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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas Mateus Seraphim Camarinha RA:4826618 Curso Direito - Turma 03201D01 AVALIAÇÃO PRÁTICA SUPERVISIONADA – CIÊNCIA POLÍTICA Análise comparativa ressaltando as diferenças entre a Política em Aristóteles e a Política em Maquiavel. São Paulo 2018 AVALIAÇÃO PRÁTICA SUPERVISIONADA – CIÊNCIA POLÍTICA Prof. Daniel Giandoso Antes de ressaltar as diferenças políticas dos dois grandes filósofos, é importante contextualizar os momentos em que cada um vivia e como os seus valores culminaram na elaboração de suas obras. Aristóteles (384 a.C a 322 a.C) estava em uma Grécia pós Sócrates e Platão em que a retórica predominava, porém sem muita ação prática. Sua atuação dava-se em um modo mais pragmático com interesse no “mundo das coisas”. Tratava de discutir a essência dos regimes, sempre observando os valores e a felicidade. Em contraponto, temos Maquiavel (1469 a 1527) que vivia numa Itália em constantes guerras. Os territórios / principados travavam duras batalhas para anexar mais áreas. Assim, observando a ineficiência do Estado, Maquiavel estuda e escreve como conquistar e manter o governo. Seus valores não estão pautados apenas na felicidade, mas sim no poder que requer cálculos, comportamentos concretos e estratégias. Ao destacar as principais diferenças, temos que Aristóteles buscou reaproximar o exercício da política ao da ética para restaurar a moral. Já Maquiavel inovou ao dissociar a política da moral, rejeitando os clássicos da filosofia. No que tange a Aristóteles, dividiu a forma de governo tendo como critério o número de governantes. Isto é, “quem” (um só, poucos ou a massa) relacionando-se com “para quem” (para si ou para muitos). Dessa matriz temos a Monarquia como o governo de um para muitos. A Aristocracia como o governo dos melhores (e poucos) para muitos. E, finalmente a República que é o governo destinado ao povo. Ele ressaltou ainda as formas justas e injustas de governo, argumentando que para cada forma pura existe uma forma impura, sendo a tirania, a oligarquia ou a democracia. Segundo sua visão, a democracia é soberana, não obstante deve limitar-se a liberar e julgar, pois estes são os poderes da massa. Maquiavel vivenciou o momento histórico e conturbado, utilizando-se dessa experiência para propor a criação de um estado de fato, refutando o classicismo e dissociando-se da moral. Ainda pela retrospectiva vivida, sua visão era de que os homens eram ingratos, com interesses individuais e financeiros. Para ele, o governante deveria possuir força para conquistar o poder e inteligência para preservar o governo. Conforme o autor Paulo Bonavides, Maquiavel classificou as formas de governo em termos dualistas: república que compreende aristocracia e democracia, sendo eletiva e temporal; e, monarquia, instaurada pela hereditariedade de forma vitalícia. Descreve ainda o reinado medieval, tendo o rei como justo, bom e generoso, de modo que seja amado por seus súditos. E, descreve ainda o reinado moderno que requer cálculos, firmeza e rigidez, tendo um rei que prefere ser temido a ser amado. Concluindo, em nossa análise comparativa, percebemos que para Aristóteles, independente do regime de governo, o melhor é o bem comum. Enquanto que para Maquiavel, o ideal é o absolutismo monárquico.
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