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Eletromagnetismo 1/18 Experimento 1 – Medidas Elétricas e Leis de Kirchhoff Eduardo Divino 180069934 Wendell Cruzeiro 180070096 Wesley Vieira 180000000 Eletromagnetismo, Profa. Dra. Adriana Ibaldo e Prof. Dr. Antony Polito 16 de Abril de 2018. O seguinte relatório se baseia na reprodução do experimento sobre medidas elétricas e as leis de Kirchhoff, onde foi utilizado materiais como resistores, fonte, multímetros para determinar a resistência dos circuitos elétricos, a lei da resistência é proposta por Georg Simon Ohm. Na obtenção de dados do experimento foi montado circuitos simples (fonte, resistor e multímetros), circuitos em série e em (resistores, fonte e multímetros). O objetivo com os circuitos simples era determinar a confiabilidade das leis de Ohm. Com os circuitos em série determinar a resistência equivalente ôhmica e a lei dos nós de Kirchhoff. A resistência interna e a lei das malhas também de Kirchhoff foram os objetivos das montagens dos circuitos em paralelo. O relatório traz também a plotagem dos gráficos de cada circuito, com o objetivo de mostrar a linearidade da resistência ôhmica, dentro dos circuitos aqui montados. 1. Objetivo Realizar montagem, coleta e análises de dados em circuitos elétricos simples, comparar valores obtidos com teorias físicas e emitir pareces em relação à discrepâncias e linearidades presentes no experimento a fim de verificar experimentalmente as Leis de Ohm e Kirchhoff. 2. Introdução O presente trabalho, por meio de aferições experimentais, nos apresenta a validade das leis que ficaram conhecidas como Leis de Kirchhoff; um trabalho que foi desenvolvido pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff (1824 – 1887). As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como os que utilizam mais de uma fonte ou de resistores estando em série ou paralelo que juntamente com a Lei de Ohm nos permite fazer análises desses circuitos genéricos com quaisquer quantidades de bipolos. Essas leis podem Eletromagnetismo 2/18 se classificadas em dois grupos: Lei dos Nós (1ª Lei de Kirchhoff) e Lei das Malhas (2ª Lei de Kirchhoff). As próprias nomenclaturas das Leis nos apontam para termos que necessitam ser melhores definidos para uma compreensão da teoria, a saber: nó, ramo e malha. Para tanto consideremos a figura: Figura 1 – Circuito genérico com diversos dipolos Fonte: (KUROKAWA, 2013) Definindo termos: • Nós: um ponto de conexão entre dois ou mais dipolos. Em nossa figura, representados pelos pontos 1, 2, 3, 4, 5, e 6. • Ramo: trechos do circuito compreendidos entre os nós. Em nossa figura, representados pelos pares 1-2, 1-4, 1-5, 2-3, 2-6, 3-4, 3-6, e 5-6. • Malha: percurso fechado qualquer, em um circuito. Em nossa figura, representados pelos conjuntos 1-2-3-4-1, 1-2-6-5-1, 1-2-6-3-4-1, 1-4-3-6-5-1, etc. 2.1 Primeira lei de Kirchhoff Também conhecida como lei das correntes ou lei dos nós, nos garante que a soma algébrica das correntes em um nó é nula. Vejamos essa aplicação na figura seguinte Eletromagnetismo 3/18 Figura 2 – Nó com os respectivos ramos Fonte: (KUROKAWA, 2013) Pela descrição da Primeira lei de Kirchhoff, podemos descrever: 𝑖" + (−𝑖&) + 𝑖( + 𝑖) + (−𝑖*) = 0 (1) A partir da equação (1) obtemos: 𝑖" + 𝑖( + 𝑖) = 𝑖& + 𝑖* (2) De (2) decorre-se que a soma das correntes que entram em um nó é igual à soma das correntes que saem do mesmo nó. 2.2 Segunda lei de Kirchhoff Também conhecida como lei para as tensões ou lei das malhas estabelece que a soma das tensões ao longo de malha qualquer (no sentido horário ou anti- horário) é nula. Observemos a análise da figura abaixo: Figura 3 – Malha com seus bipolos e suas respectivas tensões Eletromagnetismo 4/18 Fonte: (KUROKAWA, 2013) Considerando a definição da Segunda lei de Kirchhoff, temos: 𝑉" + 𝑉& + (−𝑉() + (−𝑉)) + (−𝑉*) + 𝑉/ + 𝑉0 = 0 (2C) Resumidamente podemos descrever essas leis da seguinte maneira: 1ª Lei de Kirchhoff: Em qualquer nó, a soma algébrica das correntes que o deixam (aquelas cujas pontas apontam para fora do nó) é igual a soma das correntes que chegam até ele; que é uma derivação da conservação da carga total existente no circuito e consolidando ∑ 𝑖2 =2 0 ; 2ª Lei de Kirchhoff: A soma algébrica das forças eletromotrizes em qualquer malha é igual a soma algébricas da quedas de potencial ou dos produtos 𝑖𝑅 contidos na malha - ∑ e22 = ∑ 𝑖22 𝑅2. 