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Nome do Experimento: Cubas eletrostática e Potenciais Elétricos 1. Objetivos: Trabalhar com os conceitos de campo e potencial elétrico Reconhecer o conceito de superfícies equipotenciais 2. Introdução: 2.1. Superfícies Equipotenciais: O Campo Elétrico surge quando uma carga elétrica está localizada em qualquer lugar no do espaço. Em relação ao local onde esta carga está localizada, algumas propriedades dos pontos deste espaço serão modificados ao seu redor, gerando, o que poderá ser definido, com Campo Elétrico. Em relação as Superfícies equipotenciais, trata-se, justamente, das superfícies de um campo elétrico qualquer, onde suas linhas de força são sempre perpendiculares a sua superfície e os pontos localizados nesta exibem mesmo potencial elétrico, assim, uma superfície equipotencial poderá apresentar uma gama de formas geométricas. Todavia, quando uma carga elétrica puntiforme está disposta de forma isolada em um ponto qualquer do espaço, possibilita-se o cálculo do potencial elétrico localizando um ponto próximo a esta carga, seguindo a relação proposta na fórmula: V = k.Q d Onde: k = Constante eletrostática; Q = Valor da carga puntiforme; d = Distância que separa as cargas. Mediante a apresentação da equação acima, ratifica-se que todos os pontos próximos da carga elétrica geradora apresentam o mesmo potencial elétrico, ou seja, as superfícies possuem formas de esferas para cargas puntiformes isoladas do restante das cargas do universo. Neste ínterim, quando um vetor elétrico encontra-se equilibrado na sua superfície, esta superfície é equipotencial, entretanto sua representação matemática se baseia na equação do trabalho apresentada pela relação matemática descrita abaixo: τ = q (Vb – Va) Onde: τ = trabalho da força elétrica q = carga elétrica Universidade Estácio de Sá – Campus Macaé Curso: Engenharias Disciplina: Física Teórica e Experimental III Código: Professor(a): Thiago de Freitas Almeida Data de Realização: (Vb – Va) = diferença de potencial elétrico 2.1. Propriedades das Superfícies Equipotenciais: No subitem anterior foram apresentados os conceitos de superfície equipotencial, a geometria dos potenciais elétricos que possuem o mesmo potencial elétrico. Contudo, torna-se importante ressaltar as duas propriedades importantes destas superfícies: 1ª Propriedade: Indica-se que o trabalho que a força elétrica realiza durante o deslocamento de uma carga elétrica puntiforme sobre uma superfície equipotencial é nula, ou seja, ao deslocar uma carga puntiforme q em um determinado circuito qualquer AB, localizado numa superfície equipotencial, Se Va = Vb, por estarem na mesma superfície equipotencial, apresentando um potencial elétrico nulo, assim esta carga puntiforme criará um campo elétrico e as superfícies equipotenciais neste campo serão esféricas com sua carga disposta no centro dela. 2ª Propriedade: Demonstra que as superfícies equipotenciais são ortogonais às linhas de força ou linhas de campo elétrico e, consequentemente, ortogonais ao vetor campo elétrico . Isto pode ser explicitado empregando a ideia que se não for perpendicular à superfície equipotencial, este vetor poderá assumir uma componente tangencial à superfície. Por tanto, no deslocamento de uma carga puntiforme num circuito aleatório sobre a superfície equipotencial, poderá ser obtido um trabalho elétrico realizado válido e divergente de nulo, contrariando, assim, a propriedade exposta anteriormente. 