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30/01/2014 1 SITUAÇÃO ALIMENTAR E DEMOGRÁFICA NO BRASIL E NO MUNDO Profa Dra Selma Maria da Fonseca Viegas Universidade Federal de São João del-Rei Curso de Enfermagem Bases Psicossociais da Prática em Enfermagem I SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL E NO MUNDO TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA Transição Demográfica Em termos demográficos estritos, conceitua-se como passagem (transitone) de um contexto populacional onde prevalecem altos coeficientes de mortalidade e natalidade, para outro, onde esses coeficientes alcançam valores muito reduzidos. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA A transição demográfica postula que uma sociedade passa, em termos demográficos, por quatro fases ou estágios, antes de derivar uma sociedade plenamente pós-industrial Fase ou Estágio 1 Fase ou Estágio 2 Fase ou Estágio 3 Fase ou Estágio 4 Estágio 1 - equilíbrio populacional decorrente das altas taxas de natalidade e mortalidade Estágio 2 - redução da taxa de mortalidade infantil e a conservação da alta taxa de fecundidade Estágio 3 - redução das taxas de fecundidade e mortalidade, que levam ao fenômeno do envelhecimento da população, processo no qual o Brasil se encontra Estágio 4 - baixas taxas de fecundidade e mortalidade, que proporcionam um equilíbrio populacional TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA Fase ou Estágio 1 - Coeficientes de natalidade e mortalidade (principalmente a infantil) muito altos, gerando um crescimento populacional lento (“equilíbrio populacional”) Sociedades pré-industriais Fase ou Estágio 2 - Coeficiente de mortalidade reduz de forma importante, mas o coeficiente de natalidade continua elevado,gerando um desequilíbrio trazido pelo grande aumento da população (“explosão populacional”) Fase intermediária Países em processo de industrialização Fase ou Estágio 3 - Coeficiente de natalidade inicia redução , ao mesmo tempo em que o coeficiente de mortalidade continua com uma tendência decrescente. O crescimento demográfico continua sendo relativamente alto. Envelhecimento populacional Países ricos completaram todo o processo de passagem do 2 para o 3 ainda no séc. XX Fase ou Estágio 4 - Coeficientes de mortalidade e natalidade reduzidos. O crescimento natural da população volta a alcançar um estado de equilíbrio. Fase da modernidade ou de pós-transição Aumento da expectativa de vida, envelhecimento populacional 30/01/2014 2 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL Estimativa do crescimento da população do Brasil e momentos econômicos – 1950 a 2050 Fonte: IBGE, Dados históricos do censo (disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censohistorico/default.shtm?c=1); Censos Demográficos e Contagem Populacional para os anos intercensitários, estimativas preliminares dos totais populacionais &Estido IBGE, Projeção da população do Brasil para o período 1980-2050 – Revisão 2004. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL População total, segundo grandes grupos etários – Brasil – 1940 a 2050 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL Fonte: IBGE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL População residente (%), por situação do domicílio – Brasil – 1940 a 2000 BR AS IL, 20 08 30/01/2014 3 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL Processo de urbanização 1940 – 68% da população na zona rural 2000 – 81,2% da população nas cidades BRASIL, 2008 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL Implicações do processo de urbanização - Maior acesso aos bens e serviços ligados à saúde das populações (sem necessariamente garantir qualidade) - Submissão de amplos contingentes humanos à maior carga de riscos físicos (poluição) e sócio-ambientais (hiperadensamento populacional, poluição, desemprego, estresse, sofrimento mental, violências, tabagismo, alcoolismo) As cidades passam a vivenciar um perfil epidemiológico mais complexo, demandando maior gasto e maior complexidade no atendimento dessas demandas. BR AS IL, 20 08 ALGUNS INDICADORES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL • Indica o desempenho reprodutivo efetivo de um grupo de mulheres que já completaram o período reprodutivo, em uma dada população, reportando-se ao número médio de filhos por mulher. Fecundidade • Indica a relação entre o número de nascimentos com referência à população total. O coeficiente geral de natalidade representa, portanto, a frequência com que ocorrem os nascimentos em uma determinada população. Natalidade • Geral: indica a probabilidade de morrer em uma dada população. • Infantil: indica a probabilidade de morrer antes de completar um ano de idade. Mortalidade BRASIL, 2008 ALGUNS INDICADORES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL COEFICIENTE GERAL DE FECUNDIDADE = no de nascidos vivos (em determinado local e período) x 1.000 população de mulheres de 15 a 49 anos de idade (da mesma área e período) FECUNDIDADE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DO BRASIL Gráfico 3. Taxa de fecundidade – Brasil – 1940 a 2000 Fonte: Censo demográfico (1940-2000). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). ALGUNS INDICADORES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL COEFICIENTE GERAL DE NATALIDIDADE = no de nascidos vivos (em determinado local e período) x 1.000 população (da mesma área e período) NATALIDADE 30/01/2014 4 ALGUNS INDICADORES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL Desde a década de 70 vem ocorrendo uma redução na taxa de natalidade no Brasil. ALGUNS INDICADORES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL COEFICIENTE GERAL DE MORTALIDIDADE = no total de óbitos (em determinado local e período) x 1.000 população (da mesma área e período) MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDIDADE INFANTIL = no total de óbitos em menores de um ano x 1.000 nascidos vivos (da mesma área e período) ALGUNS INDICADORES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL A taxa de mortalidade total no Brasil apresentou um grande declínio de 1950 a 1970, e desde então vem caindo em pequenas proporções. ALGUNS INDICADORES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL A taxa de mortalidade infantil durante os últimos dez anos do século XX apresentou uma tendência de queda em todas as regiões. No Brasil, em 1990, registravam-se 48 óbitos por mil nascidos vivos e, e em 2000, 29,6. Diferenças regionais: a taxa de mortalidade infantil da Região Nordeste, por exemplo, é cerca de duas vezes a taxa observada nas demais regiões. ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO ENVELHECIMETNO DEMOGRÁFICO O acúmulo progressivo de maiores contingentes populacionais nas faixas etárias mais avançadas. Caracteriza-se pela redução da participação relativa de crianças e jovens, acompanhada do aumento proporcional dos adultos e, particularmente, dos idosos, na população. - Queda da mortalidade geral e da mortalidade infantil, com o consequente aumento da expectativa de vida. - Um dos fatores mais importantes é a queda da fecundidade que levaria a uma diminuição gradativa das faixas etárias mais jovens e ao consequente envelhecimento populacional, especialmente quando associada a baixos níveis de mortalidade. FATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO 30/01/2014 5 • É mister a introdução de práticas sanitárias eficazes e aplicáveis às diversas populações, que levem em conta todos os fatores intrínsecos e extrínsecos que interfiram no processo saúde- doença favoravelmente, para que possamos não somente aumentar a nossa expectativa de vida, mas termos longevidade com qualidade de vida (CARNELOSSO et al, 2005). ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO SITUAÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL E NO MUNDO ALGUNS INDICADORESDA TRANSIÇÃO-POLARIZAÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL BRASIL: TRANSIÇÃO NUTRICIONAL Evolução temporal da prevalência de obesidade (IMC ≥ 30kg/m2) no Nordeste e no Sudeste do Brasil (1975, 1989 e 1996). Fonte: FILHO; RISSIN, 2003. SITUAÇÃO ALIMENTAR NO BRASIL E NO MUNDO Principais causas do aumento da fome mundial: - O crescimento populacional - O aumento da demanda por alimentos dos países emergentes - A volatilidade dos preços dos alimentos - As mudanças climáticas - D egradação dos solos - Escassez de água ALIMENTAÇÃO NA IDADE CONTEMPORÂNEA Até o século XX, muitas descobertas tecnico-científicas importantes levaram ao progresso e também à modificação dos costumes alimentares (ABREU, 2000): 1. O aparecimento de novos produtos; 2. A renovação de técnicas agrícolas e industriais; 3. As descobertas sobre fermentação; 4. A produção do vinho, da cerveja e do queijo em escala industrial e o beneficiamento do leite; 5. Os avanços na genética permitiram sua aplicação no cultivo de plantas e criação de animais; 6. A mecanização agrícola; 7. O desenvolvimento dos processos técnicos para conservação de alimentos. 30/01/2014 6 FATOS SOBRE A ALIMENTAÇÃO • A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que as perdas globais dos alimentos e o desperdício cheguem a 1,3 bilhão de toneladas por ano - cerca de um terço da produção mundial de alimentos. • Os pequenos agricultores fornecem até 80% dos alimentos nos países em desenvolvimento, então investir neles é uma forma importante de aumentar a produção de alimentos. FATOS SOBRE A ALIMENTAÇÃO • Se as mulheres nas áreas rurais tiverem o mesmo acesso a terra, tecnologia, serviços financeiros, educação e mercados como os homens, o número de pessoas passando fome poderia ser reduzido em 100 a 150 milhões. • Desde os anos 1900, cerca de 75% da diversidade de culturas foi perdida nos campos agrícolas. • A degradação do solo afeta diretamente 1,5 bilhão de pessoas no mundo; estima-se que cerca de 24 bilhões de toneladas de solo fértil sejam perdidas a cada ano. DOCUMENTO FINAL DA CONFERÊNCIA RIO+20 As propostas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável apresentadas no documento final da Conferência Rio+20 inclui diversas metas específicas até 2030: • Zero degradação da terra. • Aumento de 20% na eficiência da cadeia de produção de alimentos, reduzindo as perdas e o desperdício do campo à mesa. • 20% de aumento na eficiência de uso da água na agricultura. • 70% das terras irrigadas utilizando a tecnologia que aumenta a colheita por gota. OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO - OMS COORDENAÇÃO GERAL DA POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Reduzir o número de pessoas subnutridas à metade do nível atual até 2015 Reduzir a metade a proporção de pessoas que passam fome para este mesmo ano Realização progressiva do direito humano à alimentação adequada SITUAÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL E NO MUNDO R Gross et al. 7 Disponibilidade alimentar Capacidade de cuidar Ingestão Alimentar Serviços de Saúde Condições Ambientais Saúde Estado Nutricional Produção Compra Doação Segurança Alimentar Segurança nutricional Gross, R.. Schoenenber, H. 1999. (modelo adotado pelo SCN – Comitê Permanente de Nutrição da ONU) citado em: 4th Report on The World Nutrition Situation – Nutrition Throughout the Life Cycle - Sub-Committee on Nutrition (ACC/SCN), January, 2000. DETERMINANTES DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 30/01/2014 7 Segurança Alimentar e Nutricional é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente de alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. LEI ORGÂNICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL “Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população que sofre de fome” Indicadores: • “Prevalência de crianças menores de 5 anos com déficit ponderal (peso em relação à idade)” • “Proporção da população que não atinge o nível mínimo de consumo de calorias”. META DAS NAÇÕES UNIDAS Transição Epidemiológica Transição Nutricional Transição Demográfica Globalização Mortalidade por DCNT* supera doenças transmissíveis Dupla carga de doenças Mudanças na alimentação e redução da atividade física Envelhecimento populacional acelerado e urbanização Difusão rápida de hábitos e padrões de comportamento * Doenças Crônicas Não Transmissíveis PERFIL DA SAÚDE NO BRASIL “Erradicar a fome entre 1990 e 2015”. Indicadores: • Disponibilidade de calorias para consumo da população. • Prevalência de crianças menores de 2 anos com déficit