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1 Espaços Vetoriais Espaço e Subespaço Vetorial Espaço vetorial Definição: Seja um conjunto V, não vazio, sobre o qual estão definidas as operações e adição por escalar, isto é: , e ouu v V F temos 1. u v V 2. u V O conjunto V com essas duas operações é dito espaço vetorial sobre o corpo ou se forem verificados os seguintes axiomas: , K u e v V 1 2 3 4 : , , : , , : 0 | 0 , : , | 0 A u v v u u v V A u v w u v w u v w V A V u u u V A u V u V u u M u u M u u u M u v u v M u u 1 2 3 4 : ( ) ( ) :( ) : ( ) :1 2 Exemplos: Subespaço vetorial Definição: Seja V um espaço vetorial sobre um corpo K. Um subespaço vetorial de V é um subconjunto W V tal que: Observe que { 0 } e V são subespaços de V, e são chamados subespaços triviais ou impróprios. Critério Geral dos Subespaços Exemplos: Verifique se os conjuntos i W abaixo são subespaços do 3 . . Solução: V W ) 0i W ) , , ii u v W u v W ) ,iii K e u W u W , ; , W V é um subespaço deV u v W K u v W 1) Os Espaços chamados Euclidianos 2 3, , ..., n 2) O conjunto das matrizes m nM 3) O espaço dos polinômios sobre nP de grau . n m nM C , , , n2C C C 1) Os Espaços chamados Euclidianos 2 3, , ..., n 2) O conjunto das matrizes m nM 3) O espaço dos polinômios sobre nP de grau . n m nM C , , , n2C C C 3 1 ( ) ( , , ) | 2a W x y z x y z 3 2 ( ) ( , , ) | 0b W x y z x y 3 1 ( ) ( , , ) | 2a W x y z x y z 3 2 ( ) ( , , ) | 0b W x y z x y 3 1 ( ) ( , , ) | 2a W x y z x y z 3 1W não é um subespaço vetorial porque o vetor (0,0,0) não pertence a W1. De fato, se pertencesse, deveríamos ter que a equação que caracteriza um elemento de 2W deveria ser satisfeita, isto é 0+0+0=2 (falso!). Para verificar se 2W é um subespaço vetorial devemos verificar por exemplo se o critério dos subespaços é verificado: Antes disso, vamos encontrar “a cara” de um elemento genérico de 2W : 2 ( , , ) 0x y z W x y assim (0,0, )z é um elemento genérico de 2W . Sejam , e 1 1 1 2 2 2 2 ( , , ), ( , , )u x y z v x y z W Temos que provar que 2 u v W 1 1 1 2 (0,0, ) (0,0, ) u W u z v W v z Assim Portanto 2W é um subespaço vetorial do 3 Uma dica: Toda vez que você for provar que um subconjunto de um espaço vetorial é um subespaço procure primeiro escrever como um elemento genérico desse conjunto. Interseção de Subespaços Dados 1W e 2W subespaços de um espaço vetorial V , a intersecção 1 2 W W ainda é um subespaço de V . Prova: De fato, sejam R 1 2 , ; ,u v W W então temos: 1 2 W u v W 1 2 u v W W Logo 1 2 W W é subespaço de V . Exemplo: Dados os subespaços do 3 , 3( , , ) | 0U x y z x y e 3( , , ) | 0V x y z x . Determine U V . 