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Luiza Delamare – ATM 23 
I 
 
 
 
 Formado pelo canal alimentar e seus principais órgãos associados – língua, dentes, 
glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar; 
 Principais funções: 
o transporte da água e dos alimentos ingeridos ao longo do canal alimentar; 
o secreção de líquidos, eletrólitos e enzimas digestivas; 
o digestão e a absorção dos produtos digeridos; 
o excreção dos remanescentes não digeríveis. 
 
O lúmen do canal alimentar é física e funcionalmente externo ao corpo. 
A mucosa digestiva é a superfície através da qual a maioria das substâncias entra no corpo. Essa 
mucosa do canal alimentar desempenha numerosas funções, como: secreção, absorção, 
barreira e proteção imunológica. 
 
CAVIDADE ORAL 
Cavidade anatômica que se estende dos lábios até o istmo da orofaringe, e se divide em duas 
regiões: vestíbulo da boca e na cavidade própria da boca. 
Formada pela boca e estruturas – língua, dentes e suas estruturas de sustentação (periodonto), 
as glândulas salivares maiores e menores e as tonsilas. 
A cavidade oral é revestida pela mucosa oral, que consiste em: 
1. Mucosa mastigatória 
a. Encontrada na gengiva e no palato duro; 
b. Apresenta um epitélio estratificado pavimentoso (desprovido de estrato lúcido) 
e, em algumas áreas, paraqueratinizado (assemelha-se ao epitélio 
queratinizado, exceto que as células superficiais não perdem seus núcleos, e o 
citoplasma não exibe coloração intensa com a eosina; além disso, os núcleos 
das células paraqueratinizadas são picnóticos – altamente condensados – e 
permanecem até que a célula seja esfoliada) 
c. Possui uma lâmina própria subjacente que consiste em uma camada papilar 
espessa de tecido conjuntivo frouxo que contém vasos sanguíneos e nervos 
(alguns atuam como receptores sensitivos, enquanto outros terminam nos 
corpúsculos de Meissner) 
d. Abaixo da lâmina própria há uma camada reticular de tecido conjuntivo mais 
denso. 
 
 
 
Sistema Digestório 
 Luiza Delamare – ATM 23 
 Transição da mucosa oral de um epitélio 
estratificado pavimentoso para um epitélio 
estratificado pavimentoso paraqueratinizado. 
 As células superficiais planas do epitélio 
queratinizado são desprovidas de núcleos. 
 A camada de células que contêm grânulos de 
querato-hialina está claramente visível nesse tipo 
de epitélio. 
 As células superficiais planas do epitélio 
paraqueratinizado exibem as mesmas 
características das células queratinizadas, exceto 
que elas retêm seus núcleos, isto é, são 
paraqueratinizadas. Além disso, observe a 
escassez de grânulos de querato-hialina presentes 
nas células subjacentes às superficiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Mucosa de revestimento 
a. Encontrada nos lábios, nas bochechas, na superfície mucosa alveolar, no 
assoalho da boca, nas superfícies inferiores da língua e no palato mole; 
b. Cobre o músculo estriado (lábios, bochechas e língua), o osso (mucosa alveolar) 
e as glândulas (palato mole, bochechas, superfície inferior da língua); 
c. Apresenta papilas mais curtas e em menor quantidade, que possibilita que ela 
se ajuste ao movimento dos músculos subjacentes; 
d. O epitélio da mucosa de revestimento não é queratinizado, embora, em alguns 
locais, possa ser paraqueratinizado; 
e. O epitélio do vermelhão do lábio (a parte avermelhada entre a superfície 
interna úmida e a pele da face) é queratinizado; 
f. O epitélio de revestimento não queratinizado é mais espesso que o epitélio 
queratinizado, e consiste em 3 camadas: 
i. O estrato basal – 1 camada de células que repousa sobre a lâmina basal; 
ii. O estrato espinhoso – espessura é composta de várias células; 
iii. O estrato superficial – camada superficial da mucosa; 
iv. As células do epitélio mucoso assemelham-se àquelas da epiderme da 
pele e incluem queratinócitos, células de Langerhans, melanócitos e 
células de Merkel. 
 
