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Prévia do material em texto

Língua Portuguesa 
 
 
 
 
Interlecção e Interpretação de Textos 
texto 
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa 
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em 
português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de 
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de 
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... 
 
Intelecção (ou Compreensão) 
 
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os 
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito 
voltada para o que realmente está escrito. 
 
Comandos para Questão de Compreensão 
 
O narrador do texto diz que... 
O texto informa que... 
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que... 
De acordo com as ideias do texto... 
 
Questão 
 
1. Assinale a opção correta em relação ao texto. 
 
O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- 
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do 
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O 
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- 
5 ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, 
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os 
atores envolvidos com a gestão dos recursos hídricos 
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas 
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, 
10 ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional 
dos recursos hídricos. 
 
(http://proagua.ana.gov.br/proagua) 
 
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de- 
rivados do PROÁGUA/Nacional. 
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere- 
-se a “Banco Mundial” (l. 3). 
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os 
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos 
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. 
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/ 
Nacional promovem o uso racional dos recursos 
hídricos. 
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do 
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- 
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. 
 
Gabarito: d 
 
Interpretação 
 
Interpretação significa dedução, inferência, conclusão, 
ilação. As questões de interpretação não querem saber o 
que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou 
deduzir do que está escrito. 
 
Comandos para Questão de Interpretação 
 
Da leitura do texto, infere-se que... 
O texto permite deduzir que... 
Da fala do articulista pode-se concluir que... 
Depreende-se do texto que... 
Qual a intenção do narrador quando afirma que... 
Pode-se extrair das ideias e informações do texto que... 
 
Questão 
 
1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo: 
 
(www.fotolog.com/rosearaujocartum) 
 
Infere-se que o humor da tirinha se constrói: 
a) pois a imagem resgata o valor original do radical que 
compõe a gíria bombar. 
b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente 
no sentido de “bombear”. 
c) pois reflete o problema da educação no país, em 
que os alunos só se comunicam por gírias, como é 
o caso de fessor. 
d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na 
norma culta o regionalismo fessô. 
e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado. 
 
Gabarito: a 
 
Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar. 
Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode 
“deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque 
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con- 
cluir que, por exemplo, ele esteja preocupado, ou timido, em 
função de estar de cabeça baixa. 
 
Comandos para Medir Conhecimentos gerais 
 
Tendo o texto como referência inicial... 
Considerando a amplitude do tema abordado no texto... 
Enfocando o assunto abordado no texto... 
 
Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de 
vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o 
conhecimento do candidato a respeito daquela matéria. 
 
Questões 
 
Texto para os itens de 1 a 11. 
 
Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, 
mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas 
 
regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- 
nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas 
5 nas profundezas dos mares. Por ironia, as noticias mais 
frequentes produzidas pelas pesquisas cientificas relatam 
não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, 
mas a alarmante escalada das agressões impingidas 
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do 
10 Greenpeace mostra que a concentração de material 
plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se- 
gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 
46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros 
quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que 
15 a substância já responde por 70% da poluição marinha 
por resíduos sólidos. 
 
Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). 
 
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a 
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. 
 
1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das 
mais conhecidas organizações não governamentais 
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na 
melhoria das condições de vida das populações mais 
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no 
setor secundário da economia. 
 
2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas- 
sa a ser visto como um dos principais responsáveis 
pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o 
movimento de conscientização das pessoas para que 
reduzam o consumo desse material. 
 
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- 
tifico que caracteriza a civilização contemporânea, é 
correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase 
nada da natureza resta para ser desvendado. 
 
4. A exploração cientifica da Antártida, que enfrenta enor- 
mes dificuldades naturais próprias da região, envolve 
a participação cooperativa de vários países, mas os 
elevados custos do empreendimento impedem que 
representantes sul-americanos atuem no projeto. 
 
5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas 
(ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação 
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da 
segurança internacional, também se volta para temas 
que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio 
ambiente. 
 
Gabarito: itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. 
 
Comandos para Medir Conhecimentos Linguísticos 
 
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue 
os itens. 
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. 
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos 
da norma culta. 
 
Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama- 
tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, 
sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência... 
 
Questões 
 
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os 
itens seguintes. 
6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís- 
tico “se” tem valor condicional. 
 
7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões 
mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma 
verbal “sabe” (l.2). 
 
8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para 
a informação original do período, ser substituída por 
profundas. 
 
9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos 
seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. 
 
10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos” 
justifica-se pela regência do termo “impingidas”. 
 
11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente 
“plástico” (l.11). 
 
Gabarito: itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos. 
 
Como Fazer Prova 
 
Normalmente, o candidato, no momento da prova, fica 
preocupado com o tempo, razão pela qual lê rapidamente 
o texto e vaidireto às perguntas. Evite tal conduta. O tempo 
gasto com a leitura bem feita é compensado na hora de 
responder às questões. 
Numa prova de vestibular ou concurso, não basta o 
conhecimento da matéria; é importante ter agilidade para 
adequar-se ao tempo permitido, por isso, se você ainda não 
tem uma técnica para resolver prova, experimente esta. 
 
1ª Leitura: leia duas vezes o texto e uma só vez cada 
item das questões. Esta primeira leitura é 
apenas para conhecer a prova e resolver o 
que estiver mais fácil. 
 
2ª Leitura: releia o texto uma só vez e duas vezes as 
alternativas não respondidas. Não perca 
tempo, resolva as que você sabe e deixe as 
outras para depois. 
 
3ª Leitura: é a vez das difíceis. Leia mais uma vez cada 
item ainda não respondido. Se sabe, respon- 
da; se não sabe, vá em frente, que o tempo 
é curto. 
 
Na hora de preencher o Cartão de Resposta: chute a 
resposta das questões não respondidas. Porém, se a questão 
errada descontar ponto, não chute. 
Aqui você vai ter muitas questões para treinar. Se quiser 
mais, conheça as apostilas Provas Comentadas de Língua 
Portuguesa. 
 
Erros Comuns de Leitura 
 
Extrapolação ou ampliação: a questão abrange mais do 
que o texto diz. 
O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es- 
tavam felizes. 
A questão diz: Os alunos estavam felizes. 
Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo 
que o de “alunos de um único colégio”. 
 
Redução ou limitação: a questão reduz a amplitude do 
que diz o texto. 
O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do 
jogo. 
A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do 
jogo. 
Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado 
que o de “muitos”. 
 
Contradição: a questão diz o contrário do que diz o texto. 
O texto disse: Maria é educada porque é inteligente. 
A questão diz: Maria é inteligente porque é educada. 
Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na 
questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica 
“inteligente”. 
 
Desvio ou Deturpação: 
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser 
considerada competente. 
A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi- 
derada competente. 
Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra- 
tação” e não a “funcionária”. 
 
Tipologia Textual 
 
narração ou história: texto que conta uma história, cur- 
tissima ou longa, tendo personagem, ação, espaço e tempo, 
mas o tempo tem de estar em desenvolvimento. 
Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As 
ações acontecem em sequência) 
 
Descrição ou retrato: 
1. Texto que mostra um ambiente. 
O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas 
escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os 
galhos das árvores e o capim absolutamente parados. 
 
2. Texto que mostra ações simultâneas. 
Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho- 
rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no 
mesmo momento, o tempo está parado) 
 
Dissertação ou ideias: texto construído não para con- 
tar história ou fazer um retrato, mas para desenvolver um 
raciocínio. 
É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de 
seu próprio medo. 
 
Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso 
é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina, 
ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito. 
 
Gêneros Literários (e Componentes) 
 
Crônica: texto curto dissertativo, comentando fato ou 
situação do momento. 
 
Parábola: história, em prosa ou verso, para transmitir 
ensinamento. Cristo falava por parábolas, como a do Filho 
Pródigo, a do Joio e do Trigo. 
 
Fábula: parábola curta que apresenta animais como per- 
sonagens. Famosas são as fábulas de Fedro, como A raposa 
e as uvas, O lobo e cordeiro... 
 
Apólogo: narrativa didática, em prosa ou verso, em que 
se animam e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo 
é o texto de Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha. 
Lenda: história com base em informações imaginárias. 
São lendários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça... 
 
anedota: história curta engraçada ou picante. 
 
Paródia: reescritura cômica de um texto: 
 
Texto motivador: Jingle bells, jingle bells, jingle all the 
way! 
 
Paródia: Dingo Bel, Dingo Bel, acabou o papel, 
Não faz mal, não faz mal, use o jornal... 
 
Paráfrase: texto sinônimo, de sentido semelhante a 
outro. 
 
Texto motivador: Teresa, mãe de João, comprou em 
Brasília agasalhos para frio. 
 
Paráfrase: A mãe de João ampliou seu guarda-roupa de 
inverno na capital do Brasil. 
 
Conto: história curta com poucos personagens em torno 
de um núcleo de ação. 
 