3. Materiais Utilizados: a) Uma fonte de tensão; b) Conectores jacaré; c) Multímetro; d) Cuba de vidro transparente; e) Eletrodos Retilíneos; f) Água não-destilada; g) Sal; h) Papel milimetrado; 4. Desenvolvimento: 4.1. Realização do Experimento e Levantamento de Dados: 4.1.1. Os eletrodos retilíneos, foram conectados, em paralelo na cuba, afastados; 4.1.2. Foram desenhadas a lápis 5 linhas paralelas e 4 linhas perpendiculares aos eletrodos retilíneos com distâncias variadas, em cada linha totalizando 20 pontos, no papel milimetrado, conforme desenho em anexo; 4.1.3. O papel milimetrado fora posicionado abaixo da cuba, tal que os eletrodos estejam posicionados nas extremidades do papel; 4.1.4. Fora conectado os terminais dos eletrodos aos terminais da fonte de tensão; 4.1.5. Após, o conteúdo composto por água não destilada e sal diluído, de aproximadamente 250ml, foi despejado na cuba até fechar contato entre os eletrodos; 4.1.7. Posteriormente, a ponta de prova do multímetro indicada por “COM” em contato com o eletrodo que estiver ligado ao negativo da fonte foi conectada; 4.1.8. Neste instante, a fonte de tensão na escala de 3 V foi ligada; 4.1.9. Depois, ligou-se o multímetro e mediu-se a ddp entre os terminais, anotando-se o valor, conforme descrito no próximo tópico. 5. Discussão 5.1. Memória dos Cálculos Realizados Ponto A: 1,486 C Ponto B: 1,453 C Ponto C: 1,433 C Ponto D: 1,471 C Ponto E: 1,232 C Ponto F: 1,260 C Ponto G: 1,247 C Ponto H: 1,262 C Ponto I: 1,000 C Ponto J: 0,959 C Ponto K: 0,952 C Ponto L: 0,942 C Ponto M: 0,671 C Ponto N: 0,712 C Ponto O: 0,687 C Ponto P: 0,657 C Ponto Q: 0,392 C Ponto R: 0,393 C Ponto S: 0,396 C Ponto T: 0,377 C 5.2. Tratamento dos Dados: 5.2.1. Média de cada superfície analisada: 1ª Linha Paralela: M1: (1,486 + 1,453 + 1,433 + 1,471) / 4 = 1,461 C 2ª Linha Paralela: M2: (1,232 + 1,260 + 1,247 + 1,262) / 4 = 1,250 C 3ª Linha Paralela: M3: (1,000 + 0,959 + 0,952 + 0,942) / 4 = 0,965 C 4ª Linha Paralela: M4: (0,671 + 0,712 + 0,687 + 0,657) / 4 = 0,682 C 5ª Linha Paralela: M5: (0,392 + 0,393 + 0,396 + 0,377) / 4 = 0,389 C 5.2.2. Cálculo do valor do Campo Elétrico em cada superfície analisada através da relação V = E.x, utilizando as médias encontradas: Fórmula: V = E.x, para calcular o E, isola-se a incógnita requerida. Portanto: E = V/x , onde E = Campo Elétrico, V = Potencial Elétrico e x = distância Valores para E1: V = 1,461 C e x = 160 mm E1: 1,461/0,16 = 9,131 N/C Valores para E2: V = 1,250 C e x = 130 mm E2: 1,250/0,13 = 9,615 N/C Valores para E3: V = 0,965 C e x = 100 mm E3: 0,965/0,10 = 9,650 N/C Valores para E4: V = 0,682 C e x = 70 mm E4: 0,682/0,70 = 9,743 N/C 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1ª Linha Paralela: M1: 2ª Linha Paralela: M2: 3ª Linha Paralela: M3: 4ª Linha Paralela: M4: 5ª Linha Paralela: M5: Média de cada superfície analisada Valores para E5: V = 0,389 C e x = 40 mm E5: 0,389/0,40 = 9,725 N/C 5.2.3. Cálculo do valor da carga que gera esse Campo Elétrico para cada superfície equipotencial, através da relação V=K.Q/x, utilizando as médias encontradas: Fórmula: V = K.Q/x, para calcular o Q, isola-se a incógnita requerida. Portanto: Q = V.x/K, onde K = Constante (9,109), Q = Carga Elétrica, V = Potencial Elétrico e x = distância Valores para Q1: K = 9,10 9, V = 1,461 C e x = 160 mm Q1: 1,461.0,16/9,10 9 = 2,597. 10-11 C Valores para Q2: K = 9,10 9, V = 1,250 C e x = 130 mm Q2: 1,250.0,13/9,10 9 = 1,805 10-11 C Valores para Q3: K = 9,10 9, V = 0,965 C e x = 100 mm Q3: 1,250.0,10/9,10 9 = 1,072. 10-11 C Valores para Q4: K = 9,10 9, V = 0,682 C e x = 70 mm Q4: 0,682.0,07/9,10 9 = 5,304. 10-11 C Valores para Q5: K = 9,10 9, V = 0,389 C e x = 40 mm Q5: 0,389.0,04/9,10 9 = 17,288. 10-11 C 5.2.3. Respostasdas Questões: 5.2.3.1. Sim. 1ª Linha Paralela: 1,461 C, 2ª Linha Paralela: 1,250 C, 3ª Linha Paralela: 0,965 C, 4ª Linha Paralela: 0,682 C e 5ª Linha Paralela: 0,389 C 5.2.3.2. Para entender o ocorrido se faz necessário considerar a distância entre os eletrodos retilíneos que encontram-se em paralelos na cuba, e principalmente a distância da ponta de prova preta do multímetro, em relação a cada valor encontrado nos vinte pontos dispostos no papel milimetrado. Portanto, torna-se difícil encontrar valores iguais para cada ponto demarcado no papel pois, conforme exposto a carga do potencial elétrico encontrado na ponta de prova vermelha do multímetro está intimamente ligado à distância que este encontra-se em relação a ponta de prova preta do multímetro. Esta grandeza também chamada de Voltagem ou Tensão, que é uma das áreas importantes da eletricidade. É utilizada para explicar o movimento das cargas elétricas. 