3. Mucosa especializada 
a. Associada à sensação do paladar; 
b. Limita-se à superfície dorsal da língua; 
c. Contém papilas e botões gustativos – responsáveis pela produção da sensação 
química do paladar; 
 Luiza Delamare – ATM 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A mucosa oral forma uma importante barreira protetora entre o ambiente externo da cavidade 
oral e os ambientes internos dos tecidos circundantes. As células epiteliais, os neutrófilos 
migratórios e a saliva contribuem para manter a saúde da cavidade oral e para proteger a 
mucosa oral de infecções bacterianas, fúngicas e virais. Os mecanismos protetores incluem 
diversos peptídios antimicrobianos salivares, as β-defensinas expressas no epitélio, as α-
defensinas expressas nos neutrófilos e a imunoglobulina A secretora. 
 
 
LÍNGUA 
Órgão muscular que se projeta para dentro da cavidade oral a partir de sua superfície inferior. 
Possui músculos extrínsecos (com inserção fora da língua) e intrínsecos (confinados 
inteiramente à língua, sem inserção externa). 
 O músculo estriado da língua está disposto em feixes, que geralmente seguem o seu 
percurso em três planos, cada um deles disposto em ângulos retos aos outros dois; 
 Esse arranjo das fibras (encontrado somente na língua) possibilita enorme flexibilidade 
e precisão para os movimentos da língua, que são essenciais para a fala humana, bem 
como para o seu papel na digestão e na deglutição; 
 Há quantidades variáveis de tecido adiposo entre os grupos de fibras musculares. 
 
A superfície dorsal da língua é coberta por papilas, as quais constituem a mucosa especializada 
da cavidade oral. 
 Papilas filiformes: projeções cônicas e alongadas de tecido conjuntivo, que são 
recobertas por epitélio estratificado pavimentoso altamente queratinizado. Esse 
 Luiza Delamare – ATM 23 
epitélio é desprovido de botões gustativos. Assim, essas papilas desempenham apenas 
um papel mecânico. 
 Papilas fungiformes: projeções em formato de cogumelo, localizadas na superfície 
dorsal da língua. Os botões gustativos são encontrados no epitélio estratificado 
pavimentoso da superfície dorsal dessas papilas. 
 Papilas folhadas: consistem em cristas baixas paralelas, intercaladas por fendas 
mucosas profundas, que estão alinhadas em ângulos retos ao eixo longo da língua. 
Ocorrem na margem lateral da língua. Elas contêm numerosos botões gustativos no 
epitélio das paredes das papilas vizinhas. Pequenas glândulas serosas desembocam 
dentro das fendas. 
 Papilas circunvaladas: estruturas grandes em formato de cúpula que são encontradas 
na mucosa, imediatamente anterior ao sulco terminal da língua. A língua humana 
contém 8 a 12 dessas papilas. Cada papila é circundada por uma invaginação semelhante 
a uma vala revestida por epitélio estratificado pavimentoso, que contém numerosos 
botões gustativos. Os ductos das glândulas salivares linguais (de von Ebner) liberam suas 
secreções serosas na base das valas. Essa secreção presumivelmente elimina o material 
da vala para possibilitar que os botões gustativos respondam rapidamente a mudanças 
de estímulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luiza Delamare – ATM 23 
Botões gustativos: 
 Em cortes histológicos, são vistos como corpúsculos ovais de coloração pálida, que se 
estendem pela espessura do epitélio; 
 Uma pequena abertura na superfície epitelial no ápice do botão gustativo é denominada 
poro gustativo; 
 Neles, são encontrados três tipos principais de células: 
o Células neuroepiteliais (sensitivas) – mais numerosas. São células alongadas 
que se estendem a partir da lâmina basal do epitélio até o poro gustativo,através do qual a superfície apical afunilada de cada célula emite 
microvilosidades. Próximo de sua superfície apical, essas células estão 
conectadas com células neuroepiteliais ou células de sustentação unidas por 
zônulas de oclusão. Em sua base, formam uma sinapse com os prolongamentos 
de neurônios sensitivos aferentes dos nervos facial (nervo craniano VII), 
glossofaríngeo (nervo craniano IX) ou vago (nervo craniano X). O tempo de 
renovação das células neuroepiteliais é de cerca de 10 dias. 
o Células de sustentação – menos numerosas. Também são alongadas e se 
estendem a partir da lâmina basal até o poro gustativo. Apresentam 
microvilosidades em sua superfície apical e zônulas de oclusão, mas não fazem 
sinapse com outras células nervosas. O tempo de renovação das células de 
sustentação também é de aproximadamente 10 dias. 
o Células basais – pequenas células localizadas na porção basal do botão 
gustativo, próximo da lâmina basal. São as células-tronco para os outros dois 
tipos de células. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luiza Delamare – ATM 23 
Paladar sensação química. 
 Os sabores amargo, doce e umami são detectados por uma variedade de proteínas 
receptoras codificadas pelos dois genes dos receptores gustativos (T1R e T2R) 
 Seus produtos são todos caracterizados como receptores gustativos acoplados à 
proteína G. 
 