Novela: história mais longa que o conto e que também 
envolve só um núcleo de ação. 
 
Romance: história longa e complexa em que os persona- 
gens atuam em torno de vários núcleos de ação. As chamadas 
novelas de televisão literariamente são romances porque 
revezam vários núcleos temáticos, revezando também como 
protagonistas grupos diferentes de personagens. 
 
Epígrafe: inscrição que antecede um texto (no frontispí- 
cio de um livro, no início de um capítulo, de um poema, de 
uma crônica...). 
 
Título: EPICÉDIO III 
 
Epígrafe: À morte apressada de um amigo 
 
Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo 
Quanto apesar de meu letargo, e pejo, 
Me intentas persuadir, ó sombra muda, 
Que tudo ignora quem te não estuda. 
 
(Cláudio Manuel da Costa) 
 
Níveis de Fala (Tipos de Norma) 
 
Nível formal ou adloquial: as circunstâncias exigem do 
emissor postura concentrada e adequada a um grupo sofis- 
ticado de falantes. Tende ao uso da norma culta (também 
chamada de padrão, ou erudita), que se estuda nas gramá- 
ticas normativas. 
Por favor, entenda que seria importante para nós sua 
presença. 
 
Nível informal ou coloquial: o ambiente permite ao 
emissor uma postura mais à vontade, sem preocupações 
gramaticais. 
Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien- 
ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...) 
Na informalidade, a língua é usada na forma de cada 
região, profissão, esporte, gíria, internet... 
 
Nível vulgar: normalmente envolve uso de calão ou gíria. 
Oi, cara, pinta lá no pedaço. 
 
Baixo calão: é o nível das gírias pesadas e dos palavrões. 
Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra. 
 
Funções da Linguagem 
 
Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, 
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância 
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep- 
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual 
elemento está em destaque é definir a função da linguagem. 
 
Função Emotiva (ou Expressiva): predomina em impor- 
tância o emissor e é muito usada em textos líricos, amorosos, 
autobiográficos, testemunhais... Constitui uma característica 
de subjetividade. 
 
Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a 
gente (no sentido de “nós”). 
 
São índices desta função: 
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu 
Mariana chegar. nós vimos Mariana chegar. 
2. uso de exclamação – Mariana chegou! 
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou. 
 
Função Conativa (ou Apelativa): predomina em impor- 
tância o receptor e é frequente em linguagem de publicidade 
e de oratória. 
 
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós, 
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa... 
São índices desta função: 
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou? 
2. vocativo – Paulo, tu estás correto. 
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná. 
 
Função Referencial (ou Informativa): predomina em 
importância o referente e é empregada nos textos cientificos,jornalísticos, profissionais – correspondências oficiais, atas... 
É uma característica de objetividade. 
 
Referente: de que ou de quem se fala, representado por 
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por 
qualquer substantivo ou pronome substantivo de terceira 
pessoa. 
 
É índice desta função: 
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua 
Senhoria chegou. Quem chegou? 
 
Função Fática: predomina em importância o canal e 
normalmente aparece em trechos pequenos, dentro de 
outras funções. 
 
Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a 
atenção) que interliga emissor e receptor. 
 
Usa-se a função fática para: 
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... 
Alô, alô... 
2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai? 
Até logo. Certo ou errado? 
3. distrair a atenção do receptor – 
Ele: Onde você estava até esta hora? 
Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje 
sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele) 
 
Função Metalinguística: predomina o assunto “língua”, 
é o uso da língua para falar da própria língua. 
 
Língua: tipo de código usado na comunicação. 
 
Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re- 
dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem. 
 
Função Poética (ou Estética): predomina em importância 
a elaboração da mensagem. 
 
Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o 
que se diz. 
 
As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou 
minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes- 
mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos 
diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no 
receptor. 
A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela 
sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo 
quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido), 
ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por 
mais de uma dessas ou outras características. 
 
Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no 
texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante. 
No caso de um texto poético ou estético, as demais funções 
ocupam o segundo plano. 
 
tipos de Discurso 
 
Discurso Direto: reprodução exata da fala do personagem. 
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta. 
Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.” 
Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua 
resposta. 
 
Discurso Indireto: o narrador traduz a fala do persona- 
gem. 
Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta 
dele. 
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele. 
 
Discurso Indireto Livre: a fala do personagem se confun- 
de com a do narrador. 
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava 
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto... 
 
Discurso do narrador: é a fala de quem conta a história. 
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta. 
 
Monólogo: fala de um personagem consigo mesmo. 
Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no 
que acabei de ver”. 
 
Diálogo: conversa entre dois ou mais personagens. 
– Você devia ser mais suave na sua fala. 
– Vou tentar. 
 
Semântica 
 
Sema é unidade de significado. A palavra “garotas” tem 
três semas: 
1. garot é o radical e significa ser humano em formação; 
2. a é desinência e significa feminino; 
3. s é desinência e significa plural. 
 
Monossemia ou unissignificação: é o fato de uma ex- 
pressão ter no texto apenas um significado. 
 
Polissemia ou plurissignificação: é o fato de uma expres- 
são, no texto, ter múltiplos significados. 
 
Ambiguidade ou anfibologia: significa duplo sentido. 
 
Denotação: sentido objetivo da palavra – Teresa é 
agressiva. 
 
Conotação: sentido figurado da palavra – Teresa é um 
espinho. 
 
Campo Semântico: área de abrangência ou de interpe- 
netração de significado(s). 
Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo 
semântico do futebol. 
Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân- 
tico da música. 
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- 
mântico da aviação. 
 
Contexto: as palavras ou signos podem estar soltos ou con- 
textualizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que 
a palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, 
fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) e os 
dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada um dos 
sentidos (monossemia) ligado a um determinado contexto. 
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa- 
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada 
um desses contextos, a monossemia prevalece. 
Nos textos literários ou artisticos, ambiguidade e po- 
lissemia são valores positivos. O texto artistico pode ser 
considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo. 
Nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien- 
tificos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- 
guidade e a polissemia devem ser evitadas. 
 
Sinonímia: existência de palavras ou termos com signi- 
ficados convergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, 
brilho e luminosidade, branquear e alvejar... 
 
Antonímia: existência de palavras ou termos de sentidos 
opostos: claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo 
e feio... 
 
Homonímia: palavras iguais na escrita ou no som com 
sentidos diferentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal 
(pássaro), cardeal (principal)... 
 
Paronímia: palavras parecidas: eminência e iminência, 
vultoso e vultuoso... 
 
Qualidades do Texto 
 
Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades. 
A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, 
também, seu defeito, o oposto. 
Clareza 
 
Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente 
entendido. Obscuridade é o seu antônimo. 
 
Questões 
 
O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes 
o que o fez ficar triste. 
 
Assinale C para certo e E para errado. 
1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e 
objetiva. 
2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude 
do mau uso do pronome oblíquo “o”. 
3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu- 
ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a 
clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir 
a ambos, “o menino” e “seu pai”. 
4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez 
este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade, 
passando a significar que só o pai ficou triste. 
5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que 
fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção 
gramatical. 
6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que 
fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu- 
ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste, 
porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs- 
tantivo mais distante. 
 
Gabarito: itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados. 
 
Coerência 
 
Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em 
termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an- 
tônimo é ilogicidade, incoerência. 
 
Questões 
 
I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a 
uma, mostra-lhe suas qualidades. 
 
II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a 
uma, mostra-lhe seus defeitos. 
 
Assinale C para certo e E para errado. 
1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente. 
2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente. 
3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágra- 
fos. 
4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes. 
5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e 
coerente. 
6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca porincoerência. 
 
Gabarito: itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos. 
 
Concisão 
 
Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. 
O seu oposto é prolixidade. 
 
Questões 
 
I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no 
meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. 
 
II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e 
mos apresentou. 
 
Assinale C para certo e E para errado. 
1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informa- 
tivo. 
2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma 
vírgula e um ponto final). 
3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto 
final). 
4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para 
“e nos apresentou”. 
5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e 
direto, porque representa a fusão de dois pronomes 
oblíquos átonos (me + os). 
 
Gabarito: itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado. 
 
Correção Gramatical 
 
Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão 
gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a 
medir o conhecimento da norma culta (também chamada de 
erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem 
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, 
estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a 
essa norma culta. 
 
Questões 
 
I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. 
II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. 
Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. 
a) O texto I está correto em relação ao padrão popular 
regional e errado relativamente ao culto. 
b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e 
errado se a referência for o popular regional. 
 
Gabarito: ambas as afirmações estão corretas. 
 
Coesão e conectores 
 
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes 
de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos 
coesivos. Seu antônimo é incoesão ou desconexão. 
Coesão gramatical (ou coesão referencial endofórica) 
Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin- 
do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão 
referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das 
preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe- 
rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores: 
 
Nominalização: substantivo que retoma ideia de verbo 
anteriormente expresso. 
Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação 
lhes trouxe euforia. 
Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro- 
vados”. 
 
