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Teoria da Constituição - Resumo esquematizado

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Teoria da Constituição 
 
Sumários 
. 
1. Conceitos de Constituição 1 
2. Estrutura das Constituições 1 
3. Pirâmide de Kelsen (Hierarquia das Normas) 2 
4. Classificação das Constituições 2 
4.1 Classificação da CF/88 5 
5. Aplicabilidade das Normas Constitucionais 5 
6. Poder Constituinte 6 
7. Aplicação das Normas Constitucionais no Tempo 7 
-- 
 
 
1. Conceitos de Constituição 
 
Fontes do Direito Constitucional 
→ Direito Natural 
→ Constituição Política 
→ Costumes e Tradições 
→ Jurisprudência 
→ Doutrina 
 
Qualquer sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos 
direitos, nem estabelecida a separação dos poderes, não tem 
Constituição. 
 
Conceitos de constituição 
Constituição Ideal 
Trata-se de uma constituição de caráter ​Liberal 
 
Requisitos 
→ Ser escrita 
→ Conter um sistema de direitos individuais (liberdades negativas) 
→ Deve reconhecer e conter o princípio da separação dos poderes 
→ Deve adotar um sistema democrático formal 
Constituição Sociológica 
Em um estado duas constituições existem, um real, efetiva, que 
corresponde aos fatores reais de poder (conflito entre as forças 
econômicas, políticas, sociais e religiosas) e que rege o país e outra 
escrita, que consiste apenas em mera folha de papel. 
 
Constituição Sociológica ​​ → É material e não formal 
Constituição Política 
A constituição deve ser fruto da vontade do povo ​​, titular do 
poder constituinte, pouco importando a justiça das normas ou se 
corresponde ou não aos fatores reais de poder.  
 
Constituição Política  
→ Possui normas material e formalmente constitucionais 
 
Normas Materialmente Constitucionais 
→ Constituição, materias de grande relevância política 
 
Normas Formalmente Constitucionais  
→Leis Constitucionais, assunto de menor relevância  
Constituição Jurídica 
A constituição é a ​norma superior fundamental do Estado ​​, que 
organiza e estrutura o poder político, limita a atuação estatal e 
estabelece direitos e garantias individuais. 
 
Sua validade ​não se apoia na realidade social do estado 
 
Sentido Lógico-Jurídico 
→ A constituição é norma hipotética fundamental (não real, 
imaginada) que serve de fundamento lógico transcendental da 
validade da constituição em sentido Jurídico-Positivo. 
 
Sentido Jurídico-Positivo 
→ A constituição é norma positiva suprema, que serve para 
regular a criação de todas as outras normas. 
Constituição Culturalista 
A constituição culturalista representa o fator cultural, 
disciplinando as relações e direitos fundamentais pertinentes à 
cultura.  
Constituição Aberta 
Aquela que é interpretada por todo o povo, em qualquer espaço 
 
 
 
2. Estrutura das Constituições 
 
Estrutura 
→ Preâmbulo 
→ Parte Dogmática 
→ Disposições Transitórias 
 
Estrutura das Constituições 
Preâmbulo 
→ Busca definir as intenções do legislador 
→ Serve como elemento de integração dos arts. 
→ Serve como linha de interpretação  
→ Sintetiza a ideologia do Poder Constituinte Originário 
→ Não é norma constitucional 
→ Não serve para declaração de inconstitucionalidade 
→ Não é de reprodução obrigatória pelas constituições estaduais 
→ Não dispõe de força normativa, não tendo caráter vinculante 
→ Irrelevante juridicamente 
Disposições Transitórias 
 
 
→ Busca integrar a ordem jurídica antiga à nova 
→ São normas formalmente constitucionais 
→ Pode ser usado como para o controle de constitucionalidade 
 
 
 
3. Pirâmide de Kelsen (Hierarquia das Normas) 
 
Hierarquia ​​→ Não existe hierarquia entre normas constitucionais 
 
Normas Constitucionais Originárias→→ ​​Manifestação do Poder 
Constituinte Originário 
Normas Constitucionais Derivadas ​​→ Manifestação do Poder 
Constituinte Derivado 
 
 
Normas Constitucionais Originárias ​​ → Não sofrem Controle de 
Constitucionalidade 
Normas Constitucionais Derivadas ​​→ Podem sofrer Controle de 
Constitucionalidade 
 
Bloco de Constitucionalidade ​​→ Normas constitucionais fora do 
texto constitucional.  
 