5.2.3.3. Os maiores valores encontrados estão localizados nas linhas paralelas mais afastadas do cabo preto do multímetro. Leva-se em consideração que distância e a potencial elétrico são proporcionais, desta forma, quanto maior a distância, maior será o valor do potencial elétrico. Então a DDP sempre acompanha a intensidade, e se uma abaixa a outra também terá que abaixar pra manter a resistência constante. 5.2.3.4. Assim como no potencial elétrico, os valores encontrado para Campo Elétrico seguem a mesma definição. 5.2.3.5. Os valores encontrados na aula experimental encontram-se em consonância com a teoria aprendida em sala de aula, partindo da premissa que Potencial elétrico é a capacidade que um corpo energizado tem de realizar trabalho atraindo ou repelindo outras cargas elétricas e um Campo Elétrico é o campo de força que as cargas elétricas provocam (elétrons, prótons ou íons), considerando sempre que as cargas elétricas dispostas num campo elétrico estarão sempre sujeitas à ação de forças elétricas de atração e repulsão. 5.2.3.6. Ao mover uma carga elétrica de prova em um campo elétrico, ela ficará sujeita a diferentes intensidades de força elétrica. Em cada ponto do campo elétrico definimos um vetor campo elétrico ( ). A intensidade desse campo elétrico é dada pela seguinte expressão: Na expressão acima, é o vetor campo elétrico e é o vetor força elétrica sobre a carga de prova (q), no ponto considerado. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade para o campo elétrico é newton por coulomb (N/C). A partir da definição anterior, podemos escrever: =q. Os vetores e têm as seguintes características: -em módulo: F=|q|.E - mesma direção - se a carga elétrica é positiva (q > 0), e têm o mesmo sentido - se a carga elétrica é negativa (q < 0), e têm sentidos opostos Neste experimento os vetores e tem mesma direção e mesmo sentido. 6. Anexos: 7.Conclusão: Através dos estudos e dos experimentos realizados, pôde-se compreender que a partir do multímetro é possível obter valores equipotenciais uma configuração eletrostática. Os pontos valorados estavam dispostos em linhas paralelas e perpendiculares formando vinte valores. Os pontos localizados nas mesmas linhas verticais possuíam, praticamente, os mesmos valores, e desta forma é possível afirmar que pertencem a mesma linha de equipotencial faziam parte da mesma família. Ou seja, entende-se que se dois ou mais pontos possuem o mesmo potencial e, conclui-se que estes pertencem à mesma linha equipotencial. No experimento, observa-se uma geometria das linhas equipotenciais. Tal fato é devido pelos motivos já explicados anteriormente: horizontalidade da cuba e a homogeneidade da solução eletrolítica. 8. Referências bibliográfica: HALLIDAY, David, RESNICK, Robert. Fundamentos de Física, 3ed., Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, Editora S.A, 1993. V.03. Roteiro da prática: Experimento 04: Linhas equipotenciais. Departamento de Física do Estado Sólido – Instituto de Física, Universidade Federal da Bahia, 2008. https://def.fe.up.pt/eletricidade/potencial.html Acesso em 06/09/2018 https://www.infoescola.com/eletricidade/diferenca-de-potencial/ Acesso em 06/09/2018 https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/potencial2.php Acesso em 06/09/2018 https://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/campo.php Acesso em 06/09/2018
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