Pronominalização: pronome retomando ou antecipando 
substantivo. 
Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”. 
 
Repetição vocabular: repetição de palavra. 
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher. 
Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os 
substantivos “homem” e “mulher”. 
 
Sintetização: uso de expressão sintetizadora. 
Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos- 
tra o mundo. 
Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte- 
tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”. 
 
Uso de numerais: 
São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo 
sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não 
saber o que fala. 
Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e 
“terceira” retomam o cardinal “três”. 
 
Uso de advérbios: 
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar 
escondida a resposta. 
Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto 
de Raquel”. 
 
Elipse: omissão de termo facilmente identificável. 
Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos. 
Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o 
sujeito “nós” expresso na primeira oração. 
 
Sinonímia: palavras ou expressões de sentidos seme- 
lhantes. 
O extenso discurso se prolongou por mais de duas ho- 
ras. A peça de oratória cansativa foi responsável pelo 
desinteresse geral. 
Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex- 
pressão “discurso”. 
 
Hiperonímia: hiperônimo é palavra cujo sentido abrange 
o de outra(s). Roupa constitui hiperônimo em relação a 
calça, vestido, paletó, camisa, pijama, saia... 
Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. 
Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os 
substantivos anteriores. 
 
Hiponímia: hipônimo é palavra de sentido incluído no 
sentido de outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, 
bola de gude... são hipônimos de brinquedo. 
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o 
Flamengo se pronunciou. 
Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a 
palavra “times”. 
 
Anáfora: chama-se anafórico ao elemento de coesão 
que retoma algo já dito. 
 
O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, 
com temor. 
Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” 
e “cordeiro”. 
 
Catáfora: palavra ou expressão que antecipa o que vai 
ser dito. 
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. 
Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- 
mos comprometidos”. 
 
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- 
titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. 
 
Domínio dos mecanismos de coesão textual 
 
Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos 
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, 
colocação... 
 
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 coesões 
bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma padrão 
oficial. 
 
Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- 
sideração os mecanismos de coesão textual? 
1. a) O cavalo e o ganso e a ovelha andavam lado a lado; 
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela 
balia. 
b) O cavalo e o ganso andavam lado a lado; enquanto 
aquele relinchava, esse grasnava e esta balia. 
 
2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. 
b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. 
 
3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda 
parte. 
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda 
parte. 
 
4. a) Encontrei o artigo que você falou. 
b) Encontrei o artigo de que você falou. 
 
5. a) Foi essa a frase que você falou. 
b) Foi essa a frase de que você falou. 
 
6. a) Era uma situação que ele fugia. 
b) Era uma situação de que ele fugia. 
 
7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão. 
b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. 
 
8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido 
o dinheiro. 
b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon- 
dido o dinheiro. 
 
9. a) Veja o local onde você chegou. 
b) Veja o local aonde você chegou. 
 
10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos 
estão presentes. 
b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão 
presentes. 
 
Gabarito: 
1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis- 
tante; esse, para o intermediário; este, para o mais 
próximo. 
2. e. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai 
falar; esse, ao que já foi dito. 
3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai 
falar; esse, ao que já foi dito. 
4. b (falar de um artigo). 
5. a (falar uma frase). 
6. b (fugir de algo). 
7. b (falta coesão a algo). 
8. a (o dinheiro estava escondido no quarto). 
9. b (você chegou a um local). 
10. b (cujo não vem seguido de artigo). 
 
Outros Conceitos 
 
Barbarismo 
 
Erro no uso de uma palavra. 
1. Erro de pronúncia ou grafia: Ele é adevogado e co- 
nhece o pograma. 
2. Erro de flexão: Eu reavi os leitães. (O certo é reouve 
os leitões) 
3. Troca de sentido: tráfico x tráfego, estrutura x esta- 
tura, ascendente x descendente... 
 
Cacofonia 
 
Som desagradável ou ambíguo. 
Meusafetos por ti são (tição). Louca dela (cadela), por 
não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor. 
 
Eco ou Colisão 
 
Rima na prosa. 
Depois da primeira porteira, encontrou a costureira 
descendo a ladeira da goiabeira. 
 
Estrangeirismo 
 
Uso de palavras ou expressões estrangeiras. 
Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche, 
front-light... 
 
Solecismo 
 
Erro sintático. 
1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede- 
ceu o pai. 
2. De concordância: Nós vai... A gente pensamos... As 
menina... 
 
Arcaísmo 
 
Uso de palavras ou expressões antigas. 
Palavras adrede escolhidas (especialmente). Brincavam 
de trocar piparotes (petelecos). 
 
Neologismo 
 
Palavra recém-inventada. 
– O que ele está fazendo? 
– Ah! Deve estar internetando. 
 
Preciosismo 
 
Preocupação exagerada com a construção do texto. 
 
Figuras de Linguagem 
 
Figuras de Pensamento 
 
São as figuras que atuam no campo do significado. 
 
Antitese: aproximação de ideias opostas – O belo e o feio 
podem ser agressivos ou não. 
 
Paradoxo: aparente contradição – Esta sua tia é uma 
beleza de feiura. 
 
Ironia: afirmação do contrário – O animal estava limpo, 
com os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! 
 
Eufemismo: suavização do desagradável – Passou desta 
para a melhor (= morreu). 
 
Hipérbole: exagero – Já repeti cem mil vezes. 
 
Perífrase: substituição de uma expressão mais curta 
por uma mais longa e pode ser estilisticamente negativa ou 
positiva, dependendo do contexto. 
 
Texto: Apoio sinceramente sua decisão. 
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você 
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros 
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações. 
 
Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala- 
vras em vez de uma: 
titular da presidência (= presidente); a região das mil e 
uma noites (= Arábia) 
 
Figuras de Sintaxe 
 
São as figuras relacionadas à construção da frase. 
 
Elipse: omissão de termo facilmente identificável – (eu) 
cheguei, (nós) chegamos. 
 
Hipérbato: inversão da frase – Para o pátio correram 
todos. 
 
Pleonasmo vicioso: repetição desnecessária de ideia – 
Chutou com o pé, roeu com os dentes, saiu para fora, lustro 
de cinco anos... 
 
Pleonasmo estilístico: A mim, não me falaste. Aos pais, 
lhes respondi que... 
 
Assíndeto: ausência de conjunção coordenativa – Che- 
gou, olhou, sorriu, sentou. 
 
Polissíndeto: repetição de conjunção coordenativa – 
Chegou, e olhou, e sorriu, e sentou. 
 
gradação: sequência de dados em crescendo – Balbu- 
ciou, sussurrou, falou, gritou... 
 
Silepse: concordância com a ideia, não com a palavra. 
Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado? 
Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran- 
quilamente. 
 
Silepse de Pessoa: todos deveis estar atentos. 
 
Figuras de Sonoridade 
 
São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das 
palavras. 
Aliteração: repetição de sons consonantais próximos – 
“Gil engendra em Gil rouxinol” 
(Caetano Veloso) 
 
assonância: repetição de sons vocálicos próximos – 
Cunhã poranga na manhã louçã. 
 
Onomatopeia: tentativa de imitação do som – coxixo, 
tique-taque, zum-zum, miau... 
 
Paronomásia ou trocadilho – Contudo... ele está com 
tudo. 
 
Tropos (Uso do Sentido Figurado ou Conotação) 
 
Comparação ou Analogia: relação de semelhança explí- 
cita sintaticamente. 
Ele voltou da praia parecendo um peru assado. 
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim. 
Corria como uma lebre assustada. 
Sua voz é igual ao som de panela rachada. 
 
Metáfora: relação de semelhança subentendida, sem 
conjunção ou palavra comparativa. 
Voltou da praia um peru assado. 
A sua Tereza é a minha Júlia. 
Correndo, ele era uma lebre assustada. 
Sua voz era uma panela rachada. 
 
Metonímia: relação de extensão de significado, não de 
semelhança. 
Continente x conteúdo 
Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não copo) 
 
Origem x produto 
Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) 
 
Causa x efeito 
Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda) 
 
Autor x obra 
Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música) 
 
Abstrato x concreto 
Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em 
Veneza) 
 
Símbolo x simbolizado 
A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas) 
 
Instrumento x artista 
O cavaquinho foi a grande atração. (O artista) 
Parte x todo 
Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) 
 
Catacrese: metáfora estratificada, que já faz parte do 
uso comum. 
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de 
bule, pé de limão... 
 