3 2 ( ) ( , , ) | 0b W x y z x y 1 2 1 2 1 2 2 (0,0, ) (0,0, ) (0,0, ) (0,0, ) (0,0, ) u v z z z z z z W 4 Solução: ( , , ) 0 0.u x y z U V u U e u V x y e x Portanto 0.x y logo 0,0, |U V z z . Soma de Subespaços Sejam 1W e 2W subespaços de um espaço vetorial V . Então, 1 2 1 2 1 1 2 2: ; ,W W v V v w w w W ew W é um subespaço vetorial de V. Se 1 2 0W W diremos que 1 2W W é soma direta dos subespaços 1W e 2W que denotaremos por 1 2W W . Exemplos: 1) Sejam R 2 2 V M , ; , 0 0 a b U a b e 0 ; , . 0 c W a c d Então U e W são subespaços de V, mais ainda 2) Sejam V = M 2 ( ), U = ; , 0 0 a b a b e W = 0 0 ; ,c d c d . Então U e W são subespaço de V. U + W = ; , , , a b a b c d c d . Mais do que isso: U ∩ W = 0 . ; , , , a b U W a b c d c d 3) Verificar que 3U V onde 3( ,0,0) |U x x e 3(0, , ) | , .V y z y z Temos: ( ) 0,0,0i U V 3( ) ( , , )ii x y z , ( , , ) ( ,0,0) (0, , )x y z x y z U V . Portanto 1 2W W , ou seja soma direta. Combinação Linear, Vetores linearmente Independentes, Vetores Linearmente Dependentes e Propriedades. Combinação Linear Definição: Sejam V espaço vetorial, 1 2, ,..., nv v v V e 1 2, ,... n escalares. Então o vetor 1 1 2 2 ... n nv v v v é um elemento de V que chamaremos combinação linear de 1 2, ,..., .nv v v Exemplo: Sejam (1,2,5)u e (3,6,15)v , O vetor v pode ser escrito como combinação linear de u , ou seja, : , , , . 0 a c b U W a b c d d 3v u 3.(1,2,5)v ou 3v u 3.(1,2,5)v ou 5 O vetor v pode ser escrito da seguinte forma: Portanto, o vetor u é uma combinação linear dos vetores ( 1, 0, 0 ); (0, 1, 0 ); ( 0, 0, 1 ). Vetores linearmente Independentes e linearmente dependentes. Definição: seja V um espaço vetorial e 1 2, ,..., nv v v V . Dizemos que o conjunto 1 2, ,..., nv v v é linearmente independente ( LI ), se : Caso contrário dizemos que o conjunto é linearmente dependente ( LD ), isto é, se Exemplos: 1) Seja 3V Vejamos se os vetores R31 2(1,2,1), (0,1,2)v v são (LI). Solução: Para fazer isso, escrevamos a relação: R31 1 1 2 0v v 1 2(1,2,1) (0,1,2) (0,0,0) 1 1 1 2 2 1 2 0 0 2 0 0 2 0 eles são (LI). 2) O conjunto 2(1, 1),(1,0),(1,1) é (LD), pois temos a seguinte relação com coeficientes não todos nulos: 1 1 (1, 1) 1(1,0) (1,1) (0,0) 2 2 Subespaço Gerado Fixados 1 2, ,..., nv v v V , o conjunto W de todos os vetores de V que são combinação linear destes, é chamado subespaço gerado por 1 2, ,..., .nv v v Notação: 1 2, ,..., nW v v v O conjunto 1 2, ,..., nv v v é chamado Conjunto de Geradores de W. Exemplo: 1,0,0 , 0,1,0 , 0,0,1 é um conjunto de Geradores para 3 , porque todo vetor 3, ,x y z pode ser escrito da forma: , , 1,0,0 0,1,0 0,0,1x y z x y z . Assim, escrevemos: 3 1,0,0 , 0,1,0 , 0,0,1 . Espaços vetoriais finitamente gerados 1 1 1... 0 ... 0n n nv v 1 10; ... 