3. Procedimento Na montagem dos circuitos foram necessários alguns equipamentos e componentes, que foram fornecidos pela instituição. Segue abaixo a tabela de materiais utilizados neste relatório. Tabela 1 – Lista de materiais Quantidade Materiais 2 Multímetros 1 Fonte de tensão controlada 1 Resistor 390 Ω - 5 W 1 Resistor 1 KΩ - 5 W 1 Resistor 1 MΩ - 2 W Eletromagnetismo 5/18 Figura 4 – Materiais utilizados no laboratório Resistor 390 Ω - 5 W Resistor 1 KΩ - 5 W Resistor 1 MΩ - 2 W Multímetros Fonte de tensão controlada Fonte: Fotografias tiradas pelos autores. Com o auxílio do roteiro, também fornecido pela instituição, foi realizado a montagem de um circuito simples com fonte, resistor e multímetros. Para a produção deste relatório foi utilizado o software computacional Eletronic Work Beach (EWB) para produzir as imagens dos circuitos realizados e os gráficos plotados foram gerados pelo Qtiplot. Sobre estes recursos computacionais o EWB é uma ferramenta de simulações de circuitos eletrônicos e o Qtiplot é um software matemático disponível livremente nas distribuições do Linux com o objetivo de plotagem de informações, o mesmo fornece múltiplas ferramentas de analises simples como desvios, gaussianas, entre outras analises. Inicialmente foi conecta a fonte em série com um resistor e um multímetro na função de leitura de corrente, amperímetro. Logo após foi colocado outro multímetro na função de leitura de tensão, voltímetro, em paralelo ao resistor, com o objetivo de medir a diferença de potencial nas extremidades do resistor conforme a imagem do circuito montado em laboratório. Eletromagnetismo 6/18 Figura 5 – Materiais utilizados no laboratório Fonte: Fotografia tirada pelos autores. 3.1 Circuito simples com resistores individuais (Montagem 1) A partir da montagem realizada, o primeiro resistor (R1) utilizado foi o de 390Ω; variada a tensão da fonte no resistor de 2 em 2 volts até 20 V. O mesmo foi feito com os resistores (R2) de 1KΩ e (R3) de 1MΩ. A figura abaixo ilustra os circuitos montado no laboratório. Figura 6 – Circuitos com resistores individuais. Fonte: Ilustração produzida no Eletronic Work Beach pelos autores do relatório. Eletromagnetismo 7/18 Quando aplicado a tensão produzida pelafonte em cada circuito, os multímetros na função de voltímetro e amperímetro registraram uma tensão com uma precisão melhor, pôde-se realizar uma leitura da corrente que passava por cada resistor. Em posse desses dados foi montada a Tabela 2 que relacionam a tensão da fonte, a tensão lida no voltímetro, e a corrente elétrica. As leituras realizadas no voltímetro especificados na tabela correspondem a V1 a tensão lida sobre R1, V2 em R2 e V3 em R3. O mesmo acontece com as leituras de corrente, a corrente elétrica i1 foi lida sobre R1, i2 em R2 e i3 em R3. Abaixo está a tabela com as leituras realizadas. Tabela 2 – Dados obtidos pelos circuitos da Figura 3.1. R1 = 390 Ω R2 = 1K Ω R3 = 1M Ω Fonte (V) V1(V) i1 (mA) R1 (kΩ) V2(V) i2 (mA) R2 (kΩ) V3(V) i3 (mA) R3 (kΩ) 2,00 2,001 5,31 0,376836 2,04 2,02 1,009901 2,04 0,002 1020 4,00 4,012 10,64 0,377068 4,001 4,05 0,987901 4,001 0,004 1000,25 6,00 6,012 15,61 0,385138 6,017 6,09 0,988013 6,017 0,006 1002,833 8,00 8,032 21,29 0,377266 8,042 8,16 0,985539 8,042 0,008 1005,25 10,00 10,038 26,6 0,377368 10,037 10,2 0,98402 10,037 0,01 1003,7 12,00 12,008 31,8 0,37761 12,04 12,25 0,982857 12,04 0,012 1003,333 14,00 14,048 37,19 0,377736 14,041 14,31 0,981202 14,041 0,014 1002,929 16,00 16,013 42,39 0,377754 16,101 16,44 0,97938 16,101 0,016 1006,313 18,00 18,03 47,69 0,378067 18,061 18,49 0,976798 18,061 0,018 1003,389 20,00 20,07 52,96 0,378965 20,11 20,65 0,97385 20,11 0,02 1005,5 Sobre as resistências das colunas R1, R2 e R3, foram encontradas de acordo com a primeira lei de Ohm onde a resistência é a razão entre a tensão aplicada e a corrente obtida. 