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A Mundialização dos Direitos Humanos

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A Mundialização dos Direitos Humanos
Já que a mundialização econômica gerou um direito econômico mundializado - e judicializado - é preciso fazer o mesmo com os direitos humanos. Nem só de Lei Mercatoria vive o mundo.
O direito do comércio se judicializa com a criação do órgão de apelação junto à OMC (Organização Mundial do Comércio), ao passo que ainda não existe uma corte mundial de direitos humanos.
"A mundialização do direito se limita a construir uma comunidade econômica ou prenuncia uma verdadeira comunidade mundial de valores?" Quem indaga é a jurista francesa Mireille Delmas-Marty, titular da cátedra de Estudos Jurídicos Comparativos e Internacionalização do Direito do Collège de France,
 "A Mundialização do Direito: Rumo a uma Comunidade de Valores?" 
								Mirreille Delmas-Marty
A mundialização não remete apenas ao direito nascido da globalização econômica, mas também à universalização dos direitos do homem, fundada na declaração ‘universal’ de 1948.
No entanto, ela considera que, depois da queda do Muro de Berlim em 1989 e da criação da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1994, teve início uma espécie de corrida entre esses dois processos: "O direito do comércio se judicializa com a criação do órgão de apelação junto à OMC, ao passo que ainda não existe uma corte mundial de direitos humanos”.O que consagra a diversidade cultural, mas não diz como conciliá-la com o universalismo da Declaração dos Direitos do Homem.
Para conciliá-las a fim de construir um universalismo pluralista que permita instaurar uma verdadeira ‘comunidade mundial de valores’, é preciso tentar responder a duas questões: qual comunidade? Quais valores?
Comunidade mundial essa que seria pela primeira vez uma comunidade sem exterior e não mais apenas internacional, mas inter-humana. 
Porém como se universaliza a defesa do direito se o próprio "conceito" se nem a Declaração da ONU (Organização das Nações Unidas), tão antiga, veio nos dar um conceito mais certo e pratico, pois, devido não ser algo que é hoje praticado tanto pelas pessoas quanto pelas próprias organizações. Afinal, nós, os "civilizados", desconstruímos, inclusive a favor da mundialização do comércio, todo e qualquer valor que não leve ao lucro. 
As duas questões postas - qual comunidade? Que valores? - já sugere o quão é difícil definir um padrão ou parâmetro do que são valores humanos.
E não precisamos ir a Ruanda para entender isso. Aqui mesmo, neste nosso estado pequeno frente ao tamanho do mundo, sabemos que diversidade e a interculturalidade, e seus valores intrínsecos, não sobrevivem ou não se sobrepõem à rasteira visão de que o que não é "coisa de branco", no máximo é folclórico ou turístico.
 “A globalização é um processo fascinante, que abre novas esperanças de progresso para a Humanidade.”
(Presidente da República, Jorge Sampaio, 2000)
Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a idéia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma:	
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Portanto, podemos concluir que cabe-nos a nós, cidadãos de todo o mundo denunciar o que achamos que está mal, mesmo que não lucremos nada com isso, nem que não seja para nosso beneficio, não podemos pensar apenas em nós, devemos pensar também nas outras pessoas que estão para nascer, e que vão viver no mundo que nós recriamos, eles não podem ser sacrificados pelos erros que nós cometemos, eles não têm a culpa dos nossos actos.
Em suma, a globalização tanto pode promover os Homens, a sua dominação, o esgotamento da diferença e a uniformalização cultural, como aproximar os Homens e as culturas entre si.
“Só saberemos que a Globalização está de fato a promover a inclusão a e permitir que todos partilhem as oportunidades que oferece, quando os homens, mulheres e crianças comuns das cidades e aldeias do mundo inteiro puderem melhorar a sua vida. E é essa a chave para eliminar a pobreza do mundo.”
Kofi Annan

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