0i n nv v 1(1,0,0) 2(0,1,0) 5(0,0,1)u 6 Seja V um espaço vetorial sobre um corpo K. Se existem 1 2, ,..., rv v v V que geram V, dizemos que V è um espaço vetorial finitamente gerado. Exemplo: 3 é finitamente gerado porque 3 1,0,0 , 0,1,0 , 0,0,1 . Observação: Existem espaços vetoriais que não são finitamente gerados, por exemplo o espaço dos polinômios na variável x. Mais exemplos: 1) Determine um conjunto de geradores para os seguintes subespaços: . Solução: a) ( , , , )x y z t V 0x y z t , ou seja, x y z t . Assim, um vetor genérico de V é da forma: ( , , , )y z t y z t (1,1,0,0) (1,0,1,0) ( 1,0,0,1)y z t . Assim (1,1,0,0),(1,0,1,0),( 1,0,0,1)U b) ( , , , )x y z t V 0x y z t , ou seja, .x y e z t Assim, um vetor genérico de V é da forma: ( , , , )y y t t (1,1,0,0) (0,0, 1,1)y t . Assim (1,1,0,0),(0,0, 1,1)V . c) Um conjunto de geradores para U+V é dado pela união dos dois conjuntos, i.e.: (1,1,0,0),(1,0,1,0),(1,0,0,1)U e (1,1,0,0),(0,0, 1,1)V . Então [(1,1,0,0),(1,0,1,0),( 1,0,0,1),(0,0, 1,1)]U V . 4 4 ) ( , , , ) ; 0 ) ( , , , ) ; 0 ) a U x y z t x y z t b V x y z t x y z t c U V 7 2) Seja 3(2,1,0),(0,0,1),(6,3,0)U . Encontrar a equação que caracteriza U. Solução: Seja ( , , ) .w x y z U ( , , ) (2,1,0) (0,0,1) (6,3,0)x y z (2 6 , 3 , ) , isto é, Observação: Diferentes conjuntos de geradores podem gerar o mesmo espaço. Por exemplo 1,0 , 0,1 gera 2 , de fato, ( , ) (1,0) (0,1)x y x y 1,1 , 0,1 ,(2, 1) também gera 2 , de fato, ( , ) (1,1) ( ) (0,1) 0 (2, 1)x y x y x . Um ponto representa o vetor nulo. Vetor qualquer Um único vetor diferente do vetor nulo é sempre L.I Dois vetores são L.D quando um é múltiplo por um escalar do outro u v (1,0)u (2,0)v 2v u o x u v vu y Três vetores no plano são sempre L.D, ou seja, um terceiro vetor sempre pode ser escrito como comb. Linear dos outros dois. Um conj. que contém um subconj. L.D é L.D. . . (1,0), (2,0) , (0,3) elementosdeum conj L D De um conjunto L.D podemos extrair um subconjunto. L.I Se um conjunto é L.I, todos os seus subconjuntos são L.I Um conjunto que possui o vetor nulo é sempre L.D. Se então é L.D com ou seja, é L.D. 1 2 3,w w w 1w 2 3,w w 1 2 3, ,w w w Os elementos chamados geradores ou sistemas de geradores de podem ser um conjunto L.I ou L.D. V 21,ee 2R 21,ee Conj. L.I )0,2(,, 21 2 eeR )0,2(,, 21 ee Conj. L.D 2 6 3 x y z 2 0 6 1 0 3 0 1 0 x y z 2 6 3 x y z 2 0 6 1 0 3 0 1 0 x y z 2 0 6 1 0 3 0 1 0 x y z 2 0 6 1 0 3 0 1 0 x y z 1 0 3 | 2 0 6 | 0 1 0 | y x z 1 0 3 | 0 0 0 | 2 0 1 0 | y x y z Portanto para que o sistema tenha solução, temos que 2 0x y e ( , , ); 2 0U x y z x y 2 0 6 1 0 3 0 1 0 x y z 2 0 6 1 0 3 0 1 0 x y z 1 0 3 | 2 0 6 | 0 1 0 | y x z 1 0 3 | 0 0 0 | 2 0 1 0 | y x y z Portanto para que o sistema tenha solução, temos que 2 0x y e ( , , ); 2 0U x y z x y 8 Base e dimensão de um espaço vetorial. Base de um espaço vetorial Definição: seja V um F - espaço vetorial. Uma base de V é um conjunto 1 2, ,..., nB v v v V onde B é um conjunto gerador LI. Proposição: De um