3.2 Lei das Malhas (Montagem 2) No segundo circuito montado com a seguinte instrução, a fonte em série com o amperímetro e os resistores R1 e R2, e em paralelo com cada resistor um multímetro, com o objetivo de medir a tensão nos terminais de cada resistor, conforme a figura 7. Eletromagnetismo 8/18 Figura 7 – Resistores em série com multímetros individualizados em paralelo. Fonte: Ilustração produzida no Eletronic Work Beach pelos autores do relatório. A fonte foi variada de 2 em 2 volts até 20V de acordo com a primeira montagem. Os multímetros foram conectados em paralelo com os resistores para que a leitura pudesse ser realizada em cima de cada resistor. De acordo com a primeira lei de Kirchhoff, em um circuito em série a corrente é constante e a tensão é variável de acordo com cada resistência, lei dos nós. Está montagem gerou dados que foram colocados na tabela 3. As resistências obtidas nesta tabela advêm da divisão entre a tensão e a corrente, primeira lei do Ohm. Tabela 3 – Dados obtidos pelos circuitos da Figura 7 Fonte (V) V1 (V) V2 (V) Vtotal (V) Itotal (mA) R1 (kΩ) R2 (kΩ) 2,00 0,55 1,46 2,02 1,78 0,308989 0,820225 4,00 1,11 2,93 4,06 2,97 0,373737 0,986532 6,00 1,66 4,37 6,04 4,43 0,374718 0,986456 8,00 2,23 5,85 8,09 5,93 0,376054 0,986509 10,00 2,78 7,28 10,07 7,39 0,376184 0,985115 12,00 3,33 8,71 12,05 8,89 0,374578 0,979753 14,00 3,88 10,13 14,01 10,3 0,376699 0,983495 16,00 4,43 11,57 16,01 11,77 0,376381 0,983008 18,00 5,01 13,05 18,06 13,18 0,380121 0,990137 20,00 5,57 14,05 20,08 14,79 0,376606 0,949966 Eletromagnetismo 9/18 3.3 Resistência equivalente em Série (Montagem 3) A montagem do circuito 3 é bem parecida da montagem do circuito 2, a diferença é que no circuito 3 haverá somente um multímetro que medira a tensão nos no inicio do Resistor R1 e no final do resistor R3, conforme a figura abaixo. Figura 8 – Resistores em série com multímetros individualizados em paralelo. Fonte: Ilustração produzida no Eletronic Work Beach pelos autores do relatório. Ao variar cada tensão se obteve a leitura, no voltímetro e no multímetro. Estas leituras estão na tabela 4. Tabela 4 – Dados obtidos pelos circuitos da Figura 8 Fonte (V) Vtotal (V) Itotal (mA) Req (kΩ) 2,00 2,00 1,93 1,362690 4,00 4,05 2,97 1,363636 6,00 6,05 4,43 1,365688 8,00 8,02 5,88 1,363946 10,00 10,02 7,35 1,363265 12,00 12,05 8,85 1,361582 14,00 14,02 10,3 1,361165 16,00 16,07 11,82 1,359560 18,00 18,09 13,31 1,359128 20,00 20,03 14,75 1,357966 Eletromagnetismo 10/18 A resistência equivalente pode ser calculada pela soma das resistências, em circuitos em série, no caso 390Ω + 1000 Ω = 1390 Ω ou 1,39 KΩ. A ultima coluna da tabela 4 foi realizado o calculo de acordo com a primeira lei de Ohm, onde R=V/i. 3.4 Lei dos nós (Montagem 4) A montagem 4 é diferente das outras montagens, pois relacionam os resistores em paralelo conforme a figura 4. Figura 9 – Circuito com resistores em paralelo. Fonte: Ilustração produzida no Eletronic Work Beach pelos autores do relatório. Neste circuito foram colocados o resistor R1 em paralelo com o resistor R2 e em cada resistor um amperímetro conectado em série, com o objetivo de demonstrar a segunda lei de Kirchhoff, onde a tensão é constate no circuito e a resistência é variável. Segue abaixo a tabela com os dados obtidos na experimentação. Tabela 