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METEMOGLOBINA É a forma oxidada da hemoglobina, na qual o ferro se encontra na forma Fe3+ e não consegue transportar oxigênio. Agentes metemoglobinizantes são aqueles que causam a oxidação de ferro da hemoglobina transformando-a em metemoglobina. HbFe2+ funcional HbFe3+ não transporta oxigênio O agente utilizado no tratamento da metemoglobina atua sofrendo redução pelo sistema NADPH MetHb redutase com posterior doação de elétron para a MetHb. % MetHb Sinais e Sintomas 1 Nenhum (fisiológico) 1 < 10 Assintomático (não fisiológico) 20 Cianose e confusão mental 30 Taquicardia e dispneia 50 Convulsão, morte Fármacos metemoglobinizantes: Benzocaína e lidocaína; Fenacetina e paracetamol Metoclopramida; Antimaláricos (quininas). Outras substâncias: Nitritos, nitratos; Corantes. Tratamento: azul de metileno por infusão (trata-se apenas intoxicações graves (> 30% MetHbFe3+) e em todas as situações o paciente deve ser retirado da exposição. ORGANOFOSFORADOS e CARBAMATOS TOXICOCINÉTICA: Absorção: pele, TGI e TR; Distribuição: todos os tecidos incluindo SNC Biotransformação: Hepática Eliminação: Renal e Biliar TOXICODINÂMICA: SNC: [Ach] nas sinapses colinérgicas do cérebro SNP: [Ach] nas sinapses SN autônomo Placa motora: [Ach] na junção neural SINTOMATOLOGIA SNC: agitação irritabilidade, cognição, convulsão, coma e morte; Exposição crônica: cognição depressão e agressividade. SNA: Fase colinérgica: glândulas secreção (M3); musculo liso visceral: contração (M3); pupila: miose; pulmão: secreção e broncoconstrição (M3); coração bradicardia (M2). Placa motora: câimbras, fadiga muscular, dores musculares. Fase nicotínica: pressão arterial. Meia vida na natureza é curta, pois apresentam instabilidade química, não sendo acumulativos. Meia vida no organismo também é curta e não se acumulam na cadeia alimentar, possuindo uma alta toxicidade. TRATAMENTO INESPECIFICO: utilizado em casos graves para controlar os sinais vitais e ventilação pulmonar, controle de temperatura. DIAGNÓSTICO: clinico (sinais colinérgicos) e laboratorial (dosagem de colinesterase) ORGANOFOSFORADOS Mecanismo de ação se dá por meio da inibição IRREVERSÍVEL das colinesterases (acetilcolinesterase (eritrocitária), betirilcolinesterase (plasmática) e esterase neurotroxica). Ex.: Paration, Melation e Clorperifos. Tratamento: atropina (bloqueia os receptores muscarínicos) e pralidoxima (reativa as colinesterases). CARBAMATOS Mecanismo de ação se dá pela inibição REVERSÍVEL das colinesterases. Ex.: Carbofuram (Furadan) e Aldicarb (Chumbinho) Tratamento: atropina e diazepam (contra convulsões). DIAGNOSTICO LABORATORIAL – MÉTODO DE MICHEL Coleta-se 5 ml de sangue em um tubo de vidro com anticoagulante, em seguida leva-se a centrifuga, despreza-se o plasma, adiciona 3x o volume de células de solução fisiológica, leva a centrifuga novamente, repete o processo por 3 vezes. Após a última lavagem, adiciona-se solução fisiológica de igual volume a quantidade de células, formando-se uma suspensão, transfere-se 0,1 ml dessa suspensão para outro tubo, adiciona-se 5 ml de solução tampão barbital Ph 8,5 (confere estabilidade química) e 5 ml de saponina aquosa (rompe a membrana do eritrócito para liberar as colinesterases), agita-se o tubo para causar hemólise, leva-se a banho maria a 25ºC por 5 minutos, faz-se a dosagem de ph1, adiciona-se 1 ml de solução com acetilcolina e agita rapidamente, volta o tubo para o banho maria por 1 hora e mede o ph2, aplica-se os valores obtidos na formula: ∆Ph/H = (pH1 – pH2) x C x F ∆t
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