria das Nulidades 4. Vício de vontade determinado pela coação (1558): A ação somente poderá ser promovida pelo coagido; Prazo de 04 (quatro) anos a contar da celebração (1559 e 1560); 5. Incapacidade de manifestação do consentimento: Prazo de 180 (cento e oitenta) dias para Ação Anulatória; O ato é anulável nos casos de redução da capacidade. Se a incapacidade for total e permanente, o ato será nulo. Teoria das Nulidades 6. Realização por mandatário, estando revogado o mandato (1550, V): Prazo de 180 (cento e oitenta) dias para Ação Anulatória, a partir do conhecimento do mandante da celebração; 7. Celebração por autoridade incompetente: Prazo de 02 (dois) anos para Ação Anulatória a contar da data da celebração do casamento; Casamento Irregular É aquele contraído com inobservância das causas suspensivas previstas no art. 1523 do CC. Esse casamento não será nulo, nem anulável, mas irregular, acarretando ao infrator apenas uma sanção: O casamento será considerado realizado no regime de separação de bens, conforme disposição do art. 1641 do CC> Casamento Nulo Casamento Anulável Ação declaratóriade Nulidade Ação Anulatória Emregra, gera efeitos “extunc”, salvo hipótese de Casamento Putativo. Em regra,gera efeitos “exnunc”, sendo possível a atribuição do efeito “extunc”. Contraído por enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil (Incapacidade Absoluta); Quando infringe impedimento; Quem não completou a idade mínima para casar; Menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; Por vício de vontade; Incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; Realizado pelo mandatário sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; Por incompetência da autoridade do celebrante. Em ambos os casos é obrigatória a intervenção do MP, como fiscal da lei; Não se operam os efeitos da revelia; Não se presumem verdadeiros os fatos não impugnados especificamente; Prazos 1. Defeitode idade: Menor de 16 anos 180 diasa contar da celebração ou da data emque perfez a idade núbil; 2. Falta de Autorizaçãodo representante legal: 180 diasa contar da celebração ou da data emque cessou a incapacidade ou da morte do menor; 3. Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 3 anosa contar da celebração; 4. Vício de vontadepor coação: 04 anosa contar da celebração; 5. Incapacidade de manifestação do consentimento: 180 diasa contar da celebração; 6. Realização por mandatário, estando revogado o mandato: 180 diasa contar da celebração; 7. Celebração por autoridade incompetente: 02 anosa contar da celebração; Questões da OAB 1. Rejane, solteira, com 16 anos de idade, órfã de mãe e devidamente autorizada por seu pai, casa-se com Jarbas, filho de sua tia materna, sendo ele solteiro e capaz, com 23 anos de idade. A respeito do casamento realizado, é correto afirmar que é a) nulo, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane e Jarbas. b) é anulável, tendo em vista que, por ser órfã de mãe, Rejane deveria obter autorização judicial a fim de suprir o consentimento materno. c) válido. d) anulável, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane e Jarbas. Assinale a alternativa INCORRETA. a) Se o casamento for celebrado em desrespeito aos impedimentos matrimoniais, será considerado nulo. b) Os impedimentos são dirimentes absolutas do casamento. c) O juiz não poderá reconhecer os impedimentos de ofício, somente a requerimento do interessado. d) Qualquer pessoa capaz pode arguir os impedimentos matrimoniais, pois se trata de matéria de ordem pública. Ver art. 1522, parágrafo único Sobre a anulabilidade do casamento, assinale a alternativa CORRETA: a) A mulher que se casou sem ter atingido a idade núbil e autorização judicial, pode pleitear a anulação de seu casamento, mesmo que esteja grávida. b) A anulação do casamento de menores de 16 anos poderá ser pleiteada por qualquer pessoa capaz. c) Extingue-se, em um ano, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes. d) Pode ensejar a anulação do casamento a ignorância de crime ultrajante cometido pelo cônjuge antes do casamento. Eficácia Jurídica do Casamento 1. Constituição da família Legítima; 2. Atribuição da condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família; Qualquer dos nubentes poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. 3. Imposição de deveres aos cônjuges; 4. Imediata vigência a partir da celebração. Deveres de ambos os cônjuges O art. 1566 do CC impõe deveres recíprocos aos cônjuges: 1. Fidelidade recíproca; 2. Vida em comum, no domicílio conjugal; 3. Mútua assistência; 4. Sustento, guarda e educação dos filhos; 5. Respeito e consideração mútuos. Deveres de ambos os cônjuges O art. 1566 do CC impõe deveres recíprocos aos cônjuges: 1. Fidelidade recíproca; 2. Vida em comum, no domicílio conjugal; 3. Mútua assistência; 4. Sustento, guarda e educação dos filhos; 5. Respeito e consideração mútuos. Deveres de ambos os cônjuges 1. Fidelidade recíproca: Consiste o dever de fidelidade em abster-se cada consorte de praticar relações sexuais com terceiros. Basta apenas uma transgressão ao dever de fidelidade. Maria Helena Diniz salienta que, sob o prisma psicológico e social, o adultério da mulher é mais grave que o do marido, pois ela pode engravidar de suas relações sexuais extramatrimoniais, introduzindo prole alheia dentro da família, transmitindo ao marido enganado o encargo de alimentar o fruto de seus amores proibidos. Sobre, ver art. 1600 CC. Deveres de ambos os cônjuges 2. Vida em comum, no domicílio conjugal (1569): O matrimônio requer a coabitação (pessoas que vivem juntas na mesma casa, convivendo sexualmente) Esse dever não é absoluto, pois existem casos que impedem a coabitação física: Ex: Grave enfermidade de um dos cônjuges, que se recolhe a um hospital; Ex: Exercício de profissão em outra localidade; Abandono voluntário: Ausência do lar conjugal durante um ano contínuo (1573, IV). Caberá ao juiz solucionar eventual desacordo no tocante a escolha do domicílio conjugal. (art. 1567, parágrafo único). Deveres de ambos os cônjuges 3. Mútua Assistência: Prestação recíproca de socorro material, moral, e espiritual. 4. Sustento, guarda e educação dos filhos: Obrigação de sustentar os filhos menores e de dar-lhes orientação moral e educacional mesmo após a dissolução da sociedade conjugal, extinguindo-se com a maioridade. OBS: A jurisprudência têm estendido essa obrigação até a obtenção do diploma universitário, no caso de filhos estudantes que não dispõe de meios para pagar as mensalidades. 5. Respeito e consideração mútuos: Aspecto espiritual do casamento e o companheirismo que nele deve existir.
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