conjunto de geradores de um espaço vetorial ou subespaço vetorial V é sempre possível extrair uma base. Exemplo: O conjunto 2,1 , 0, 1 é uma base do espaço 2 ? Solução: É suficiente verificar se 2,1 , 0, 1 é um conjunto de geradores L.I. para 2 . (i) 2,1 , 0, 1 gera 2 ? Dado 2,x y , queremos saber se existem a e b em ,tais que, , 2,1 0, 1x y a b . Isto corresponde a encontrar solução para o sistema: 2a x a b y Portanto, temos que 2,1 , 0, 1 gera V. (ii) Vejamos agora se 2,1 , 0, 1 é LI: Teorema: n vetores em n são L.I. se o determinante da matriz formada pelos n vetores (escritos como vetores linha ou coluna) for diferente zero. 2 1 det 2 0 0 1 2,1 0, 1e são L.I. Portanto 2,1 , 0, 1 é uma base para 2 . Processo prático para determinar uma base de um subespaço do n Consiste em escalonar a matriz cujas linhas são vetores geradores do espaço. As linhas que não “zerarem” correspondem aos vetores geradores que forem LI. Exemplo: Determinar uma base para o seguinte subespaço do 4 : 2,1,1,0 , 1,0,1,2 , 0, 1,1,4W Solução: 2 e 2 2 a x x x a b a y b y a b y 2 e 2 2 a x x x a b a y b y a b y 2 1 1 0 1 0 1 2 0 1 1 4 A 1 2L L 1 0 1 2 2 1 1 0 0 1 1 4 2 2 12L L L 1 0 1 2 0 1 1 4 0 1 1 4 3 3 2L L L 1 0 1 2 0 1 1 4 0 0 0 0 2 1 1 0 1 0 1 2 0 1 1 4 A 1 2L L 1 0 1 2 2 1 1 0 0 1 1 4 2 2 12L L L 1 0 1 2 0 1 1 4 0 1 1 4 3 3 2L L L 1 0 1 2 0 1 1 4 0 0 0 0 9 Portanto, os vetores (2,1,1,0) e (1,0,1,2) (correspondentes às linhas que não se anularam na matriz escalonada) formam a base para W Dimensão Proposição: Seja v um espaço vetorial finitamente gerado. Então, qualquer base de V tem o mesmo número de elementos ( cardinalidade ). A este número de elementos dá-se o nome de dimensão de V. Portanto, se V é finitamente gerado, podemos dizer que ele tem dimensão finita. Exemplos: 1) Como o conjunto 1,0,0 , 0,1,0 , 0,0,1B é uma base do espaço 3 (denominada Base Canônica), temos que 3dim 3. 2) O conjunto 21, , , , nt t t é uma base ( a canônica) do espaço nP , o espaço dos polinômios de grau menor ou igual a n. Portanto, temos dim ( ) 1nP n . Resultados Importantes Seja V um espaço de dimensão finita n. Então: Qualquer conjunto com mais de n elementos em V é LD. Qualquer conjunto LI de V pode ser completado para formar uma base de V. Qualquer conjunto LI de V tem no máximo n elementos. Qualquer conjunto LI de V com n elementos é uma base de V. Exemplos: 1. Os vetores 1,1,1 , 0,2,3 , 0,0,3 são LI em 3 , que tem dimensão 3. Logo formam uma base para este espaço. 2. Os vetores 2,1 , 1,0 e 1,1 são LD de 2 , pois 2dim 2 . 