ponderal (peso /idade). • Prevalência de adultos (20 anos e mais) com deficit ponderal (IMC). • Prevalência de adultos (20 anos e mais) com excesso de peso. META BRASILEIRA Disponibilidade de calorias diárias per capita para consumo da população de 1961 a 2001 – FAO 2216 2432 2629 2831 3002 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 1961 1971 1981 1991 2001 ano kc al calorias/dia Linear (calorias/dia) SITUAÇÃO NUTRICIONAL BRASILEIRA Disponibilidade domiciliar de calorias diárias per capita para consumo da população em 2002–2003 (POF) segundo rendimento 1486 1651 1724 1877 1929 2075 0 500 1000 1500 2000 2500 Até 1/4 M ais de 1/4 a 1/2 Mais de 1/2 a 1 Mais de 1 a 2 Mais de 2 a 5 Mais de 5 Salários mínimos To ta l de c al or ia s (K ca l pe r ca pi ta ) 30/01/2014 8 Elevadas prevalências de deficiência de micronutrientes em populações com baixas proporções de desnutridos, caracterizando o que se denomina “fome oculta” (FI, J Pediatr (Rio J). 2005;81(2):169-74). Anemia ferropriva - 30 a 40% em gestantes e 40 a 50% em crianças < 5 anos (Batista Filho, 2003). Deficiência de vitamina A - 16% a 55% das crianças do Nordeste com dosagem de vitamina "A" deficiente (McAulife et al., 1991; Diniz ,1997; Veras et al., 1998). Deficiência de Iodo - é a causa mais comum e prevenível do retardo mental e danos cerebrais no mundo – 1,4% no Brasil. FOME OCULTA Desigualdades importantes baseadas na prevalência entre as regiões, grupos étnicos, gênero, estratos da renda e entre as áreas urbanas e rurais. Este perfil de desigualdades exige: Uma vigilância alimentar e nutricional contínua e com base local, ampliando a capacidade do setor saúde focalizar ações; Um modelo de atenção à saúde e cuidado nutricional direcionado à prevenção das doenças relacionadas à fome e exclusão social e das DCNT decorrentes da inadequação alimentar. CENÁRIO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL POLÍTICAS DE SAÚDE VOLTADAS AO ENFRENTAMENTO DA FOME E DESNUTRIÇÃO E CUMPRIMENTO DA META BRASILEIRA • Compromisso dos gestores do SUS em torno de prioridades que impactam a saúde da população brasileira. • Estabelecimento de metas nacionais, estaduais, regionais e municipais. • Pactuação entre estados, regiões e municípios para alcance das metas. Redução da mortalidade infantil e materna Fortalecimento da Atenção Básica Promoção da alimentação saudável PACTO EM DEFESA DA VIDA Política Nacional de Promoção à Saúde (BRASIL, 2006) Define áreas estratégicas para atuação da Atenção Básica em todo território nacional, entre elas: Eliminação da desnutrição infantil Saúde da Criança Saúde da Mulher Promoção da Saúde PORTARIA Nº 2.488 DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 A importância da Estratégia Saúde da Família na redução da desnutriçãoe mortalidade infantil 30/01/2014 9 Figura 13: Evolução da cobertura do PSF. Municípios agrupados segundo faixa de renda. Brasil,1998-2004 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 % Renda baixa Renda intermediária Renda alta Cada 10% a mais de cobertura de SF reduz em 4,5% a TMI. Constitui-se no segundo fator mais significativo na redução da TMI, ficando atrás apenas do nível de instrução materno. O maior percentual de evolução de cobertura do PSF foi observado no agrupamento de municípios com menor renda. EVIDÊNCIAS DO IMPACTO DA SAÚDE DA FAMÍLIA Integra o sistema de políticas e planos de ações cujo objetivo é alcançar o direito humano fundamental à alimentação. Propósito: assegurar a qualidade dos produtos alimentícios, promover hábitos saudáveis e prevenir e controlar deficiências nutricionais e doenças associadas aos distúrbios alimentares. POLÍTICA NACIONAL DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Objetivo: • “Promover informação contínua sobre as condições nutricionais da população e os fatores que as influenciam. Esta informação irá fornecer uma base para decisões a serem tomadas pelos responsáveis por políticas, planejamento e gerenciamento de programas relacionados com a melhoria dos padrões de consumo alimentar e do estado nutricional”. SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISVAN) Acompanhamento