Controle de Convencionalidade das Leis → As leis internas, além                   
compatibilizarem-se com as normas constitucionais, devem           
compatibilizar-se com os tratados e acordos internacionais de               
direitos humanos aprovados. 
 
Regimentos dos Órgãos do Poder Judiciário, Senado e Câmara  
→ São normas Primárias 
 
 
Tratados Internacionais 
1. Tratados Internacionais de direitos humanos 
Se aprovado pelo rito das EC ​​ → Status de Emenda Constitucional 
Se não aprovado pelo rito das EC ​​→ Status de norma Supralegal 
2. Tratados internacionais 
→ Força de lei Ordinária 
 
 
 
4. Classificação das Constituições 
 
Classificação 
→ Quanto à origem 
→ Quanto à forma 
→ Quanto ao conteúdo 
→ Quanto à estabilidade 
→ Quanto à extensão 
→ Quanto à finalidade 
→ Quanto ao método de elaboração 
→ Quanto à ideologia 
→ Quanto à conexão com a realidade 
→ Quanto à função desempenhada 
→ Quanto ao conteúdo ideológico 
→ Quanto ao local de decretação 
→ Quanto ao sistema 
 
 
Quanto à origem 
1. Outorgadas  
→ Sem a presença legítima do Povo 
→ Impostas Unilateralmente 
→ Pode Absolutista ou Totalitarista  
 
Outorgadas ​​ = Impostas = Ditatoriais = Autocráticas 
2. Democrática 
→ Por legítima representação do povo 
→ Em torno de uma Assembleia Nacional Constituinte 
 
Democrática ​​= Promulgada = Popular 
3. Cesarista 
→ Elaborada por um Ditador ou Imperador 
→ Submetida à aprovação popular 
→ Constituição híbrida 
 
Cesarista ​​= Bonapartista = Plebiscitária = Rederendária 
4. Pactuada 
→ Resultado de um consenso instável entre duas partes rivais  
→ Formam as Monarquias Constitucionais 
 
Pactuada ​​ = Dualista 
Quanto à forma 
1. Escritas 
→ Elaboradas por um órgão constituinte 
→ Formalizada em um documento solene 
→ São Orgânicas ou Reduzidas 
→ Dividi-se em “Escritas Codificadas” e “Escritas Legais” 
 
Escrita ​​= Instrumental 
 
** ​​ A forma liga-se em maior ou menor grau à normatividade 
2. Escritas Codificadas 
→ As normas encontram-se em um único documento 
 
Escritas Codificadas ​​ = Unitárias 
3. Escritas Legais 
→ Formados por textos de vários docs esparsos ou fragmentados 
→ Advém da Evolução Histórica 
 
Escritas Legais ​​ = Variadas = Pluritextuais = Inorgânicas  
4. Não Escrita 
→→ ​​Formada por costumes, jurisprudências e leis diversas 
→ Não há um órgão encarregado de elaborar a constituição 
 
→ Também possuem normas escritas 
→ Normalmente são flexíveis 
 
Não Escrita ​​ = Costumeira = Consuetudinárias  
Quanto ao Conteúdo 
1. Material 
→ Importa o conteúdo das normas 
→ A forma tem importância secundária 
→ Podem ser escritas ou costumeiras 
→ Pode ou não está em um único documento solene 
→ Todo e qualquer estado possui uma Cf material 
 
Normas Materialmente Constitucionais 
→→ ​​Organização do Poder 
→ Competências  
→ Forma do Governo 
→ Forma do Estado 
→ Direitos Fundamentais 
 
Material ​​ = Substancial  
2. Formal 
→ Normas constam em doc solene, independente do conteúdo 
→ Exige uma constituição rígida 
→ Forma importa mais 
→ Numa CF formal há normas Materialmente e Formalmente CF’s 
 
Bloco de Constitucionalidade 
→ Normas fora do texto solene 
→ Status de norma constitucional 
→ Servem de basilar para o controle de constitucionalidade 
 
Constitucionalismo Moderno 
→ Direitos Fundamentais 
→ Separação dos poderes 
 
** ​​ Quanto a CF/88, a ​distinção ​​ entre ​normas materialmente ou 
formalmente constitucionais é juridicamente irrelevante.  
 