3. No espaço 3P , o conjunto 22,1 , 3t t é LI, portanto pode ser completado para uma base deste espaço. Basta acrescentar (por exemplo), o vetor 3t . Dimensão da soma de dois subespaços Sela V um espaço vetorial de dimensão finita U e W subespaços de V. Então Obs: Seja R 3 espaço vetorial, U e V subespaços de R 3. Dizemos que: R 3 = U + V dim R 3 = dim ( U + V ). Alem disso U ∩ V = R 3 = U V . dim dimdim U W U W dim U W 10 Exemplo: Sejam 3V , 3, , ;U x y z x y z e 3, , ; 0W x y z x z subespaços de V . Determinar as dimensões de , eU W U W . Verifique, pela fórmula acima, se 3U W . Solução: a) Seja ( , , )x y z U x y z , ou seja, , , , , 1,1,0 1,0,1x y z y z y z y z . Daí temos que U=[(1,1,0),(1,0,1)]. Visto que a matriz 1 1 0 1 0 1 tem posto 2, ou seja os vetores ( 1, 1, 0 ) e ( 1, 0, 1 ) não são múltiplos entre si, esses vetores são L.I. e formam uma base para U. Assim, dim (U )= 2. Se ( , , ) 0x y z W x z , ou seja, , , 0, ,0 0,1,0x y z y y . Daí, W = [(0,1,0)] e dim (W)=1. b) Para determinar U W , resolvemos o sistema formado por suas equações: 0 0 x y z x z Este sistema possui como solução o vetor (0,0,0).Daí, dim 0U W . Portanto, utilizando a relação dim dimdim U W U W dim U W , temos dim 2 1 0 3U W . Como U+W é subespaço de 3 , que tem dimensão 3, temos que 3U W , mais ainda, 3U W . Exemplo: Considere o espaço 4 e seus subespaços 1,2,0, 1 , 1, 1,2,0 e 1,3,0,1 , 2,4,2, 1 , 1,7,2,0U W , Utilizando os vetores acima determine: dim ,dim ,dim dimU W U W e U W . Solução: O conjunto 1,2,0, 1 , 1, 1,2,0 é LI dim 2U . Verifiquemos se 1,3,0,1 , 2,4,2, 1 , 1,7,2,0 é LI: Portanto o conjunto { (–1, 3, 0, 1 ), (2, 4, 2, –1 ), (1, 7, 2, 0 )} é L.D. Logo, excluindo um dos vetores que é combinação linear dos outrosdois, obtemos os conjuntos L.I. Daí temos que dim W = 2. 1 3 0 1 2 4 2 1 1 7 2 0 1 3 0 1 2 4 2 1 1 7 2 0 2 2 12L L L 1 3 0 1 0 10 2 1 1 7 2 0 1 1L L 3 3 1L L L 1 3 0 1 0 10 2 1 0 10 2 1 3 3 2L L L 1 3 0 1 0 10 2 1 0 0 0 0 1 3 0 1 2 4 2 1 1 7 2 0 1 3 0 1 2 4 2 1 1 7 2 0 2 2 12L L L 1 3 0 1 0 10 2 1 1 7 2 0 1 1L L 3 3 1L L L 1 3 0 1 0 10 2 1 0 10 2 1 3 3 2L L L 1 3 0 1 0 10 2 1 0 0 0 0 11 1,2,0, 1 , 1, 1,2,0 , 1, 3,0, 1 , 0,10,2,1U W Portanto dim 3U W . Assim Exemplo: Seja 2M o espaço vetorial das matrizes quadradas de ordem 2. 1 2 1 0 0 1 1 0 , , , 1 1 0 1 2 0 0 0 A é uma base para 2M ? Solução: Visto que 2M é um espaço vetorial de dimensão 4, é suficiente verificar se esses vetores são LI. Seja 2 x y M z w , existem a,b, c e d reais tais que: 1 2 1 0 0 1 1 0 1 1 0 1 2 0 0 0 x y a b c d z w A igualdade matricial corresponde ao sistema linear 0 2 0 2 0 0 a b d a c a c a b A matriz associada ao sistema linear é 1 1 0 1 2 0 1 0 1 0 2 0 1 1 0 0 1 2 0 1 1 1 2 0 1 3 0 1 0 10 2 1 2 2 1L L L 3 3 1L L L 4 4 12L L L 1 2 0 1 0 3 2 1 0 5 0 0 0 0 2 1 3 2 5 L L 3 3 2L L L1 2 0 1 0 1 0 0 0 1 2 1 0 0 2 1 1 2 0 1 0 1 0 0 0 0 2 1 0 0 2 1 4 4 3L L L 1 2 0 1 1 1 2 0 1 3 0 1 0 10 2 1 2 2 1L L L 3 3 1L L L 4 4 12L L L 1 2 0 1 0 3 2 1 0 5 0 0 0 0 2 1 3 2 5 L L 3 3 2L L L1 2 0 1 0 1 0 0 0 1 2 1 0 0 2 1 1 2 0 