nutricional para gestantes, nutrizes e crianças menores de 7 anos Pré-natal Vacinação em dia para gestantes e crianças menores de 7 anos Participação em atividades educativas sobre saúde e nutrição PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E CONDICIONALIDADES DE SAÚDE Incentivo ao aleitamento materno até o 6º mês e do aleitamento complementar até 2 anos. Orientação para introdução de alimentos complementares após 6 meses. Resgate da cultura alimentar local e incentivo ao consumo de alimentos regionais. Disseminação das diretrizes alimentares brasileiras para famílias, profissionais de saúde, gestores de políticas públicas e setor produtivo. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Ação junto às escolas para educação alimentar e nutricional, incorporação de hortas escolares, incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras, compras locais para merenda escolar, restrição de alimentos não saudáveis, água potável e avaliação nutricional. Plano de ação para Incentivo ao Consumo de Frutas, Legumes e Verduras incluindo as ações voltadas a informação, orientação nutricional, estímulo a implantação de sistemas de abastecimento locais. Regulamentação de alimentos não saudáveis. PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 30/01/2014 10 Suplementação com a megadose de Vitamina A – nas áreas consideradas de risco; sulfato ferroso e ácido fólico. Fortificação de alimentos – farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico e iodação do sal para consumo. CONTROLE DAS CARÊNCIAS POR MICRONUTRIENTES Por tratar-se de uma dimensão essencial da vida, a nutrição perpassa todas as áreas de atuação pública, sendo estratégica para a consolidação de um projeto de desenvolvimento nacional que integra crescimento econômico, social e humano, resgatando valores éticos, de equidade, de direitos, de identidade e diversidade cultural e ética. REFERÊNCIAS • BRASIL. Comissão Nacional sobre determinantes sociais da saúde. As causas sociais das iniquidades em saúde no Brasil. Relatório Final da Comissão Nacional sobre determinantes sociais da saúde (CNDSS).Abril de 2008. 216 p. • CARNELOSSO el al. Situação epidemiológica das doenças e agravos não transmissíveis no Estado de Goiás. In: Anais do Seminário Nacional de Vigilância em Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde : Brasília, 20 a 22 de setembro de 2005 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação da Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 100 p. – (Série D. Reuniões e Conferências) ISBN 85-334-1275-4 p. 54-61 •COUTINHO, Janine Giuberti; GENTIL, Patrícia Chaves and TORAL, Natacha. A desnutrição e obesidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda única da nutrição. Cad. Saúde Pública [online]. 2008, vol.24, suppl.2, pp. s332-s340. ISSN 0102-311X. •FERREIRA, Vanessa Alves et al. Desigualdade, pobreza e obesidade. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2010, vol.15, suppl.1,pp. 1423-1432. ISSN 1413-8123. • FILHO, Malaquias Batista; RISSIN, Anete. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(Sup. 1): 2003.p. 181-191 REFERÊNCIAS PONTES, Ricardo José Soares et al. Transição demográfica e epidemiológica. In: Epidemiologia. Roberto de Andrade Medronho et al. 2 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. p. 123-151. SIQUEIRA, Fernando Vinholes et al. Fatores considerados pela população como mais importantes para manutenção da saúde. Rev. Saúde Pública [online]. 2009, vol.43, n.6, pp. 961-971. Epub Dec 04, 2009. ISSN 0034- 8910. VASCONCELOS, Francisco de Assis Guedes de. Josué de Castro e a Geografia da Fome no Brasil. Cad. Saúde Pública [online]. 2008, vol.24, n.11, pp. 2710-2717. ISSN 0102-311X. VASCONCELOS, Francisco de Assis Guedes de. Fome, solidariedade e ética: uma análise do discurso da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida. Hist. cienc. saude-Manguinhos [online]. 2004, vol.11, n.2, pp. 259-277. ISSN 0104-5970. WANDERLEY, Emanuela Nogueira and FERREIRA, Vanessa Alves. Obesidade: uma perspectiva plural. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2010, vol.15, n.1, pp. 185-194. ISSN 1413-8123.