Prosopopeia ou Personificação: 
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras 
sussurravam aos nossos ouvidos. 
8. os direitos políticos de José Orfeu. (caçaram 
- cassaram) 
9. Ele perdeu seu político. (mandado - mandato) 
10. O criminoso foi apanhado em . (flagrante 
- fragrante). 
11. Os surdos não conseguem música e baru- 
lho. (descriminar - discriminar). 
12. É intensa a campanha para o aborto. (des- 
criminar - discriminar) 
13. O político foi de subversivo. (tachado - 
taxado) 
 14. O estacionamento não era naquele pré- 
 
Significação das Palavras 
 dio. (tachado - taxado) 
15. O professor metáfora e metonímia. (deferiu 
- diferiu) 
16. O secretário o pedido do aluno. (deferiu 
Emprego de Expressões, Homônimos, Parônimos, 
Sinônimos e antônimos 
Denotação consiste no sentido real, exato, dicionarizado. 
O homem tinha dez mil animais. 
 
Conotação consiste no sentido figurado, literário, ima- 
ginário. 
O homem tinha dez mil cabeças de gado. 
 
Homônimos são palavras com escrita igual e ou pronún- 
cia igual, mas sentidos diferentes. 
A sede(ê) x a sede(é) 
sessão x cessão x seção 
 
Parônimos são palavras com escrita semelhante, com 
- diferiu) 
17. Chegou à cidade um conferencista. 
(eminente - iminente) 
18. O edital do concurso é . Pode sair a qualquer 
hora. (eminente - iminente) 
19. Aquele homem a “lei seca”. (infringiu - 
infligiu) 
20. O delegado -lhe uma dura pena. (infringiu - 
infligiu) 
21. A escolha do candidato os prognósticos 
do partido. (retificou - ratificou) 
22. O comentário do professor os erros do es- 
tudante. (retificou - ratificou) 
23. A mensagem do autor ficou . (subtendida - 
subentendida) 
24. Com maior valor do dólar, os produtores podem 
sentidos diferentes. mais lucros. (auferir - aferir) 
infringir = desobedecer 
inflingir = aplicar, impor 
depercebido = não foi notado 
desapercebido = não preparado, desprevenido 
 
Sinônimos são palavras diferentes com sentidos seme- 
lhantes. 
cachorro / cão 
cotidiano / dia a dia 
 
antônimos são palavras diferentes com sentidos opostos. 
claro / escuro 
alto / baixo 
feio / bonito 
 
EXERCíCIOS 
Complete as lacunas com a palavra adequada. 
1. O fato passou . (despercebido - de- 
sapercebido). 
2. O projeto novo não era conhecido do diretor 
 . (despercebido - desapercebido) 
3. Os bancos transacionam somas . (vul- 
tuosas - vultosas) 
4. Hoje a de trabalho se encerra às quatro. (ses- 
são - seção - cessão - secção) 
5. Encaminharemos à de Normas Técnicas esse 
texto. (sessão - seção - cessão - secção) 
6. O governo efetivou a de auxílio-gás. (sessão - 
seção - cessão - secção) 
7. Foi feita uma pequena para introduzir o ca- 
teter. (sessão - seção - cessão - secção) 
25. Os técnicos do Inmetro vão a balança. 
(auferir - aferir) 
26. É verdade que, , a inflação deixou de inco- 
modar. (em princípio - a princípio) 
27. É verdade que,, a reunião demorou a co- 
meçar. (em princípio - a princípio) 
28. Todos trabalharam obter reconhecimento. 
(a fim de - afim) 
29. Priscila e Ana têm uma preocupação (a fim 
de - afim) 
30. Obteremos lucro apenas rigoroso controle. 
(através de - por meio de) 
 
Gabarito 
 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
15. 
16. 
17. 
despercebido 
desapercebido 
vultosas 
sessão 
seção 
cessão 
secção 
Cassaram 
mandato 
flagrante 
discriminar 
descriminar 
tachado 
taxado 
diferiu 
deferiu 
eminente 
18. iminente 
19. infringiu 
20. infligiu 
21. ratificou 
22. retificou 
23. subentendida 
24. auferir 
25. aferir 
26. em princípio 
27. a princípio 
28. a fim de 
29. afim 
30. por meio de 
Sintaxe do Período 
 
Relações morfossintáticas e semânticas no 
período composto 
Período Composto por Coordenação 
 
No período composto por coordenação, as orações re- 
cebem o nome de orações coordenadas e podem ser assin- 
déticas ou sindéticas. 
• São assindéticas quando não são introduzidas por co- 
nectivos (conjunções). 
• São sindéticas quando são introduzidas por conectivos 
(conjunções). 
 
Observe: 
No período: 
Compramos, vendemos, fazemos qualquer negócio. 
Há quatro orações coordenadas e todas assindéticas. 
 
Porém no período: 
As casas estavam fechadas e as ruas desertas. 
Há duas orações coordenadas, sendo a primeira assin- 
dética e a segunda sindética. 
 
As orações coordenadas sintédicas podem ser: 
 
1. Orações coordenadas sindéticas aditivas 
Quando simplesmente ligadas à anterior, sendo introdu- 
zidas por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas 
aditivas, que são: e, nem, e não, mas também, bem como, 
também etc. 
Ele não toma uma atitude nem nos apoia. 
A casa foi vendida e o carro trocado. 
Ele comprou o carro e não comprou a casa. 
 
2. Orações coordenadas sindéticas adversativas 
Quando o seu sentido se opõe ao da anterior, sendo in- 
troduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas coorde- 
nativas adversativas, que são: mas, porém, todavia, contudo, 
entretanto, no entanto, não obstante etc. 
Queremos lutar, mas ninguém nos apoia. 
Estou estudando, porém preciso parar. 
Ele estudou, contudo não passou. 
 
3. Orações coordenadas sindéticas alternativas 
Quando têm significados que se excluem (ou um ou ou- 
tro), sendo introduzidas por conjunções ou locuções conjun- 
tivas coordenativas alternativas, que são: ou, ou... ou, já... 
já, ora... ora, seja... seja, quer... quer etc. 
Ou ele resolve tudo, ou tenho de ir eu mesmo. 
Quer estude, quer trabalhe, ele não muda. 
Esta terra é assim mesmo, ora chove, ora faz sol. 
 
4. Orações coordenadas sindéticas conclusivas 
Quando exprimem uma conclusão, sendo introduzidas 
por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas con- 
clusivas, que são: logo, portanto, então, por isso, por con- 
seguinte, pois (depois do verbo) etc. 
Houve algum engano, por isso vamos verificar. 
Ele estudou muito, logo venceu na vida. 
Ele pagou seus compromissos, então merece crédito. 
 
5. Orações coordenadas sindéticas explicativas 
Quando encerram uma explicação daquilo que vem ex- 
presso na anterior, sendo introduzidas por conjunções ou 
locuções conjuntivas coordenativas explicativas, que são: 
pois (antes do verbo), que, porque, por quanto etc. 
Saia logo, pois já são nove horas. 
Ele está lutando, pois precisa vencer. 
Não a prejudique, porque ela é doente. 
 
EXERCíCIOS 
 
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir, 
em relação às orações sublinhadas: 
(A) para oração coordenada assindética. 
(B) para oração coordenada sindética adversativa. 
(C) para oração coordenada sindética aditiva. 
(D) para oração coordenada sindética alternativa. 
(E) para oração coordenada sindética explicativa. 
(F) para oração coordenada sindética conclusiva. 
 
1. ( ) O vaqueiro do Sul ou está cavalgando ou está par- 
ticipando de corrida. 
2. ( ) Havia muita gente na sala, mas ninguém socorreu 
a vítima. 
3. ( ) O vaqueiro no Norte conhece bem os seus espaços, 
pois nasceu nas caatingas. 
4. ( ) Ele devia estar muito enfraquecido, pois desmaiou. 
5. ( ) O trabalho do vaqueiro é duro, portanto ele tem de 
ser um homem forte. 
6. ( ) Você vem comigo, ou vai-se embora com eles? 
7. ( ) Telefonei-lhe ontem, mas você tinha saído. 
8. ( ) Meus amigos, o verdadeiro homem não foge, en- 
frenta tudo. 
9. ( ) Ele foi a São Paulo de automóvel e voltou de avião. 
10. ( ) Passou a noite, veio o novo dia e ele continuava 
dormindo. 
11. ( ) Você não estuda, portanto não passará de ano. 
12. ( ) Tudo parecia difícil, mas ela não reclamava, nem 
perdia o ânimo. 
13. ( ) Havia problemas, mas ninguém tentava resolvê-los. 
14. ( ) Ninguém nos atendeu; ou estavam dormindo, ou 
tinham saído. 
15. ( ) Não perturbes teu pai, que ele está trabalhando. 
16. ( ) Nós o prevenimos; portanto ele acautelou-se. 
17. ( ) Ele não só me atrapalha, como também me preju- 
dica. 
18. ( ) Nós o prevenimos, mas ele descuidou-se. 
19. ( ) Vocês sentem-se prejudicados; ninguém, no entan- 
to, protesta. 
20. ( ) Certamente ele acautelou-se, pois nós o prevenimos. 
21. ( ) Tudo já está terminado, portanto vamo-nos embora. 
22. ( ) Provavelmente seremos punidos, porque transgre- 
dimos a lei. 
23. ( ) O professor não veio; logo não haverá aula. 
24. ( ) Transgredimos a lei, logo seremos punidos. 
25. ( ) Você se diz meu amigo, todavia nem sempre o en- 
tendo. 
 