Formal ​​ = Procedimental 
Quanto à estabilidade 
1. Imutável  
→ Sem processo para alteração 
 
Imutável ​​ = Granítica = Intocável = Permanente  
 
** ​​ ​​A maior ou menor rigidez da constituição ​ ​​não assegura ​​ sua 
estabilidade 
 
**​​ ​​O controle de constitucionalidade tem como pressuposto a 
Rigidez Constitucional  
 
Estabilidade ​​ = Mutabilidade = Alterabilidade  
2. Fixa 
→ Só alterável pelo poder constituinte originário 
→ Implica em uma nova ordem constitucional 
3. Super-Rígida 
→ Processo de alteração mais difícil que o normal 
→ Há um núcleo intangível (Cláusulas-Pétreas) 
 
** ​​ ​​A CF/88 pode ser classificada como ​Rígida​​ ou ​​Super-Rígida 
4. Rígida 
→ Processo de alteração mais difícil que o normal 
→ É sempre escrita 
 
** ​​ Nem toda constituição escrita é rígida 
5. Semi-rígida 
→ Constituição Mista 
→ Composta por parte rígida e parte flexível 
→ Processo de modificação comum e especial 
6. Flexível 
→ Modificada pelo processo legislativo ordinário 
→ Não cabe controle de constitucionalidade 
 
Flexíveis ​​= Plásticas 
Quanto à extensão 
1. Sintética 
→ Possuem apenas normas materialmente constitucionais 
→ Confere maior Segurança Jurídica 
→ Constituições Negativas 
 
Sintética ​​ = Concisas = Sumárias = Curtas 
2. Analíticas 
→ Detalha outro assuntos além do básico 
→ Menor Segurança Jurídica 
→ Tendência do constitucionalismo contemporâneo 
→ São constituições dirigentes 
 
Analítica ​​= Prolixas = Extensas = Longas 
Quanto à finalidade 
1. Constituição Garantia 
→ O objetivo principal é a proteção às liberdades públicas 
→ Buscam limitar a atuação estatal 
→ São sintéticas 
→ Não defende direitos de 2ª geração 
→ Contrapõe-se às programáticas 
 
CF garantia ​​= Liberal = Defensiva = Negativa 
2. Constituição Dirigente 
→ Atenção especial a implementação de programas 
→ Impõe metas 
 
→ Concretiza os Direitos Fundamentais 
→ São constituições programáticas 
3. Constituição Balanço 
→ Visa reger o ordenamento jurídico durante tempo determinado 
→ Registra o estágio da sociedade em certo momento 
 
CF Balanço ​​ = CF Registro 
Quanto ao modo de elaboração 
1. Dogmática 
→Sistematizada a partir de ideias fundamentais 
→Elaboradas por um órgãos constituinte 
→Normalmente escritas 
 
Subdivisão 
→ Ortodoxa 
→ Eclética ou Heterodoxa  
2. Histórica 
→ Materializa-se através dos costumes 
→ Não elaborada por um órgãos constituinte 
→ Elaboração lenta 
→ Normalmente não escrita 
→ Mais estáveis que as dogmáticas 
 
** ​​São ​juridicamente flexíveis​​, mas ​​política e socialmente 
rígidas 
 
Histórica ​​= Costumeira  
Quanto à ideologia 
1. Dogmática Ortodoxa 
→ Somente uma ideia 
2. Dogmática Eclética 
→ Vários ideias 
 
Eclética = ​​ Heterodoxa 
Quanto à conexão com a realidade 
1. Normativa 
→ Regulam efetivamente o processo político 
→ Corresponde à realidade Política e Social 
→ Limitam, de fato, o poder 
→ Valor jurídico legítimo 
2. Nominal  
→ Buscam, sem sucesso, regular o processo político 
→ Não corresponde à realidade política e social 
→ Possui apenas valor social 
→ Não possui valor jurídico legítimo 
→ Função educativa 
3. Semântica 
→ Não busca regular a política estatal 
→ Importância política sem valor legítimo 
→ Deriva de um Poder não Democrático 
→ Justifica o poder do governo 
→ Não é concretizada 
Quanto à função desempenhada 
1. Constituição-Lei 
→ Tem status de lei Ordinária 
→ Inviável em documentos rígidos 
→ Define diretrizes e não vincula o legislador 
2. Constituição-Fundamento 
→ Fundamento de todas as atividades do estado e da vida social 
→ O papel do legislador é apenas dar efetividade às normas CF’s 
3. Constituição-Quadro 
→ Legislador só pode atuar no limite estabelecido pelo 
constituinte 
 