Tonsila lingual acúmulos de tecido linfoide na base da língua. 
 Contém tecido linfoide difuso com nódulos linfáticos que apresentam centros 
germinativos; 
 Em geral, as criptas epiteliais invaginam-se na tonsila lingual. 
 Pode ser difícil distinguir a estrutura do epitélio, devido ao número extremamente 
grande de linfócitos que geralmente o invadem. 
 Entre os nódulos, o epitélio lingual exibe as características do epitélio de revestimento. 
 As glândulas salivares linguais mucosas podem ser observadas dentro da tonsila lingual 
e podem estender-se até o músculo da base da língua. 
 
 
GLÂNDULAS SALIVARES 
As glândulas salivares maiores são glândulas em pares com ductos longos que desembocam na 
cavidade oral – glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais. 
Cada uma se origina do epitélio da cavidade oral em desenvolvimento. No início, a glândula 
assume a forma de um cordão sólido de células que penetra o mesênquima. A proliferação das 
células epiteliais finalmente produz cordões epiteliais altamente ramificados com extremidades 
bulbosas. A degeneração das células mais internas dos cordões e das extremidades bulbosas 
leva à sua canalização. Os cordões transformam-se em ductos, enquanto as extremidades 
bulbosas tornam-se os ácinos secretores. 
 
Ácinos glandulares secretores 
São organizados em lóbulos – uma cápsula de tecido conjuntivo moderadamente denso (contém 
linfócitos e plasmócitos) circunda as glândulas salivares maiores, e é a partir desse tecido que os 
septos dividem as porções secretoras em lobos e lóbulos. *glândulas salivares menores não têm 
cápsula 
A unidade secretora básica das glândulas salivares, o salivon, é formada por ácino (saco em 
fundo cego composto de células secretoras), ducto intercalar e ducto excretor. 
Os ácinos glandulares são de três tipos: serosos, mucosos ou mistos. 
 Ácinos serosos: 
o São geralmente esféricos; 
o Contém apenas células serosas – secretoras de proteína; 
 Luiza Delamare – ATM 23 
o Essas células cerosas exibem formato piramidal com uma superfície basal 
relativamente larga voltada para a lâmina basal e uma superfície apical mais 
estreita voltada para o lúmen do ácino; 
o Elas contêm grandes quantidades de RER, ribossomos livres, um complexo de 
Golgi proeminente (essas organelas localizadas, em sua maioria, no citoplasma 
basal ou perinuclear) e numerosos grânulos secretores esféricos (localizados no 
citoplasma apical); 
o Na coloração por H&E, o citoplasma basal da célula serosa cora-se com 
hematoxilina, devido ao RER e aos ribossomos livres, enquanto a região apical 
cora-se com eosina, devido, em grande parte, aos grânulos secretores; 
o A base da célula serosa pode exibir invaginações da membrana plasmática e 
pregas basolaterais na forma de prolongamentos que se interdigitam com 
prolongamentos semelhantes das células adjacentes; 
o Próximo de sua superfície apical, as células serosas são unidas por complexos 
juncionais às células vizinhas do ácino. 
 