 
gabarito 
1. D 8. A 15. E 22. E 
2. B 9. C 16. F 23. F 
3. E 10. A 17. C 24. A 
4. E 11. F 18. B 25. B 
5. F 12. B 19. B 
6. D 13. A 20. E 
7. B 14. D 21. F 
 
Período composto por subordinação 
 
Vimos no período composto por coordenação que as 
orações são independentes, não havendo nenhuma ligação 
de subordinação entre elas, ou seja, uma principal e uma, 
ou várias subordinadas. 
Quanto ao período composto por subordinação, haverá 
uma espécie de dependência entre elas, havendo é claro, 
uma principal e uma ou mais subordinadas. 
As orações de um período composto por subordinação 
podem ser. 
• substantivas 
• adjetivas 
• adverbiais 
 
• Orações Subordinadas Substantivas 
 
As orações subordinadas substantivas, além de desempe- 
nharem as funções de substantivo, desempenham também 
as funções dos elementos de um período simples, ou seja: 
a) Sujeito – oração subordinada substantiva subjetiva 
Desempenha a função de sujeito da oração principal. 
Veja: 
Período simples: 
É necessário a morte do peru. 
(sujeito) 
Período composto: 
É necessário que o peru morra. 
(oração subordinada substantiva subjetiva) 
 
b) Objeto direto – oração subordinada substantiva ob- 
jetiva direta 
Desempenha a função de objeto direto da oração prin- 
cipal. 
Veja: 
Período simples: 
Eu quero a tua colaboração. 
(objeto direto) 
Período composto: 
Eu quero que tu colabores. 
(oração subordinada substantiva objetiva direta) 
 
c) Objeto indireto – oração subordinada substantiva 
objetiva indireta 
Desempenha a função de objeto indireto da oração 
principal. 
Veja: 
Período simples: 
Eu preciso de tua colaboração. 
(objeto indireto) 
Período composto: 
Eu preciso de que tu colabores. 
(oração subordinada substantiva objetiva indireta) 
 
d) Complemento nominal – oração subordinada subs- 
tantiva completiva nominal 
Desempenha a função de complemento nominal da 
oração principal. 
Veja: 
Período simples: 
Sou favorável à execução da fera. 
(complemento nominal) 
Período composto: 
Sou favorável a que executem a fera. 
(oração subordinada substantiva completiva nominal) 
 
e) Predicativo – oração subordinada substantiva pre- 
dicativa 
Desempenhaa função de predicativo do sujeito da ora- 
ção principal. 
Período simples: 
Meu desejo é a vossa felicidade. 
(predicativo do sujeito) 
Período composto: 
Meu desejo é que sejais feliz. 
(oração subordinada substantiva predicativa) 
f) Aposto – oração subordinada substantiva apositiva 
Desempenha a função de aposto da oração principal. 
Veja: 
Período simples: 
Só quero uma coisa: a tua absolvição. 
(aposto) 
Período composto: 
Só quero uma coisa: que sejais absolvido. 
(oração subordinada substantiva apositiva) 
 
Observação: 
Você deve ter notado que as orações subordinadas subs- 
tantivas começaram todas por: 
• Conjunção integrante: que ou se 
Todavia podem também ser introduzidas por: 
• Advérbio interrogativo: por que? onde? quando? 
como? 
• Pronomes interrogativos: que? quem? qual? quanto? 
• Pronomes indefinidos: quem? quantos? 
 
EXERCíCIOS 
 
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir, 
analisando o que estiver sublinhado. 
(OSSSU) para oração subordinada substantiva subjetiva. 
(OSSSOD) para oração subordinada substantiva objetiva di- 
reta. 
(OSSSOI) para oração subordinada substantiva objetiva in- 
direta. 
(OSSSPR) para oração subordinada substantiva predicativa. 
(OSSSAP) para oração subordinada substantiva apositiva. 
(OSSSCN) para oração subordinada substantiva completava 
nominal. 
1. ( ) Ali, bem ali, esperávamos que os balões caíssem. 
2. ( ) É necessário que você colabore. 
3. ( ) Alberto disse que não morava na cidade. 
4. ( ) Ficamos à espera de que o barco se aproximasse. 
5. ( ) Somos gratos a quem nos ajuda. 
6. ( ) Reconheço-lhe uma qualidade: você é sincera. 
7. ( ) O sonho do pai era que o filho se formasse. 
8. ( ) Convém que te justifiques. 
9. ( ) Está provado que esta doença já tem cura. 
10. ( ) Roberto era quem mais reclamava. 
 
11. No período: “Que conversassem de amores, é possível”. 
A primeira oração classifica-se como: 
a) subordinada substantiva predicativa. 
b) subordinada substantiva apositiva. 
c) subordinada substantiva subjetiva. 
d) subordinada substantiva objetiva direta. 
e) Principal. 
 
12. A oração sublinhada em: “Não permita Deus que eu 
morra...” tem: 
Valor de função sintática de 
a) adjetivo objeto direto 
b) substantivo sujeito 
c) advérbio adjunto adverbial 
d) substantivo objeto direto 
e) adjetivo sujeito 
 
13. Observe as orações sublinhadas nos períodos seguintes: 
I – Era necessário que Tistu compreendesse. 
II – Todos esperavam que vencêssemos. 
III – Tistu precisava de que o ajudassem. 
 
São respectivamente: 
a) objetiva direta, objetiva direta e subjetiva. 
b) subjetiva, objetiva direta e objetiva indireta. 
c) subjetiva, subjetiva e completiva nominal. 
d) predicativa, completiva nominal e subjetiva. 
e) subjetiva, objetiva indireta e objetiva direta. 
 
14. Numere corretamente, de acordo com a classificação 
das orações subordinadas substantivas: 
(1) Subjetiva 
(2) Objetiva direta 
(3) Objetiva indireta 
(4) Predicativa 
(5) Completiva nominal 
(6) Apositiva 
 
( ) Fabiano viu que tudo estava perdido. 
( ) O seu desespero era que os bichos se finavam. 
( ) Era preciso que chovesse. 
( ) Tudo dependia de que Deus fizesse um milagre. 
( ) Eles só esperavam uma coisa: que chovesse. 
( ) Sinhá Vitória fez referência a que Fabiano a acom- 
panhasse. 
 
Assinale a sequência obtida: 
a) 2 – 4 – 1 – 3 – 6 – 5 
b) 2 – 4 – 3 – 1 – 5 – 6 
c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 
d) 2 – 4 – 1 – 6 – 5 – 3 
 
gabarito 
 
 
• Orações Subordinadas Adjetivas 
 
A oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor 
de um adjetivo e funciona como adjunto adnominal de um 
termo que a antecede. Observe: 
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase co- 
movente. 
A palavra sublinhada funciona como adjunto adnominal 
da palavra frase. 
 
Veja agora a substituição: 
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase que 
me comoveu. 
O termo sublinhado, que substitui a palavra comovente 
da oração, recebe o nome de oração subordinada adjetiva, 
e está sendo introduzida pelo pronome relativo que. 
 
Veja outros exemplos: 
Restavam-se as conversas interrompidas à noite. 
Restavam-se as conversas que eraminterrompidas à noite. 
Algumas fábricas liberam gases prejudiciais à saúde. 
Algumas fábricas liberam gases que prejudicam à saúde. 
As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por um 
pronome relativo (que, quem, qual, cujo, onde, quando). 
Que: Mulher que muito se mira, pouco fiado tira. 
Quem: Sou eu quem perde. 
 
Observação: 
Para analisar orações em que entre o relativo quem, é 
necessário desdobrá-lo em: aquele que. 
Qual: Dê-me o troco do dinheiro com o qual você pagou 
a entrada. 
Cujo: Xadrez é um jogo cujas regras nunca entendi. 
Onde: Conheço a rua onde mora o professor. 
 
Observação: 
Onde = em que 
Quanto: Tudo quanto existe é obra divina. 
 
A oração subordinada adjetiva pode ser: 
 
Restritiva ou Explicativa 
 
É restritiva quando restringe ou limita o sentido do nome 
ou pronome a que se refere. A qualidade ou propriedade 
expressa pela oração subordinada adjetiva, nesses casos, não 
é intrínseca, não é essencial ao nome ou pronome a que se 
reporta a oração. 
O homem que crê, nunca se desespera. 
Oração principal: O homem nunca se desespera. 
Oração subordinada adjetiva: que crê. 
Justificativa: Nem todo homem crê. 
Logo, a crença não é qualidade comum a todos os ho- 
mens. 
 
A oração restringe ou limita o sentido do termo homem, 
pois o autor refere-se somente ao homem que crê, e não a 
todo e qualquer homem. 
 