Constituição-Quadro = ​​ Constituição-Moldura 
Quanto ao conteúdo ideológico 
1. Liberais  
→ Buscam limitar o poder do estado 
→ Asseguram as liberdades negativas dos indivíduos 
 
** ​​Assemelham-se com as Constituições-Garantias 
2. Sociais 
→ Atribuem ao estado a tarefa de ofertar prestações positivas 
→ Buscam a igualdade material 
Quanto ao local de decretação 
1. Heteroconstituições 
→ Elaboradas fora do estado no qual irá produzir efeitos 
2. Autoconstituição 
→ Elaboradas no estado no qual produzirá seus efeitos 
Quanto ao sistema 
1. Principiológica 
→ Predomina os princípios 
 
Principiológica = ​​Aberta 
2. Preceitual 
→ Predomina as regras 
 
 
 
 
4.1 Classificação da CF/88 
 
→ Formal 
→ Escrita Codificada 
→ Rígida / Super-Rígida 
→ Analítica 
→ Dirigente 
→ Dogmática  
→ Eclética 
→ Normativa 
→ Social 
→ Principiológica 
→ Autoconstituição 
 
 
 
5. Aplicabilidade das Normas Constitucionais 
 
Classificação Clássica 
→ Normas Autoexecutáveis 
→ Normas Não-Autoexecutáveis 
 
Classificação segundo José Afonso da Silva 
→ Normas de Eficácia Plena 
→ Normas de Eficácia Contida 
→ Normas de Eficácia Limitada  
 
Classificação segundo Maria Helena Diniz 
→ Normas de eficácia Absoluta 
→ Normas de eficácia Plena  
→ Normas de eficácia Relativa Restringível 
→ Normas de eficácia relativa complementável ou dependente de                 
complementação 
 
Direitos e Garantias Individuais ​​ → Eficácia 1. Plena ou 2. Contida 
Direitos e Garantia Fundamentais → E. 1. Plena, 2. Contida ou 3.                       
Limitada 
 
** Todas as normas constitucionais produzem efeitos jurídicos, o que                   
varia é o grau de efetividade 
 
** ​​Há também as normas de eficácia exaurida ou aplicabilidade                   
esgotada, que são aquelas cujos efeitos cessaram, não apresentando                 
mais eficácia jurídica, como alguns artigos do ADCT da CF/88. 
 
 
Classificação Clássica 
1. Normas Autoexecutáveis 
→ Aplicáveis sem a necessidade de qualquer complementação 
→ Completas, bastantes em si mesmas 
2. Normas Não Autoexecutáveis 
→ Aplicabilidade depende de complementação legislativa 
→ Normas (i) Incompletas (ii) Programáticas e (iii) de Estruturação 
Classificação segundo José Afonso da Silva 
3. Normas de Eficácia Plena 
→ Aptas a produzir todos os efeitos desde sua entrada em vigor 
 
Características 
Autoaplicáveis ​​ → Independem de lei regulamentadora  
Não-restringíveis​​ → Lei não pode limitar sua aplicação 
Aplicabilidade Direta ​​ → independe de lei regulamentadora 
Ap. Imediata ​​ → Aptas a produzir efeitos desde sua promulgação 
Ap. Integral ​​→ Não podem sofrer limitações na sua aplicação 
4. Normas de Eficácia Contida 
→ Aptas a produzir todos os efeitos desde sua entrada em vigor, 
mas, podem sofrer restrições do poder público 
 
Características 
→→ ​​Autoaplicáveis 
→ Aplicabilidade direta, imediata e não integral 
→ Restringível 
→ Se não tiver lei limitando-a, terá eficácia plena 
 
Formas de Restrição 
→→ ​​Outra normas constitucional 
→ Conceitos jurídicos intermediários 
→ Por lei infraconstitucional  
 
** ​​ A atuação do legislador, no caso das normas de eficácia contida, 
é discricionária 
5. Normas de Eficácia Limitada 
→ Dependem de regulamentação futura para produzirem todos 
seus efeitos 
 