 Ácinos mucosos: 
o Costumam ser mais tubulares; 
o Contêm apenas células mucosas – secretoras de mucina; 
o Essas células sofrem atividade cíclica 
 Durante parte do ciclo, o muco é sintetizado e armazenado dentro da 
célula na forma de grânulos de mucinogênio; 
 Quando o produto é liberado após estimulação hormonal ou neural, a 
célula começa a ressintetizar o muco – após essa descarga da maior 
parte dos grânulos de mucinogênio, ou de todos eles, é difícil distinguir 
a célula de uma célula serosa inativa; 
TE LIGA! A maioria das células mucosas contém grande número de grânulos de mucinogênio em 
seu citoplasma apical, e pelo fato de ocorrer perda do mucinogênio nos cortes incluídos em 
parafina e corados pela H&E, a porção apical da célula geralmente aparece vazia. 
 
 Ácinos mistos: contêm células serosas e mucosas. 
 
 
ATENÇÃO!! 
Células mioepiteliais: 
 Células contráteis que abraçam a face basal das células secretoras acinosas; 
 Possuem numerosos prolongamentos; 
 Localizadas entre a membrana plasmática basal das células epiteliais e a lâmina basal do 
epitélio; 
 Também estão subjacentes às células da porção proximal do sistema ductal; 
 São fundamentais para a mobilização dos produtos secretores em direção ao ducto 
excretor; 
 Luiza Delamare – ATM 23 
 Pode ser difícil identificar essas células em cortes corados pela H&E. O núcleo da célula 
mioepitelial é frequentemente observado como pequeno perfil redondo próximo da 
membrana basal. Os filamentos contráteis coram-se pela eosina e, algumas vezes, são 
reconhecidos como uma fina faixa eosinófila adjacente à membrana basal. 
 
Ductos salivares 
O lúmen do ácino salivar é contínuo com o do sistema ductal e pode apresentar até três 
segmentos sequenciais: 
1. Ducto intercalar: 
a. Esses ductos estão localizados entre um ácino secretor e um ducto maior – eles 
partem do ácino; 
b. São revestidos por células epiteliais cuboides baixas; 
c. As células desse ducto apresentam atividade de anidrase carbônica; 
d. Nas glândulas secretoras serosas e nas glândulas mistas, esses ductos secretam 
HCO3– no produto acinoso e absorvem Cl– a partir do produto acinoso. 
e. Os ductos intercalares são mais proeminentes nas glândulas salivares que 
produzem uma secreção serosa aquosa. Nas glândulas salivares secretoras de 
muco, os ductos intercalares, quando presentes, são curtos e difíceis de serem 
identificados. 
 
2. Ducto estriado: 
a. Possui “estriações” – invaginações da membrana plasmática basal das células 
colunares que formam o ducto; 
b. Esses ductos são revestidos por um epitélio simples cuboide, que geralmente se 
torna colunar à medida que se aproxima do ducto excretor. 
c. Mitocôndrias alongadas e de orientação longitudinal estão envolvidas pelas 
invaginações da membrana – juntas, constituem uma especialização 
morfológica associada à reabsorção de líquido e eletrólitos; 
d. As células dos ductos estriados também apresentam numerosas pregas 
basolaterais, que são interdigitadas com as das células adjacentes; 
e. O núcleo ocupa uma localização central na célula. 
 
3. Ductos excretores: 
a. Ductos maiores que desembocam na cavidade oral; 
b. Seguem seu percurso no tecido conjuntivo interlobular;c. Constituem os principais ductos de cada uma das glândulas maiores; 
d. O epitélio é simples cuboide, mas modifica-se gradualmente para um epitélio 
pseudoestratificado colunar ou estratificado cuboide. 
OBS.: à medida que os ductos se aproximam do epitélio oral, pode haver epitélio estratificado 
pavimentoso. 
*O ducto parotídeo (ducto de Stensen) e o ducto submandibular (ducto de Wharton) 
seguem o seu trajeto no tecido conjuntivo da face e do pescoço, respectivamente, por uma 
pequena distância da glândula antes de penetrar na mucosa oral. 
 