É explicativa quando exprime uma qualidade inerente, 
essencial ao nome com que se relaciona. 
O homem, que é mortal, tem no túmulo o epílogo da vida. 
Oração principal: O homem tem no túmulo o epílogo da 
vida. 
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é mortal. 
Justificativa: todo homem é mortal. 
Logo, a morte é inerente à natureza do homem. 
 
Os exemplos apresentados revelam-nos que a adjetiva 
restritiva é indispensável ao sentido do período, enquanto 
que a adjetiva explicativa pode ser retirada do período sem 
prejudicar o sentido. A adjetiva explicativa vem sempre en- 
tre vírgulas e as restritivas aceitam vírgulas apenas, onde 
terminam. 
 
Importante: 
Se, no entanto, as palavras: quem, qual, onde, quan- 
to, quando e como figuram na oração, sem antecedente 
expresso, as orações por eles introduzidas não mais serão 
adjetivas, mas sim, subjetivas. 
Exemplifiquemos comparando adjetivas com subjetivas: 
Conheço a rua onde mora o professor. 
Antecedente expresso: rua 
Or. sub. adj. restr.: onde mora o professor 
 
Diga-me onde mora o professor. 
oração sub. sub. ob. direta 
 
Ficamos admirados todos quantos o viram. 
Antecedente expresso: todos 
Or. sub. adj. restr.: quantos o viram 
 
Veja quanto pode emprestar-me. 
or. sub. sub. obj. direta 
1. O
D 
2. SU 
3. O
D 
4. CN 
5. CN 
6. AP 
7. PR 
8. SU 
9. SU 
10. P
R 
11. c 
12. d 
13. b 
14. a 
 
Oração Subordinada Adjetiva 
 
1. Restritiva 
 
Características 
a) Restringe a significação do substantivo ou do pronome 
antecedente . 
b) É indispensável ao sentido da frase. 
c) Não se separa por vírgula da oração principal. 
O livro que ela lia era a loucura do homem agoniado. 
 
2. Explicativa 
 
Características 
a) Acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente. 
b) É dispensável ao sentido da frase. 
c) Vem separada por vírgulas da oração principal. 
Jorge de Lima, que foi um poeta da segunda fase, do 
Modernismo brasileiro, escreveu uma obra junto com 
Murilo Mendes. 
 
EXERCíCIOS 
Coloque nos parênteses que precedem os períodos seguin- 
tes, em relação à oração que estiver sublinhada.(R) para oração subordinada adjetiva restritiva. 
(E) para oração subordinada adjetiva explicativa. 
 
1. ( ) Os alunos que chegarem atrasados serão advertidos. 
2. ( ) A vida, que é curta, deve ser bem aproveitada. 
3. ( ) A perseverança, que a marca dos fortes, leva a su- 
cessos na vida. 
4. ( ) Quero somente as fotos que saírem perfeitas. 
5. ( ) Pedra que rola fica lisa. 
6. ( ) O carro que bateu vinha a mais de oitenta. 
7. ( ) O Amazonas, que é o maior rio do mundo em vo- 
lume d’água, nasce nos Andes. 
8. ( ) O cavalo que ganhou o grande prêmio Brasil chama- 
-se Sun Set. 
9. ( ) Os carros que não tiverem placa serão multados. 
10. ( ) O homem, que é um ser mortal, tem uma missão 
sobre a terra. 
11. ( ) A lua, que é um satélite da terra, recebe a luz solar. 
12. ( ) Onegro queestáfaminto precisa de cuidados especiais. 
13. ( ) A vida, que é boa, deve ser aproveitada. 
14. ( ) Ali fica o consultório que pertence a meu amigo. 
15. ( ) As justificativas, que escutei, são do pobre coitado. 
16. ( ) Ontem vi o amigo que vai viajar comigo. 
17. ( ) O médico, que está a serviço do povo, atendeu a 
um chamado. 
18. ( ) Era um homem que tinha muita coragem. 
19. ( ) O médico prestou favores que não podem ser esti- 
mados. 
20. ( ) É deliciosa a sensação inusitada que senti. 
21. ( ) Ontem examinei a senhora gorda que está diabética. 
22. ( ) O cliente que chegar atrasado será advertido. 
23. ( ) O médico que ajudou o preto chama-se Jamur. 
24. ( ) O Rio de Janeiro, que é a cidade rica em belezas 
naturais, é hospitaleira. 
25. ( ) O homem que desmaiou vinha mal intencionado. 
 
gabaRItO 
• Orações Subordinadas Adverbiais 
 
Além das orações subordinadas substantivas e adjeti- 
vas, existem as adverbiais, que exercem a função de adjunto 
adverbial, ou seja, funcionam como adjunto adverbial de 
outras orações e vêm, normalmente, introduzidas por uma 
conjunção subordinativa (com exceção das integrantes). 
São classificadas de acordo com a conjunção ou locução 
conjuntiva que as introduz. 
1) Causal 
Indica a causa da ação expressa pelo verbo da oração 
principal. As principais conjunções introdutoras são: porque, 
visto que, já que, uma vez que, como. 
Só não morri à míngua, porque o povo daqui me socorreu. 
 
2) Comparativa 
Estabelece uma comparação com a ação indicada pelo 
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- 
toras são: que e do que (precedidos do mais, menos, melhor, 
pior, maior, menor), como. 
Obs.: frequentemente, omite-se nas comparativas o ver- 
bo da oração subordinada. 
Ela é tão bela como uma flor. 
 
3) Concessiva 
Indica uma concessão às ações do verbo da oração prin- 
cipal. Isto é, admite uma contradição ou um fato inesperado. 
As principais conjunções introdutoras são: embora, a menos 
que, se bem que, ainda que, contanto etc. 
Fiz a prova, embora tivesse chegado atrasado. 
 
4) Condicional 
Indica a situação necessária à ocorrência da ação do 
verbo da oração principal. As principais conjunções condi- 
cionais que as introduzem são: se, salvo se, exceto, desde 
que, contanto que, sem que. 
Só irei com vocês, se me pagarem a passagem. 
 
5) Conformativa 
Indica uma conformidade entre o fato que expressa e a 
ação do verbo da oração principal. As principais conjunções 
introdutórias são: como, consoante, segundo, conforme. 
Como havíamos previsto, a festa esteve ótima. 
 
6) Consecutiva 
Indica a consequência resultante da ação do verbo da 
oração principal. As principais conjunções introdutórias são: 
(tão)... que, (tanto) ... que, (tamanho)... que etc. 
Tremia tanto, que mal podia andar. 
 
7) Final 
Indica o fim, o objetivo a que se destina o verbo da oração 
principal. As principais conjunções que as introduzem são: 
para que, afim de que, (= para que). 
Fiz-lhe sinal, para que viesse. 
 
8) Proporcional 
Indica uma relação de proporcionalidade com o verbo 
da oração principal. As principais conjunções introdutoras 
são: à medida que, enquanto, quanto mais... mais, quanto 
mais... menos, à proporção que. 
À medida que caminhávamos, víamos aparecer a casa. 
 
1) 
Indica a circunstância de tempo em que ocorre a ação do 
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- 
 
1. R 6. R 11. E 16. R 21. R 
2. E 7. E 12. R 17. E 22. R 
3. E 8. R 13. E 18. R 23. R 
4. R 9. R 14. R 19. R 24. E 
5. R 10. E 15. E 20. R 25. R 
 
toras são: antes que, quando, assim que, logo que, até que, 
depois que, mal, apenas. 
Assim que deu o sinal, os alunos saíram. 
 
EXERCíCIOS 
1. são cabelos crescendo como 
rios” (JCMN). 
A oração sublinhada é classificada como: 
a) va. 
b) 
c) orcional. 
d) tiva. 
 
2. 
“... delas se emite um canto 
de uma tal continuidade 
que continua cantando (1) 
se deixa de ouvi-lo a gente; 
como a gente às vezes canta (2) 
para sentir-se existente” (3) 
(J.C.M.N.) 
 
Temos nos versos (1), (2) e (3) sublinhados, respectiva- 
mente, orações subordinadas adverbiais: 
a) tiva – final. 
b) comparativa. 
c) ativa – final. 
d) va – final. 
 
