Buscar

Propaganda e a Sociedade de Consumo Excessivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Logo após cada crise do capitalismo, surgia uma nova tecnologia para reanimar a economia, em 1873/96 podemos citar a ferrovia, em 1929/33 o advento do automóvel e em 1973/79 a globalização e a informática, agora estamos em pleno o século XXI na era da sociedade de excessos em que o consumo foi padronizado e multiplicado, graças a combinação de globalização e publicidade, que juntas são uma verdadeira máquina para o consumo desenfreado, sem necessidade. O objetivo deste artigo é ressaltar como a publicidade e propaganda manipula a sociedade para alcançar seus objetivos de criar uma sociedade social dinâmica, que muda de acordo com o desejo do capitalismo.
GLOBALIZAÇÃO: A INFLUÊNCIA DA PUBLICIDADE NA SOCIEDADE
Após passarmos por uma série de fatos históricos, encontrávamos ao fim de cada um algo que revolucionava a forma em que vivíamos, agora nos encontramos em pleno o século XXI e a cada dia que passa, mais cresce a quantidade de produtos sendo comercializados pelo mundo e se renovando a cada instante, e essa reinvenção é o que faz nossa economia se deslocar e crescer cada vez mais
A sociedade capitalista se baseia na obtenção do lucro e da mais-valia, para realização do mesmo é imperativo fazer com que a população volte ao mercado consumidor, para isso os grandes empresários investem quantidades exorbitantes de capital em anúncios, até porque um produto vende-se para quem pode comprar já um anúncio distribui-se instantaneamente, basta observar a cidade em que vivemos e já somos surpreendidos por uma capacidade inimaginável de publicidade, que de uma forma criativa informa pouco sobre o que se anuncia podendo apelar para ilusões e sensações de que o consumo do bem ou serviço oferecido modificará de uma forma positiva a maneira em que vive o comprador. Diferente da propaganda que tem o objetivo de informar e orientar a população, de tornar público algo.
Nos dias atuais, entramos na dinâmica do ser social na busca pela felicidade que não chega ao fim, pois sempre há algo novo a acrescentar aos desejos impostos pela publicidade através da mídia, fazendo com que o consumidor não se atente a funcionalidade do produto e sim ao que vai acrescentar em seu status, assim podemos enxergar de forma clara que temos acesso fácil ao ter, mas o que realmente aspiramos é o ser, o que nos reduz a meros consumistas compulsivos atrás da felicidade padronizada. Segundo Dominique Quessada a linguagem tornou-se um meio planetário de troca e obra de comércio onde o discurso dos produtos e das marcas se expressa, estabelecendo os termos de sua potência socializante e, portanto, avassalante.
A publicidade pode se fazer em três recursos, o da ordem que determina o agir do consumidor, o da persuasão que origina o crer e o da sedução que busca o prazer. Através desses recursos a publicidade cria necessidades que não existem e fazem as pessoas se sentirem insatisfeitas e infelizes induzindo a compra de um bem ou serviço que o ilude com a ideia que tal produto pode o tornar mais socialmente aceito, assegurando que a solução para o problema está de certa forma mais acessível. A partir desta podemos notar que a publicidade não é um simples anúncio, na verdade se trata da comercialização de um estilo de vida, de conceitos pré-concebidos, enfim uma identidade.
As empresas tomaram para si o principio da isegoria, colocando a publicidade como uma livre expressão da pessoa jurídica, mas a partir desta o que realmente podemos concluir é que o liberalismo necessita de artifícios que estenda seu poder sobre a sociedade, ou seja, uma máquina de persuasão, a publicidade se molda desta forma em nossa sociedade, apartando de seu objetivo inicial, de somente anunciar, para nos iludir de que o consumo representa uma forma de livre expressão de escolha, uma liberdade individual. Diante do exposto, a população passa de consumidores a consumista, deixando de consumir o que é realmente necessário para consumir produtos que fazem parte de uma necessidade padronizada, elitizada e fetichizada pela publicidade. 
Segundo Gilles Lipovetsky, estamos em regressão à lógica da posição social, reduzindo a imagem viril dos produtos, demonstrando duas manifestações de uma mesma cultura hiperconsumidora, mais emocional que demonstrativa, mais sensitiva que ostensiva, nos tornando consumistas extremamente compulsivos. 
Tanto a publicidade quanto a propaganda nos induzem a uma maneira automática de agir sem criticar o que nos foi imposto ou ofertado devido ao interesse de compra e venda ou a uma padronização de como agir a determinado modo de vida, por exemplo. Estamos à mercê de grandes empresários da mídia em geral que não conhecemos e não sabemos suas verdadeiras intenções, nos manipulam de acordo com seus interesses pessoais e somente transmite para nós o que lhes convém, a verdade é que existe um mundo para os mesmos, e o mundo para nós que é comandado por eles, é tudo uma questão de rentabilidade. A globalização tem seus avanços e seus pontos positivos, mas temos de concordar em um ponto, o capitalismo exerce forte presença em ambas (publicidade e propaganda).