 Luiza Delamare – ATM 23 
Glândulas salivares maiores 
 GLÂNDULA PARTÓTIDA 
o Glândulas totalmente serosas; 
o Essas unidades secretoras serosas circundam numerosos ductos intercalares 
longos e estreitos; 
o Os ductos estriados são grandes e evidentes; 
o O nervo facial (NC VII) atravessa a glândula parótida; grandes cortes transversais 
desse nervo podem ser encontrados em cortes de rotina da glândula corados 
pela H&E, que são úteis na identificação da parótida. 
 
 GLÂNDULA SUBMANDIBULAR 
o Glândulas mistas, principalmente serosas nos seres humanos; 
o Alguns ácinos mucosos cobertos por meias-luas serosas geralmente são 
encontrados entre os ácinos serosos predominantes; 
o Os ductos intercalares são menos extensos que os da glândula parótida. 
 
 GLÂNDULA SUBLINGUAL 
o São as menores glândulas salivares maiores em pares; 
o Glândulas mistas que são principalmente secretoras de muco nos humanos; 
o Alguns dos ácinos mucosos predominantes exibem meias-luas serosas, mas 
raramente observa-se a existência de ácinos puramente serosos; 
o Os ductos intercalares e os ductos estriados são curtos, difíceis de localizar ou, 
às vezes, ausentes; 
o As unidades secretoras mucosas são predominantemente tubulares. 
 
SALIVA: inclui as secreções combinadas de todas as glândulas salivares maiores e menores. 
 Desempenha funções tanto protetoras quanto digestivas; 
 Constitui uma fonte de íons cálcio e fosfato essenciais para o desenvolvimento e a 
manutenção normais dos dentes; 
 Contém água, várias proteínas e eletrólitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Luiza Delamare – ATM 23 
VISÃO GERAL DO ESÔFAGO E DO TRATO GASTRINTESTINAL 
 capítulo 17 
O canal alimentar que se estende da parte proximal do esôfago até a parte distal do canal anal 
consiste em um tubo oco de diâmetro variável, mas que apresenta a mesma organização 
estrutural básica em toda a sua extensão. 
 
 
 
 
Sua parede é formada por quatro camadas distintas, as quais são, do lúmen para fora: 
1. MUCOSA: consiste em um epitélio de revestimento, um tecido conjuntivo subjacente, 
denominado lâmina própria, e na muscular da mucosa, composta de músculo liso. 
a. A estrutura do esôfago e do trato gastrintestinal varia de modo considerável de 
uma região para outra, e a maior parte dessa variação ocorre na mucosa; 
b. Essa camada desempenha três funções principais: proteção, absorção e 
secreção; 
c. O epitélio atua como barreira, que isola o lúmen do canal alimentar do resto do 
organismo; 
d. No esôfago, um epitélio estratificado pavimentoso fornece proteção contra a 
abrasão física causada pela ingestão dos alimentos; 
 Luiza Delamare – ATM 23 
e. Na porção gastrintestinal do canal alimentar, as zônulas de oclusão entre as 
células do epitélio simples colunar da mucosa atuam como barreira permeável 
seletiva; 
f. A função absortiva da mucosa possibilita o movimento de nutrientes digeridos, 
água e eletrólitos para os vasos sanguíneos e linfáticos, e isso só ocorre graças 
às projeções da mucosa e da submucosa no lúmen do trato gastrintestinal; 
g. Essas projeções da membrana apical das células aumentam significantemente a 
área de superfície disponível para a absorção e variam no tamanho e orientação. 
h. As especializações estruturais da membrana são as seguintes: 
i. As pregas circulares são pregas da submucosa, encontradas ao longo da 
maior parte da extensão do intestino delgado; 
ii. As vilosidades são projeções finas da mucosa que se lançam a partir da 
superfície do intestino delgado, principal local de absorção dos 
produtos da digestão; 
iii. As microvilosidades são projeções microscópicas densamente 
organizadas da superfície apical das células absortivas intestinais – 
aumentam ainda mais a superfície disponível para a absorção; 
iv. O glicocálice – uma cobertura de glicoproteínas que se projeta da 
membrana plasmática apical das células absortivas epiteliais 
i. A função secretora da mucosa lubrifica e fornece enzimas digestivas, hormônios 
e anticorpos para o lúmen do canal alimentar – essa função é realizada por 
glândulas (mucosas, submucosas e extramurais), as quais são desenvolvidas a 
partir de invaginações do epitélio luminal. 
j. A lâmina própria contém grânulos, vasos que transportam substâncias 
absorvidas e componentes do sistema imune. 
k. A muscular da mucosa forma o limite entre a mucosa e a submucosa. 
i. É composta de duas camadas de células musculares lisas: uma camada 
circular interna e uma camada longitudinal externa; 
ii. A contração desses músculos altera a estrutura da mucosa, formando 
cristas e vales que facilitam a absorção e a secreção – movimento que 
independe do movimento peristáltico de toda parede do canal 
alimentar. 
 