3. Deus que eu morra sem que eu volte para lá”. 
(Gonçalves Dias) 
A oração subordinada adverbial deve ser classifica como: 
a) 
b) 
c) 
d) 
 
4. pouca gente presente, a reu- nião foi suspensa”. 
A oração destacada apresenta uma circunstância de: 
a) 
b) 
c) 
d) 
 
5. eses que precedem os períodos abaixo, em relação 
às orações subordinadas adverbiais sublinhadas: 
(1) para causal 
(2) para comparativa 
(3) para concessiva 
(4) para condicional 
(5) para conformativa 
(6) para consecutiva 
(7) para final 
(8) para proporcional 
(9) para temporal 
 
a) ( ) À medida que o trem se aproximava, o barulho 
aumentava. 
b) ( ) Ele agia, como devia. 
c) ( ) Nada farei, sem que me auxilies. 
d) ( ) Leem, como analfabetos. 
e) ( ) Sempre que posso, leio alguma coisa. 
f) ( ) Ainda que as estatisticas comprovem, não acre- 
dito no que dizem. 
g) ( ) A inflação está tão acelerada, que os preços dos 
gêneros alimenticios aumentam diariamente. 
h) ( ) Os preços dos gêneros alimenticios aumentam 
diariamente, porque a inflação está acelerada. 
i) ( ) Semeie hoje, para que colha bons frutos amanhã. 
j) ( ) Os deveres tomam-se agradáveis, se os cumpri- 
mos com boa vontade. 
k) ( ) Os outros nos tratam, conforme os tratamos. 
l) ( ) À proporção que lemos, vamos adquirindo mais 
cultura. 
m) ( ) Só valorizamos certas coisas, quando as perdemos. 
n) ( ) Tanto vai o vaso à fonte, que um dia se rompe. 
o) ( ) O amor só floresce, se o regarmos com muito 
carinho. 
p) ( ) O silêncio pode comunicar tanto, quantoa palavra. 
q) ( ) Habituai-vos a obedecer, para aprender a mandar 
(R.R.) 
r) ( ) Se eu não fosse imperador, desejaria ser profes- 
sor (D. Pedro II) 
s) ( ) Os olhos nunca enganam; nem mesmo quando 
pretendem enganar. 
t) ( ) Se os espelhos falassem, haveria menos gente 
diante deles. 
 
gabarito 
 
1. d c) 4 i) 7 o) 4 
2. a d) 2 j) 4 p) 2 
3. c e) 9 k) 5 q) 7 
4. c f) 3 l) 8 r) 4 
5. a) 8 g) 6 m) 9 s) 9 
b) 5 h) 1 n) 6 t) 4 
 
EXERCíCIOS 
(MMA) Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão 
de brasileiros no ano passado. O medo faz parte da rotina 
de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis, 
que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, 
receosos de serem detidos e repatriados. 
1. O uso das vírgulas justifica-se por isolar oração subor- 
dinada adjetiva restritiva. 
 
(MMA/Analista) Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao 
mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombusti- 
vel, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer propor- 
ção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos 
na sua permanência no mercado pormuito tempo. 
2. A vírgula após “bicombustivel” isola oração subordinada 
adjetiva explicativa. 
 
(MPE-RR/Atendente) Os Estados Unidos da América (EUA), 
que desde a última década vinham relegando para um segun- 
do plano esforços direcionados à conservação de energia – os 
carros grandes têm hoje maior participação relativa, no total 
da frota norte-americana, que a registrada antes do primeiro 
choque do petróleo, em 1973/1974 –, até estabeleceram me- 
tas ambiciosas de redução do consumo de óleo no setor de 
transportes, contando com expressiva produção de etanol. 
3. A vírgula empregada após “transportes” isola oração 
adjetiva restritiva. 
 
(MRE/Assistente de chancelaria) Segundo o ex-assessor es- 
pecial de Lula, Frei Betto, que chegou recentemente de Cuba, 
onde esteve com Raúl Castro, de quem é amigo pessoal, os 
cubanos fazem sérias ressalvas ao processo chinês, exata- 
mente por valorizar o crescimento econômico sem levar em 
conta o desenvolvimento social. 
4. O trecho “que chegou recentemente de Cuba” está entre 
vírgulas por tratar-se de oração subordinada adjetiva 
restritiva. 
 
(Teresina-PI/Agente Fiscal) A produtividade industrial, que 
se mede dividindo o volume da produção pelo número de 
trabalhadores, vem crescendo há bastante tempo, mas, até 
recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível 
de emprego. 
5. A oração “que se mede dividindo o volume da produ- 
ção pelo número de trabalhadores” está entre vírgulas 
porque tem natureza restritiva. 
 
Emprego das conjunções 
1) Conjunções subordinativas e locuções prepositivas 
Causais: porque, pois, visto que, já que, na medida em 
que, que, visto como, uma vez que, como (anteposto à oração 
principal), porquanto. 
Os turistas desistiram da visita, visto que chovia. 
Já que o país não crescia, o investidor se retirava. 
 
Concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo 
que, posto que, apesar de que, por mais que, por menos que, 
apesar de, não obstante, malgrado, conquanto. 
Embora chova, sairei. 
Por mais que tente, não te entendo. 
A fé ainda move montanhas, posto que esteja abalada. 
Malgrado seja domingo, ela está trabalhando. 
 
Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a não 
ser que, sem que. 
O amor não se rompe, desde que sejam fortes os laços. 
Se viagens instruíssem homens, os marinheiros seriam 
o mais sábios. 
A não ser que trabalhe, não prosperará. 
 
Consecutivas: tal que, tanto que, de sorte que, de modo 
que, de forma que, tamanho que. 
A fé era tamanha que muitos milagres se operavam. 
Choveu tanto que a ponte caiu. 
 
Conformativas: conforme, como, segundo, consoante. 
Chorarão as pedras das ruas, como diz Jeremias sobre as 
de Jerusalém destruída. 
 
Comparativas: como, assim como, tal qual, que, do que, 
(tanto) quanto / como. 
Janete estuda mais que trabalha. 
Elias canta tal qual Zezé. 
Jesus crescia tanto em estatura quanto em sabedoria. 
 
Finais: para que, porque, a fim de que, para, a fim de. 
O gerente deu ordens para que nada faltasse aos hós- 
pedes. 
Estudei porque vencesse na vida. 
 
Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao pas- 
so que, quanto mais... mais, quanto mais... menos, quanto 
menos... mais, quanto menos... menos. 
Quanto mais conhecia os homens, mais Pafúncio confiava 
em Deus. 
À medida que enxergava, o ex-cego se alegrava. 
 
temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, de- 
pois que, mal, sempre que. 
Sempre que corríamos à janela, assistiamos ao pôr-do-sol. 
Mal as provas chegaram, os alunos se agitaram. 
 
2) Conjunções coordenativas (para comparar e distin- 
guir) 
Aditivas: e, nem ( = e não), mas também. 
Astolfo não cantou nem dançou. 
Anita trabalhou e estudou. 
O povo não só exige respeito, mas também paga im- 
postos. 
 
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, 
entretanto, não obstante. 
O país cresceu, mas não gerou empregos. 
 
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. 
Ou saio para ir com você ou fico em casa. 
 
Conclusivas: logo, pois (após o verbo da oração e entre 
vírgulas), portanto, assim, por isso, por conseguinte, dessar- 
te/destarte, posto isso. 
Mílvio estuda Português faz dois anos, portanto já sabe 
muito. 
 
Explicativas: pois (antes do verbo), que ( = porque), por- 
que, porquanto. 
Feche a porta, que está frio. 
O país cresceu, porque o desemprego diminuiu. 
 
EXERCíCIOS 
(Banco do Brasil/Escriturário) As empresas que pretendem 
fazer um investimento social mais eficaz tendem a não ser as 
executoras dos projetos, contratando consultores ou orga- 
nizações especializadas para desenvolvê-los. Ao adotar essa 
estratégia, a empresa compartilha o papel de produtora so- 
cial com a organização executora. 
6. A substituição de “Ao adotar” por Quando adota man- 
tém a correção gramatical e o sentido original do perí- 
odo. 
 
(Banco do Brasil/Escriturário) O número de mulheres no 
mercado de trabalho mundial é o maior da História, tendo 
alcançado, em 2007, a marca de 1,2 bilhão, segundo relatório 
da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em dez anos, 
houve um incremento de 200 milhões na ocupação feminina. 
Ainda assim, as mulheres representaram um contingente 
distante do universo de 1,8 bilhão de homens empregados. 
7. O desenvolvimento das ideias do texto confere à ora- 
ção reduzida iniciada por “tendo alcançado” um valor 
adjetivo, correspondente a que tem alcançado. 
8. A relação de sentidos entre as orações do 1º parágrafo 
do texto permite substituir “Ainda assim” por no en- 
tanto ou por apesar disso, sem prejuízo da correção 
gramatical do texto. 
 
(Banco do Brasil/Escriturário) Vale notar, também, que os 
bons resultados dos bancos médios brasileiros atraíram gran- 
des instituições do setor bancário internacional interessa- 
das em participação segmentada em forma de parceria. O 
Sistema Financeiro Nacional só tem a ganhar com esse tipo 
de integração. Dessa forma, o cenário, no médio prazo, é 
de acelerado movimento de fusões entre bancos médios, 
processo que já começou. Será um novo capítulo da história 
bancária do país. 
9. A relação semântico-sintática entre o período que ter- 
mina em “parceria” e o que começa com “O Sistema 
Financeiro” seria corretamente explicitada por meio da 
conjunção Entretanto. 
 