Com advento da globalização a tecnologia avançou de modo que as informações circulem de forma rápida e real. Estabeleceu-se um ambiente no qual a mídia exerce sua influência de forma incontrolável sobre a sociedade, ainda podemos dizer que a dominação acontece de forma verbal ou não verbal, símbolos situados de acordo com a época em que vivemos, alguns chegam a gerar polêmicas devido ao conflito de gerações. 
A influência publicitária vem ampliando-se cada vez mais sobre a sociedade, estabelecendo um padrão de vida, uma obrigação que aguça a vontade dos consumidores, fazendo com que sintam necessidade de adquirir algo, traz a sensação de que estamos com um vazio de que não somos completamente felizes por não nos impor a tal padrão. Segundo Eugênio Malanga (Professor universitário e escritor): "A Propaganda pode ser conceituada como: atividades que tendem a influenciar o homem, com o objetivo religioso, político ou cívico. Propaganda, portanto, é a propagação de ideias, mas, sem finalidade comercial. A Publicidade, que é uma decorrência do conceito de Propaganda, é também persuasiva, mas com objetivo comercial bem caracterizado. Portanto, a Publicidade é definida como a arte de despertar no público o desejo de compra, levando-o à ação. A Publicidade é um conjunto de técnicas de ação coletiva, utilizadas no sentido de promover o lucro de uma atividade comercial, conquistando, aumentando ou mantendo clientes. A Propaganda é um conjunto de técnicas de ação individual, utilizadas no sentido de promover a adesão a um dado sistema ideológico (político, social ou econômico)".
Nesse meio totalmente globalizado podemos acompanhar as mensagens que a mídia (publicidade e propaganda) passa de forma manipuladora e rápida para nós, como por exemplo, a ditadura da beleza que se estabeleceu em nossa sociedade. A ideia do belo conquistou a população em massa. Um padrão de beleza e de juventude vem ganhando força cada vez mais, e as pessoas nem percebe o quanto são dominadas. Produtos e mais produtos são lançados a cada minuto para seus cabelos lisos, remédios para emagrecer, por exemplo, criou se um padrão e sociedade alienada não o percebe, estão cada vez mais nos induzindo ao consumo exagerado, e a um padrão no qual na maioria das vezes nos é colocado para benefício exclusivo de uma ditadura do lucro, podemos colocar assim.
Acreditamos que o problema não está na publicidade e propaganda, podemos conviver com ambas de uma maneira saudável basta apenas apontarmos o nosso senso crítico pra as mesmas, assim não nos deixando manipular e sim usá-las ao nosso bel prazer sem nos sentirmos presos ou necessitarmos de um produto ou um padrão para ser aceito ou bem visto diante de uma sociedade.
Com o auxilio da mídia a publicidade e a propaganda tem um poder de interferência, cada vez maior na vida do ser humano, ditando as roupas que devem ser usadas, as cores da moda, os modelos, as marcase até mesmo as ideologias a serem seguidas.
Através da publicidade as empresas apresentam seus produtos, que estão cada vez mais modernos, mais bonitos e com mais aplicativos ou benefícios que facilitam a vida corrida dos consumidores. Como o ser humano é atraído pelo visual, pelo chamativo, por aquilo que está na moda e o restante do mundo está usando, acabam por adquirir aqueles produtos que são divulgados na televisão, rádio, jornal, revista e internet. Produtos esses, que são divulgados por celebridades bonitas e populares, o que leva muitas pessoas a acreditarem que esses produtos os tornaram como tal.
A qualidade dos produtos á décadas caiu significativamente. Hoje em dia a vida útil dos produtos eletroeletrônicos, móveis, roupas e de outros bens é bem menor que a dos produtos de antigamente. Quem nunca viu aquelas geladeiras marrom na casa dos avós? O tempo foi passando, você crescendo e aquela geladeira continuou lá, até seus pais e seus tios decidirem trocá-la, mesmo que ela ainda funcionasse, por uma mais moderna, que gasta menos energia, tem a tecnologia fost-free, é fácil de limpar, leve e faz outras mil e uma maravilhas.
Hoje em dia os produtos estragam com mais facilidade e ficam desatualizados na mesma proporção, o que leva as pessoas a consumir mais. A cada dia é lançado um produto novo, ou uma versão mais moderna daqueles produtos já existentes. Quando observamos, o nosso celular, por exemplo, que acabamos de comprar já está ultrapassado. E como queremos estar sempre na moda e atualizados, o que é praticamente uma exigência da sociedade em que vivemos: consumir cada vez mais para suprir essas necessidades de estar incluso, de satisfação, de fetiche, prazer, enfim, de estar inserido na sociedade dos excessos.

Outros materiais