5 – Dados obtidos pelos circuitos da Figura 9 Fonte (V) V1 (V) i1 (mA) i2 (mA) itotal (mA) R1(kΩ) R2(kΩ) Req (kΩ) 2,0 2 5,128 2,002 7,130 0,390016 0,999001 0,280505 4,0 4,05 10,26 4,009 14,269 0,394737 1,010227 0,283832 6,0 6,05 15,38 6,016 21,396 0,393368 1,005652 0,282763 8,0 8,02 20,508 8,023 28,531 0,391067 0,999626 0,281098 10,0 10,02 25,634 10,050 35,684 0,390887 0,997015 0,280798 12,0 12,05 30,76 12,037 42,797 0,391743 1,00108 0,281562 Eletromagnetismo 11/18 14,0 14,02 35,886 14,044 49,930 0,390682 0,998291 0,280793 16,0 16,07 41,022 16,051 57,073 0,391741 1,001184 0,281569 18,0 18,09 46,038 18,058 64,096 0,392936 1,001772 0,282233 20,0 20,03 51,274 20,065 71,339 0,390646 0,998256 0,280772 As colunas com as resistências foram feitas de acordo com a lei de Ohm, onde a resistência é a divisão da tensão pela corrente, ou seja R1= V1/ i1, o mesmo é feito em R2. A resistência equivalente entre os dois resistores se dá pela soma de resistores em paralelo onde Req é o produto das resistências pela soma conforme a equação abaixo. 𝑅45 = 676867968 (3) A ultima coluna da tabela 5 foi feita de acordo com a lei de Ohm aplicada na tensão total dividido pela corrente total, logo temos a resistência equivalente. 3.5 Resistência Interna (Montagem 5) Nesta montagem será utilizado somente o resistor R1, onde aplicaremos uma tensão variável de 2 em 2 volts até atingir os 20 volts, conforme foi realizado nas montagens anteriores. O amperímetro estará em série com a fonte e o resistor e o voltímetro em paralelo com a o resistor e o amperímetro, com o objetivo de determinar a resistência interna. Abaixo encontra-se na figura 10 a montagem do experimento simulada no Eletronic Work Beach, um software simulador de eletrônica. Por problema de escala, foi utilizado o resistor de 390Ω em vez do resistor de 1MΩ, pois, ao utilizar o resistor de 1MΩ com uma tensão aplicada, logo a corrente elétrica estaria na escala de micro Amperes, mas o equipamento limitado faz a leitura em mili-amperes. Por este motivo foi utilizado o resistor de 390Ω. Eletromagnetismo12/18 Figura 10 – Circuito com resistor e amperímetro em série. Fonte: Ilustração produzida no Eletronic Work Beach pelos autores do relatório. Na tabela abaixo contém na última coluna a resistência interna do circuito, que foi obtida através da equação abaixo. E a coluna de R1 foi obtida através da primeira lei de Ohm. 𝑟 = ;<2=4>?<=@A − 𝑅1 (4) Tabela 6 – Dados obtidos pelos circuitos da Figura 10 Fonte (V) V1 (V) i1 (mA) R1 (kΩ) r1 (kΩ) 2,0 2,001 5,128 0,390211 0,000195 4,0 4,012 10,26 0,391033 0,00117 6,0 6,012 15,382 0,390846 0,00078 8,0 8,032 20,51067 0,391601 0,00156 10,0 10,038 25,63767 0,391533 0,001482 12,0 12,008 30,76467 0,390318 0,00026 14,0 14,048 35,89167 0,3914 0,001337 16,0 16,013 41,01867 0,390383 0,000317 18,0 18,03 46,14567 0,390719 0,00065 20,0 20,07 51,27267 0,391437 0,001365 4. Resultados e análise de dados. Em todo processo de análise de dados buscou-se uma melhor estimativa dos valores a serem representados nas tabelas a seguir. Utilizamos ferramentas estatísticas básicas tais como valores médios (𝒙D), variância – esta embutida no Eletromagnetismo 13/18 processo do cálculo do desvio padrão, desvio padrão (s𝒙) e o erro padrão da média (∆𝑹D). A partir dos dados anotados no experimento, representados na tabela 2, foi possível traçar o gráfico da tensão (V) aplicada no resistor em função da corrente (i) medida no mesmo elemento de circuito. Os gráficos 1, 2 e 3 correspondem respectivamente aos resistores R1, R2 e R3. Gráfico 1 – Tensão em função da corrente no resistor R1 Gráfico 2 – Tensão em função da corrente no resistor R2 Resistência de 1KΩ Tensão (V) 0 5 10 15 20 25 Corrente (mA) 0 5 10 15 20 25 Resistência (Ω) Análise Linear Resistência de 390 Ω Tensão (V) 0 5 10 15 20 25 Corrente (mA) 0 10 20 30 40 50 Resistência (Ω) Análise