1 0 1 0 0 0 0 2 1 0 0 2 1 4 4 3L L L 1 2 0 1 0 1 0 0 0 0 2 1 0 0 0 0dim dim dim dimU W U W U W dim 1U W 3 2 2 dim U W dim dim dim dimU W U W U W dim 1U W 3 2 2 dim U W 12 O sistema terá solução trivial se e somente se 1 1 0 1 2 0 1 0 det 0 1 0 2 0 1 1 0 0 De fato, 5 1 1 0 1 2 0 1 2 0 1 0 det 1 ( 1) 1 0 2 1 0 2 0 1 1 0 1 1 0 0 2 0 2 2 1 1 0 2 ( 2) 4 0 Coordenadas de um vetor em relação à uma dada base. Consideremos a base canônica do 3 Coordenadas de um vetor em relação a uma dada base. Considere a base canônica do 3 , 1,0,0 0,1,0 0,0,1B e o vetor 1, 3,5v . Observe que 1. 1,0,0 3. 0,1,0 5. 0,0,1v . Assim as coordenadas do vetor v na base B são 1, 3 e 5 , ou seja [ v ] B = ( 1, –3, 5 ) ou 1 3 5 B v . Matriz das coordenadas de v na base B 1 3 5 B v Outro exemplo: Encontrar as coordenadas do vetor 3v na base ' 1,1,1 , 1,0,1 , 1,0, 1B . Solução: Por definição, as coordenadas de v na base B´ são dadas pelos coeficientes a,b e c abaixo: 1, 3,5 1,1,1 1,0,1 1,0, 1a b c 1 3 3 5 a b c a a a b c 4 8 b c b c 2 12b 6b Substituindo o valor de b na primeira equação do sistema acima obtemos: 6 4 2c c 13 As coordenadas de v são – 3,6 e – 2, e A matriz das coordenadas de v na base B´ é ' 3 6 2 B v Conteúdo 4: Mudança de Base. Seja V um espaço vetorial de dimensão n e consideremos duas bases de V, 1 1,..., nu u e 2 1,..., nv v . Então existe uma única família de escalares ija de maneira que 1 11 1 1 1 1 ... ............................... ... n n n n nn n v a u a u v a u a u Definição: A matriz quadrada de ordem n 2 1 11 12 1 21 22 2 1 2 ... ... ... ... ... ... ... n n n n nn a a a a a a I a a a Chama – se matriz mudança da base 1 para a base 2 . Exemplo: Encontre a matriz mudança de base. Solução: 1 11 21(1,0) (2, 1) (3,4)v a a Os coeficientes 11a e 21a ficam na mesma coluna, por isso o j correspondente ao elemento ija é fixado com o mesmo índice da ordem do elemento em 2 . 2 12 22(0,1) (2, 1) (3,4)v a a onde 11 21 11 21(1,0) (2 3 , 4 )a a a a 11 4 11 a e 21 1 11 a 12 22 12 22(0,1) (2 3 , 4 )a a a a 12 3 11 a e 22 2 11 a 4 3 11 11 1 2 11 11 2 1 I onde 11 21 11 21(1,0) (2 3 , 4 )a a a a onde 11 21 11 21(1,0) (2 3 , 4 )a a a a 11 4 11 a e 21 1 11 a 11 4 11 a e 21 1 11 a 12 22 12 22(0,1) (2 3 , 4 )a a a a 12 3 11 a e 22 2 11 a 12 3 11 a e 22 2 11 a 4 3 11 11 1 2 11 11 2 1 I 4 3 11 11 1 2 11 11 2 1 I 2 1 (1,0),(0,1) (2, 1),(3,4) I 14 Exercícios resolvidos 1) Mostrar que é subespaço de 2M o seguinte subconjunto: 2 , x y W M y x z t Solução: i) 0 0 0 0 W , já que 0 0 0. ii) Sejam 1 1 1 1 x y u z t e 2 2 2 2 x y v z t elementos de W. 1 1 2 2 1 2 1 2 1 1 2 2 1 2 1 2 x y x y x x y y u v z t z t z z t t Como 1 2 1 2 1 2y y x x x x então u v W Façamos agora 1 2 (2, 1),(3,4) (1,0),(0,1) I Lembrando que escreveremos agora : 1 11 21(2, 1) (1,0) (0,1)u a a 11 2a e 21 