1. Características 
→ Não-autoaplicáveis (depende de regulamentação) 
→ Aplicabilidade indireta, mediata e reduzida 
 
Indireta = ​​Depende de outra norma para produzir efeito 
Mediata = ​​ A promulgação do texto CF não é suficiente 
Reduzida = ​​ Grau de eficácia restrito quando da Promulgação da 
CF 
 
2. Efeitos da Normas de Eficácia Limitada 
 
Efeito Negativo 
→→ ​​Revogação de disposições anteriores em sentido contrário 
→ Proibição de leis posteriores que se oponham a seus comandos 
 
Efeito Vinculativo 
→ Obrigação de o legislador ordinário editar leis 
regulamentadoras 
→ Obrigação de o poder público concretizar as normas 
programáticas 
 
3. Subdivisão 
 
 
Normas Declaratórias de princípios institutivos ou 
organizativos 
Aquelas que dependem de lei para estruturar e organizar as 
atribuições de instituições, pessoas eórgãos previstos na 
Constituição. 
 
→ São IMPOSITIVAS quando impõe ao legislador a obrigação de 
elaborar a lei regulamentadora 
 
→ São FACULTATIVAS quando estabelecem mera faculdade ao 
legislador 
 
Normas declaratórias de princípios programáticos 
Aquelas que estabelecem programas a serem desenvolvidos pelo 
legislador infraconstitucional 
 
** ​​ A presença de normas programáticas na Constituição Federal é 
que nos permite classificá-la como uma Constituição-dirigente 
 
** ​​ Embora possua eficácia mínima, as normas de eficácia limitada 
possuem eficácia jurídica 
Classificação segundo Maria Helena Diniz 
1. Normas de Eficácia Absoluta 
→ Aquelas que não podem ser suprimidas por meio de Emenda C. 
→ São as Cláusulas Pétreas expressas 
2. Normas de Eficácia Plena 
→ Aptas a produzir todos os efeitos desde sua entrada em vigor 
→ Podem ser suprimidas via Emenda Constitucional 
 
Características 
Autoaplicáveis ​​ → Independem de lei regulamentadora  
Não-restringíveis ​​ → Lei não pode limitar sua aplicação 
Aplicabilidade Direta ​​ → independe de lei regulamentadora 
Ap. Imediata ​​ → Aptas a produzir efeitos desde sua promulgação 
Ap. Integral ​​→ Não podem sofrer limitações na sua aplicação 
 
** ​​ É o mesmo conceito de ​Normas de Eficácia Plena de José 
Afonso da Silva 
3. Normas com Eficácia Relativa Restringível 
→ Correspondem às Normas de Eficácia Contida 
4. Normas de Eficácia Relativa Complementável ou 
Dependentes de Complementação 
→ Equivalentes às Normas de Eficácia Limitada 
 
 
 
6. Poder Constituinte 
 
Formas de Exercício do Poder Constituinte 
→ Democrático ou por Convenção 
→ Autocrático ou por Outorga 
 
** ​​ A teoria do poder constituinte se aplica somente aos estados com 
constituição rígida e escrita. 
 
Formas de Exercício do Poder Constituinte 
1. Democrático ou por convenção 
→ Quando o exercício do poder constituinte é do povo 
→ Pode ser tanto diretamente quanto indiretamente 
 
** ​​ A assembleia constituinte, quando tem o poder de elaborar e 
promulgar a constituição, sem consulta ou ratificação popular, é 
considerada soberana. 
 
** ​​ A assembleia constituinte é exclusiva quando é composta por 
pessoas que não pertencem a partidos políticos 
2. Autocrático ou por outorga 
→ Quando o exercício do poder constituinte é de usurpadores de 
poder 
 
** ​​ A titularidade do Poder Constituinte ainda é do povo, o que 
muda é a forma de exercício do poder. 
 
Tipos de Poder Constituinte 
1. Poder Constituinte Originário 
Características 
Político ​​ → É um poder de fato e não poder de direito 
Extrajurídico ​​ → É anterior ao Direito 
Inicial ​​→ Cria um novo estado e uma nova ordem jurídica 
Incondicionado ​​ → Não se sujeita a forma determinada 
Permanente ​​→ Pode se manifestar a qualquer tempo 
Ilimitado juridicamente ​​ → Não se limita ao direito anterior 
Autônomo ​​ → Possui liberdade para definir o conteúdo da nova C.  
 