 
 
2. SUBMUCOSA: consiste em tecido conjuntivo denso não modelado. 
a. O conjuntivo denso não modelado contém vasos sanguíneos e linfáticos, um 
plexo nervoso e glândulas ocasionais; 
b. A rede de fibras nervosas não mielinizadas e de células ganglionares constitui o 
plexo submucoso (também denominado plexo de Meissner). 
 
 
 
3. MUSCULAR EXTERNA: consiste, em sua maior parte, em duas camadas concêntricas e 
espessas de músculo liso. 
a. Camada interna – as células musculares formam uma espiral compacta, descrita 
como camada circular. 
 Luiza Delamare – ATM 23 
b. Camada externa – as células formam uma espiral frouxa, descrita como camada 
longitudinal. 
c. Entre as duas camadas musculares – camada fina de tecido conjuntivo e, no 
interior deste, está o plexo mioentérico (plexo de Auerbach), que contém corpos 
celulares (células ganglionares) de neurônios parassimpáticos pós-ganglionares 
e neurônios do sistema nervoso entérico, bem como vasos sanguíneos e vasos 
linfáticos. 
d. A contração da camada circular interna da muscular externa comprime o lúmen 
e, assim, mistura o conteúdo do órgão; 
e. A contração da camada longitudinal externa propele o conteúdo por meio do 
encurtamento do tubo; 
f. A contração rítmica e lenta dessas duas camadas, sob o controle do sistema 
nervoso entérico, produz peristaltismo, o qual se caracteriza pela constrição e 
encurtamento do tubo, movendo o conteúdo através do trato intestinal. 
g. As tênias do cólon são formadas pela camada longitudinal, a qual é mais 
espessada no intestino grosso e forma três faixas distintas e igualmente 
espaçadas; 
h. A camada circular de músculo liso forma esfíncteres em localizações específicas 
ao longo do trato gastrintestinal – esfíncter faringoesofágico, esfíncter 
esofágico inferior, esfíncter pilórico, papila ileal e esfíncter interno do ânus. 
 
 
 