1a 2 12 22(3,4) (1,0) (0,1)u a a 11 3a e 21 4a Façamos agora 1 2 (2, 1),(3,4) (1,0),(0,1) I Façamos agora 1 2 (2, 1),(3,4) (1,0),(0,1) I Lembrando que escreveremos agora : 1 11 21(2, 1) (1,0) (0,1)u a a1 11 21(2, 1) (1,0) (0,1)u a a 11 2a e 21 1a11 2a e 21 1a 2 12 22(3,4) (1,0) (0,1)u a a2 12 22(3,4) (1,0) (0,1)u a a 11 3a e 21 4a11 3a e 21 4a 2 3 1 4 2 1 I 4 3 11 11 1 2 11 11 2 3 1 0 1 4 0 1 O produto das matrizes eO que implica que as matrizes são inversíveis e 2 1 I 1 2 I 2 1 1 2 1 I I 2 1 I 1 2 I 2 3 1 4 2 1 I 2 3 1 4 2 1 I 4 3 11 11 1 2 11 11 2 3 1 0 1 4 0 1 4 3 11 11 1 2 11 11 2 3 1 0 1 4 0 1 O produto das matrizes eO que implica que as matrizes são inversíveis e 2 1 I 1 2 I eO que implica que as matrizes são inversíveis e 2 1 I 1 2 I O que implica que as matrizes são inversíveis e 2 1 I 1 2 I 2 1 1 2 1 I I 2 1 I 1 2 I 2 1 I 1 2 I 15 iii) Sejam c e x y u W z t . cx cy c u cz ct . Como cy c x cx , então c u W . 2) Escreva, se possível, cada vetor v como combinação linear dos elementos de S . a) 1, 2,5v e 1,1,1 , 1,2,3 , 2, 1,1S . b) 3 1 1 1 v e 1 1 0 0 0 2 , , 1 0 1 1 0 1 S Solução: a) Escrevendo v como combinação linear de S obtemos a seguinte equação 1, 2,5 1,1,1 1,2,3 2, 1,1x y z , que resulta no sistema. 2 1 2 2 3 5 x y z x y z x y z . Escrevendo a matriz ampliada do sistema obtemos: 2 1 2 3 2 3 1 1 2 1 1 1 2 1 1 2 1 2 0 1 3 3 1 3 1 5 0 1 2 7 L L L L L L 3 2 3 3 3 1 1 2 1 1 1 2 1 1 0 1 3 3 0 1 3 3 5 0 0 5 10 0 0 1 2 L L L L L voltando ao sistema temos: 2 1 3 3 6 3 3 1 3 4 6 2 x y z y z y y e x x z Logoa solução do sistema é o conjunto 6,3,2 . Assim 1, 2,5 6 1,1,1 3 1,2,3 2 2, 1,1 b) Escrevendo v como combinação linear de S obtemos a seguinte equação, 3 1 1 1 0 0 0 2 2 1 1 1 0 1 1 0 1 x x z x y z x y y z que resulta no sistema: 16 3 1 2 1 1 x x y x z y z Da 2ª equação temos 3 1 2y y , da 3ª equação temos 3 2 1 2 2 1z z z , da 4ª equação temos 1 1 0y y . Observe que os resultados 2 e 0y y é um absurdo e torna o sistema impossível. Então v não pode ser escrito como combinação linear de S . 3) Verifique se o conjunto 41,0,0,0 , 1,1,0,0 , 1,1,1,0 , 1,1,1,1W é Li, e é gerador e base do 4 . Solução: i) Vamos verificar se W é Li, isto é, 1,0,0,0 1,1,0,0 1,1,1,0 1,1,1,1 0,0,0,0a b c d , ou seja, 0 0 0. 0 0 a b c d b c d a b c d c d d Logo W é Li. ii) Como 4dim 4 então W é base do 4 , já que dim 4.W iii) W é gerador do 4 pois é base do 4 . 4) determine a matriz das coordenadas do vetor 32,1,4v em relação a base 1,1,1 , 1,0,1 , 1,0, 1B Solução: Escrevendo 2,1,4v como combinação linear da base B . 2 2,1,4 1,1,1 1,0,1 1,0, 1 1 4 a b c a b c a a b c Como 1a o sistema acima fica reduzido ao sistema 1 3 b c b c Resolvendo o sistema acima por adição obtemos 2 e 1b c . Portanto 1 2 1 B v .
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