2. Naturalistas vs Positivistas 
Jusnaturalistas → P. constituinte originário é um Poder de Direito 
Juspositivista → P. constituinte originário é um Poder Político 
 
Jusnaturalistas → Encontra limites nos valores suprapositivos 
Juspositivista → É juridicamente ilimitado 
 
3. Classificação do Poder Constituinte Originário 
 
Quanto ao momento de sua manifestação 
P. Constituinte Originário Histórico → Cria 1ª C/ de um Estado  
P. Constituinte Or. Pós-Fundacional → Cria C/ que substitui a 
anterior 
 
Quanto às dimensões 
Dimensão Material → Antecede o momento formal 
Dimensão Formal → Sucede o poder material 
 
** ​​ Poder Constituinte Originário ​​ ​= ​​Poder Constituinte de 1º 
Grau ​= ​​ Poder Constituinte Genuíno  
 
** ​​ No Brasil adota-se a corrente Positivista 
 
** ​​ Não há direito adquirido ​​contra normas constitucionais 
 
originárias 
2. Poder Constituinte Derivado 
Características 
Jurídico ​​→ É regulado é previsto na constituição 
Derivado ​​→ É fruto do poder constituinte originário 
Limitado ou Subordinado ​​ → Limitado pela constituição 
Condicionado ​​ → A forma de seu exercício é determinada pela C/ 
 
Subdivisão 
Poder Constituinte Reformador ​​→ Capacidade de Mudar a C/ 
Poder Constituinte Decorrente ​​ → Capacidade dos estados 
criarem suas próprias constituições  
Poder Constituinte Derivado Difuso ​​→ Processo de Mutação 
constitucional sem alteração do texto base 
 
 
7. Aplicação das Normas Constitucionais no Tempo 
 
 
Revogação Integral de Constituição Anterior 
De acordo com a teoria da desconstitucionalização, a nova 
constituição recepciona as normas da constituição anterior com 
status legal, infraconstitucional. 
 
Só se adota a teoria da desconstitucionalização quando houver 
expressa determinação do Poder Constituinte Originário. 
 
No Brasil não se adota a teoria da desconstitucionalização 
Normas infraconstitucionais elaboradas na vigência da 
Constituição anterior que forem materialmente compatíveis 
com a nova constituição são recepcionadas. 
Não é necessária compatibilidade formal 
 
A análise de compatibilidade material deve ser individualizada, 
artigo por artigo, inciso por inciso, parágrafo por parágrafo. 
 
O Status da norma recepcionada é definida pela nova constituição 
 
Outra possibilidade de recepção se dá quando a nova Constituição 
determina, expressamente, a continuidade de dispositivos 
daquela que lhe precedeu. 
Normas infraconstitucionais editadas na vigência da 
Constituição pretérita que forem materialmente 
incompatíveis com a nova Constituição são por ela revogadas  
A ​revogação ​​ de normas materialmente incompatíveis é ​tática ​​e 
automática 
 
O controle de constitucionalidade somente é cabível ​​ quando 
uma norma é contemporânea à Constituição 
Repristinação 
Possibilidade de ressuscitar normas que já haviam sido revogadas 
 
→ Admitida excepcionalmente 
→ É necessária disposição expressa  
→ Não há repristinação tácita 
Promulgação de Emendas Constitucionais 
→ Revoga leis anteriores materialmente incompatível com a EC 
 
** ​​ No Brasil não se adota o fenômeno da 
inconstitucionalidade superveniente ​​, segundo o qual lei 
anterior materialmente incompatível como nova constituição ou 
com Emenda à Constituição é inconstitucional. 
Recepção X “Vacatio Legis” 
Se um lei está no período de Vacatio Legis no momento de 
promulgação de uma nova constituição, ela não será recepcionada 
Lei inconstitucional face à Constituição anterior 
Mesmo que materialmente compatível com a nova constituição, 
lei incompatível com constituição anterior não pode ser 
recepcionada, pois já nasceu inválida.  
Alteração da repartição constitucional de competências pela 
nova Constituição 
A recepção de norma regulamentadora de competência só pode 
ser recepcionada pela nova constituição se houver alteração de 
competência de um ente de maior grau para um ente de menor 
grau.

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