Linear Eletromagnetismo 14/18 Gráfico 3 – Tensão em função da corrente no resistor R3 Pela teoria apresentada nas seções anteriores, a razão entre a tensão aplicada e a corrente aferida em cada componente do circuito é numericamente igual a resistência elétrica desse componente. Mediante análise dos gráficos apresentados podemos notar a linearidade dessa proporção e chegamos a conclusão de que os resistores utilizados podem ser classificados, com boa acurácia, como sendo resistores ôhmicos. Em uma medida real de tensões e correntes reais, o tempo de utilização do equipamento tende a influenciar nos dados colhidos pois eles se aquecem, porém mesmo no resistor R3, que dissipa mais energia que os demais, notamos a pequena variação percentual de apenas 0,5 % em relação ao valor teórico. Notamos ainda na tabela 4 que os valores calculados apresentam valores médios próximos aos valores teóricos, com pequenos erros padrões de medida associada; conclui-se que a Lei de Ohm foi verificada para o circuito proposto na primeira parte do experimento. Tabela 7 – Valores encontrados para R R1 (kW) R2 (kW) R3 (kW) Fabricante 0,390 1,0 1000 𝑹D 0,3783808 0,9849461 1005,3497 𝝈D𝑹 0,0024467 0,0031286 5,4203854 ∆𝑹D 0,0007737 0,0010428 1,7140763 Resistor de 1MΩ Tensão (V) 0 5 10 15 20 25 Corrente (mA) 0 0,005 0,01 0,015 0,02 Resistência (Ω) Análise Linear Eletromagnetismo 15/18 Seguindo o procedimento experimental, associaram-se em série os resistores de 390W e 1kW em busca de observar a Lei das Malhas. Medidas as tensões em cada um dos resistores pudemos construir a tabela 8 que apresenta a tensão medida diretamente na fonte e a tensão total, proveniente da soma entre as tensões V1 e V2 da tabela 3 com as respectivas diferenças percentuais. Tabela 8 – Lei das malhas (resistores em série) VFONTE VTOTAL %𝑽 2,02 2,01 0,495 4,06 4,04 0,493 6,04 6,03 0,166 8,09 8,08 0,124 10,07 10,06 0,099 12,05 12,04 0,083 14,01 14,01 0,0 16,01 16,00 0,062 18,06 18,06 0,0 20,08 19,62 2,2 Como esperávamos, a tensão fornecida pela fonte e a tensão total se aproximaram por uma boa aproximação, notamos pelos baixos valores da diferença percentual expressos na tabela acima. Não podemos deixar de mencionar que, na ultima medida estávamos a ponto de extrapolar o limite da escala da fonte o que, de certa forma, pode fazer variar as leituras registradas, porém verificamos satisfatoriamente a Lei das malhas como proposto pelo procedimento experimental. A próxima etapa do experimento consistiu em analisar os dois resistores, R1 e R2, quando associados em série. Com os dados da queda de tensão nos terminais da associação e a corrente total pode-se montar a tabela 4 por meio da qual se construiu o gráfico 4. Calculada a resistência equivalente no valor nominal de 1.362,862(6) W podemos compará-la ao valor teórico (1.390 W) e encontramos a diferença percentual de apenas 2,0242%. Eletromagnetismo 16/18 Pela análise dos dados apresentados podemos chegar a conclusão de que a associação em série de dois resistores corresponde, com excelente aproximação, ao valor teórico equivalente calculado pela Lei de Ohm. Gráfico 4 – Associação em Série (R1 e R2) Como anunciado na introdução teórica do trabalho aqui apresentado, a Lei dos nós pode ser utilizada em circuitos associados em paralelo uma vez que a soma algébrica das correntes que entram em um nó deve ser igual a zero. É em busca de da verificação experimental dessa lei que se associou em paralelo os resistores R1 e R2. Montamos a tabela 5 e partindo dela construímos o gráfico 5. Existem várias formas de contemplarmos esse experimento. Olhando para a tabela 5 é fácil perceber que a soma das correntes i1 e i2 correspondem com excelente precisão ao valor da corrente elétrica total fornecida pela fonte e que chega nas extremidades dos resistores. De outra forma, também simples e poderosa, também podemos calcular o valor experimental médio para a resistência equivalente da associação em paralelo encontrado, 𝑅45 = 0,2815925 𝐾Ω e notar que este se aproxima satisfatoriamente do valor teórico calculado pela Lei de Ohm, 𝑅45 = 0,2805755 𝐾Ω com uma diferença percentual de apenas 0,3624%. 