4. SEROSA ou ADVENTÍCIA: membrana serosa que consiste em epitélio simples 
pavimentoso, o mesotélio, e em uma pequena quantidade de tecido conjuntivo 
subjacente. A adventícia, constituída apenas de tecido conjuntivo, é encontrada nos 
locais em que a parede do tubo está diretamente aderida a estruturas adjacentes – por 
exemplo, na parede corporal e em certos órgãos retroperitoneais. 
a. Camada mais externa do canal alimentar; 
b. A serosa é o equivalente doperitônio visceral descrito na anatomia 
macroscópica. Ela é contínua tanto com o mesentério quanto com o 
revestimento da cavidade abdominal. Grandes vasos sanguíneos e linfáticos e 
troncos nervosos seguem o seu percurso através da serosa (do mesentério e 
para ele) até alcançar a parede do trato gastrintestinal. É possível observar o 
desenvolvimento de grande quantidade de tecido adiposo no tecido conjuntivo 
da serosa (e no mesentério). 
c. Certas porções do trato gastrintestinal não contêm serosa. Essas porções 
incluem a parte torácica do esôfago e porções das estruturas nas cavidades 
abdominal e pélvica que estão fixadas à parede da cavidade – duodeno, cólon 
ascendente e descendente, reto e canal anal. Essas estruturas estão fixadas às 
paredes abdominal e pélvica por tecido conjuntivo, a adventícia, que se mescla 
com o tecido conjuntivo da parede. 
 
 
 
 
 Luiza Delamare – ATM 23 
ESÔFAGO 
 Tubo muscular fixo, que libera o alimento e os líquidos da faringe para o estômago; 
 Em corte transversal, o lúmen em seu estado normalmente colabado exibe um aspecto 
ramificado, em virtude das pregas longitudinais; 
 Quando um bolo alimentar atravessa o esôfago, o lúmen sofre expansão sem que haja 
lesão da mucosa; 
 
 Camada mucosa do esôfago: 
o Apresenta um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado; 
o Nos humanos, as células superficiais podem exibir alguns grânulos de querato-
hialina, mas geralmente não ocorre queratinização; 
o A lâmina própria subjacente é semelhante à lâmina própria das demais regiões 
do canal alimentar; o tecido linfático difuso encontra-se disperso por todo o 
tubo, e observa-se a existência de nódulos linfáticos, frequentemente em 
proximidade aos ductos das glândulas mucosas esofágicas; 
o A camada profunda da mucosa, a muscular da mucosa, é composta de músculo 
liso organizado longitudinalmente, que se inicia próximo ao nível da cartilagem 
cricóidea. Essa camada é muito espessa na porção proximal do esôfago e, 
presumivelmente, atua como auxiliar na deglutição. 
 
 Camada submucosa do esôfago: 
o Tecido conjuntivo denso não modelado, que contém grandes vasos sanguíneos 
e linfáticos, fibras nervosas e células ganglionares; 
o As fibras nervosas e as células ganglionares constituem o plexo submucoso 
(plexo de Meissner); 
o Observa-se também a existência de glândulas; 
o Além disso, o tecido linfático difuso e os nódulos linfáticos são encontrados 
principalmente nas porções superior e inferior do esôfago, em que as glândulas 
submucosas são mais prevalentes. 
 Camada muscular externa do esôfago: 
o Duas camadas musculares, uma camada circular interna e uma camada 
longitudinal externa; 
o Essa camada muscular externa difere daquela encontrada no restante do trato 
gastrintestinal, uma vez que o terço superior consiste em músculo estriado, uma 
continuação do músculo da faringe; 
o Os feixes de músculo estriado e músculo liso estão misturados e entremeados 
na muscular externa do terço médio do esôfago; a muscular externa do terço 
distal consiste apenas em músculo liso, como no restante do trato 
gastrintestinal; 
o Existe um plexo nervoso, o plexo mioentérico (plexo de Auerbach) entre as 
camadas muscular externa e interna; 
o À semelhança do plexo submucoso (plexo de Meissner), existem aqui nervos e 
células ganglionares. Esse plexo inerva a muscular externa e produz atividade 
peristáltica. 
 
 O esôfago está fixado às estruturas adjacentes na maior parte de sua extensão por uma 
camada de tecido conjuntivo – a camada adventícia; 
 Luiza Delamare – ATM 23 
 Após entrar na cavidade abdominal, a parte restante curta do tubo passa a ser recoberta 
por serosa, o peritônio visceral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As glândulas mucosas e submucosas do esôfago secretam muco (ligeiramente ácido), que 
lubrifica e protege a parede luminal. 
As glândulas da parede do órgão são de dois tipos: 
 Glândulas esofágicas próprias. 
 Glândulas cárdicas esofágicas.

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