(Banco do Brasil/Escriturário) A Airbus mantém 4.463 aerona- 
ves em operação, enquanto a Boeing tem 24 mil – incluindo 
5 mil Boeing 737, o principal rival do Airbus 320, o mesmo 
modelo do envolvido em recente acidente aéreo. As duas 
empresas travam um duelo à parte pelo mercado da aero- 
náutica. No ano passado, a Airbus recebeu 791 encomendas 
 
contra 1.044 da Boeing. No entanto, a Airbus entregou 434 
aviões a jato; sua concorrente, 398. 
10. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção 
gramatical do período, ser substituído por ao passo que. 
 
(Banco do Brasil/Escriturário) Uma pesquisa realizada em 16 
países mostrou que os jovens brasileiros são os que colecio- 
nam o maior número de amigos virtuais. A média brasileira 
de contatos é mais do que o dobro da mundial, que tem como 
base países como Estados Unidos da América (EUA) e China. 
11. Em “mais do que”, a eliminação de “do” prejudica a cor- 
reção gramatical do período. 
 
(Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o 
desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em 
escala mundial – como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun- 
do – quanto regional, com disputas nos vários continentes. 
12. O emprego de “tanto” está articulado ao emprego de 
“quanto” e ambos conferem ao período o efeito de sen- 
tido de comparação. 
13. Subentende-se após “quanto” a elipse da expressão 
como. 
 
(CBM-ES/Soldado) Exigências da paz 
 
1 Acredito napaz e na sua possibilidade como forma 
normal de existência humana. Mas não acredito nas ca- 
ricaturas de paz que nos são constantemente propostas, 
4 e até inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada, 
mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz. 
A paz não é uma abstração. É uma forma de convi- 
7 vência humana. Expressa o modo existencial como os 
homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino 
da História. 
10 Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz. 
Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o 
que importa são as situações concretas em que vive a 
13 humanidade. 
Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e con- 
some slogans de paz, mas a que desenvolve concreta- 
16 mente formas de existência social em que os homens 
vivam com dignidade, e possam participar dos valores 
materiais e espirituais que respondam às necessidades 
19 básicas da vida humana. 
Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar 
disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar 
22 tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a 
falsa paz: A paz concordista que aceita, com tolerância 
descabida, situações injustas. 
25 A paz conformista que adia soluções contorna pro- 
blemas, silencia dramas sob a alegação de que o mun- 
do sempre foi assim, e de que é preciso esperar com 
28 paciência. 
A paz alienante que distrai a consciência para que 
não se percebam os males que machucam o corpo e 
31 encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que 
disfarça absurdos, desculpa atrocidades, justifica opres- 
sões e torna razoáveis espoliações desumanas. 
34 A paz não tem a missão de camuflar erros, mas 
de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio 
para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o 
37 problema. 
Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver 
paz no lar em que a criança está morrendo por falta de 
40 remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode 
haver paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a 
perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o pri- 
43 meiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego, 
o ódio, a perseguição. 
E então a paz começa a chegar. 
46 A paz é uma infatigável busca de valores para o bem 
de todos. É o esforço criador da humanidade gerando 
recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espiri- 
49 tuais, que são indispensáveis à subsistência, ao cresci- 
mento e ao relacionamento consciente e fraterno da 
humanidade. 
 
Acerca das ideias e da sintaxe do texto, julgue os itens. 
14. A oração “Pois o que importa são as situações concretas” 
(l.11-12) estabelece uma relação de causa com a oração 
anterior. 
15. A oração “Se a humanidade quiser a paz efetiva” (l. 20) 
estabelece uma relação de condição. 
16. Nos períodos “A paz conformista que adia soluções” 
(l. 25), “A paz alienante que distrai a consciência” (l. 28) 
e “A paz cúmplice que disfarça absurdos” (l. 31), o vo- 
cábulo “que” é um pronome relativo que exerce função 
de sujeito. 
17. Na oração “A paz é uma infatigável busca de valores” 
(l. 46), a expressão sublinhada é predicativo do sujeito. 
 
Julgue os itens subsequentes, relativos à sintaxe do trecho: 
“Expressa o modo existencial como os homens trabalham, 
se relacionam e conduzem o destino da História”. 
18. Subentende-se a expressão essa forma de convivência 
como sujeito da forma verbal “Expressa”. 
19. Antes de “se relacionam” e de “conduzem” subentende- 
-se o conector “como”. 
20. A expressão “o destino da história” é complemento 
direto das formas verbais “trabalham”, “relacionam” e 
“conduzem”. 
 
(CPC) Se a Holanda tivesse vencido os portugueses no Nor- 
deste no século XVII, nosso herói não seria Matias de Albu- 
querque, mas Domingos Fernandes Calabar, senhor de terras 
e contrabandista que traiu os portugueses e se passou para 
o lado dos batavos. 
21. A substituição de “Se a Holanda tivesse vencido” por 
Tivesse a Holanda vencido preserva a correção e o sig- 
nificado. 
 
(Seplag/DFTrans/Técnico) 
 
1 A compreensão dos processos históricos relacio- 
nados a determinados assuntos é possível quando se 
levam em consideração manifestações concretas que 
4 acontecem na vida das pessoas, contextualizando-as no 
espaço e no tempo. Assim sendo, é de suma importância 
relacionar fatos históricos brasileiros ao desenvolvimen- 
7 to dos meios de transporte para facilitar o entendimento 
da participação e da importância destes na integração 
das regiões brasileiras e no seu desenvolvimento so- 
10 cioeconômico. 
Tão antigos quanto a existência do próprio homem 
são o desejo e a necessidade humanos de se deslocar, de 
13 se mover, de transportar, enfim, de transitar, fato que se 
antecipa mesmo ao surgimento dos meios de transporte. 
Foi exatamente pela necessidade de transitar que, há 
16 500 anos, os europeus chegaram ao continente ameri- 
cano e fizeram do território que hoje se chama Brasil o 
seu espaço de exploração. Entretanto, para descobrir as 
19 potencialidades de um país com tamanha vastidão terri- 
torial e conhecê-lo em sua totalidade, desenrolaram-se 
muitas histórias. 
 
22. A relação que o período iniciado por “Assim sendo” 
(l. 5-6) mantém com as ideias do período imediatamente 
anterior permite que esse termo seja substituído por 
Desse modo ou Por isso.
As ocorrências da preposição “para” nas linhas 7 
e 18 introduzem, no desenvolvimento da 
argumentação, fi- nalidades para as ações 
centradas em “relacionar” (l. 6) e em 
“desenrolaram-se” (l. 20), respectivamente. 
 
(MMA/Analista) Por ironia, as noticias mais frequentes pro- 
duzidas pelas pesquisas cientificas relatam não a descober- 
ta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante 
escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação 
humana. 
23. O termo “mas” corresponde a qualquer um dos seguin- 
tes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. 
 
(MPE-RR/Atendente) Enquanto autoridades internacionais 
vêm condenando duramente a expansão da produção de 
biocombustiveis, o governo federal arma-se, acertadamente, 
para enfrentar a onda de rejeição daí nascida. 
24. A substituição do termo “Enquanto” por À medida que 
prejudica a correção gramatical do período. 
 
(MRE/Assistente de Chancelaria) O boom no preço das com- 
modities exportadas pelo Brasil amplia o fôlego da economia 
nacional para absorver importações crescentes sem ameaçar 
o equilíbrio externo. O nível do câmbio, entretanto, também 
produz efeitos adversos, não neutralizados pela política eco- 
nômica. 
25. O termo “entretanto” pode, sem prejuízo para a corre- 
ção gramatical e a informação original do período, ser 
substituído por qualquer um dos seguintes: contudo, 
mas, porém, todavia, conquanto. 
 
(MRE/Assistente de Chancelaria) Certamente, o recorde de 
atração de investimentos externos confirmado agora tem 
relação direta com o fato de o país ter-se transformado de 
devedor em credor internacional. Ao assegurar um volume 
de reservas cambiais superior ao necessário para garantir o 
pagamento da dívida externa, o Brasil tranquilizou os credo- 
res sobre a sua possibilidade de honrar os compromissos. 
26. A substituição de “Ao assegurar” por Quando assegurou 
prejudica a correção gramatical do período e altera as 
suas informações originais. 
 
(MRE/Assistente de Chancelaria) O afastamento de Fidel Cas- 
tro, como quer que deva ser analisado de diversos pontos 
de vista, tem certamente significado simbólico. Ele aponta 
para o fim de uma singular experiência revolucionária no 
hemisfério, que, não obstante o que aparece como sobrevi- 
da melancólica nas condições de hoje, ao nascer incendiou 
romanticamente a imaginação de muitos de nós e nos mo- 
bilizou. 
27. O termo “não obstante o” pode, sem

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