390 Ω Série 1kΩ Tensão (V) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Corrente (mA) 0 5 10 15 20 Tensão Total Análise Linear Eletromagnetismo 17/18 Concluímos que a Lei dos nós também é aplicável para a sequência experimental e que, com excelente precisão, corresponde aos valores teóricos calculados neste trabalho e nos livros textos utilizados. A Lei de Ohm também continua válida na associação em paralelo uma vez constatada a linearidade ôhmica dos resistores utilizados nesta sequência laboratorial. Gráfico 5 – Associação em Paralelo (R1 e R2) Uma outra análise que se faz importante ao estudarmos circuitos é a relação entre a resistência interna dos equipamentos com o circuito como um todo. Como sabemos todo elemento de circuito oferece alguma resistência a passagem da corrente elétrica e, ao funcionar, pode fornecer variações até consideráveis dependendo da qualidadedos materiais utilizados para a confecção dos elementos de circuito. Os dados foram captados, variando a tensão, obtendo valores de corrente elétrica. Sabendo que o voltímetro tem uma resistência e querendo saber está resistência utilizaremos o conceito de resistência equivalente para o circuito em série. A tabela 6 foi construída com os dados obtidos. Fazendo-se a média dos valores da resistência interna encontramos o correspondente em ohms igual a |𝑟|SéU>< = 0,000948 Ω e que, em forma de razão e proporção simples nos retorna uma diferença percentual media que equivale a 0,24%. Conclui-se que os multímetros utilizados possuem construção de qualidade e 390 Ω em paralelo a 1kΩ Tensão (V) 0 5 10 15 20 25 Corrente (mA) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Tensão 1 Tensão 2 Tensão Total Análise Linear Eletromagnetismo 18/18 que representam baixa interferência e variações nos valores fornecidos de tensão e corrente utilizados neste experimento. Por mais que sejamos rigorosos com a montagem, execução e colheita de dados, algumas situações devem ser consideradas por todos aqueles que trabalham em laboratório. Sabemos que o tempo de funcionamento de um equipamento está diretamente ligada as medidas feitas, a temperatura do ambiente possui seu fator de contribuição e obviamente não podemos nos esquecer do estado de conservação dos equipamentos utilizados. 5. Conclusão A proposta inicial da sequência experimental era a verificação em laboratório de leis fundamentais da dinâmica, tais são as leis de Kirchhoff e Ohm – leis extremamente fundamentais para as aplicações práticas e a vida cotidiana do mundo globalizado. Chegamos a conclusão que, mesmo com as adversidades enfrentadas – aquelas pelas quais todos experimentais passam – chegamos a bons resultados nos procedimentos propostos. 6. Bibliografia HALLIDAY, D.; RESNIK, R. & WALKER, J. Fundamentos da Física. 8ª Ed. Volume 3, p. 176-181. Editora LTC. Rio de Janeiro, 2009. HEWITT, Paul G. FÍSICA Conceitual. 9ª edição. Porto Alegre, 2002. ISKANDAR, Jamil Ibrahim. Normas da ABNT-Comentadas para Trabalhos Científicos-3a Edição-Revista e Atualizada. Jurua Editora, 2009. KUROKAWA, S. Lei de Kirchhoff. Eletricidade Análise de circuitos alimentados por fontes constantes. UNESP, Ilha Solteira, p.27-35, 2013. MACEDO, F. Wolfango. Análise de erros. Vila Real, Departamento de Matemática, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Doro, Portugal, 1992. OMALLEY, John. Análise de circuitos. Bookman Editora, 1983. TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. Vol. 2: eletricidade e magnetismo, óptica . Grupo Gen-LTC, 2000.
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